A E3 veio, ficou e já se foi o disco voador. Por aqui não tivemos oportunidade – ou seria vontade? – de comentar em detalhes os gazilhões de coisas bacanudas ou nem tanto que rolaram por lá.
Mas não deixamos de dar nossos pitacos. E digo mais: enganamos o pessoal do Game Hall alegando um suposto expertise no assunto e ajudamos a conceber uma edição especial do popular programa Versus, neste caso totalmente dedicado à E3 2009 sozinha, sozinha, sozinha.
O WordPress não me deixa ser fiel à causa do MAIS e embebedar embedar aqui o vídeo, então segue um link direto para a página.
E no começo do post uma foto da infância de Gustavo Hitz, que até então não entendia porque mesmo com óculos ele não conseguia ver a E3 e qualquer outra coisa que aparecesse na tela da TV ou no monitor do PC.
É incrível que entre tantas notícias grandiosas da E3 2009 acabo sempre me empolgando mais com as revelações menos comentadas. A notícia ocorreu durante o evento, e foi pouco propalada. Eu gostei do anúncio.
No Japão, há dezenas de séries de RPG que nem passaram por aqui ou apenas fizeram rápidas visitas, como é o caso de SaGa e Fire Emblem. Mas há muitas outras. Acabo inevitavelmente descobrindo por causa da trilha sonora ou pelo envolvimento de designers famosos. E uma dessas é Heracles no Eikou, Glory of Heracles em inglês, que existe há 22 anos (completos dia 12 de junho) e possui seis jogos – para variar, foi o Fabão Santana que me apresentou tal obscuridade. Originalmente da Data East, a série baseada na mitologia grega parecia enterrada com a falência da produtora, mas a Paon, formada por dissidentes da Data East, adquiriu as propriedades intelectuais da franquia e resolveu ressuscitá-la no DS com o capítulo que marcará a estreia no ocidente. Era uma localização que dava não como improvável, mas impossível.
Por que ficar atento para o lançamento? O jogo inicial, ainda para Famicom, foi um dos primeiros com o roteiro de Kazushige Nojima, que viria a se consagrar nos trabalhos para a Square, como os entrechos de Final Fantasy VII, VIII, X e da série Kingdom Hearts, para não falar do modo Subspace Emissary de Super Smash Bros. Brawl. Aliás, Nojima esteve envolvido nos demais e neste episódio para DS. A título de curiosidade, além de participar da composição do quarto capítulo da série, Shogo Sakai, que se projetou na gigantesca trilha de Mother 3, arranjou e regeu a performance do medley “Memories of Atlantis ~ Beyond the Horizon ~ Battle with the Goblins” no Orchestral Game Concert 5. Lembro, mais uma vez, que atualmente ambos estão envolvidos na produção da série de concertos Press Start ~Symphony of Games~, então não estranhe se um dia Glory of Heracles surgir no set list de alguma edição. Pena ele não ter assinado as músicas desse jogo de DS – Yuichi Kanno e Yoshitaka Hirota fizeram a trilha.
A relação completa dos episódios da série logo abaixo. Os dois jogos 16-bits também saíram no Virtual Console japonês.
1987 – Toujin Makyou-den Heracles no Eikou (Famicom)
1989 – Heracles no Eikou II: Taitan no Metsubou (Famicom)
1992 – Heracles no Eikou III: Kamigami no Chinmoku (Super Famicom)
1992 – Heracles no Eikou: Ugokidashita Kamigami (Game Boy) [spin-off]
1994 – Heracles no Eikou IV: Kamigami kara no Okurimono (Super Famicom)
2008 – Heracles no Eikou: Tamashiu no Soumei (Nintendo DS)
Tudo bem, sei que a frase é o clichê do clichê do clichê. Mas é fato: a imagem vale mais que um gol contra mil palavras. Para todos vocês, incrédulos e sem fé, que não acreditavam na minha presença em Los Angeles durante a cobertura da Electronic Entertainment Expo, eis a prova cabal.
Tive a oportunidade de encontrar alguns figuras jornalistas pelos pavilhões e troquei uma ideia com a equipe da revista Edge Brasil. Eles foram muito solícitos e me ajudaram na hora da alimentação, visto que eu havia levado somente um pé-de-moleque com a grana fornecida pela Hadouken Enterprises. O problema é que exagerei na degustação de iguarias e prontamente adquiri uma protuberante pancinha, que pretendo perdê-la com caminhadas diárias inspiradas em Claudio Prandoni.
Sem mais delongas, contemple:
Da esquerda para a direita, Théo Azevedo, Fabio Santana, Gustavo Hitzschky e Nelson Alves Jr.
Acabou. Lá se foi mais uma E3 com todas as suas emoções.
Por conta da ocasião especial e de um alinhamento todo específico de planetas e horários de quase todos os Toperas, conseguimos gravar, editar e publicar um Hadoukast em tempo recorde – o que não era muito difícil, já que a média de tempo para o processo todo era medido em semanas, quase meses.
Fanfarronices ficcionais e internacionais de Hitz, novidades exclusivas que não importam, comentários mil, musiquinhas de joguinhos e um monte de baboseiras sobre a suposta Hadouken Corp. Capsule Lmtd. Inc. Deluxe.
Enfim, sem mais longas delongas, com vocês a sétima edição regular do Hadoukast, neste caso especificamente falando discutindo os eventos que se transcorreram durante a E3 2009.
Para fazer download do programa, basta clicar no link exatamente abaixo:
Oficializada de forma oficialmente oficial. Isso é o que essa imagem acima é.
Nada menos do que a primeiríssima arte conceitual para o próximo Zelda de consoles caseiros, revelada por Miyamoto Shigeru-sensei em uma conferência fechada para seletos membros da imprensa mundial (ou seja, nem eu nem o Hitz, mas talvez o maestro Barros).
Promissor? Sim e não.
Por um lado (talvez o dentro), é sempre bacana ver evidências concretas de que a Big N não está dormindo no ponto e já está trabalhando em um novo episódio principal da franquia. Expectativa de uma jornada épica e talvez até revolucionária em termos de controles. A primeira grande reviravolta na mecânica da série Zelda veio em 1998, com Ocarina of Time, justamente onze anos depois do primeiro game da franquia.
Pois bem, agora em 2009 é Ocarina of Time quem faz onze anos e há tempos Miya-san fala sobre mudar drasticamente o estilo da série.
Por outro lado (supostamente o de fora), o visual denuncia manutenção do estilo visual, ou seja, o mundo pseudo-medieval fantasioso. Ruim? De maneira alguma, mas acredito que a palavra-chave no mercado de games nos últimos anos é inovação e acho que não doeria tanto à Nintendo procurar revitalizar a série Zelda não apenas nos controles, mas também na própria temática.
Lembra daquela piada de primeiro de abril do Zelda futurista? Não há necessidade de falar japonês chegar a tanto, mas confesso que achei interessante.
Em tempo: a guriazinha (guri?) azul em destaque me parece ser um Zora.
Incrível que em meio à barafunda de tecnologias revolucionárias e jogos novos apresentados na E3, eu ainda me empolgo mais com as franquias conhecidas, algumas delas que costumam ficar em segundo, senão terceiro plano como é o caso de Professor Layton.
Felizmente, a continuação Professor Layton and the Diabolical Box sairá em breve, conforme foi anunciado na E3: 24 de agosto de 2009. Digo em breve porque faltam poucos meses, já que a versão japonesa saiu em 29 de novembro de… 2007!
Quem conhece a série fatalmente se encantará com a alta qualidade das cenas de animação e dos puzzles mostrados. Mas nada de muito diferente do que vimos no jogo anterior. Não que precisasse.
Uma boa alma, que atende no YouTube pelo apelido de sunvulcan, fez a caridade de publicar em vídeo o trecho da conferência da Ubisoft que o Rei, o Atleta, o Pelé aparece.
Você já deve ter visto o trailer do recém-anunciado Super Mario Galaxy 2 (a primeira sequência direta de um Mario desde o NES e a primeira continuação de um Mario 3D), mas eu quero chamar a atenção para um detalhe, como não poderia deixar de ser: a música ouvida durante o vídeo.
Claramente a faixa é sintetizada e não orquestrada tal qual as 28 da trilha do antecessor. A parte do início para mim soa inédita e a partir de 1:23 vem à tona a conhecida “Wind Garden” (Gusty Garden Galaxy). Aí fico na dúvida (que provavelmente não será respondida até o lançamento, dada à escassez de informações da Nintendo sobre game music):
– Koji Kondo terá maior participação desta vez?
– Mahito Yokota cuidará da maior parte das músicas de novo?
– Haverá músicas orquestradas novamente?
Quando estava assistindo a conferência da Sony, fiquei estupefato com o anúncio de Final Fantasy XIV para PlayStation 3 (PC também), porque a revelação ia contra o que eu imaginava: que FFXIII seria o único capítulo da série nessa geração (e não três como é tradição) por conta do grandioso ciclo de desenvolvimento. Não nos esqueçamos do projeto Fabula Nova Crystallis Final Fantasy XIII. Falando nisso, alguém viu o FF Versus XIII?
Cenas vêm, cenas vai do trailer, chega o logo… Bastou aparecer o vocábulo “online” para que toda a expectativa se desmoronasse como um castelo de cartas após um sopro. Não, não gosto de MMORPGs e passei batido pelo FFXI. Será mais um capítulo perdido para mim.
Seja online ou não, sempre fico na expectativa para saber quem será o compositor da trilha musical de um RPG, ainda mais do quilate da série FF. Pois bem, o mito Nobuo Uematsu. Apreciei bastante a trilha do Hitoshi Sakimoto e outros do FFXII e do pouco que ouvi do Masashi Hamauzu no FFXIII (ainda devo um post comentando as faixas da demo), mas é bom saber que ele está de volta como compositor principal. Se for apenas Uematsu, é algo que não acontece desde FFIX, já que no FFX e FFXI fez as trilhas com outros músicos e nos seguintes escreveu somente os temas.
Para quem não viu, o trailer de FFXIV com a pomposa música sinfônica de fundo:
Ah, a Sony. A empresa sempre gostou de esperas e nunca teve pressa nenhuma ao anunciar os seus jogos, serviços e afins. Continuando a cobertura completa do Hadouken da E3, acompanhe abaixo os tweets Hitzmanianos diretamente de Los Angeles.
Depois de quase duas horas de conferência, só queria saber o seguinte. Por que não houve a confirmação oficial de que Metal Gear Solid Rising chega também para o PS3?
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