T-Square 45th Anniversary Celebration Concert: o inconcebível retorno de Masato Honda

Além dos integrantes atuais e ex-instrumentistas, o show teve dois guitarristas convidados e uma big band das mais encorpadas

Por Alexei Barros

É simplesmente inacreditável: o show de 45 anos do T-Square, realizado no Tokyo International Forum Hall A neste 21 de outubro de 2023, contou com a performance de Masato Honda. O talentoso saxofonista que participou da banda de 1991 a 1998 e tocou na apresentação de 20 anos, nunca mais tinha dado as caras em espetáculos do T-Square, ausentando-se das celebrações de 25, 30, 35 e 40 anos. Parece até mentira…

Mas, na verdade, isso era algo que estava esperando com bastante expectativa diante dos últimos acontecimentos. Depois da saída de Masahiro Andoh e do falecimento de Hirotaka Izumi em 2021, o futuro do T-Square não parecia dos mais promissores com apenas dois integrantes: Takeshi Itoh (sax e EWI) e Satoshi Bandoh (bateria), formando a banda que passou a ser conhecida por T-Square alpha. Eis que algo completamente inesperado aconteceu logo no álbum Wish (2022): Masato Honda voltou a colaborar com o T-Square, arranjando e tocando em três faixas. Esse disco também contou com a performance de Keiji Matsumoto (teclado), que chegou a ser integrante do grupo em 1999 e 2000 e nunca mais tinha aparecido. Posteriormente, Honda voltou a participar das apresentações do T-Square, tornando-se uma espécie de integrante honorário, já que com ele a banda é intitulada T-Square alpha X (o “X” é de “double saX”). Para celebrar esse retorno, foi realizado o show Welcome Back! Masato Honda lançado em Blu-ray em abril deste ano. Não bastasse isso, Honda compôs duas faixas inéditas para o álbum seguinte, Vento de Felicidade (2023). Por sinal, o disco conta com a participação de vários ex-integrantes como é de praxe nos CDs comemorativos. Além da “Stratosphere”, composição de Keiji Matsumoto já presente em seu álbum solo The Winds Of Spring, o disco conta com “Rooms With A View”, música póstuma de Hirotaka Izumi finalizada por Yuji Toriyama; e “Climax”, faixa assinada por Keizoh Kawano que é nada mais, nada menos do que música-tema do filme de Gran Turismo.

Dito isso, eu não consegui encontrar uma explicação minimamente plausível para o afastamento de Masato Honda durante todos esses anos. O regresso de Honda imediatamente após a saída de Andoh leva à óbvia conclusão de que havia um desentendimento entre os dois, mas para adicionar mais um ingrediente nesse mistério, Masahiro Andoh participou do show de 60 anos de vida do Masato Honda como se nada tivesse acontecido. Vai entender.

Falando especificamente do show de 45 anos, além da inevitável e sentida ausência de Hirotaka Izumi, não compareceram três figuras recorrentes: Junko Miyagi, a única mulher da banda e que tocou piano e teclado nos shows de 20, 30, 35 e 40 anos; Michael S. Kawai, primeiro baterista que esteve nas apresentações de 20, 25, 30 e 40 anos; e simplesmente Hiroyuki Noritake, um dos bateristas mais conhecidos do T-Square e que esteve em todos os espetáculos anteriores de aniversário. Sobre este último, especulou-se em comentários no YouTube que o conflito de agendas impossibilitou a sua participação, visto que ele costuma tocar com outros artistas, o que me parece plausível – espero que seja só isso mesmo. Dessa vez, não houve um piano acústico de cauda como nos tempos de Hirotaka Izumi. Em shows após o seu falecimento, os tecladistas Yudai Sato e Akito Shirai se revezaram ao piano, mas eles não participaram da apresentação de 45 anos. Com isso, foram estes os instrumentistas.

Guitarra e violão: Masahiro Andoh, Yuhji Mikuriya, Kazuma Sotozono, Kazumi Watanabe, Yuji Toriyama
Saxofone e EWI: Takeshi Itoh, Masato Honda, Takahiro Miyazaki
Teclado: Keiji Matsumoto, Keizoh Kawano, Daisaku Kume
Baixo: Toyoyuki Tanaka, Mitsuru Sutoh, Shingo Tanaka
Bateria e percussão: Kiyohiko Semba, Tohru Hasebe, Satoshi Bandoh

Trompete: Chihiro Yamazaki

Além de Kazuma Sotozono, um dos guitarristas que vêm substituindo Andoh nos shows mais recentes, os guitarristas Kazumi Watanabe e Yuji Toriyama foram convidados, tocando as mesmas músicas que eles participaram das gravações originais: “Freaky Rats” e “Climax” no caso de Watanabe e “Stratosphere” e “Rooms With A View” no que se refere ao Toriyama.

Falando mais sobre o set list, não achei que sobreviveria ver a impactante “Stiff Nails” ser tocada na abertura com três saxofones assim como no show de 20 anos. Apesar de toda a empolgação, eu ainda fico com a versão de 1998 por alguns fatores: aquela entrada sequencial das três baterias e os solos dos três saxofones no final não estão presentes nessa performance de 2023. Outra coisa que me incomodou é que, fora a “Stiff Nails”, a “Japanese Soul Brothers” e a “Truth” foram as únicas com três saxofones (na terceira, dois EWIs de Itoh e Miyazaki e um NuRAD de Honda) e todos os instrumentistas (exceção aos convidados Kazumi Watanabe e Yuji Toriyama que não participaram dessas músicas). As demais faixas buscam reunir os integrantes de determinadas épocas dentro das possibilidades e sem muitas surpresas (como os três baixos na “Sunnyside Cruise” do show de 35 anos).

Os meros retornos de Keiji Matsumoto e Masato Honda garantiram um frescor ao set list com músicas que nem sempre são lembradas – curiosamente, Kazuma Sotozono foi quem tocou a guitarra nessas faixas e não Masahiro Andoh. O trio “A Dream in A Daydream”, “Dali’s Boogie” e “Taking Mountain” corresponde ao período quase esquecido dos anos 1999 e 2000 em que Matsumoto era integrante. Já os anos áureos de Masato Honda foram relembrados no bloco “Ciao!!!”, “Little League Star”, “Natsu no Shinkirou” , “Theme for BBS” (que nem faz parte da discografia do T-Square e é da época de carreira solo do saxofonista), “Rise” e “Megalith”, com direito à participação nas quatro primeiras de uma big band, cujos integrantes apareceram em vários solos. Aliás, estranho as duas últimas também não terem big band, pois as originais contavam com metais. E ainda vou ficar sonhando com “Splash!” e “Samurai Metropolis”… No entanto, eu também senti falta dos metais em músicas que originalmente não tinham esses instrumentos, como ocorreu na “Celebration” do show de 25 anos ou na “Rondo” na apresentação de 35 anos.

Pude comentar minhas impressões sem muita demora porque o espetáculo foi transmitido e milagrosamente disponibilizado no Bilibili – não sei por quanto tempo. Trata-se de uma apresentação espetacular graças especialmente ao retorno de Masato Honda, mas sempre fica a sensação de que poderia ser ainda melhor, considerando tudo o que o T-Square já fez em 45 anos de história.

Distant Worlds music from Final Fantasy 2023: um sonho distante que enfim virou realidade no Brasil

O nome da turnê é uma referência à música homônima “Distant Worlds”, tema de encerramento da expansão Chains of Promathia de Final Fantasy XI cantado originalmente por Izumi Masuda – Foto: Rafael Strabelli

Por Alexei Barros

Iniciada em 2007 por ocasião do aniversário de 20 anos da série Final Fantasy, a turnê Distant Worlds produzida pelo maestro Arnie Roth enfim aterrissou em território brasileiro em 2023 com uma apresentação em São Paulo no dia 28 de setembro e outra no Rio de Janeiro em 1 de outubro. Por muitos anos, eu achava que isso seria quase impossível, mas comecei a ficar mais otimista a partir do Piano Opera 2016 por causa da inacreditável vinda de Nobuo Uematsu ao Brasil. Foram mais sete anos para virar realidade – 16 anos de espera no total!

Por mais que o país tenha milhares de jogadores e o mercado nacional esteja cada vez mais consolidado, o fato de o Brasil ser subdesenvolvido parecia ser um elemento determinante para ficar fora da rota dessas apresentações que costumam acontecer na América do Norte, Europa, Ásia e Oceania. Afinal de contas, devem ser levados em conta custos elevados de produção, viabilidade comercial para todos os envolvidos, espaço na agenda das casas de espetáculo, datas para ensaios da orquestra local etc. Porém, no caso do Distant Worlds, havia um agravante: a turnê já tinha visitado dois países da América do Sul na década passada: Argentina em 2013 e Chile em 2014. Para completar, o Brasil, mais especificamente São Paulo, teve em 2018 o Kingdom Hearts: Orchestra e, em 2019, o Kingdom Hearts Orchestra – World of Tres- (este com presença da Yoko Shimomura!). Ou seja, se havia público brasileiro para concertos tão específicos assim de uma série da Square Enix – ainda que com o apelo turbinado pela popularidade dos filmes da Disney –, como era possível a turnê da mais famosa franquia da gigante dos RPGs nunca ter vindo ao país? Ao menos, vontade não faltava. “Na verdade, temos tentado trazer o Distant Worlds para o Brasil há anos! Estou muito feliz por finalmente estarmos nos apresentando no Brasil!”, afirma Arnie Roth em declaração ao site Final Fantasy Brasil. Sergio Murilo Carvalho, diretor da Conexão Cultural, empresa que viabilizou a visita da turnê, revelou em entrevista para o IGN Brasil que as negociações começaram em 2016 ou 2017, mas a agenda apertada do Distant Worlds dificultou o processo. Era claro que havia uma demanda enorme para isso, pois o anúncio dos espetáculos no país aconteceu no dia 6 de julho, e dois meses depois os ingressos do Espaço Unimed em São Paulo quase esgotaram – apesar de que no Jeunesse Arena no Rio de Janeiro deu para ver muitos assentos vazios. Belo Horizonte e outras praças chegaram a ser discutidas, mas não puderam por falta de datas livres da turnê, que tem um concerto marcado em Singapura para o dia 6 de outubro.

Antes da récita, ao conferir o site oficial do Distant Worlds, eu fiquei cético com um aspecto: “O vencedor do Grammy, Arnie Roth, conduz a Orquestra Sinfônica Villa Lobos e coro – mais de 100 músicos no palco tocando as amadas músicas de Nobuo Uematsu, Masayoshi Soken e muitos mais”. O site do Cine in Concert foi mais específico, falando em “90 músicos e 32 coralistas”. O motivo da preocupação: a Villa Lobos era justamente a orquestra que tocou na maioria das apresentações do Video Games Live no Brasil, incluindo o VGL 2009 (na qual eu contabilizei cerca de 25 instrumentistas e 15 coristas), além do já citado Kingdom Hearts Orchestra – World of Tres- (que eu não pude comparecer). Felizmente, meu pessimismo foi embora ao visualizar várias fileiras de cadeiras em cada lado do palco e seis contrabaixos apoiados no chão, sendo possível constatar que a Villa Lobos estava em sua formação completa ou então foi reforçada para a ocasião. Se não foram exatamente 90 instrumentistas, provavelmente foi um número perto disso. E devo dizer que a performance da Villa Lobos foi muito competente. Posicionado à esquerda do palco, o Coral Lírico Villa Lobos (cujo nome eu só ouvi no anúncio de Arnie Roth na apresentação e não vi no material de divulgação), foi bem ensaiado e estava em bom número (30 pessoas), mas não tinha uma potência vocal avassaladora, o que é esperado pela faixa etária mais jovial dos coristas que foram selecionados dentre mais de mil candidatos.

Como não se tratava de uma sala de concerto com tratamento acústico, os instrumentos e coristas foram microfonados. Eu ouvi alguns leves esbarrões nos microfones em dados momentos, mas nada que comprometesse a performance que, diferentemente do VGL que usa playback como suporte, foi 100% realizada ao vivo. Considerando que as partituras que foram tocadas não são extremamente desafiadoras e não exigem virtuoses (como seria, por exemplo, o pianista da “Final Battle” do FFX), bastava que os números fossem devidamente ensaiados por esses músicos – em cada cidade, quem comprou o ingresso podia assistir ao ensaio final realizado horas antes da apresentação sem custos adicionais.

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Final Symphony II: a sinfonia tarda, mas não falha

Por Alexei Barros

Como o tempo passa! Oito anos após sua estreia lá em 2015, o Final Symphony II finalmente ganhou um tratamento similar ao concerto predecessor com uma gravação em estúdio para ser apreciado com a qualidade que as partituras merecem. Com arranjos de Final Fantasy V, VIII, IX e XIII, o álbum Final Symphony II foi lançado neste último dia 4 de agosto e está disponível digitalmente nos sites SpotifyAmazon Music, Apple Music e Bandcamp. Mas antes de comentá-lo vale uma breve retrospectiva de ambos os concertos.

O Final Symphony (2013) surgiu na esteira do Symphonic Fantasies (2009), que apresentou as músicas de Kingdom Hearts, Secret of Mana, Chrono Trigger/Cross e Final Fantasy no formato de suítes extensas. Dessa vez apenas com faixas da franquia mais popular da Square Enix, o Final Symphony reuniu segmentos de Final Fantasy VI, VII e X e teve o álbum gravado no Abbey Road Studios em Londres em 2014 com performance da London Symphony Orchestra. Após a estreia na Alemanha em 2013, o Final Symphony teve diversas apresentações pelo mundo: Inglaterra, Japão, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Holanda, Estados Unidos, Nova Zelândia, China, Áustria e Austrália.

O Final Symphony II (2015) surgiu dois anos depois também na Alemanha e, embora não tenha sido tão reprisado como o antecessor, passou ao mesmo tempo por vários países – Inglaterra, Japão, Finlândia, Suécia e Holanda. Ambos os programas inclusive estão com apresentações agendadas para o próximo ano. Nesse período, apenas o segmento de Final Fantasy VIII foi exibido com gravação profissional e depois lançado oficialmente no concerto/álbum Symphonic Memories (2020). A gravação foi feita no Konserthuset em Estocolmo, Suécia em junho com a Royal Stockholm Philharmonic Orchestra sob a regência de Andreas Hanson – não há a participação de um coral. Com a criação, direção e produção executiva de Thomas Boecker, o álbum reuniu, a exemplo do primeiro Final Symphony, os arranjadores finlandeses Jonne Valtonen e Roger Wanamo, além de Masashi Hamauzu. Após o Hadouken, minhas considerações sobre o Final Symphony II. Já adianto que, assim como os concertos passados, as músicas são exploradas de maneira não linear, às vezes de maneira sobreposta, e posso ter passado batido por referências mais sutis.

Jonne Valtonen e Thomas Boecker acompanham a gravação do Final Symphony II na Suécia – Foto: (C) Nadja Sjöström

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Hirotaka Izumi (1958-2021)

Um gênio por trás de muitas obras-primas

Por Alexei Barros

O Japão perdeu um de seus mais talentosos compositores: o pianista Hirotaka Izumi faleceu de um infarto fulminante aos 62 anos no dia 26 de abril de 2021. Ele foi integrante do T-Square de 1982 a 1998 e autor de algumas das mais memoráveis e famosas músicas da banda, incluindo “Omens of Love”, “Takarajima”, “White Mane”, “Twilight in Upper West”, “Travelers” e “El Mirage”. Isso para não se esquecer de faixas menos tocadas, como “Dandellion Hill”, “Beyond the Dawn” e “Glorious Road”.

Izumi tinha uma capacidade fora do comum para criar melodias redondas, com uma energia absolutamente poderosa ou então de uma sensibilidade extraordinária. Era um dos meus compositores favoritos – se não “o” favorito – e um dos mais talentosos a fazer parte do grupo, aparecendo em diversos shows do T-Square como convidado e até criando músicas novas em álbuns comemorativos.

Desde a década retrasada, Izumi se juntou ao guitarrista Yuji Toriyama e o baterista Akira Jimbo (do Casiopea) para formar a banda Pyramid, que lançou quatro álbuns, com músicas inéditas e covers de canções de bandas ocidentais. Volta e meia ele formava trios de jazz tocando piano acústico na companhia de um baterista e baixista (geralmente novatos). Mais recentemente, ele estava lançando sua obra completa no formato de álbuns de solo de piano na série chamada Complete Solo Works, que está no terceiro volume.

Ele chegou também a fazer a trilha do anime Hakugei: Legend of the Moby Dick e, nos games, sua única participação se deu no RPG tático Arc the Lad II, que Izumi compôs em parceria com o guitarrista Masahiro Andoh, que anunciou sua saída do T-Square neste ano.

Lembro que muitos álbuns de Izumi podem ser ouvidos no Spotify, assim como toda a discografia do T-Square. Depois do Hadouken, separei dez performances de músicas do Hirotaka Izumi, que é insubstituível e vai deixar muitas saudades.

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O fim da era Masahiro Andoh no T-Square

Por Alexei Barros

Masahiro Andoh, líder do T-Square, atualmente com 66 anos, anunciou que se aposentará da banda ao final da turnê do próximo álbum ainda a ser revelado. Eu já o mencionei várias vezes por aqui pelo fato de ele ser um dos principais compositores da série Gran Turismo, em especial nos jogos para PlayStation e PlayStation 2.

Em 42 anos como guitarrista do T-Square, Andoh colecionou vários obras-primas além da “Moon Over the Castle” de Gran Turismo. Entre músicas mais ou menos famosas, destaco: “Truth”, “Dans sa Chambre”, “Faces”, “Prime”, “Sailing the Ocean”, “Hawaii e Ikitai”, “Crown and Roses”, “Morning Star”, “Daisy Field”, “Big City”, “Yoake no Venus”, “Love for Spy”, “Kaze no Shonen”, “Full Circle”, “Crisis”, “Naughty Boy”… A lista vai longe.

Apesar da saída do fundador do grupo, isso não significa que o T-Square vai acabar: os integrantes remanescentes Takeshi Itoh (EWI e sax) e Satoshi Bandoh (bateria) vão seguir tocando com a banda que passa a ser conhecida como T-Square alpha. O T-Square já estava desfalcado de Keizoh Kawano (teclado), que anunciou sua saída no final do ano passado para se dedicar à recuperação de sua saúde. Em 2019, ele sofreu um AVC hemorrágico que limitou os movimentos do lado esquerdo do corpo, comprometendo sua atuação como instrumentista. Ele chegou a compor músicas inéditas para o álbum de 2020 intitulado AI Factory e até apareceu em algumas apresentações tocando teclado apenas com a mão direita, enquanto o novato Akito Shirai ficou responsável pela parte principal do teclado.

Andoh afirmou que não se aposentou como músico e eventualmente poderá participar das performances do T-Square alpha. Pelo que entendi no texto que comunicou sobre a sua saída, ele sentia o ano ficar cada vez menor conforme envelhecia com a rotina de produzir um álbum por ano e sair em turnê para tocar as músicas novas.

O futuro da banda é uma certa incógnita para mim, visto que o Takeshi Itoh raramente compõe, embora tenha músicas interessantes no currículo, como “Islet Beauty” e “Giant Side Steps”, deixando tudo nas costas de Satoshi Bandoh, que vinha assinando seis faixas por disco e se revelou ser ótimo compositor, que o diga “Sky Drive” e “Bb Freeway” (esta é do seu álbum solo Step By Step!). De qualquer forma, a saída de Masahiro Andoh pode abrir as portas para uma renovação na banda, sem esquecer do imenso legado musical de mais de 40 anos do T-Square.

[via T-Square]

The Music of Demon’s Souls

Por Alexei Barros

Demon’s Souls é um dos meus jogos preferidos de todos os tempos, mas remake é algo que realmente eu não achava necessário – depois de assistir aos vídeos de fãs reagindo de maneira empolgada no anúncio e de ler que esse é o jogo mais requisitado do catálogo da Sony para uma releitura, eu provavelmente devo ser o único a pensar isso. Até entendo o clamor por querer ver o jogo por ora aprisionado no PlayStation 3 com gráficos mais atualizados, porém para mim faz mais sentido a produção de remakes de títulos da geração 32-bit como Final Fantasy VII e Resident Evil, não um título contemporâneo de Uncharted 2: Among Thieves, Batman: Arkham Asylum, Killzone 2, Bayonetta, Final Fantasy XIII….

Ainda que não esteja empolgado para o remake da Bluepoint que será um dos títulos de lançamento do PlayStation 5, eu fiquei bastante surpreso com a atenção dada para a trilha sonora, que é um elemento bem sutil no jogo original. Mesmo assim, em pontos-chave as composições saltam aos ouvidos, como na misteriosa “Storm King”, na dramática “Maiden Astraea” ou na introspectiva “Maiden in Black”, que toca no Nexus na maior parte do jogo. As músicas são assinadas pelo pouco conhecido compositor Shunsuke Kida, que não participou de nenhum dos outros títulos derivados na From Software e coleciona colaborações para jogos musicais da Bemani na Konami, além de J-dramas e animes.

Ao falar sobre as mudanças do remake para o Polygon, Gavin Moore, supervisor do projeto na Sony Interactive Entertainment Worldwide Studios, equivocou-se ao dizer que a “trilha que foi gravada para a versão original era apenas sintetizada”. Os créditos do jogo confirmam que as músicas foram executadas por instrumentos reais – pela pouca quantidade de nomes, algo como uma orquestra de câmara (apenas 23 musicistas) e um coral enxuto formado pela vocalista KOKIA e dois coristas masculinos.

A trilha do remake foi arranjada pelo tailandês Bill Hemstapat, que foi um dos compositores e arranjadores de Ghost of Tsushima. Agora a orquestra e o coral que participaram são mais numerosos, saltando dos 26 originais para cerca de 120 pessoas no AIR Studios em Londres. Até mesmo um órgão de tubo foi utilizado.

O álbum promocional Demon’s Souls Original Soundtrack vem como brinde da Digital Deluxe Edition que sai no dia 12 de novembro. Em 18 de novembro sai o CD duplo Demon’s Souls Original Soundtrack -Collector’s Edition-, cuja tracklist trouxe detalhes interessantes. Como bem observado no fórum do VGMdb, o chefe do tutorial Vanguard agora tem o seu próprio tema musical – no original é a mesma música do “Penetrator” – e aparentemente a faixa de encerramento “Return to Slumber” não tem uma equivalente no remake. Também estou na dúvida em relação à “Souls of Mist”, que toca durante a criação do personagem e nem sequer foi inclusa no álbum do jogo original.

A Sony produziu um vídeo especial com declarações do produtor da trilha Peter Scaturro, do já mencionado arranjador Bill Hemstapat e do orquestrador Jim Fowler ao som da nova versão da “Maiden Astraea”. Fico na dúvida se toda essa magnitude sonora vai combinar com a atmosfera decadente e pútrida de Demon’s Souls, mas eu estou curioso para conferir a parte musical do jogo.

[via Polygon, PlayStation.Blog e VGMdb]

Symphonic Memories: novas e surpreendentes memórias da Square Enix


Por Alexei Barros

Se há tempos não acontecia uma atualização neste espaço empoeirado, há tempos não ocorria o lançamento de um álbum da série Symphonic com músicas da Square Enix – o último foi o Final Symphony em 2015. Pois então chegou o dia: hoje, 24 de setembro, vai ser publicado o CD Symphonic Memories Concert – music from Square Enix, referente à apresentação realizada no dia 14 de dezembro de 2019 no Japão. A performance foi da Kanagawa Philharmonic Orchestra, sob regência do maestro Eckehard Stier no Culttz Kawasaki.

O disco contém uma mistura inusitada de “tradição com modernidade”, como diria o clichê. Da parte da tradição, consta uma suíte inédita de Xenogears intitulada “Slayer of God” e o arranjo da “Soaring the Skies” assinada por Andreas Hedlund. Nascido na Suécia, o arranjador já havia trabalhado com duas peças do excepcional Turrican – Orchestral Selections em 2017.

Também da geração 32-bit, Final Fantasy VIII é representado pela suíte “Mono no Aware”, aquela mesma arranjada por Roger Wanamo para o Final Symphony II. Curiosamente, esse espetáculo provavelmente não deve ter um lançamento em CD por causa de problemas de custo e licenciamento, deixando as suítes de Final Fantasy V, IX e XIII sem gravações oficiais – espero que por pouco tempo.

E do lado da modernidade aparecem: a suíte “In the Shadow of the Crystal” de Final Fantasy XV arranjada por Jonne Valtonen para a turnê europeia também chamada de Symphonic Memories que aconteceu em 2018; e o concerto para violino e orquestra de Octopath Traveler arranjado por Valtonen e um número avulso arranjado por Wanamo.

A escolha pelo RPG para Switch, PC e Stadia me chamou a atenção pelo fato de a trilha não ser composta por algum dos figurões da Square Enix, mas por Yasunori Nishiki, que, por sinal, vem ganhando mais notoriedade pelas participações nas trilhas de Final Fantasy VII Remake e Kingdom Hearts III. Certamente é um jogo que eu imaginaria em alguma edição da extinta série de concertos Press Start – e talvez o jogo só tenha sido escolhido porque a apresentação aconteceu no Japão. Além disso, as músicas são pontuadas pela presença constante de instrumentos de banda (como visto no vídeo da gravação da trilha sonora), que costumeiramente não aparecem nessas produções ao vivo.

Samples podem ser conferidos abaixo.

[via 4Gamer.net, Soundtrack Central]

“Mega Man X Medley” – Mega Man X (Nostalgeek)

Por Alexei Barros

Eu sou do tempo em que não existiam orquestrações da série Mega Man. Passados os anos e muitas versões depois, eu me pergunto se vão arranjar uma música diferente da “Dr. Wily Stage 1” do Mega Man 2.

Nesse cenário de mesmice, saturação e falta de criatividade, surge a orquestra de sopro canadense L’Orchestre de Jeux Vidéo com uma escolha óbvia: Mega Man X. Quer dizer, deveria ser óbvia para qualquer concerto de games, mas o jogo do SNES faz parte de um montante de títulos populares que estranhamente não tiveram suas músicas devidamente exploradas em detrimento de jogos até menos conhecidos e com composições não tão memoráveis.

Basta um segundo de performance para constatar – vou me repetir – o óbvio: as músicas de Mega Man X ficam estupendas orquestradas. A “Title” realmente é de cair da cadeira e tentar se recuperar a tempo de ouvir a espetacular transição na bateria para a “Opening Stage”.

Seguindo a ordem dos acontecimentos do jogo da fase de abertura, aparece a “Vava 1”, a “Vava 2” e a “Zero”. Um dos grandes momentos do medley vem com os saxofones e trombones relembrando a “Stage Select 1” – dessa vez, devo confessar que eu não esperava que uma melodia tão curta ficasse fantástica desse jeito. A “Stage Start” é tocada de maneira grandiosa e não literal, transitando a peça para a “Storm Eagleed Stage” – curiosamente, o único tema de estágio da miscelânea. A “Title” volta a aparecer no final, fechando muito adequadamente o banquete nostálgico.

O medley poderia ter outras músicas das fases, como “Icy Penguigo Stage”, “Sting Chameleao Stage” (esses são os nomes que estão na OST) e o Acid certamente vai lamentar a ausência da “Password”, mas é difícil de criticar muito diante de tamanho ineditismo. O jogo é de 1993 e a performance é de 2018: foram 25 anos esperando por um arranjo como este.

– “Mega Man X Medley”
“Title” ~ “Opening Stage” ~ “Vava 1” ~ “Vava 2” ~ “Zero” ~ “Stage Select 1” ~ “Stage Start” ~ “Storm Eagleed Stage” ~ “Title”

T-Square 40th Anniversary Celebration Concert: é maravilhoso, mas não é o show dos sonhos

O palco do show de 40 anos do T-Square é o mesmo da icônica apresentação Casiopea vs The Square the Live!! de 2003

Por Alexei Barros

Por mais desatualizado que este espaço esteja, não posso deixar de analisar um dos acontecimentos que mais aguardava neste quase findo ano de 2018: o show de 40 anos do T-Square, realizado no Pacifico Yokohama no dia 5 de agosto e cujo Blu-ray foi lançado em 12 de dezembro. Até porque comentei – quase uma década atrás! – do evento similar de 30 anos. Para quem não sabe, trata-se da banda liderada por Masahiro Andoh, compositor de Gran Turismo e Arc the Lad.

Antes vale mencionar rapidamente sobre o espetáculo de 35 anos realizado em 2013 – esse sim eu não falei por aqui. Embora o programa registrado no Blu-ray (o qual eu tenho um exemplar) seja excelente, com direito à melhor performance da “Rondo”, vale mencionar uma decepção. Naquele ano, foram realizadas duas apresentações com convidados diferentes e set lists levemente distintos. Justamente a edição do show que não está gravada no Blu-ray é a que teve a “Knight’s Song” (a.k.a. “Moon Over the Castle”, tema de Gran Turismo) tocada na íntegra (e não em um medley como no show de 30 anos) com participação especial do guitarrista Kyoji Yamamoto.

Partindo para os 40 anos, o motivo que mais me deixava na expectativa era saber se enfim nessa ocasião estaria presente o genial saxofonista Masato Honda, que atuou na banda de 1990 a 1997. Ausente das apresentações de 25, 30 e 35 anos do T-Square, ele é não só um multi-instrumentista talentoso, como um exímio compositor, por músicas famosas da banda como “Megalith” e “Bad Moon”. Essas faixas continuam sendo tocadas em sua carreira solo, que não é das mais prolíficas quanto em outros tempos (de 2008 para cá ele só lançou três álbuns).

Nunca consegui descobrir a razão para todas essas ausências, apenas rumores infundados. Um dos boatos que eu vi em comentários do YouTube foi uma suposta briga de Honda que culminou em sua saída da banda em 1997. Se é assim, por que ele participou do Farewell and Welcome Live ‘1998 e do show de 20 anos do T-Square já como ex-integrante? E mais: por que Honda colaborou com a composição da música “A Distancia” para o álbum Brasil (2001) – a faixa também está presente no CD solo Cross Hearts (2001) – como músico freelancer?

De qualquer forma, dessa vez havia uma esperança mínima de sua aparição: em 2015, Masahiro Andoh publicou em seu Twitter uma foto com Masato Honda e outros instrumentistas no que parece ter sido um encontro casual no meio da rua. Não tem cara que havia algum desentendimento entre os dois. Ainda que os atuais integrantes do T-Square não participem dos álbuns solo do Masato Honda, ex-membros da banda, como Hiroyuki Noritake, Mitsuru Sutoh, Keiji Matsumoto e Hirotaka Izumi, costumam tocar com o saxofonista.

Mas tudo foi por terra abaixo no vídeo de revelação que anunciou todos os participantes desse show. O que não entendo é que o safado do Masato Honda esteve presente simplesmente em todos os shows de aniversário de carreira do cantor/guitarrista Toshiki Kadomatsu (20, 25, 30 e 35 anos), inclusive aparecendo de maneira muito mais discreta do que seria em um espetáculo do T-Square, apenas integrando o naipe de metais com solos ocasionais. A carreira do saxofonista deve muito mais ao T-Square do que ao Toshiki Kadomatsu.

Tudo isso é bastante lamentável, considerando o tanto de bandas que acabaram com as mortes de integrantes-chave ou que nem sequer conseguem mais reunir o suficiente de músicos vivos para formar uma banda. Por sinal, o único ex-membro falecido do T-Square é o Jun Aoyama, baterista que teve uma rápida passagem pelo grupo em 1980 e morreu em 2013.

Em contrapartida, fiquei feliz com o nome de Daisaku Kume, que só esteve presente anteriormente na apresentação de 20 anos. Arranjador da “Beyond the Bounds” (Zone of the Enders: The 2nd Runner), ele é o compositor da “Change Your Mind”, música ainda bastante tocada pelo T-Square. Em 2017, Kume completou 60 anos e fez um show comemorativo com as presenças de Masahiro Andoh e Takeshi Itoh, além do percussionista Kiyohiko Semba.

De resto, são os mesmos nomes do show de 30 anos, exceto pela ausência do primeiro baixista Yuji Nakamura e pela presença do baixista Shingo Tanaka, que não é exatamente um membro oficial da banda, mas é figura recorrente nos álbuns novos e já havia aparecido no show de 35 anos.

Porém, a grata surpresa foi a participação das instrumentistas Chihiro Yamazaki (trompete) e Kayoko Yuasa (trombone). As duas inclusive tocaram na gravação do álbum City Coaster, o primeiro lançado em abril pelo T-Square em 2018 apenas com músicas dos atuais membros. O outro que foi publicado este ano, no mês de novembro, It’s a Wonderful Life!, não teve o envolvimento de ambas, mas contou com composições de vários ex-integrantes, assim como os álbuns de aniversário Spirits (2003), Wonderful Days (2008) e Smile (2013). Aliás, vale elogiar o esforço por produzir dois CDs com músicas originais em um único ano, algo que só aconteceu quatro vezes nesses 40 anos de T-Square (antes só em 1978, 1984 e 2000). Isso porque a inclusão do trompete e trombone quebrou uma tradição de apenas os concertos de aniversário em anos terminados em “5” (25 e 35 anos) contarem com o reforço de um naipe de metais, visto que os shows de 20 e 30 anos não tiveram esses instrumentos. São 18 músicos no total:

T-Square Super Band Special
Guitarra: Masahiro Andoh, Yuhji Mikuriya
Saxofone e EWI: Takeshi Itoh, Takahiro Miyazaki
Piano e teclado: Daisaku Kume, Hirotaka Izumi, Junko Miyagi, Keizoh Kawano
Baixo: Toyoyuki Tanaka, Mitsuru Sutoh, Shingo Tanaka
Bateria e percussão: Kiyohiko Semba, Michael S. Kawai, Tohru Hasebe, Hiroyuki Noritake, Satoshi Bandoh

Trombone: Kayoko Yuasa
Trompete: Chihiro Yamazaki

As duas fizeram a diferença, apesar de ter achado o set list dos 40 anos um pouco fechado nas músicas mais famosas e exaustivamente repetidas, sensação que aumentou com a inexistência de algum medley, que em outras ocasiões favoreceu a lembrança de pérolas esquecidas pelo tempo (do T-Square são tantas…). Eu gosto da “Sailing the Ocean”, mas ela já tinha aparecido nos shows de 20 e 25 anos (em um medley). Mesma coisa a “Midnight Lover”, que foi lembrada nas apresentações de 20 e 30 anos.

Músicas como “Dans sa Chambre”, “Mistral” e “Crown and Roses”, que apresentavam metais nas versões originais em estúdio, ficaram sensacionais ao vivo. Pena que ainda poderiam ter outras com essa mesma característica, como a “Anchor’s Shuffle” e a sempre ignorada “Glorious Road” (tão ignorada que eu não encontrei um link com a música original no YouTube). E fico só imaginando o quão fantástico seriam músicas do Masato Honda como “Natsu No Shinkirou”, “Splash!” e “Samurai Metropolis”… Porém, assim como nos shows de 25 e 35 anos, algumas músicas que ganharam arranjos com metais especialmente para a apresentação, como a “Little Pop Sugar”, que ficou surpreendente e incrível na abertura e a própria “It’s a Wonderful Life!”. Nesse sentido, falando das composições do Mitsuru Sutoh, fico imaginando que seria melhor trocar a “Explorer” pela “Scrambling”, mesmo que ela já tivesse aparecido no show de 30 anos. A versão em estúdio não tinha metais, mas a parte do teclado claramente busca reproduzir esses instrumentos. E em relação às faixas mais recentes, a “幻想の世界” não poderia ter faltado.

Outra novidade neste ano foi a participação em três faixas da Adachi-ku Nishi Arai Chugakko Suisogaku Bu, orquestra de sopro japonesa. A “Omens of Love”, “Takarajima” e “Twilight In Upper West” – todas elas composições de Hirotaka Izumi – são músicas extremamente populares entre esses grupos, graças aos arranjos de Toshio Mashima para a série de álbuns New Sounds in Brass.

Apesar de tudo, o aniversário de 40 anos ainda é um dos melhores shows da banda especialmente por causa do naipe de metais. De resto, o óbvio: só espero que em futuras efemérides Masato Honda esteja presente (não custa sonhar).

A gravação em áudio do T-Square 40th Anniversary Celebration Concert pode ser conferida na íntegra no Spotify. Abaixo, um breve comercial do DVD e Blu-ray com cenas do show ao som da “It’s a Wonderful Life!”.

Concerto com músicas de Yuzo Koshiro será transmitido ao vivo neste sábado, 1º de dezembro

Por Alexei Barros

Neste dia 1º de dezembro, a apresentação NJBP Concert #1 “Koshiro Matsuri (Ancient Festival)” vai acontecer às 14h no Japão (3h da manhã no horário do Brasília) com um atrativo bombástico: o concerto terá transmissão online pelo YouTube! Como o nome diz, o espetáculo é dedicado às composições de Yuzo Koshiro, mais especificamente as músicas de The Scheme, Streets of Rage, Streets of Rage 2, Etrian Odyssey e ActRaiser.

Aconteceu tudo tão rápido que é até difícil de acreditar, considerando a dificuldade e a demora para ouvir arranjos orquestrais de tantas obras-primas de um dos maiores gênios da game music. Embora Streets of Rage seja o jogo que desperte a minha maior expectativa, eu também estou muito curioso para ouvir a “Symphonic Suite: ActRaiser 2018”. De acordo com Koshiro no site oficial do espetáculo, pela primeira vez todas as músicas do jogo serão executadas. Fico na dúvida se ele se refere às faixas perdidas ou ao fato de muitas músicas nunca terem sido tocadas ao vivo.

Obviamente, Yuzo Koshiro estará presente, e a Ancient, estúdio do compositor, está na supervisão do concerto, que terá a New Japan BGM Philharmonic Orchestra sob a regência de Yusuke Ichihara. Neste vídeo do ensaio é possível sentir um gostinho de ActRaiser e Etrian Odyssey.

O link da transmissão pode ser conferido aqui:

[via Twitter e NJBP]


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