Arquivo para junho \26\-03:00 2015

Final Symphony ganha Blu-ray de áudio

53591-1435317963Por Alexei Barros

Gravado no Abbey Road Studios com a London Symphony Orchestra, o espetáculo Final Symphony, que já havia sido publicado digitalmente em fevereiro de 2015, enfim receberá lançamento físico. Para comportar mais de 90 minutos de música de FFVI, VII e X arranjadas por Jonne Valtonen, Roger Wanamo e Masashi Hamauzu, o álbum será um Blu-ray de áudio, que garante a qualidade 96 kHz/24 bit e som 5.1. Surround.

Além do disco, o pacote inclui um livreto com informações sobre os arranjos e fotos coloridas de todas as sessões de gravação em Londres – sempre gosto desse tipo de coisa.

Com número de catálogo SQEX-20021, o Blu-ray do Final Symphony será publicado pela Square Enix com lançamento marcado para o dia 16 de setembro no Japão ao preço de ¥ 4.500 (fora as taxas). O álbum também terá uma versão ocidental, com data a ser anunciada.

Para os afortunados espectadores das apresentações do sucessor Final Symphony II em Bonn no dia 29 de agosto e em Londres, em 12 de setembro, há planos de que o Blu-ray já esteja à venda nessas cidades.

[via Spielemusikkonzerte, Square Enix]

 

“Albion Online (Suite)” – Albion Online (Music in Motion)

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Por Alexei Barros

Além de Final Fantasy XII e Legend of Mana, a seção de games do concerto Music in Motion contou com a presença de um jogo muito menos conhecido, Albion Online. Trata-se de um MMO produzido na Alemanha para PC, Mac, Android e iOS cuja presença no concerto se deu por um motivo especial: a trilha desse jogo é assinada pelo finlandês Jonne Valtonen, mais conhecido pelos mais variados e fabulosos arranjos e eventuais composições (como as fanfarras de abertura) na série de apresentações Symphonic na Alemanha.

Na verdade, Valtonen é um compositor de game music das antigas, colecionando diversos trabalhos desde a década de 90 – acontece que muitos desses jogos não são dos mais populares, como Alien Incident (PC, 1996) e Project S-11 (Game Boy, 2000). De fato, ultimamente o finlandês tem voltado a compor para jogos, desta vez colecionando todo o conhecimento e experiência na produção de músicas orquestradas.

Como não conheço a trilha original do Albion Oline, fica difícil saber quais faixas a suíte do Music in Motion compreende, mas a miscelânea é variada, começando com uma clima pomposo, que dá sequência para uma atmosfera opressiva. Mais adiante, surge a harpa e a flauta, no momento que dá para se sentir no meio de uma vila medieval. No final, a peça de sete minutos recupera a pompa do início.

O trailer do Albion Online e o vídeo do making of também permite apreciar outras músicas compostas por Jonne Valtonen que inclusive apresentam coral (a performance do Music in Motion foi instrumental).

Albion Online (Suite)

Trailer

Making of

A volta de The Last Guardian

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Por Alexei Barros

Para mim, um dos grandes momentos da E3 2015 foi, sem sombra de dúvidas, a abertura da conferência da Sony com a volta de The Last Guardian. Revelado oficialmente na E3 2009, o jogo marcaria a estreia do minimalismo de Fumito Ueda no PlayStation 3, dando continuidade ao legado de ICO e Shadow of the Colossus em uma nova plataforma. Depois de mais duas aparições – TGS 2009 e TGS 2010 –, The Last Guardian ficou preso em um limbo de incertezas e falta de informações.

A expectativa já tinha se transformado em impaciência, depois em indignação e não demorou muito para prevalecer o conformismo: com tantos rumores, muitos já se acostumavam com o cancelamento de The Last Guardian. No final de 2011, surgiu a notícia de que Fumito Ueda tinha deixado a Sony, embora permanecesse trabalhando no jogo. Para saber de todo o vai e vem dos boatos, recomendo esta linha temporal compilada pelo Kotaku americano (que, aliás, precisava ser atualizada).

Na E3 2015 enfim foi esclarecido que Ueda fundou o gen DESIGN, que trabalha na parte criativa de The Last Guardian. Espero que depois desse jogo essa parceria com a Sony não acabe por aí – por exemplo, em uma relação parecida da que o estúdio Sora de Masahiro Sakurai teve com a Nintendo (inclusive essa softhouse nem existe mais).

O desenvolvimento de The Last Guardian começou em 2007, e tanta demora foi justificada por problemas técnicos, pois o PlayStation 3 não seria capaz de atender à visão que Ueda tinha para o projeto. Por mais que pareça uma desculpa esfarrapada (afinal, são oito anos!), outros game designers falaram a respeito da dificuldade de trabalhar com o hardware do PS3 – como Kazunori Yamauchi, criador de Gran Turismo. Com isso, The Last Guardian migrou do PlayStation 3 para o PlayStation 4, repetindo a história de ICO, cujo projeto começou no primeiro PlayStation, mas foi realocado para o PlayStation 2.

Um dos aspectos menos comentados do jogo até agora é a trilha sonora. O trailer da E3 2009 não mostrou muito esmero nesse aspecto, pois reciclava a “Opening Titles” do filme Miller’s Crossing, apesar de a música combinar belissimamente com a interação do garoto protagonista com o animal indefinido. Os demais vídeos, incluindo o trailer da E3 2015, trouxeram músicas sinfônicas incidentais, mas nada digno de chamar a atenção. Considerando o resultado primoroso da trilha sonora de Shadow of the Colossus, que parece melhorar a cada ano que passa, eu torceria para as músicas ficarem sob a batuta de Kow Otani. Nem sei se existiria uma opção melhor que ele.

Eu só espero que o jogo seja realmente lançado em 2016 como prometido. Passou tanto tempo que alguns até acham que The Last Guardian nem seria mais necessário nos tempos atuais da indústria, como neste artigo do Kotaku americano. Discordo frontalmente dessa visão, já que um jogo artístico com esse escopo e a sensibilidade única de Fumito Ueda é bem-vindo em qualquer época ou contexto do mercado.

Depois de rever os trailers antigos e assistir ao vídeo mais recente com toda a resolução que tem direito, concluo que The Last Guardian está sim mais bonito, embora ainda sem o impacto gráfico que muitos esperariam de um jogo do PlayStation 4.

Press Start 2015: o começo do fim

menu_logoPor Alexei Barros

Mais ou menos nesta época do ano começo a ficar na expectativa por novidades da edição anual do Press Start. Mas preciso me acostumar com a ideia de que isso acontecerá pela última vez. Sim, o Press Start vai acabar. De maneira impressionante, o espetáculo se manteve na ativa durante nove anos, mas a récita de 2015 será a décima e derradeira.

O Press Start 2015 acontecerá em duas apresentações no dia 8 de agosto, com a orquestra e o anfiteatros mais recorrentes durante todo esse tempo: a Kanagawa Philharmonic Orchestra, que tocou em 2008, 2010, 2011 e 2014 no Tokyo Metropolitan Art Space, que sediou o espetáculo em 2009, 2010, 2013 e 2014.

Com esse clima de despedida, os organizadores não parecem ter se esforçado muito para introduzir novidades bombásticas. O set list é baseado em grandes hits dos anos passados e, sem esconder o jogo, todos os segmentos aparentemente foram revelados.

– Super Mario Bros.

ps2015_marioCusto a acreditar que aquele mesmo segmento do Orchestral Game Concert já executado em 2009 e 2013 no próprio Press Start vai aparecer de novo. Apesar dessa repetição, devo ressaltar que a série de concertos foi a que se manteve mais atualizada em relação a novos jogos do Mario, com segmentos de New Super Mario Bros. Wii e Super Mario Galaxy 2, embora tenha faltado o Super Mario 3D Land.

– Ore no Shikabane o Koete Yuke

ps2015_oreshikaOre no Shikabane wo Koete Yuke é um RPG obscuríssimo lançado apenas no Japão para PlayStation em 1999 e para PSP em 2011. Esse jogo já teve seu segmento no Press Start 2009, com a participação da cantora Lioko Kihara. A reprise deve ter sido motivada pelo lançamento da continuação, Oreshika: Tainted Bloodlines, que saiu em 2015, inclusive também no Ocidente, apesar do predecessor não ter vindo para este lado do mundo.

– Xenoblade Chronicles

ps2015_xenobladeExecutado em 2011 e 2013, o segmento do RPG para Wii até teve uma excelente apresentação própria. Ainda fico me perguntando como vou jogar esse jogo dada a dificuldade para conseguir uma cópia. E lamento que nenhum concerto tocará tão cedo alguma música do sucessor Xenoblade Chronicles X para Wii U, com a trilha de Hiroyuki Sawano – inclusive ainda devo um post sobre isso.

– Mother

ps2015_motherO RPG para Famicom criado por Shigesato Itoi já apareceu no Press Start 2010 e 2013 em um medley com as belas músicas compostas por Keiichi Suzuki e Hirokazu Tanaka. Os japoneses realmente parecem gostar muito do jogo e da trilha, o que não parece ser motivação suficiente para Itoi cogitar fazer um novo título da série.

– The Legend of Zelda

ps2015_zeldaNão está muito claro exatamente qual segmento de Zelda será tocado neste ano, já que a série apareceu em diferentes números ao longo dos anos. A julgar pela imagem do jogo para NES no site, deve ser um arranjo dos mais mastigados com o icônico tema principal assinado por Koji Kondo. Uma pena que com o fim do Press Start, diminuem as chances de aparecer tão cedo um segmento do próximo e aguardadíssimo jogo para Wii U.

– Rhythm Heaven

ps2015_rhythmO público realmente parece gostar desse segmento interativo do jogo de ritmo para Nintendo DS à la Video Games Live já tocado em 2009, 2010 e 2013. Tanto que o jogo seguinte da série, Rhythm Heaven Fever (Wii, 2012) passou batido e o vindouro Rhythm Tengoku: The Best Plus (3DS, 2015) provavelmente teria o mesmo caminho.

– Classical Music Medley

ps2015_classicTrata-se de uma miscelânea com músicas eruditas utilizadas em jogos. Apareceu no Press Start 2011 e sua gravação em áudio chegou a ser disponibilizada para apreciação no site oficial. Mas negligentemente eu não ripei na ocasião e a tiraram do ar. Não era algo fora de série, levando em conta que essas músicas são executadas pelas melhores orquestras do mundo e as transições não eram elaboradas, mas é um registro que se perdeu.

– Final Fantasy VIII

ps2015_ff8Outra novidade… Ou perto disso. Desde a primeira edição, o Press Start sempre teve um segmento da série, mas sempre eram reprises, até que em 2011 o concerto tocou um medley inédito de FFIV. Em 2012, o segmento do FFXI também foi novo. FFVIII nunca tinha aparecido antes no Press Start, e o texto cita as músicas “Eyes On Me” e a “The Man With the Machine Gun”. Apesar de as duas faixas já terem sido arranjadas – a primeira inclusive ganhou uma versão orquestrada no Final Fantasy Orchestral Album -, não existe um único número que inclua as duas, o que me leva a acreditar que se trata de um arranjo novo.

– Legend of Mana

ps2015_seikenA aparição do RPG do PlayStation no Press Start 2012 me surpreendeu na ocasião porque é de uma série deixada de lado pela Square Enix. Resta saber se o medley terá a fantástica “Song of Mana” cantada como na estreia ou instrumental, como na reprise em 2013.

– Chrono Trigger e Cross

ps2015_chronoFalando em Square Enix e em séries escanteadas… Provavelmente, o concerto tocará o mesmo medley executado no Press Start 2010 e 2013. A série também apareceu no Press Start 2008, mas em uma seleção de faixas diferente. Bacana, mas depois do que foi feito no Symphonic Fantasies é difícil que outro arranjo consiga chamar a atenção. Precisa ser muito inusitado, como este medley da Brass Exceed Tokyo.

– Shadow of the Colossus

ps2015_wandaPor incrível que pareça, a trilha magnânima de Kow Otani teve uma aparição única na série, sendo lembrada apenas no Press Start 2007 em um medley bem simples com a  “Revived Power ~ Battle With the Colossus” e a “Grotesque Figures ~ Battle With the Colossus~”. Aproveito a ocasião para soltar um desabafo: ando cansado de ler e ouvi dizer que “jogo X foi inspirado por Shadow of the Colossus” ou “jogo Y tem influências de ICO”. Queria algo direto da fonte, do Fumito Ueda. Puxa vida, Shadow of the Colossus vai comemorar dez anos em 2015. Será que é muito sonhar com The Last Guardian para esta E3 2015 ou é mais fácil eu acreditar no anúncio de um novo console da Sega?

[via PRESS START]


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