Por Claudio Prandoni
Quero aproveitar este espaço democrático para expressar minha revolta. Ainda não sei exatamente a quem toda esta revolta será direcionada, mas já tenho alguns candidatos.
Ah! Claro. Seria uma boa se eu falasse antes com que estou revoltado. O que tem deixado tristonhos e chuvosos meus últimos dias no que se refere ao mundo dos videogames é a dificuldade absurda para se achar uma mísera cópia de The Legend of Zelda Twilight Princess para GameCube. Sim, GameCube. Não quero balançar o controle do Wii para atirar flechas, usar a espada ou seja lá o que for (apesar de o joguinho de pesca ser muito animal!). O que quero mesmo é o Zelda hardcore-old-school que a Nintendo está me fazendo esperar desde a E3 2004, quando revelou o jogo. Como diz André Sirangelo: “Esse Zelda de Wii é um filho bastardo. O verdadeiro Twilight Princess é o do GameCube”. Sábias palavras.
Vamos agora aos culpados da minha revolta.
– CULPADO 1 –
A própria Nintendo, oras bolas.
Gostaria de saber quem teve a idéia de lançar a versão GC do Zelda depois da versão de Wii. Pô!
Não basta amargar um atraso de mais de um ano (lembrem-se que TP foi anunciado originalmente para novembro de 2005!), ainda tenho de conviver com o fato de que já há pessoas jogando, terminando e fazendo speed runs no novo Zelda antes mesmo dele sair para o meu pobre GC.
– CULPADO 2 –
As lojas supostamente especializadas em jogos eletrônicos. Praticamente impossível achar o jogo em alguma loja antes do Natal. Acredite, eu tentei. Muito. Muito mesmo.
Lembro que na época do Nintendo 64 os jogos importados chegavam pouco mais de três dias após saírem lá fora. Agora levam semanas…
Pior que descobri isso da pior maneira. Fui em uma loja da cidade de São Paulo e perguntei quando devia chegar o jogo. Deram como prazo entre dias 15 e 20. Até dia 22 nada de Zelda para GC. Em outros lugares o jogo só estava previsto para chegar em 2007. Outras não pretendiam trazer o jogo (!!!). Rolou até um absurdo: certa loja me disse que o jogo só seria lançado em janeiro de 2007.
Claro que há exceções. Duas lojas de Santo André e outro par de estabelecimentos da Santa Efigênia conseguiram trazer algumas cópias de Zelda: TP pra GC. Obviamente, esgotaram-se em questão de horas.
– CULPADO 3 –
O governo brasileiro.
Sei que é chover no molhado falar que os impostos brasileiros inibem o crescimento da indústria de games por aqui e blá, blá, blá. Mas é necessário lembrar disso sempre pra que alguém com poder pra mudar isso se disponha a fazê-lo.
Não fosse a alta carga tributária sobre jogos eletrônicos, com certeza mais lojas trariam o jogo, e as lojas que o trouxeram fariam isso em maior quantidade.
– CONCLUSÃO –
Enfim, no final das contas, o jogo que eu gostaria de jogar nas férias de verão talvez acabe virando meu jogo para o feriado de Carnaval ou algum final de semana ocioso (isso se um desses existir, claro).
Óbvio que não deixei de jogar videogame. Como Plano B acabei arranjando Kingdom Hearts 2 pra jogar. Mas isso é assunto para outro post…
Falow!
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