Arquivo para fevereiro \15\-03:00 2013

Segata Sanshiro ressurge em show da [H.]

Por Alexei Barros

Quem acompanhou os passos finais da Sega como fabricante de consoles na era Saturn, deve se lembrar do saudoso Segata Sanshiro, o herói-propaganda interpretado por Hiroshi Fujioka que estrelou diversos comerciais promovendo o videogame 32-bit. A Sega levou o negócio tão a sério que Segata veio a falecer em um dos comerciais, encerrando uma carreira, o mito, a lenda até que…

Em 2013, a [H.], a atual banda da Sega – não confunda com a recém-retomada Blind Spot -, vai fazer um show com o Segata Sanshiro que será transmitido via Nico Live… Mas não se anime muito, porque a transmissão é paga. Nem sequer há pistas sobre o set list, mas tudo leva a crer que será tocado o eterno hino “Sega Saturn, Shiro!”, desta vez na companhia da banda formada por Takenobu Mitsuyoshi, Hiro e outros comparsas. Com sorte, alguém poderá compartilhar depois algum trecho do show, o que, se acontecer, evidentemente avisarei neste espaço tão pouco atualizado.

Espero também que o show sirva para dar uma animada na [H.], que depois do lançamento do álbum Sega Sound Unit [H.] 1st Album, está meio parada, chegando ao cúmulo de não ter feito nenhum arranjo nas coletâneas da Sega em 2012.

[via Game Watch]

Quando o T-Square veio ao Brasil


Por Alexei Barros

Já que eu me empolguei relembrando as duas visitas do Casiopea ao nosso país e é difícil falar deles sem citar o T-Square pela proximidade dos integrantes, serei obrigado a ressaltar um acontecimento que (quase) passou despercebido em 2001: a obscura passagem do T-Square pelo Brasil.

Sim, já tínhamos conhecimento que nesse ano a banda liderada por Masahiro Andoh, o compositor da “Moon Over the Castle”, o tema de Gran Turismo, lançou um álbum com o nome Brasil; sabíamos também que o CD, conforme comprovado pelo encarte, foi gravado no Mosh Studios em São Paulo (e também no Castle Oaks Studio em Los Angeles). Nessa época, o T-Square era apenas uma dupla (em sua formação inicial da fase profissional, em 1978, eram oito!), com Masahiro Andoh na guitarra/violão e Takeshi Itoh no saxofone/EWI/flauta. Músicos convidados completavam a formação da banda. Na ocasião, os instrumentistas foram brasileiros. Tudo isso eu já sabia.

Mas o que desconhecia era o fato de essa gravação ter sido noticiada pela imprensa brasileira na época. Leia a reportagem do dia 12 de fevereiro de 2001 da Folha de S. Paulo assinada por Carlos Bozzo Junior:

Japoneses do T-Square se unem a músicos brasileiros em São Paulo

O grupo de música instrumental T-Square, formado pelos japoneses Masahiro Andoh, 47, e Takeshi Itoh, 47, acaba de gravar seu 27º CD em São Paulo com músicos brasileiros.

Desconhecidos no Brasil, os músicos do grupo são muito populares no Japão, bem conhecidos nos Estados Unidos e bastante respeitados na Europa, por apresentarem, desde 76, dentro do gênero fusion, muita criatividade e energia em suas composições e performances.

O som de Andoh, guitarrista e arranjador, traz influências de George Benson, Larry Carlton e Lee Ritenour, que se misturam às do saxofonista e flautista Itoh, fã de Cannonball Adderley (1928-1975) e Herbie Mann.

“Esperávamos misturar nossa música com a dos brasileiros, mas não imaginávamos que o resultado fosse tão bom”, disse Itoh, que se surpreendeu com a dedicação e a qualidade dos músicos brasileiros escolhidos para a gravação.

Os japoneses contaram com instrumentistas arregimentados pelo produtor brasileiro, que há 22 anos mora no Japão, Osny Melo. “Procurei os nomes pela versatilidade, além, é claro, de levar em consideração o currículo de cada um”, falou Melo, que prepara mais dois projetos de CDs para os japoneses.

No CD, que está sendo gravado no Brasil, Toninho Horta foi escolhido para tocar guitarra em duas faixas. As outras oito faixas ficam a cargo de um grupo especialmente formado para este trabalho: o maestro e guitarrista Natan Marques, “Maguinho”, na bateria; Pedro Ivo, no contrabaixo elétrico; Guedes, no contrabaixo acústico; Papete, na percussão e Beto Paciello, nos teclados.

“Quando olhei para o material, com músicas de sete minutos de duração e cheias de divisões, pensei em ficar doente ou matar uma tia, mas a vontade de cada um de tocar música de qualidade, colaborou muito para que chegássemos ao fim do trabalho”, disse o baterista Maguinho, que acompanha Chitãozinho e Xororó.

Entre as poucas exigências feitas pelos japoneses, estavam uma visita ao túmulo de Ayrton Senna e o comando da mesa de som a cargo do técnico brasileiro, radicado em Los Angeles, Antonio “Mug” Canazio, homem de confiança do compositor baiano João Gilberto.

O disco deve ficar pronto neste semestre e será lançado pelo selo Village da Sony Music japonesa.

O álbum em si é bastante diferentão do restante da discografia do T-Square – tanto que, se não me falhe a memória, nenhuma das músicas desse CD foi reprisada nos shows de aniversário. A maioria delas, por razões óbvias, apresenta títulos em português, não que isso não tenha acontecido em outras ocasiões, como a “Copacabana”, do Natsu No Wakusei (1994). A primeira faixa “A Caminho De Casa”, inclusive, não é muito convencional por ser cantada (em português) – a maioria das músicas do T-Square é instrumental, e até mesmo algumas músicas originalmente cantadas, como a “It’s Magic”, são tocadas sem vocal. No geral, o álbum é bastante acústico, com uso de violão e flauta com muito mais frequência que o habitual.

Sobre o último parágrafo, tamanho respeito pela memória do Ayrton Senna não é apenas por ele ser famoso, havia uma relação. O T-Square, que ficou especialmente famoso pela música “Truth”, tema das transmissões de F-1 na TV Fuji, também é o responsável pelo tema da vitória do Senna, a “Faces”, presente no álbum Impressive (1992). Da mesma maneira, ficou a cargo do T-Square o tema da vitória do francês e rival ferrenho do Senna, Alain Prost, a “Ashita Heno Tobira”, do álbum Human (1993).

Com a morte do ídolo brasileiro em 1994, o T-Square lançou, no mesmo ano, um álbum em sua homenagem, o Solitude -Dedicated to Senna-. Não tivemos a mesma sorte com o concerto Senna Forever, que o T-Square tocou com a New Japan Philharmonic Orchestra e não foi lançado em CD, mas pelo menos o concerto completo pode ser visto no YouTube.

[via Folha de S. Paulo]


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