End of Nations é um MMORTS que sai para PC somente em 2011 e, a exemplo do que aconteceu com Diablo III, StarCraft II, Halo 3 e Halo 3: ODST, foi escolhido para os palcos animados e mal iluminados do Video Games Live antes do lançamento para estrear no show em San Diego dia 24 de julho. Como uma das funções dos concertos de games é despertar memórias nostálgicas dos espectadores, se ninguém jogou é claro que a performance não deixa de servir como uma divulgação do título. Não vejo problema nenhum nisso, desde que a música justifique a presença.
Estava esperando pelo pior quando vi que o tema seria acompanhado na guitarra pelo Frank Klepacki, que fez o mesmo no “Hell March 1 & 2” no VGL 2008 em Las Vegas que é um desfile de guitarras pesadas sem um resquício de melodia. Bem longe disso. Não que tenha uma melodia memorável, mas vale por toda a pompa. Com coral e o indefectível tilintar intermitente dos metais da Golden State Pops Orchestra (a mesma que possui uma apresentação própria, Video Game Soundtracks GSPO), a tensão vai crescendo à medida que a guitarra vai invadindo mais a performance. Não que não existam melhores, mas gostei. No começo é possível perceber que Klepacki não estava satisfeito com a altura do retorno ao apontar para a caixa de som. Inclusive achei que o instrumento ficou bem menos em destaque do que de costume no VGL.
Setembro promete não apenas pelas realizações do Press Start 2010 dia 11 e do Symphonic Legends dia 23. Neste mês também serão lançados os CDs Symphonic Fantasies, gravação do concerto tributo à Square Enix dia 24, e do Benyamin Nuss Plays Uematsu dia 17, álbum solo de piano com peças do mais popular compositor de game music.
Ao entrar no site oficial do Symphonic Fantasies, você será agraciado com um sample de um minuto de cada uma das quatro suítes (Secret of Mana, Crono, Kingdom Hearts e Final Fantasy) escolhida de maneira aleatória no momento em que entra na página. Por mais que já conheça os arranjos da gravação do rádio, dá uma ideia da qualidade. Quanto ao Benyamin Nuss Plays Uematsu, é possível escutar o início da “Fantasy over Themes of Final Fantasy VII” aqui, conforme reparado pelo Radical Dreamer em um post anterior.
E pelo jeito setembro valerá o ano inteiro em termos de concertos de games, visto que não terá nada de muito extraordinário depois disso.
Um dos maiores pecados da era PlayStation no que se refere a game music é a Namco não ter lançado a trilha original do Ace Combat 2 (1997). Ainda que as músicas fossem no formato Red Book – ou seja, bastava colocar o disco do jogo para ouvir as faixas em um CD player –, não é a mesma coisa do que um álbum com capa e encarte recheado de informações detalhadas dos compositores. No período precedente ao instaurado pelo mago Keiki Kobayashi, o principal responsável pelas composições pomposas da série mais recentemente, AC2 destacava-se pelo hard rock de primeira linha, exibindo alguns dos mais empolgantes riffs de guitarra da era 32-bits, que o digam “Fire Youngman”, “Blow Away” e “A Fresh Youngster”.
Um ditado novo diz “nunca diga nunca” e eis que treze anos depois a trilha vai ser publicada em CD de forma restrita e longe da ideal, diga-se. Quem comprar o Ace Combat X²: Joint Assault Famitsu DX Pack de PSP no Japão (sai dia 26 de agosto por lá) receberá dois discos promocionais: o primeiro, com as 31 faixas do Ace Combat 2, e o outro combinando o conteúdo do Ace Combat 2 Original Sound Invitation (CD bônus relativamente raro, de 500.000 cópias, entregue para quem comprou o jogo por pré-venda em 1997 pela DigiCube), uma faixa de irrisórios 22 segundos do AC2 que não entrou na versão final e sete músicas do Ace Combat X²: Joint Assault de autoria do novo talento Go Shiina (Tales of Legendia, Mr. Driller Drill Land e God Eater).
Pouco provável, mas torço para que seja revelado quem fez o quê do quarteto Kohta Takahashi, Hiroshi Okubo, Tetsukazu Nakanishi e Nobuhide Isayama, os nomes exibidos no setor Game Sound Staff dos créditos. Recentemente parte do time de compositores foi entrevistada pela Famitsu (quando foi tirada a foto ao lado) e na página pessoal do Takahashi Solid State Japan é possível ver os liner notes de Takahashi – e eu batendo a cabeça na parede por não poder entender. Vários outros trabalhos foram mencionados, e só de acompanhar as capas na lateral dá para ter uma ideia das influências – Dream Theather, Megadeth, Van Halen… até de outro jogo, After Burner, cuja semelhança foi exemplificada com a “Rising High”.
No site oficial já é possível ouvir samples de todas as músicas da trilha do Ace Combat 2, e dá para perceber que a qualidade é semelhante ao do Red Book.
O enigmático promotor mascarado Godot é um dos personagens que mais desperta fascínio nos juristas virtuais de Ace Attorney. O tema “Godot ~ The Fragrance of Dark-Colored Coffee” exprime a identidade que tanto conquista admiradores com um jazz suave que nos deixa lembrar das xícaras e mais xícaras de café, do sarcasmo e de todas as pilhérias sem sentido.
Para causar este efeito, é indispensável o uso do saxofone, como mostrado nas adaptações do Gyakuten Saiban Jazz Album (na capa Godot aparece tocando sax) e dos concertos da série. Sabendo disso e que o Noriyuki Iwadare não levou um saxofonista para a França no Japan Expo 2010, imaginei que a música seria automaticamente descartada. Não.
No começo o próprio teclado faz as vezes do sax, e depois a guitarra entra para ajudar. Se continuasse assim, a performance corria sério risco de ficar monótona. Solução: aceleração de ritmo. A seguir, solos de guitarra e baixo no melhor estilo smooth jazz, terminando com toda a atenção no teclado. A ausência foi muito bem driblada graças à criatividade do arranjo – esqueça o “indispensável” que escrevi no parágrafo anterior.
Mais um álbum para a relação de lançamentos nostálgicos da Wave Master, a empresa que faz questão de relembrar do rico panteão de séries e personagens que um dia a Sega teve e não soube aproveitar – Alex Kidd na capa já evidencia isso.
É a coletânea de três CDs Sega System 16 Complete Soundtrack Vol. 1, que reúne as trilhas dos jogos da placa de arcades que a produtora passou a adotar em 1985. Há alguns dos maiores clássicos seguistas, muitos deles adaptados para o Master System. Não acaba por aqui a comemoração dos 25 anos da placa System 16, porque serão ao todo quatro volumes. O primeiro, de número de catálogo WM-0644~6, sai dia 16 de agosto por 3675 ienes, alguma coisa perto de 74 reais (sem impostos e custos adicionais de frete).
Passando o olho pela tracklist não encontro nenhum arranjo, mas o chamariz para o álbum é a estreia em CD de várias trilhas que nunca foram lançadas, de títulos que não consegui buscar mais informações, como do jogo de beisebol Sega Yakyuu League. A maioria é inédita na realidade, somente Fantasy Zone, Quartet e SDI que não. Mesmo estas que já existem, estão em melhor qualidade, com redução de ruídos e com dois loopings.
Abaixo a relação de jogos de cada CD:
Disco 1
– Sega Yakyuu League*
– Fantasy Zone
– Quartet
– Sega Joshi Pro wrestling*
Disco 2
– Action Fighter*
– Alex Kidd: The Lost Stars
– Dunk Shot**
– Time Scanner**
Disco 3
– Alien Syndrome**
– SDI
– Bullet*
*Nunca lançados em CD.
** Com qualidade melhorada.
Sei os trailers de Last Ranker não empolgam, há um motivo para pelo menos despertar interesse pela trilha do RPG que saiu dia 15 de julho para PSP no Japão (segue sem a confirmação da versão ocidental): o talento de Yoko Shimomura. A Last Ranker Original Soundtrack, com dois CDs, de 22 e 19 faixas, ainda está para sair, precisamente 28 de julho, mas a edição limitada veio com o disco promocional Last Ranker Limited Soundtrack -Piano Trio Arrange- como proclamado aqui, conferindo uma amostra do que a trilha nos reserva.
Há de ressaltar o fato inusitado de conhecermos primeiro os arranjos para depois ouvir as originais. Foi o que aconteceu com as releituras orquestradas do Ace Attorney Investigations, por exemplo, no Gyakuten Kenji Orchestra & Video Album. O autor dos arranjos é Hironori Osone, que havia trabalhado no Tales of Legendia (trilha épica do Go Shiina), no anime Romeo x Juliet (Hitoshi Sakimoto) e no álbum Echoes of War.
Do trio de instrumentistas se sabia somente o nome da violinista Ayako Ishikawa, ex-Eminence, mas também veio à tona quem é a pianista, Yuka Narita, e a violoncelista, Ayano Kasahara, que já participou de uma grande variedade de trilhas de game music, como de Unlimited SaGa e echochrome. Por ser um número reduzido de músicos, nota-se que a qualidade individual é suprema. Não me contive, e comentei as cinco faixas do disco.
O início no piano é frenético, acalmando logo depois. O solo de violoncelo é de partir o coração, com as respostas do violino. O papel se inverte até o piano se juntar de maneira mais incisiva. Em seguida, a música demonstra uma alternância entre momentos agitados e calmos, passando a impressão de ser um medley pela naturalidade com que as frases foram cadenciadas.
Já imagino que na original o começo seja tocado por uma gaita de fólio ou algo do tipo pela atuação do violoncelo. O violino segue entoando a melodia que mais parece do Yasunori Mitsuda.
Repete um bocado a fórmula da primeira pelos solos alternados de violino e violoncelo, com uma sensibilidade na melodia ainda mais tocante. O piano também contribui de maneira singular.
04 – “The Bloom of Passion”
Faixa agitado que lembra um tema de combate do Kingdom Hearts. Em 2:02, quando o piano fica sozinho mais parece o encerramento, quando, na verdade, a festa não chegou à metade. Depois só melhora.
Mais uma com o jeitão Kingdom Hearts, com direito a alguns trechos dissonantes dos três instrumentos. Ali em 2:47, Ayako Ishikawa dá um show de técnica, para depois os instrumentos retomarem a melodia principal.
Não é novidade que eu não sou um entusiasta dos álbuns virtuais amadores com arranjos tão difundidos por comunidades como o OverClocked ReMix e afins. É muita gente, muita música, muita invenção e, me desculpe, pouca qualidade. Abrirei uma exceção para o ambicioso Iwadon – Hiroyuki Iwatsuki Tribute Album, projeto que visa a homenagear o compositor Hiroyuki Iwatsuki. Quem é Hiroyuki Iwatsuki, você me pergunta.
Ainda que seja funcionário de uma desenvolvedora menos badalada, a Natsume, angariou uma relativa quantidade de fãs hardcore de game music o suficiente para acompanhar as músicas dele independente da qualidade e popularidade dos jogos. Na lista de trabalhos, títulos como Chaos World (Famicom, 1991), Spanky’s Quest (SNES, 1991), Pocky & Rocky (SNES, 1993), Ninjawarriors (SNES, 1994), Wild Guns (SNES, 1995) e tantas outras adaptações do seriado Power Rangers. Falando em super sentai, é dele a trilha do Choujin Sentai Jetman (Famicom, 1991), que me impressionou pela tradução 8-bits do tema de abertura cantado por Hironobu Kageyama.
Mais recentemente, criou a trilha do shmup Omega Five (Xbox Live Arcade, 2008) e compôs a “The Princess Running Through the Grasslands” do Half-Minute Hero (PSP, 2009). Eu não joguei a maioria, e mal me lembro das músicas do Power Rangers (que joguinho safado), mas Iwatsuki despertou a minha atenção quando soube das principais influências dele: T-Square e Casiopea. Bandas nipônicas de jazz fusion de mais de 30 anos de estrada (a segunda vive período de letargia desde 2005) que quase não sou fascinado, imagina.
A informação já vinha de entrevistas em japonês (apenas o Casiopea até então), e foi confirmada na primeira em inglês feita pelo jornalista especializado em game music Jeriaska ao GameSetWatch. Jeriaska é cocriador do site agregador de notícias Nobuooo, que em parceria com a comunidade Game Music 4 All, não poupou esforços para o álbum Iwadon, pseudônimo com o qual Iwatsuki era creditado nos primeiros trabalhos e que usa no Twitter. Disponível há tempos via streaming no site (vale uma visita porque cada música possui uma seção dedicada, contando mais sobre a trajetória do autor do arranjo), foi compartilhado gratuitamente para download somente a partir de hoje porque é neste 23 de julho que o compositor completa 40 anos. Por isso, são 40 arranjos feitos por uma variedade de nomes oriunda do Canadá, EUA, México, Espanha, Suécia, Grécia, Rússia, Finlândia, Noruega, Chile e… Brasil. Sim, Brasil. Não uma participação, três.
Ainda com Wild Guns, pulamos para a faixa 15 “Desolation Canyon”, de Matheus Manente, que desconhecia. Frequente arranjador do Game Music 4 All, Matheus está trabalhando, entre outros projetos, em parceria com o compositor e professor de música Leandro Fonseca para transformar o livro Vidas Secas de Graciliano Ramos em música, com uma faixa para cada capítulo.
Por coincidência ou não, a participação brasileira se encerra com outro arranjo de Wild Guns na faixa seguinte, “Carson City”, da banda Chiptots, que compartilha alguns membros com a 8 Bit Instrumental e segue para um caminho mais experimental que, devo confessar, não me apetece.
Partindo para o resto do mundo, destaco o guitarrista Stemage, responsável pelo ótimo álbum Metroid Metal – Varia Suite (embora por vezes repetitivo), com a “Ninja Warriors Intro” (Ninjawarriors), do artista doujin nijeil com a “Eye of the Flame” (Mitsume ga Tooru), e o sueco Another Soundscape, expoente do OC ReMix, com a “Neon Glaciers” (Omega Five). Há uma grande variedade de estilos, e senti uma certa preponderância de hard rock e chipmusic.
Caso tenha se interessado, baixe aqui o álbum gratuitamente – está disponível em diversos formatos e qualidades.
Abaixo, o vídeo que narra o processo de produção do Iwadon.
Soube tempos depois: nos dias 1 a 4 de julho o evento Japan Expo 2010 reuniu convidados não só dos games, como do entretenimento nipônico em geral. O diretor de animes Kenji Kodama (City Hunter), o mangaka Tsukasa Hojo (também do City Hunter) e o grupo J-pop de cantoras Morning Musume. Também teve um doidão, um cara meio desconhecido, Hideo Kojima. E um compositor de game music, um tal de Noriyuki Iwadare.
Seria normal se fosse no Japão, acontece que a reunião de nomes importantes se deu em Paris, França, um país onde a cultura japonesa desempenha influência pela popularidade de animes, não sei o quanto comparado com o Brasil. Voltando ao Iwadare, se aparecesse sozinho para tocar piano já seria um acontecimento e tanto. Que nada, ele levou uma banda e uma cantora não para um show, mas dois!
Infelizmente, os franceses não são tão detalhistas quanto os japoneses e não pude encontrar um site sequer capaz de detalhar a ordem de jogos, quanto mais de músicas do set list. Os vídeos, quando não incompletos, estão sem identificação. Por isso, nem consegui fazer ideia de quais foram tocadas. Do que conferi teve nada menos do que seleções de Lunar, Grandia e até Ace Attorney.
Com Iwadare nos teclados (dois apenas, não uma dezena como Motoi Sakuraba nos shows de rock progressivo de Star Ocean e Valkyrie Profile), a banda é completada por Wo-Lya (baixo), Roze Horiguchi (bateria) e Yasufumi Fukuda (guitarra), que merece uma atenção maior por ser também compositor, haja vista as recentes trilhas fora de série de The King of Fighters 2002: Unlimited Match e Tokimeki Memorial 4. Como instrumentista, tocou guitarra na “Hades Castle”(arranjada pelo Iwadare) no álbum Deathsmiles Arrange Album e ainda violão em três músicas do Soulcalibur IV.
Não surpreende que seja o instrumentista de maior destaque na performance com um timbre de guitarra muito bem escolhido – afiado, poderoso, sem ser muito pesado. Uma pena que neste vídeo o nosso amigo francês de óculos tapou a visão. Insisti na gravação para privilegiar a qualidade de áudio.
Como era de se imaginar, o medley é do Trials and Tribulations, cuja trilha é do Iwadare. O medley é formado pelos temas de julgamento no formato consagrado pelos concertos, e mesmo conhecidos é uma experiência nova como as músicas nunca foram apresentadas (oficialmente) desta maneira. Ainda mais com uma combinação como a do órgão de tubo simulado no teclado da “Gyakuten Saiban 3 – Trial” e a guitarra irrompendo tudo. A “Examination ~ Allegro 2004” (espero que seja) ficou quase irreconhecível eu diria porque a ênfase foi toda para os teclados, mais imitando um órgão – se você comparar com a original é o som que se ouve mais ao fundo. Intervenções do baixo e do teclado em 2:25 foram muito bem-vindas.
Eis que Noriyuki Iwadare ergue o braço com o dedo em riste e brada: “IGIARI!”. Um momento único que nem os três concertos de Ace Attorney pôde proporcionar: a imitação do momento mais icônico da sére do lendário compositor. Depois vem a acelerada “Investigation ~ Cross-examining” para encerrar com a guitarra mais incisiva do que nunca. Já dá para imaginar um álbum novo nesse estilo…
Como senti que não fui suficientemente justo entre a relação qualidade de performance e disponibilidade de vídeos do show jdk Band Summer Festival 2009 no YouTube, volto a trazer mais uma performance, mesmo conhecendo tão pouco os jogos da Falcom. Os velhos, quanto mais os novos, como é o caso do Ys Origin que saiu para PC no final de 2006 apenas no Japão.
A versão ao vivo segue à risca a excepcional “Genesis Beyond the Beginning” da trilha original, com todo o peso das guitarras e o encantamento que só o violino é capaz de proporcionar. Para variar um pouco, a violinista Mizuki Mizutani e o guitarrista Masaru Teramae sobressaem na atuação da jdk Band nesta música que possui uma melodia simplesmente fenomenal – o trecho em que a guitarra toca depois da introdução do violino de 1:04 a 1:28 é puro êxtase. A nível de curiosidade, a composição se mostrou versátil por gerar a versão contrastante “Genesis Beyond the Beginning” do disco Ys Origin Super Arrange Version que preza pela calmaria no duo piano e violino.
Já se foi a Copa do Mundo voadora. Piada velha, eu sei, mas não resisto a algum trocadilho chicano relacionado aos heróicos heróis Chaves e/ou Chapolin.
O torneio mundial de seleções se foi, levando consigo todas as suas emoções e o sonho, mas deixando aqui a primeira estrela dourada espanhola e um bocadão de anedotas das mais divertidas.
Fiquei imaginando como seria uma versão especial do game oficial da competição, aquele lá feito pela EA que parece só uma versão requentada de FIFA 10, mas não é nada disso.
Segue abaixo uma listinha explicativa daquilo que eu gostaria de ver nessa edição:
REPLAYS DOS GOLS EM 3D
Seria bacana se o jogo já viesse com uma opção para rever todos os gols da Copa recriados na engine do game. Assim, seria possível mudar ângulos e ver, rever e criticar o quanto quisesse.
Claro, opções de editar vídeo, fazer upload para a internet (que nem eu fiz com este golaço meu aqui) e tirar screenshots estariam presentes.
SHAKIRA
Acho que minha sugestão anterior é a única mais séria, diretamente relacionada à experiência da Copa do Mundo enquanto evento esportivo e só isso. Agora segue um bocado de baboseiras e elementos extra-campo que talvez você não queira ler – ou não.
Se há os gols da Copa recriados em 3D, por que não os shows de abertura e encerramento?
Ok, valeria mais para poder mudar ângulos e tal, então vou além e peço também os vídeos das transmissões na íntegra, assim dá para ver a musa pop Shakira requebrando em Waka Waka de novo e novo.
LARISSA RIQUELME
Falando em musas, não dá para deixar a namoradinha do Mundial de fora. A paraguaia Larissa Riquelme angariou forte apoio da mídia marcando estratégica presença na torcida pela seleção guarani em lugares cheios de gente e colocando seu celular em um lugar, err… apertado.
A musa poderia então dar o ar da sua graça (clichê hoje não, hoje não? Clichê hoje sim!) durante as partidas do Paraguai, concedendo até um bônus de habilidades aos atletas latinos. Claro, uma galeria de fotos da guria no disco não seria nada mal também.
SARA CARBONERO
Mais uma musa. Esta talvez mais recatada e/ou polêmica, mas certamente midiática também. Além de jornalista e espanhola, a moça é também namorada do goleiro Iker Casillas, vulgo campeão do mundo e eleito melhor goleiro da Copa.
Nas partidas da Fúria, a periodista estaria sempre visível atrás do gol do goleiro, atrapalhando ele em partidas contra a Suíça, mas ajudando contra qualquer outra equipe.
Sabe como é, aquela força moral pro cara.
Claro, o vídeo do beijaço do Casillas logo após a final estaria no disco.
MICK JAGGER
De um lado Larissa e Sara dando uma forcinha, do outro Mick Jagger fazendo o exato oposto. Em partidas aleatoriamente aleatórias, o Rolling Stone aparecia de forma totalmente randômica por acaso vestindo a camisa de uma das equipes em campo e tirando fotinhos freneticamente – como na foto aí do lado.
Claro, a equipe apoiada pelo roqueiro teria prontamente suas habilidades bem reduzidas, graças ao pé congelado do cara.
Sucks to be him.
POLVO PAUL
Poooooolvo. Sim, o próprio. O vidente, o profeta, aquele que tudo sabe e não é o Mister M. Antes de cada embate no 2010 FIFA World Cup South Africa Special Super Champions Edition Deluxe o bichinho poderia ser consultado sobre quem seria o vencedor da partida.
Preciso dizer? O contemplado teria um bônus temporário de habilidades e coisa e tal. Afinal, fica feio se o polvo errar – aham, como se ele errasse, hahaha.
SUAREZ
Um dos momentos mais marcantes e emocionantes da Copa. Último minuto do segundo tempo da prorrogação, partida válida pelas quartas de final da Copa, o atacante uruguaio vai lá e mete a mãozona na bola, impedindo gol certo de Gana. O atacante DJÃ Gyan vai lá e erra. Daí nos pênaltis o uruguai passa.
Ou seja, o atacante possuiria no game um movimento especial exclusivo para rebater a pelota em caso de necessidade. Ele vai expulso direto, mas também é certo que o pênalti em seguida sempre bate no travessão – tem que manter a mística, né, senão causa uma crise pontual.
FELIPE MELO
Dispensa apresentações para a torcida brasileira. Este aqui teria à disposição, de forma totalmente licenciada, claro, todos os Fatalities do primeiro Mortal Kombat. Sim, até o da Sonya. Eita!
CAMISA DA ESPANHA CAMPEÃ
Para completar com chave – ou ao menos estrela – de ouro, o jogo viria numa caixa bacana acompanhado de uma camisa atualizada da Espanha campeã do mundo, com direito a estrelinha e tudo.
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