Posts Tagged 'Spelunker'

Press Start 2015: o fim de uma era

press2015Por Alexei Barros

Pelo excesso de reprises, eu esperava uma despedida um tanto melancólica do Press Start. Mesmo assim, estava no aguardo do tradicional report do concerto no site da Famitsu, que produziu a série japonesa de espetáculos orquestrais. E eu fiquei esperando… esperando… esperando… E nada. Nada de fotos da apresentação também.

O jeito foi me basear nas análises dos blogues japoneses, que sempre se preocupam em detalhar o set list o máximo possível. O concerto foi realizado em duas apresentações no dia 8 de agosto (e eu extrapolando todos os limites da demora para fazer post), com performance da Kanagawa Philharmonic Orchestra no Tokyo Metropolitan Art Space. Pelo menos foi feita uma surpresa bacana no final. Set list e minhas considerações a seguir.

Ato I

01. Final Fantasy VIII: “Liberi Fatali”
02. “Classic Medley 2015 Ver.”
03. Super Mario Bros.: “Overworld” ~ “Underwater” ~ “Underworld” ~ “Overworld”
04. The Legend of Zelda: “Main Theme”
05. Shadow of the Colossus: “Revived Power ~ Battle With the Colossus” ~ “Grotesque Figures ~ Battle With the Colossus~”
06. Ace Combat Zero: The Belkan War: “Zero”
07. Legend of Mana: “Legend of Mana ~Title Theme~” ~ “Colored Earth” ~ “Hometown Domina” ~ “Ruined Sparkling City” ~ “Song of Mana ~Opening Theme~”

Ato II

08. Ore no Shikabane o Koete Yuke: “Flower”
09. Rhythm Heaven: “Ninja”
10. El Shaddai: Ascension of the Metatron: “Theme of El Shaddai” ~ “The Faraway Creation ~ Enoch’s Theme” ~ “Tragic Scream”
11. Xenoblade Chronicles: “Xenoblade” ~ “Gaur Plains” ~ “Mechanical Rhythm” ~ “Riki the Legendary Hero” ~ “Sator, Phosphorescent Land / Night” ~ “Those Who Bear Their Name” ~ “Confrontation with the Enemy”
12. Mother: “Pollyanna (I Believe In You)” ~ “Bein’ Friends” ~ “Eight Melodies”
13. Chrono Trigger/Cross: “A Premonition” ~ “Chrono Trigger” ~ “Wind Scene” ~ “Frog’s Theme” ~ “Decisive Battle with Magus” ~ “Epilogue ~ To Beloved Friends” (Chrono Trigger) ~ “Frozen Flame” ~ “Marbule: Home” ~ “Scars of Time” (Chrono Cross)
14. “Goodbye Medley”:
Press Start 2006
– ICO
– PopoloCrois Story
– Ys I & II
Press Start 2007
– Kingdom Hearts
– Space Invaders
– Super Smash Bros. Brawl
– Sakura Wars
Press Start 2008
– Wild Arms 2
– Spelunker
– Final Fantasy IX
Press Start 2009
– Persona 4
– Okami
– Final Fantasy X
– Kirby’s Dream Land
Press Start 2010
– New Super Mario Bros. Wii
– Muramasa: The Demon Blade
– Famicom Disk System Start-up
Press Start 2011
– 428 ~Fuusasareta Shibuya de~
– Pokémon Red & Blue
– NieR
– Xenogears
Press Start 2012
– Kid Icarus: Uprising
– Final Fantasy XI
– Ihatovo Monogatari
Press Start 2014
– Toukiden
– Final Fantasy XIII
– Super Smash Bros. for Wii U e 3DS

“Liberi Fatali” é uma das reprises mais batidas em concertos da série Final Fantasy, mas nunca tinha sido tocada no Press Start. Aliás, a escolha dessa música do FFVIII foi uma surpresa para mim, porque o Press Start não vinha usando corais em suas apresentações. Acredito que foi usado um coro não muito grande.

– Em relação aos convidados, a soprano Oriko Takahashi mais uma vez cantou a “Zero” de Ace Combat Zero. Mesmo sem ter participado da gravação da trilha original, ela foi a intérprete mais recorrente dessa música fabulosa com toques de flamenco no Press Start.

– A “Song of Mana” teve a voz da australiana Louise Bylund, que morou por diversos anos de sua vida na Suécia e atualmente reside no Japão. Essa mistura garantiu que ela fosse a escolhida para a performance dessa maravilhosa canção, que tem versos em sueco.

– A Lioko Kihara foi outra convidada do espetáculo e, diferentemente das outras duas cantoras, ela também tocou piano ao melhor estilo Angela Aki no segmento de Ore no Shikabane o Koete Yuke.

– Como de praxe, o duo ACE formado por Tomori Kudo (guitarra) e CHiCO (vocal) participou da performance de Xenoblade Chronicles, além da cantora Manami Kiyota.

– O segmento de Mother é o mesmo tocado no Press Start 2010, inclusive com os versos do álbum vocal Mother (1989) escritos pela letrista Linda Henrick (provavelmente um pseudônimo). Na ocasião, a performance contou com a voz da cantora Melody Chubak, que na época tinha 13 anos. Agora com 18, a moça voltou as palcos para cantar no mesmo segmento.

– Além do quinteto que produz o concerto (Taizo Takemoto, Kazushige Nojima, Shogo Sakai, Nobuo Uematsu e Masahiro Sakurai), também estiveram presentes os compositores Keiki Kobayashi e Masato Kouda. A Yoko Shimomura deixou uma mensagem em vídeo.

– Não foi feita nenhuma homenagem musical a Satoru Iwata, mas o desfecho do concerto foi bastante especial. Embora muito provavelmente não seja um segmento com transições elaboradas, o medley final resgata seleções icônicas de todas as edições anteriores do Press Start, com exceção de 2013, ano que foi tomado por reprises. Fantástica a ideia!

– Foi uma satisfação ter acompanhado e feito os posts sobre o Press Start durante esses nove anos, mesmo com tão raros registros oficiais das performances. Mal custo a acreditar que o primeiro post que fiz no Hadouken, lá em 2006, era justamente sobre a primeira edição do concerto a qual fiquei extasiado com uma mera gravação da plateia.

Não existiu outra série de apresentações com um repertório tão diversificado, cheio de seleções únicas e surpreendentes. Claro que tamanha variedade me fez querer mais e é uma pena saber que o Press Start acabou sem tocar músicas de jogos que dificilmente veremos nos demais concertos, como Bayonetta, Eternal Sonata, Panzer Dragoon, Valkyria Chronicles, Front Mission, Dark Souls e tantos outros.

Eu torço fortemente para que se não o próprio Press Start, outra série de concertos japonesa apareça algum dia sem demorar muito – houve um hiato de nove anos entre o Orchestral Game Concert 5 de 1995 e o Press Start 2006, considerando apresentações sinfônicas no Japão que abrangem diversas franquias.

Press Start: vou sentir saudades.

Grato ao Fabão pelos links e também pelas diversas informações e traduções nos posts do Press Start.

Foto tirada no Press Start 2008, com alguns dos maiores nomes japoneses de game music (além de outros desenvolvedores): Noriyuki Iwadare, Nobuo Uematsu, Motoi Sakuraba, Yasunori Mitsuda, Mahito Yokota, Kazushige Nojima, Michiko Naruke, Shogo Sakai, Koichi Sugiyama, Masahiro Sakurai e Koji Kondo

[via sarian198919, mugendai, comdoc5964nijiiroleina 1, 2 e 3]

Press Start 2011: contemporâneo e nostálgico; épico e diversificado

Por Alexei Barros

Após o lançamento do mediano álbum Press Start 5th Anniversary e as enfadonhas reprises na comemoração dos cinco anos de existência dos concertos no Press Start 2010, o Press Start 2011 veio para retomar no dia 14 de agosto o principal motivo de estima pela série japonesa de récitas: seleções magistrais de jogos japoneses, velhos e novos, alguns difíceis de imaginar em outros espetáculos do gênero.

Comentarei as escolhas de faixas mais detalhadamente após o Hadouken, mas pareceu ter sido um evento extraordinário, o que faz aumentar o desejo pelo segundo CD. Na condução de Taizo Takemoto, a Kanagawa Philharmonic Orchestra tocou no Shinjuku Bunka Center Hall, em Tóquio, às 14 e depois às 18 horas locais. Vale lembrar que, pela primeira vez, será realizada uma terceira apresentação no Japão, marcada para o dia 19 de setembro em Nagoya, com a Nagoya Philharmonic Orchestra no Century Hall do Nagoya International Conference Hall e regência de Kosuke Tsunoda. Continue lendo ‘Press Start 2011: contemporâneo e nostálgico; épico e diversificado’

Press Start 2011: Okami, medley de músicas eruditas, 428 ~Fuusasareta Shibuya de~ e Spelunker

Por Alexei Barros

Durante sua existência, a série de concertos Press Start sempre reprisou pelo menos duas faixas dos anos anteriores, exceção óbvia à primeira apresentação, até que em 2010, com a justificativa da comemoração dos cinco anos de aniversário, a maior parte do set list era conhecida. Não que 100% precise ser inédito. Mas, sinceramente, qual o objetivo em tocar Okami e principalmente Spelunker de novo? Ainda mais que ambos foram registrados no Press Start The 5th Anniversary

– Okami

Ao que tudo indica, o arranjo será o mesmo “Okami” de 2009 do Shuhei Kamimura, um dos integrantes do time interno da Company AZA, a produtora do concerto. Na ocasião, a orquestra contou com a companhia da dupla HIDE-HIDE (shamisen e shakuhachi). O maestro gamer Taizo Takemoto relembrou no texto a peculiaridade de Okami de misturar os instrumentos tradicionais japoneses e uma orquestra com instrumentos ocidentais, junção que ficou notabilizada na composição musical “November Steps” de Toru Takemitsu, debutando em 1967, no 125º aniversário da New York Philharmonic. Também citou as trilhas dos filmes O Último Samurai (The Last Samurai; 2003) e Memórias de uma Gueixa (Memoirs of a Geisha; 2005), conhecido como SAYURI no Japão, como casos em que a combinação resultou em uma experiência muito agradável e aceita mundialmente.

– Medley de músicas eruditas

Os compositores eruditos têm relação com game music não somente pela natural influência exercida, mas pelo uso nos jogos, o que foi facilitado pelas músicas serem de domínio público. São vários exemplos de faixas que se tornaram clássicos do videogame, como a “Korobeiniki” do Tetris, “Requiem in D Minor K.626 Dies Irae” do Fatal Fury 2, “The Skaters Waltz” do Antarctic Adventure e quase todas as trilhas da série Parodius. De fato, já foi até lançada uma coletânea do tipo, a Classic in Game Music – Legend Compilation Series. A ideia parece ser similar ao “NES Medley” e testar a memória dos espectadores, talvez com o auxílio do telão. Não entendi o texto do Shogo Sakai, e do pouco que captei, ele salientou que muitas destas utilizadas em jogos foram criadas há mais de 300 anos e que é uma bela maneira de introduzir música erudita à plateia jovem.

– 428 ~Fuusasareta Shibuya de~

Escolha obscura? Para nós ocidentais, sim, mas os atentos deverão saber que o jogo da Chunsoft de Wii, com ports para PlayStation 3 e PSP, levou um 40/40 da Famitsu. Duvido que sairá por aqui, dada a impopularidade do gênero visual novel fora do Japão. Gênero este já foi representado no Press Start com o medley “Kamaitachi no Yoru – Otogirisou” em 2009. Creio que pela duração diminuta das faixas da trilha assinada por Hideki Sakamoto, Naoki Sato e Shingo Yasumoto, o segmento deverá usar mais de uma música. O que não falta são composições boas: “Coming Back Alive”, “Hope”… Lamento não ter conseguido compreender coisa com coisa do que afirmou Kazushige Nojima no texto.

– Spelunker

Spelunker, Spelunker, Spelunker, Spelunker, Spelunker… Já não estava de bom tamanho a “Spelunker” em versão do Nobuyuki Nakamura em 2008? Torço para que, pelo menos, o arranjo seja inédito – Masahiro Sakurai comentou algo nesse sentido, que, mais uma vez, não consegui entender perfeitamente. Como se não fosse muito o segmento próprio o Spelunker também apareceu no “NES Medley” de 2009. Eu prefiro lembrar os oito primeiros títulos para não deixar esvair a expectativa.

Set list até o momento:

01 – El Shaddai: Ascension of the Metatron
02 – Gradius
03 – Super Mario Galaxy 2
04 – Xenoblade Chronicles
05 – NieR
06 – Final Fantasy IV
07 – Pokémon
08 – The Last Story

[via PRESS START]

Press Start The 5th Anniversary: desfalcado, reverberado e abrupto


Por Alexei Barros

Arranjos exclusivos, fartura de jogos nipônicos, seleções obscuras… são alguns motivos para mostrar tanta admiração pela série de concertos Press Start, que conta com apresentações desde 2006 no Japão. A cada ano lamentava pela inexistência de CDs e DVDs, o que significava que as performances se perderiam no tempo e no espaço, exceto pelas gravações da plateia que surgiram em 2006 e 2007, sendo que de 2008 em diante não passou do terreno da imaginação.

Então o impossível aconteceu: em agosto foi anunciada a compilação comemorativa de aniversário Press Start The 5th Anniversary, à venda em 11 de setembro, dia da realização do Press Start 2010. Apesar de celebrar o quinto aniversário, o álbum mescla seleções de somente duas apresentações: do Press Start 2008, com a Kanagawa Philharmonic Orchestra no Bunkamura Orchard Hall, e do Press Start 2009, com a Tokyo City Philharmonic Orchestra no Tokyo Metropolitan Art Space. Sempre que um produto muito aguardado finalmente é lançado, vem a inevitável pergunta: a espera valeu a pena? Respondo de cara: não. O que leva a outro questionamento: “você ficava elogiando toda hora e agora vem dizer que não é tão bom assim?”. Calma.

À primeira vista chateia a pouca quantidade de faixas para uma coletânea: nove, em um total de 50 minutos – para efeitos de comparação, o Video Games Live: Level 2 e o Play! A Video Game Symphony Live estão entupidos até a boca, com 74 minutos. Ou seja, sobraram 24 minutos de CD. Se fossem segmentos de seis minutos, caberiam mais quatro faixas. Imagino a substância que trariam Out Run, Castlevania, Mega Man 2 e Wild Arms. Isso até daria para relevar.

O principal problema do álbum é a equalização equivocada, que conta com muita reverberação (valeu, 00Agent!), prejudicando a nitidez dos instrumentos, a ponto de parecer que a orquestra está muito mais longe do que verdadeiramente está. Fora isso, não existe a profundidade sonora que torna as performances orquestradas tão especiais. Ainda que gravado ao vivo, é inaceitável para um CD como ambas as apresentações aconteceram em salas de concerto, onde a arquitetura privilegia a acústica. Seria covardia comparar com o Symphonic Fantasies, um exemplo de perfeição entre os concertos de games. Para pegar um caso mais próximo, japonês, cotejo com o Monster Hunter 5th Anniversary Orchestra Concert ~Hunting Music Festival~, que, inclusive, aconteceu no Tokyo Metropolitan Art Space, o mesmo local do Press Start 2009, e viceja uma qualidade invejável de produção. Mais desanimador é que a reverberação exagerada persiste no Super Mario Bros. 25th Anniversary Special Sound Track Press Start Edition, que ainda farei um post específico.

Segundo, os arranjos não são tão bons quanto deveriam. As transições que reclamo tanto são irregulares em vários números do álbum. Não que sejam ruins, é que o Kazuhiko Toyama e o Nobuyuki Nakamura definitivamente não estão entre os melhores arranjadores do mundo. Falta polimento em muitas passagens e percepção de como encadear as músicas em um medley. Às vezes parece que as faixas e a sequência são pré-definidas por alguém e eles têm que se virar com isso, no momento em que mudanças e cortes poderiam ser feitos para o bem dos arranjos.

Mesmo assim, a track list foge do padrão do que se costuma ouvir nos concertos ocidentais. Importante ressaltar que o disco não representa a totalidade da experiência, como não há nada da Square Enix e da Nintendo. Depois do Hadouken minhas pútridas impressões do álbum que, mesmo com os já mencionados contratempos, tem os seus momentos.

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Press Start 2008: samples de Spelunker e Professor Layton


Por Alexei Barros

Por que voltei a falar do Press Start 2008 se o 2009 foi anunciado? Juntamente com os detalhes da apresentação desse ano, o site do concerto trouxe os samples de dois segmentos de 2008. Não das originais, mas das executadas na récita japonesa, com performance da Orquestra Filarmônica de Kanagawa. É praticamente um milagre, já que é a primeira vez que é mostrada ao público a gravação oficial de algo relacionado à série desde o início em 2006, o que mostra que existe o registro profissional, ainda que não possa ser vendido, ao menos até o momento. Quem sabe em uma coletânea.

A primeira amostra, do Spelunker, mesmo com 42 segundos, e a outra, do Professor Layton, com 1 minuto e meio, podem não ser as que eu estava mais curioso para conferir com tal qualidade (Mega Man 2, por favor), só que não deixam de representar um fato inesperado. Não duvido nada que outras músicas possam ser exibidas no futuro.

Para facilitar a sua apreciação, subi os samples no Goear:

03 – Spelunker
11 – Professor Layton

[via PRESS START]

Yie Ar Kung-Fu ~ Spelunker ~ Dig Dug (violino)

Por Alexei Barros

Distante dos clichês das performances amadoras (você sabe, Mario, Zelda, Final Fantasy…), uma dupla de violinistas que desconheço nome e procedência tocou músicas de três jogos que fizeram parte da minha infância (Spelunker menos), mas percebo que não são tão populares por aqui. E detalhe que quem fez a trilha do Yi Ar Kung-Fu foi a Miki Higashino, a mesma do Gradius.

Spelunker Medley – Spelunker (Lydia Hime)

Por Alexei Barros

De todos os jogos escolhidos para o repertório do Press Start 2008 ~Symphony of Games~, Spelunker foi a mais bizarra de todas. Mas semanas após a realização do concerto eis que acontece o anúncio do remake Spelunker HD para a PlayStation Network. Como comentei com o Geraldo certa vez, é como se os organizadores do concerto já soubessem. Vai entender.

Pelo pouco que entendi nas reportagens em japonês – não ouvi; maldito bootleg que não aparece -, o arranjo recriava a experiência de jogo, e exatamente isso o que lydiahime faz no piano. Acho que você vai entender o que estou falando caso conheça o Spelunker:

Press Start 2008: a fragilidade de Spelunker

Por Alexei Barros

Nada como uma novidade no set list do Press Start 2008 para dissipar a indolência da E3 2008, que parecia contaminar todo o universo gamístico, inclusive as freqüentes boas novas de game music. Impressionante como o concerto tem a palavra ousadia associada a cada nota interpretada. Jogos de trilhas célebres olvidados pelo tempo e ignorados pelas outras apresentações têm lugar garantido no palácio da nostalgia auditiva.

Foi necessário cavar fundo e explorar os recantos das grutas gamísticas para alcançar o clássico Spelunker. Detalhe que não será representado em um medley na companhia de outros jogos. Na verdade, terá uma suíte só dele, com “Theme of Spelunker” (tema da tela-título), “Spelunker BGM” (música principal) e “Stage Clear” (fanfarra de passagem de fase). Bons tempos em que os compositores, com muita criatividade, superavam a limitação dos três canais de som, como no caso do Nintendinho.

Aos que não estão habituados com o título do Arcade, lançado para Atari 400/800, Commodore 64, MSX, NES e Virtual Console, trata-se de um jogo de plataforma em que se controla um espeleologista através de cavernas em busca de tesouros, tendo que escalar cordas, subir em elevadores e escapar de morcegos. Spelunker possui uma peculiaridade: os calcanhares do explorador eram de cristal de tão sensíveis. Ele não podia cair de uma altura superior a… cinco centímetros, que já era suficiente para ele vir a falecer, coitado. Imagina pular dois degraus de escada. No máximo, dói a planta do pé. No caso dele, morte. “O herói mais frágil da história dos games”, disse Masahiro Sakurai no post de hoje, que ainda ressaltou o profissionalismo da Orquestra Filarmônica de Kanagawa e comentou ser uma ocasião única e imperdível ter as músicas de Spelunker tocadas por um conjunto sinfônico completo.

Extremamente agradecido ao Fabão pela tradução.

[via PRESS START]

Set list até o momento:

01 – Wild Arms
02 – Super Mario Galaxy
03 – Monster Hunter


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