Arquivo para janeiro \31\-03:00 2018

“Deus Ex Medley” – Deus Ex: Human Revolution e Deus Ex: Mankind Divided (Montreal Video Game Symphony)

Por Alexei Barros

Há muitos anos o Canadá se tornou um dos principais polos de desenvolvimento de jogos, mais especificamente Montreal, que abriga mais de 125 estúdios. Para celebrar os 375 anos da cidade e essa fartura de produções canadenses, o compositor Maxime Goulet (Dungeon Hunter IV, Warhammer 40,000: Eternal Crusade) produziu o Montreal Video Game Symphony, concerto realizado no dia 29 de setembro de 2017 no Place des Arts. Como o nome diz, um espetáculo apenas com jogos feitos em Montreal: desde jogos AAA como Assassin’s Creed, Mass Effect: Andromeda e Dragon Age: Inquisition, até jogos indie como FEZ, Outlast 2 e Papo & Yo, além de outros extremamente obscuros. Confira o programa completo aqui.

Assim que soube da apresentação, fiquei na curiosidade para ouvir o segmento do Deus Ex. Não encontrei nenhuma gravação amadora, mas daí soube que no dia 12 de dezembro o vídeo do espetáculo ficou disponível na íntegra no Twitch e no YouTube por 24 horas… Isso depois da data. Com a “sorte” que eu tenho para esse tipo de coisa, achei que perderia essa oportunidade única, mas depois alguns segmentos foram compartilhados no Facebook e no YouTube até que hoje, finalmente, foi publicado o número do Deus Ex no próprio canal da Eidos Montreal, atual desenvolvedora da série. E por que tanta expectativa?

Deus Ex: Human Revolution (2011) e depois Deus Ex: Mankind Divided (2016) realmente me conquistaram com duas jornadas memoráveis do protagonista Adam Jensen. Ambos mesclam FPS, RPG, exploração, furtividade, suspense, ação, intrigas, conspirações, enfim, gêneros, estilos e mecânicas que estão entre os elementos que mais me cativam em um jogo. A trilha sonora evidentemente entra nesse pacote com uma mistura entre o sinfônico e o eletrônico que confere uma atmosfera perfeita para a experiência. O canadense Michael McCann é o principal responsável pelas músicas – ele também compôs para Splinter Cell: Double Agent e XCOM: Enemy Unknown –, assinando a trilha inteira de Deus Ex: Human Revolution. No Mankind Divided ele teve uma participação menor, já que a maioria das faixas é de Sascha Dikiciyan – Ed Harrison completa o trio de compositores da sequência.

Fora a trilha original, dá para dizer que Deus Ex foi tocado praticamente pela primeira vez por uma orquestra nesta ocasião. A “Icarus Main Theme” (Deus Ex: Human Revolution) está naquele álbum The Greatest Video Game Music 2 (que comentei aqui, mas na época ainda não tinha jogado e não falei desse arranjo). É muito redundante fazer uma versão tão parecida com a original dessa forma, ainda que tenha os seus momentos (as cordas mais orgânicas da London Philharmonic Orchestra, a guitarra e o solo da soprano Sarah Covey). Vale lembrar que antes deste concerto, Deus Ex: Human Revolution apareceu no espetáculo L’Odyssée musicale du jeu vidéo, em abril de 2017, porém tenho minhas dúvidas se essa apresentação aconteceu mesmo, levando em conta a inexistência de reportagens ou qualquer tipo de registro sobre o evento. Nem no Japão há concertos tão secretos.

Minha maior dúvida era saber como eles iriam reproduzir os elementos eletrônicos das músicas. Uma das saídas seria usar playback (como o Video Games Live faz no número de Metal Gear Solid), utilizar um teclado (como o saudoso espetáculo holandês Games in Concert provavelmente faria) ou realizar uma performance 100% sinfônica – o que foi o caso aqui. Sob a regência da maestrina Dina Gilbert, a Orchestre Métropolitain, que contabiliza 60 pessoas, foi acompanhada pelo gigantesco Chœur Métropolitain, com 120 vozes. O programa credita Benoît Groulx como o arranjador principal, então imagino que esta partitura tenha sido feita por ele.

A maior diferença da “Icarus – Main Theme” para a versão original é que não há aquele solo etéreo feminino que permeia praticamente toda a música. O coral é quem canta no lugar, aumentando a grandiosidade da peça. Mas o que eu achei mais interessante foi justamente a forma com que a parte eletrônica do começo foi reproduzida, misturando os timbres de piano, harpa e marimba (tenho quase certeza que é uma marimba) e depois os mesmos instrumentos tocando o trecho eletrônico final. Além da presença das cordas, os metais conferiram um impacto essencial.

O público afoito para aplaudir e a ausência de transição prejudicaram um pouco a performance, que continuou com a “Embrace What You Have Become” – é a música do trailer de revelação do Deus Ex: Mankind Divided lá em abril de 2015. Dessa vez sem a participação do coral, que se sentou ao fim da música anterior, a orquestra toca o tema cinematográfico com toda a sua urgência, respeitando as pausas e mudanças de motivos na original. Porém, penso ser um tanto questionável a escolha da música de um trailer em detrimento de uma faixa que realmente toque com frequência no jogo, como a “Sewers” ou a “TF29”. A atmosférica “Detroit City Ambient (Part 1)” do Deus Ex: Human Revolution então seria um sonho.

Não acredito que o medley vai estimular pessoas que não conhecem a série a se interessar pelas músicas de Michael McCann, mas é uma performance respeitável e honesta, especialmente pela primeira parte do medley correspondente ao Deus Ex: Human Revolution.

“Deus Ex Medley”
“Icarus – Main Theme” (Deus Ex: Human Revolution) ~ “Embrace What You Have Become” (Deus Ex: Mankind Divided)

A inesperada ressurreição sonora de Panzer Dragoon Saga 20 anos depois

Por Alexei Barros

Se hoje qualquer jogo de segunda linha tem trilha sonora orquestrada, na geração 32-bit a situação era bem diferente. Falando especificamente dos J-RPGs que apareciam aos montes na época, apenas alguns projetos tinham, quando muito, os temas de abertura e de encerramento com músicas de instrumentos reais, como Suikoden II, Final Fantasy VIII e Chrono Cross.

Graças ao lançamentos de álbuns e realizações de concertos, essas trilhas sonoras sintetizadas finalmente estão recebendo o tratamento que mereciam. Para comemorar os 20 anos do lançamento japonês do Panzer Dragoon Saga (no Japão o jogo se chama Azel: Panzer Dragoon RPG) neste 29 de janeiro, a compositora principal do RPG do Saturn, Saori Kobayashi, lançou o álbum Resurrection: Panzer Dragoon Saga 20th Anniversary Arrangement Soundtrack. O CD pode ser ouvido todo no Bandcamp (e comprado por 12 dólares). Uma versão em vinil está prevista para o dia 2 de abril. De acordo com Kobayashi, essa é a sonoridade que ela queria atingir 20 anos atrás, mas as limitações do Saturn e sua inexperiência não permitiram atingir na época.

Apesar da empolgação de ver um jogo tão de nicho sendo lembrado dessa forma, lamento o álbum não ser exatamente como eu gostaria. A primeira queixa é o fato de os arranjos não serem do Hayato Matsuo. A própria Saori Kobayashi foi quem arranjou as composições dela e da Mariko Nanba, a outra autora da trilha.

Além de Matsuo ser um orquestrador de mais alto gabarito, ele já participou da própria trilha original com o arranjo da canção “Ecce valde generous ale (Behold The Precious Wings)”. É dele também o arranjo da “Anu Orta Veniya” do Panzer Dragoon Orta do Xbox. E a outra reclamação é a performance não ser de uma orquestra completa, apenas de um quarteto de cordas, o Triforce Quartet, além de uma flauta e da vocalista Eri Itoh, a intérprete da “Sona mi areru ec sancitu (Art Thou the Holy One)”.

Apesar disso, não dá para negar que as 20 faixas da trilha escolhidas para o CD ficaram muito interessantes e talvez nem fosse vontade dela querer que as músicas soassem muito orgânicas, já que muitos elementos sintetizados ainda estão presentes. A própria disse na entrevista ao The Verge que a intenção era que os arranjos não fugissem da proposta das originais.

Grato ao Gagá pela dica e ao Vinicius por me chamar a atenção do álbum.

[via The Verge]

“Suikoden II Medley” – Suikoden II (Symphonic Gamers 2)

Por Alexei Barros

A série Suikoden tem trilhas incríveis, mas a representatividade em performances orquestrais, embora existam, são bastante limitadas perto do montante de músicas excelentes – basta ver a quantidade, variedade e qualidade de álbuns com versões arranjadas nos estilos mais diversificados.

Até mesmo pela escassez de músicas executadas, este medley da JAGMO (JApan Game Music Orchestra) do Suikoden II é facilmente o melhor. Até então, só existiam performances da “Into a World of Illusions” (Suikoden) no Press Start 2009 e 2014 e no concerto sueco Score e da “Opening” (Suikoden II) nas apresentações suecas Settings e Score.

A maioria das músicas de Suikoden II são da Miki Higashino. Miki-Chang, como ela gostava de ser creditada, é certamente uma das minhas compositoras favoritas (Gradius do arcade, Knightmare do MSX, Tartarugas Ninja do arcade não é para qualquer um), mas infelizmente ela se aposentou, apesar de volta e meia fazer uma participação especial.

Única das escolhidas já orquestrada na trilha, a magnânima “Opening BGM” que abre o medley perde bastante impacto sem coral (a original ainda conta com um solo vocal étnico), mas tem o seu valor. Inclusive vale destacar que Suikoden II saiu no Japão dois meses antes de Final Fantasy VIII e sua idolatrada “Liberi Fatali”. Porém, a diferença de popularidade entre as duas é gigantesca. O que vem a seguir é a continuação do tema de abertura, que termina com um impressionante dueto de violino.

A “Reminiscence” também tinha uma breve intervenção do vocal étnico, porém nesse arranjo o oboé é que faz esse papel – genial! Em destaque mesmo é o piano em uma bela interpretação da instrumentista com as cordas de fundo.

Imitando a timbragem da música sintetizada, “Those Who Don’t Work Don’t Eat” entra com os fagotes, os contrabaixos e a flauta, além de solos de viola e violoncelo. Aos poucos a orquestra cresce e chega a “One Minute Showdown”. Pelo que informa a legenda no vídeo, essa música toca no evento de batalha de culinária no restaurante do chef de cozinha Hai Yo. Pode ser viagem minha, mas ela apresenta uma pegada meio Dragon Quest. Ela acelera até culminar em uma rápida alusão referente ao segmento “March of the Swiss Soldiers” da obra “William Tell Overture” de Gioachino Rossini.

Depois de uma breve pausa, aparece a “The Even More Glorious, Beautiful Golden Capital” (música assinada pelo Tappy Iwase, aliás) com bastante percussão e até palmas em um clima meio celta. A bateria faz a passagem para a “Confrontation with Monsters Again” com a potência dos metais.

Mas o ápice do medley é a “Gothic Neclord” em toda a sua imponência e majestade. A “Gothic Neclord” no arranjo da banda Yajuh-Ohkoku do álbum Genso Suikoden Music Collection Produced by Hiroyuki Namba é uma das minhas favoritas de todos os tempos com uma pegada diferente pela presença da guitarra em combinação com o violino. Mas eu achei essa versão melhor do que a “Gothic Neclord” do álbum Genso Suikoden Music Collection Produced by Kentaro Haneda que é orquestrada. Com as cordas mais afiadas do que nunca e a batida da bateria (muito presente e, ainda assim, sem acobertar os demais instrumentos), a JAGMO conseguiu aproveitar ao máximo a excelência da composição. A legenda nem avisa, mas o oboé e a flauta resgatam a “Into a World of Illusions” para fechar esse medley de maneira fabulosa.

Algo que eu não entendi é que a JAGMO está vendendo no site Chakushin Uta em versão digital o segmento chamado “Genso Suikoden II Medley ~Tabibitotachi no Tsuisou Suite ver.~”, mas com uma seleção de faixas um pouco diferente desta apresentação. Também existe um medley similar do primeiro Suikoden intitulado “Genso Suikoden Medley ~Tabibitotachi no Tsuisou Suite ver.~”. Todos esses medleys são de autoria de Kunio Matsuzaki, que faz parte da equipe interna da JAGMO e nasceu em 1992 – mais um jovem talento do mundo dos arranjos para orquestra.

Honestamente, se várias dessas músicas fossem de uma série mais popular como Final Fantasy, elas teriam um reconhecimento maior. De toda forma, a Konami ultimamente não tem ajudado muito em valorizar as suas franquias.

– “Suikoden II Medley”
“Opening BGM” ~ “Reminiscence” ~ “Those Who Don’t Work Don’t Eat” ~ “One Minute Showdown” ~ “March of the Swiss Soldiers” ~ “Confrontation with Monsters Again”“The Even More Glorious, Beautiful Golden Capital” ~ “Gothic Neclord” ~ “Into a World of Illusions”

Agradecido ao Fabão por ter me informado sobre esse medley e também pela tradução da legenda.

Distant Worlds: music from Final Fantasy The Journey of 100: quase sem novidades

Por Alexei Barros

Se eu já estava atrasado comentando sobre concertos que aconteceram há meses, o que dizer deste que foi organizado quase três anos atrás? Mesmo sem empolgar muito, me sinto na obrigação de falar dos lançamentos do Distant Worlds e notei que tinha faltado comentar este e o próximo que pelo menos é mais recente.

Distant Worlds: music from Final Fantasy The Journey of 100, como o nome sugere, foi a centésima apresentação da turnê que aconteceu em janeiro de 2015 e foi lançada em Blu-ray em agosto do mesmo ano.  É o terceiro concerto registrado em vídeo do Distant Worlds, sucedendo o DVD Returning Home (2011) e o Blu-ray The Celebration (2013).

O espetáculo se deu em Tóquio, com a Tokyo Philharmonic Orchestra e o DWFF Tokyo Choir sob a regência de Arnie Roth. A cantora americana Susan Calloway, que costuma cantar todos os temas vocais da série, esteve presente, mas a “Melodies of Life” foi cantada pela artista original do Final Fantasy IX, a Emiko Shiratori.

Os álbuns em estúdio da turnê, como o Distant Worlds III que saiu antes deste Blu-ray, não creditam individualmente os arranjadores. Porém, os lançamentos em vídeo têm esse cuidado, o que permite confirmar algumas suspeitas. Quando fiz posts dos segmentos “Balance is Restored” e “Character Theme Medley” do Final Fantasy VI, eu não sabia quem eram os arranjadores. Pois bem, a “Balance is Restored”, que é basicamente a parte final da “Ending Theme”, foi arranjada pelo Hiroyuki Nakayama (aquele mesmo pianista que veio duas vezes para o Brasil) e era a que eu tinha gostado mais, apesar de estar longe do ideal, que é ter o tema completo. Já a “Character Theme Medley”, que apresenta uma transição muito ruim, foi feita pelo próprio Arnie Roth e o seu filho Eric Roth. A “Rose of May” do Final Fantasy IX eu imaginei algo semelhante. Parecia elaborada demais para ser feito pelo Arnie Roth, que é bastante literal em suas partituras. Não é que o arranjo também é do Hiroyuki Nakayama?

Posto isso, comento os dois segmentos novos que estrearam especificamente na apresentação desse Blu-ray The Journey of 100. Por ora, não há os registros completos dos números em questão no YouTube, então tive de apelar para os vídeos incompletos do canal da Square Enix. Em compensação, clicando nos nomes das músicas, é possível ouvir os arranjos gravados em estúdio para o álbum Distant Worlds IV, que ainda vou abordar melhor em um post futuro.

14. “Torn from the Heavens” (Final Fantasy XIV)
Original: “Torn from the Heavens”

Composição: Masayoshi Soken
Arranjo: Yoshitaka Suzuki e Shota Nakama

Liberada na versão orquestrada como bônus para download do álbum Heavensward: Final Fantasy XIV Original Soundtrack, esta peça imponente e magnífica chama a atenção por dois pontos. O primeiro deles é não ser uma composição de Nobuo Uematsu, mas sim do mexicano Masayoshi Soken, um dos nomes mais importantes da safra de compositores mais novos da Square Enix. O outro é o arranjo ser de uma dupla inusitada formada por Yoshitaka Suzuki, que tem um currículo impressionante por jogos como Metal Gear Solid 4, Bayonetta e Final Fantasy XIII-2; e Shota Nakama, o líder da Video Game Orchestra que vem conquistando cada vez mais espaço nas gravações das trilhas das séries Final Fantasy e Kingdom Hearts. Não sei mensurar qual a porcentagem de participação de cada um no arranjo, mas a performance incisiva do coral chama a atenção. Esta e outras adições recentes mostram que enfim a turnê está mais aberta a músicas que não são compostas pelo Nobuo Uematsu.

19. “Jenova Complete” (Final Fantasy VII)
Original: “Jenova Complete”

Composição Nobuo Uematsu
Arranjo: Hiroyuki Nakayama

Também conhecida por “Jenova Absolute” ou “Perfect Jenova”, dependendo da tradução, esta faixa eu confesso que estava fora dos meus radares quando só depois me lembrei que ela aparece em um arranjo supremo no terceiro movimento “The Planet’s Crisis” da sinfonia de Jonne Valtonen para o concerto/álbum Final Symphony. Mesmo assim, acho que há espaço para esta releitura por ser um número avulso e, diferentemente da versão do finlandês, ela usa coral. Mais um arranjo competente de Hiroyuki Nakayama, que conseguiu captar bem o caos da música sintetizada. Por que não acionam mais ele?

“Light Eternal” – Lightning Returns: Final Fantasy XIII (Distant Worlds 2014 em Londres)

Por Alexei Barros

Mais um segmento novo (ou já seria velho?) que eu quase passei batido – o número nem foi incluso nos lançamentos mais recentes do Distant Worlds. E trata-se de uma adição bastante curiosa por ser de uma sequência direta. Todos sabemos da dificuldade que é a turnê tocar músicas de jogos derivados ou spin-offs. Por exemplo, Final Fantasy X-2 nunca foi executado no Distant Worlds – a “1000 Words Orchestra Version” do FFX-2 apareceu por um milagre no Beginning of Fantasy, concerto realizado na Indonésia. E outro fato curioso é a escolha ser do Lightning Returns, sem passar antes pelo antecessor Final Fantasy XIII-2.

A “Credits – Light Eternal -“ original tem mais de dez minutos de duração e é um medley que contém trechos de músicas assinadas não só pelo Masashi Hamauzu, como também pelo Mitsuto Suzuki e Naoshi Mizuta. Este último e Yohei Kobayashi fizeram o arranjo da peça para o jogo. Porém, a performance do Distant Worlds compreende apenas os quatro minutos finais do tema de encerramento. Essa parte corresponde a uma variação mais calma do acelerado tema de combate “Blinded by Light”, já presente no repertório da turnê, tendo estreado no DVD Returning Home e depois aparecido no álbum Distant Worlds III. Ou seja, um número um tanto redundante. E não curto muito a ideia de a música inteira não ter sido executada na íntegra, assim como tinha acontecido com a “Ending Theme” do Final Fantasy VI.

“Hymn of the Fayth ~ The Sending” – Final Fantasy X (Distant Worlds 2014 em Londres)

Por Alexei Barros

Este post deveria ter sido publicado uns quatro anos atrás (!), mas somente com os lançamentos recentes do Distant Worlds foi possível concluir que este é (ou era na época) um arranjo novo do Final Fantasy X.

Já existia uma versão a cappella “Hymn of the Fayth” (também conhecida por “Song of Prayer”) que o Masashi Hamauzu fez para o Voices. Eu só não tinha certeza se essa versão do Distant Worlds reaproveitava alguma coisa dessa partitura, mas não é o caso. Registrado em estúdio no Distant Worlds III e ao vivo no Blu-ray Distant Worlds: music from Final Fantasy The Journey of 100, o novo segmento na verdade foi arranjado pelo próprio maestro do espetáculo Arnie Roth e pelo filho Eric Roth.

Enquanto o arranjo do Hamauzu começa com todos os homens do coral e depois continua também com as mulheres, essa nova versão explora mais os solos dos coristas. A performance tem início com um solo de tenor entoando os versos com sílabas em japonês que não fazem sentido, mas escondem um significado seguido pela soprano.

O coral entra na parte que corresponde à “The Sending” e não existia na versão do Hamauzu por ter o acompanhamento da percussão, conferindo a atmosfera tribal tão presente em Final Fantasy X. Pessoalmente, tenho outras preferências na trilha do RPG do PlayStation 2 (não vou me estender para os jogos da geração 16-bit porque seria covardia), mas não deixa de ser uma música com um tom diferente e ameno em relação às faixas pomposas e bombásticas com coral.

– “Hymn of the Fayth ~ The Sending”
Originais: “Hymn of the Fayth” ~ “The Sending”


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