Aconteceu há tanto tempo que até dá vergonha de voltar a falar. Mas ao menos a demora foi o suficiente para informações serem confirmadas e o trailer divulgado. No dia 8 de setembro aconteceu em Tóquio, Japão a Final Fantasy XIII Premiere Party para maiores novidades referentes ao lançamento que no Japão acontecerá dia 7 de dezembro. Provável que já nesse ano seja publicada a Original Soundtrack. Aqui no Brasil aconteceu às 7 horas da manhã, e se soubesse que haveria novidades das músicas – não só novidades, mas uma apresentação – também acordaria mais cedo.
Como a princípio toda a trilha seria do Masashi Hamauzu e a canção assinada pelo Nobuo Uematsu, logo chamou a atenção a ausência do segundo no evento. Porém, o SEMO confirmou com o compositor em entrevista feita na Alemanha em decorrência do Symphonic Fantasies que ele não mais participará de Final Fantasy XIII, tornando-se o primeiro jogo da série principal (FFX-2 conta?) sem faixas novas de Uematsu – como no FFXII, acho pouco provável que sejam ignorados os temas icônicos “Prelude”, “Final Fantasy”, “Chocobo!” e “Fanfare”. De acordo com o diretor da Dog Ear Records, Hiroki Ogawa, Uematsu decidiu deixar a trilha inteira a cargo do Hamauzu depois que ele foi escalado para o FFXIV, que será o seu primeiro trabalho solo desde FFIX. Com isso, tenho quase certeza de que jamais haverá FFXIII em uma apresentação da série se prevalecer a tradição do monopólio do Uematsu. Nunca ouviremos versões ao vivo de obras-primas como o concerto para piano “Decisive Battle” (FFX).
Hamauzu então compôs duas canções para o jogo: “Kimi ga Iru Kara” (“Because You Are” em inglês) e “Eternal Love”, ambas cantadas pela pouco conhecida artista J-pop Sayuri Sugawara, que escreveu as letras juntamente com a Yukino Nakajima. O musicista sin fez o arranjo. O single com as canções está programado para sair dia 2 de dezembro.
Em relação ao restante, Hamauzu completou a maior parte da trilha no ano passado. Como a mixagem, arranjo, orquestração e gravação foram terceirizados, foi possível que ele composse de 20 a 30 músicas por mês, um feito e tanto. O site do compositor Yoshihasa Hirano revelou que foram gravadas performances da Warsaw Symphony Orchestra na Polônia. Embora não tenha sido confirmado, é provável que Hirano repetiu a participação no Dirge of Cerberus: Final Fantasy VII.
Na FFXIII Premiere Party, a “Kimi ga Iru Kara” foi tocada na hora e outras faixas orquestradas com um grupo de cerca de 30 instrumentistas. Nenhum relato lista detalhadamente quais músicas foram tocadas e, para piorar, todos os registros estão picotados – como odeio isso. Mas também do que reclamo, esse tipo de apresentação não costuma ser gravada. Sei que há outros, mas me concentrei em três vídeos: o primeiro com panorama geral, o segundo com a performance completa da “Boss Battle” e o outro com o trailer revelado na TGS 2009, já com outras músicas e a amostragem da canção-tema.
Flashes da apresentação
Tema de chefe
Trailer da TGS 2009
Agradecimentos ao Fabão por muitas das informações aqui publicadas.
Aos poucos o editor do site polonês Gamemusic.pl está subindo no YouTube as gravações do concerto sueco Sinfonia Drammatica, e enfim foi publicada a música que mais aguardava: a “Legend of Mana ~Title Theme~”, considerada por muitos como uma das maiores obras-primas da Yoko Shimomura – e olha que não são poucas. O tema da tela-título de Legend of Mana só havia sido executado anteriormente no A Night in Fantasia 2007: Symphonic Games Edition. Jamais apareceu num concerto japonês.
A original já tinha a utilização de instrumentos reais: o piano de Sanae Hatori e as cordas do Shinozaki Group. No arranjo da Shimomura e orquestração da Natsumi Kameoka para o álbum drammatica, a ênfase no piano da “Legend of Mana ~Title Theme~” é arrefecida em detrimento da implementação de outros grupos da orquestra além das cordas, aparecendo somente em maior destaque na abertura e no desfecho. A grandiosidade adquirida nesta versão com os adicionais dos metais e das madeiras foi reproduzida ao vivo pela Royal Stockholm Philharmonic Orchestra sob a regência de Arnie Roth com absoluta perfeição.
Estava com saudade das imaculadas performances da Lydia Hime no piano. Depois das irretocáveis execuções de Spelunker e Gradius no ano passado, ela voltou a gravar novas atuações, aparentemente até com câmera nova.
A escolha é do Wrecking Crew. Muitas trilhas antigas para NES do mestre Hirokazu Tanaka me marcaram durante a infância – Balloon Fight, Donkey Kong 3 e Urban Champion –, mas esse jogo não conhecia na época. Tal como Metroid e Kid Icarus me tornei apreciador tempos depois, e mesmo hoje fico estarrecido ao notar como as composições são simples, marcantes e geniais. Tal inspiração foi captada de maneira magistral pela Lydia em cada acorde interpretado com a desenvoltura que as originais exigem. Os chiptunes da introdução da “Stage 2” ficaram especialmente perfeitos na tradução para piano.
Depois das idas e vindas, encontros e desencontros, enfim começará a excursão do Video Games Live no Brasil em 2009, a maior já realizada no país em um total de quatro apresentações. Se Brasília (2007 e 2008) e Curitiba (2008) ficaram de fora, Belo Horizonte e Salvador estreiam. Rio de Janeiro, a única a ter o show desde 2006, e São Paulo, que retorna à cena após ausência em 2008, completam o quarteto. Cada apresentação terá a abertura realizada por uma banda de fãs diferente, exceto Salvador, a saber:
Belo Horizonte, no Palácio das Artes – 30/09 (quarta): Abreu Project Salvador, no Teatro Castro Alves – 01/10 (quinta) Rio de Janeiro, no Canecão – 04/10 (domingo): Game Boys São Paulo, no HSBC Brasil – 07/10 (quarta): MegaDriver
Em todos os espetáculos, a performance será da Orquestra Simphonica Villa-Lobos, com os seus 43 integrantes sob a batuta do maestro Emmanuel Fratianni, que colaborou com a trilha de Advent Rising na companhia de Tommy Tallarico. Até onde eu sei, Jack Wall não virá. Nem Martin Leung. Tampouco Piano Squall. Não sei se haverá algum solo de piano dessa vez.
A jovem americana Laura Intravia, de 22 anos, conhecida pela alcunha Flute Link, fará um segmento cômico, vestida a caráter em que ela toca músicas da série Zelda na flauta com o playback de fundo. Pelo que vi no vídeo da performance de Chrono Trigger & Cross em Augusta, Intravia também participa com a flauta nos trechos de “Wind Scene” e “Scars of Time”. Não veja o vídeo caso queira preservar a surpresa.
Além desses, vai vir um japonês… um tal de Norihiko Hibino. Quem é afinal? Ele participou das trilhas de Metal Gear Solid 2, 3 e 4, por sinal jogos feitos por um designer obscuro… Hideo Kojima acho que é o nome dele. O Hibino também compôs para Zone of the Enders 1 e 2, Ninja Blade e Bayonetta, e até tocou com o Akira Yamaoka no Hyper Game Music Event 2007 e com um certo Yuzo Koshiro no Hyper Game Music Event 2008, nada muito digno de nota.
Falando sério, não compreendo como uma atração como esta – um compositor, ainda mais dessa envergadura, e não um fã – não é divulgada da maneira apropriada. Revoltantemente, no site brasileiro não há uma menção sequer, somente no release, isso que eu acho que a página deveria abrir com uma foto ou vídeo dele comunicando a boa-nova. Como nos shows em Cingapura e Tóquio, ele virá especialmente para tocar saxofone na versão instrumental de “Snake Eater” de Metal Gear Solid 3. Isso que quando o Hibino participou pela primeira vez do VGL eu disse: “Antes que você se anime, achando que a música vai ser tocada no Brasil…”.
À parte o Hibino, não consigo ficar empolgado com o todo, como é um show voltado para o público casual do casual com performances dúbias e amparadas por playback. De acordo com o release de imprensa, 30% do repertório será inédito no Brasil, o que deverá se traduzir nas novidades arroladas abaixo. Alerto que não é plenamente confirmado, são meros palpites meus. Do Halo 3: ODST a música tem pouco mais de um minuto, do Chrono eu já cansei de explicitar a minha abominação, do Mega Man é mediano, da “Snake Eater” gostei, apesar da ausência do vocal, e do Shadow of the Colossus ainda não encontrei nenhum vídeo da apresentação japonesa para saber como ficou. No mais, são os números manjados de Mario, Zelda, Halo, Warcraft, Kingdom Hearts, Sonic, Metroid, Castlevania Rock etc. Guitar Hero: Van Halen estará a livre disposição antes do show com as canções “Jump”, “Eruption” e “Ain’t talking about love”.
Como disse antes, o mundo da game music é muito injusto. Além do antigo costume do esforço de um ou mais compositores serem mascarados por pseudônimos ou nomes de estúdios, o mais comum é que os shows não sejam lançados oficialmente.
Por isso, até onde sei, não existem registros da banda Kukeiha Club (1990-1998) da Konami e, por consequência, nunca vi um videozinho sequer do líder e guitarrista Motoaki Furukawa, hoje na Voyager. Já que não tive o mesmo privilégio do Fabão de assistir ao vivo o Hyper Game Music Event 2008, ficava na esperança daquele DVD anunciado em setembro do ano passado.
Então, o DVD Motoaki Furukawa with Voyager Live 2008, que mescla os shows do grupo jazz fusion em Tóquio e Kobe, à parte do Hyper Game Music Event, foi finalmente lançado no dia 25 de agosto pela bagatela de 7000 ienes (quase 139 reais sem impostos). Ainda ninguém subiu as gravações no YouTube (todas as músicas não têm relação com jogos), mas fizeram o grande favor de publicar o vídeo promocional para enfim poder acompanhar uma amostra de Furukawa em ação.
É possível ver, na sequência, todos os integrantes da Voyager: Tetsuya Tatekawa (bateria), Tatsuya Mori (baixo), Kumopi (teclado) e Freddy Nakayama (teclado). Para completar os convidados Ikuma Takeda (saxofone) e o antológico Koichi Namiki (guitarra), ex-S.S.T. Band.
Confesso que eu preferiria o timbre de guitarra que o Furukawa usava antigamente. Parecia mais consistente – basta comparar a “Dear Blue” (Salamander 2) do Kukeiha Club pro-fusion ~Salamander~ com a performance abaixo.
A imagem de Akira Yamaoka tocando guitarra na “Theme of Laura” me remete ao outrora sensacional e hoje decadente PLAY! A Video Game Symphony. Com arranjo e orquestração de Adam Klemens, o tema foi originalmente executado no Third Symphonic Game Music Concert (2005) pela banda tcheca -123min., e foi herdado pelo PLAY!, contando com a guitarra de Yamaoka nas apresentações de estreia em Chicago (2006) e em Estocolmo (2007). Por ser uma das mais icônicas da turnê, a “Theme of Laura” está no CD PLAY! A Video Game Symphony Live! gravado em Praga (2008), não com a performance do Yamaoka, mas de outro guitarrista, e também com bateria e baixo elétrico.
Como o PLAY! e o Video Games Live tem o mesmo foco de público – mainstream ocidental –, é natural que existam jogos em comum nos dois repertórios: Mario, Zelda, Sonic, Castlevania, Kingdom Hearts, Chrono Trigger/Cross, Metal Gear Solid, Warcraft e Halo. Todos com seleções de músicas diferentes. “Liberi Fatali” (FFVIII) e “One-Winged Angel” (FFVII) possuem até o mesmo arranjo (no VGL tem o aditivo da guitarra no segundo), mas não tem muito como fugir das versões do Shiro Hamaguchi quando se busca uma grande abrangência de público.
Agora “Theme of Laura” não é uma escolha óbvia a ponto de ser um título absolutamente obrigatório num set list de espetáculo casual, por mais que Silent Hill 2 seja popular. Bom, você entendeu. Não acho que os compositores devam ter exclusividade com os concertos, mas escolher exatamente a mesma música da turnê concorrente dentre um universo de possibilidades para mim não pegou bem.
A principal diferença da versão do VGL é que há diálogos e cenas do jogo antes e depois da “Theme of Laura” (o excerto da abertura até possui um trecho na guitarra). Embora tenha ficado mais parecida com a original (exceto pela introdução no violão), o andamento está meio vagaroso. Arrastado até eu diria. E tenho quase certeza que a bateria é pré-gravada. No PLAY!, além da acelerada no tempo, há o brilho fundamental e fantástico dos metais, que estão bem melhores do que na performance do registro em CD, apesar da baixa qualidade do vídeo. A comparação é inevitável:
Video Games Live 2009 em Tóquio, Japão
PLAY! A Video Game Symphony 2007 em Estocolmo, Suécia
Ah, a veloz agilidade da rapidez voadora da Internet.
Mal especulei ontem sobre o novo Street Fighter IV e tal e pouco depois uma saraivada de telinhas e informações pipocam na Internet – como bem capturou a menina guerreira Carlinha Rodrigues e nos avisou por e-mail o leitor e desenhista Vinicius de Moura.
Informações desencontradas voavam freneticamente pela rede, mas boa parte das novidades já se confirmaram: o que se sabe é que teremos em Super Street Fighter IV a volta do índio T. Hawk, do sorridentão jamaicano Dee Jay e a estreia de Juri, supostamente uma aliada de Seth.
Outros rumores e imagens dão conta que encontraremos também Dudley, o boxeador inglês de Street Fighter III, e mais uma meninada das antigas, como Guy e Cody (da série Alpha) e até Ibuki e Makoto (de SF III).
Fora isso, outras fofocas indicam zilhares de ajustes na jogabilidade, novos golpes para os lutadores que já existem e coisa e tal.
Por ora, alguns fatos confirmados pelo Gamespot:
– Super Street Fighter IV será lançado em disco e NÃO será um DLC. O lançamento está previsto para o outono brasileiro de 2010 para o Xbox 360 e PlayStation 3
– O jogo será lançado por um preço menor que o normal e fornecerá um bônus para quem tem o SFIV original, mas ainda não se sabe que bônus é esse
– O jogo terá OITO novos personagens, além dos 25 do original: T.Hawk, Dee Jay e Juri são os únicos confirmados até o momento
– Novas fases existirão
– Juri é uma lutadora coreana e que usa o estilo de luta Tae Kwon Do: ela lembra bastante o lutador Kim Kaphwan da SNK
– O jogo receberá bastante balanceamento vindo do feedback dos fãs
– O modo online do jogo será retrabalhado: receberá a maior atenção possível, incluindo um sistema de lobby
– Jogando online, SSFIV não será compatível com o SFIV original
– Os personagens originais estão basicamente os mesmos no quesito artístico. Nenhuma mudança drástica
Fico chateado de isso sair só em disco. Confesso que ficaria imensamente feliz se a casa do Mega Man disponibilizasse isso tudo também como DLC. Afinal, é mancada nos obrigar a comprar OUTRO disco de jogo em menos de um ano, poxa vida. De qualquer forma, quando sair estarei eu lá gastando o rico dinheirinho, fazer o que…
Galeria de imagens cordialmente afanada do pessoal francês do JV247, que sabe-se lá como conseguiu essas fotos – e agora também do Gamespot e Famitsu, que deram voz oficial à brincadeira – e um teaser trailer lindo de morrer.
Não sou versado em cinema como meus confrades do Hadouken, mas sei que o filme Encontros e Desencontros (Lost in Translation), com Bill Murray e Scarlett Johansson, é um consenso de preferência entre os integrantes do blog. Do pouco que vi certa vez, o conflito de culturas do ocidente com o oriente é retratado de maneira muito apropriada, por vezes cômica. Essa é a impressão que tenho com as duas apresentações no Video Games Live em Tóquio nos dias 21 e 22 de setembro antes da Tokyo Game Show 2009.
Porque me causa estranheza que o menos nipônico dos espetáculos de games seja o primeiro concerto estrangeiro a realizar uma visita no Japão. Bem verdade que o VGL fez o debute de jogos japoneses como Sonic the Hedgehog e Kingdom Hearts, mas de modo geral não parece o tipo de show que agradaria os orientais.
Como não é novidade para quem visita o Hadouken desde 2006, uma das minhas maiores queixas com o VGL é a mesmice do repertório, que se é interessante para uma primeira vez se torna altamente repetitivo no decorrer dos anos, não para o público mainstream, como percebo pela calorosa empolgação que se estende pelos anos das pessoas que não se importam em ouvir sempre as mesmas músicas de novo e de novo.
Com o passar do tempo, percebi que não bastava a renovação do set list se a performance continuasse com orquestras diminutas, salvo raríssimas ocasiões, o que em parte é creditada à vontade dos organizadores do VGL alcançarem as mais longínquas cidades, não apenas as capitais que tenham orquestras grandiosas. Somado a isso, me incomodava notar como foram esparsas as ocasiões em que os compositores japoneses – as verdadeiras estrelas deste universo chamado game music –, raramente foram convidados. Nem todas os espetáculos precisam ser gigantescos, mas custava caprichar um pouco de vez em quando?
Esqueça tudo. Ou quase tudo.
Para os shows no Japão foi escalada a Tokyo New City Symphony, que possui mais de 60 instrumentistas, na companhia do coral Senzoku Gakuen College of Music Chorus, formado por 80 coristas. O local? O Tokyo International Forum (Hall A), com mais de 5000 assentos! Para completar, havia uma intérprete para a apresentação do Tommy Tallarico, que ainda fez uma entrevista ao vivo via Skype com o pai dos videogames, Ralph Baer. Isso que o Magnavox Odyssey nem tem tradição no Japão.
Apesar de o site japonês mencionar somente o Norihiko Hibino como atração especial no saxofone de “Snake Eater”, como no show em Cingapura – a propósito, não me conformo como a vinda dele para o Brasil não recebeu o merecido destaque da organização até agora –, Koji Kondo no piano e Akira Yamaoka na guitarra participaram do show. Na plateia, pelo que consegui averiguar, também estavam Yasunori Mitsuda, Takenobu Mitsuyoshi, Kow Otani, Shinji Hosoe e Yuji Takenouchi (o menos conhecido da lista que participou da trilha de Metal Gear 2: Solid Snake).
Ao final do “Castlevania Rock” ainda foram chamadas duas compositoras para subir ao palco: Michiru Yamane (no medley ela compôs somente a “Moonlight Nocturne” do Castlevania: Symphony of the Night) e Kinuyo Yamashita. Da segunda eu confesso que não me recordava quem era. O fato de ela ser pouco conhecida torna a aparição ainda mais especial. Yamashita é ninguém menos do que a criadora da trilha do primeiro Castlevania, no segmento representada pelos clássicos eternos “Vampire Killer” e“Wicked Child”, cuja autoria do trabalho é dada ao insólito pseudônimo James Banana nos créditos do jogo e Konami Kukeiha Club, o estúdio de som da produtora, na maioria dos álbuns. Demonstrando uma impressionante juventude (sua idade não é revelada) na foto, explicitada por uma minissaia, ela teve a sua carreira marcada por peculiaridades, além de ter feito músicas para Parodious, Maze of Galious, Knightmare III: Shalom e até Mega Man X3 (já na fase freelancer após sair da Konami em 1989). Em 1998, Yamashita estava jogando uma partida de tênis e sofreu uma batida na cabeça que lhe causou uma hemorragia no cérebro. Chegou a ficar em coma por uma semana no hospital, e corria sério risco de vida. Graças à segunda intervenção cirúrgica, considerada um milagroso sucesso, ela se recuperou. Yamashita passou mais uma semana em coma, despertando sem memória e com leve paralisia no lado direito do corpo, problemas que aos poucos foram superados. Incrível vê-la hoje tão esbelta, a ponto de parecer filha da Michiru Yamane! No perfil do YouTube, diz estar grata ao VGL pela oportunidade, e ainda publicou essa gravação da “Castlevania Rock” na apresentação do dia 22 (com um vestido menos diminuto desta vez).
Confesso que fiquei muito surpreso com a reação da performance. Como comentei anteriormente, o público nipônico é conhecido pela frieza nos concertos de games. A plateia até chegou a acompanhar com gritos e aplaudir efusivamente. O relato do Game Watch interessantemente compara essa reação acanhada dos nipônicos com o comportamento exacerbado (em muitos momentos irritante e injustificado, para ser franco) dos ocidentais, em especial a América do Sul (leia-se Brasil, já que é o único país do continente a ter recebido o VGL).
Falei da orquestra, dos convidados… então, o set list. Grosso modo, é o mesmo das turnês mais recentes com o quinteto intocável Mario-Zelda-Warcraft-Halo-One-Winged Angel, estranhamente desfalcado de Metroid e Mega Man e reforçado pelas estreias de Shadow of the Colossus e Silent Hill 2. Vou esperar algum vídeo do Shadow para discorrer sobre, mas o medley incluiu as músicas “Prologue ~To the Ancient Land~” e “The Opened Way ~Battle With the Colossus~”. Já o outro é uma inclusão que me incomodou um bocado como falarei em um vindouro post.
Evidente que Tallarico e Wall não perderiam a oportunidade de apresentar números com músicas criadas por eles, e os escolhidos foram Myst e Advent Rising (não seria melhor Sonic and the Black Knight, por mais que o jogo seja duvidoso?). Não considero, entretanto, os melhores exemplares de game music ocidental para exibir aos japoneses do repertório do VGL. Halo e Warcraft? Tampouco.
Ainda sobre a recepção do público, apesar de o telão ter sido bastante enfatizado nos sites, de acordo com este relato no fórum do Soundtrack Central, mencionando o blog TECNHOuchi do compositor Yuji Takenouchi, muitas produtoras forçaram o VGL a não utilizar as imagens dos jogos, a não divulgar o show com os nomes das empresas e até mesmo a não especificar as faixas que seriam tocadas. Inclusive é um problema frequente com todos os concertos pelo mundo. Mais encontros ou mais desencontros? A resposta se foi um sucesso ou não saberemos muito provavelmente ano que vem, se acontecer uma nova apresentação no Japão.
Set list:
Ato I
01 “Classic Arcade Medley”
02 “Hikari” (Kingdom Hearts)
03 Sonic the Hedgehog
04 Frogger (segmento interativo)
05 “Theme of Laura” (Silent Hill 2) [guitarra: Akira Yamaoka]
06 “Myst Medley”
07 “Final Fantasy Piano Medley” [piano: Martin Leung]
09 Shadow of the Colossus
10 The Legend of Zelda
Ato II
11 “Snake Eater” (Metal Gear Solid 3: Snake Eater) [saxofone: Norihiko Hibino]
12 “Advent Rising Suite”
13 “Warcraft Suite”
14 Super Mario Bros.
15 “Mario Piano Medley” [piano: Koji Kondo]
16 “Halo Suite”
17 Chrono Trigger & Cross
Bis
18 “One-Winged Angel” (Final Fantasy VII)
19 Super Mario Bros. ~ Tetris [piano: Martin Leung]
20 “Castlevania Rock”
Muito agradecido ao Fabão pela tradução, pesquisa e confirmação de diversas informações.
Ainda sou mais Street Fighter III 3rd Strike e tanto Super Smash Bros. Brawl como Tatsunoko vs. Capcom possuem lugares cativos em meu coração, mas Street IV é capaz de mobilizar emoções.
E agora então, com essa suposta imagem… ah, na boa, a gente já sabe que essa foto é oficial – os boatos estão aí há tempos. É só a máquina do hype da Capcom funcionando bem – e já se tornando previsível.
Ao fundo – e isso é o que importa – um pedacinhozinho de T. Hawk em 3D com estilão SF IV e também um pôster promocional (ou coisa assim) com as primeiras letras de Street Fighter IV sobrepostas a um icônico S. Não por acaso, a fonte deste S é a mesma de Super Street Fighter II.
Quando sai? Chuto eu março de 2010, compatibilidade com os DLCs de SF IV e um monte de SF IV usados sendo vendidos em fóruns e afins.
Se vou comprar? Sem dúvida alguma. Mesmo sabendo que depois a Capcom deve lançar Super Street Fighter IV’ Turbo Hyper Fighting Deluxe Final Justice Strike. E todas as suas variantes.
Diz a lenda que nesta segunda-feira, dia 28 de outubro, pós-TGS, vão rolar informações mais oficialmente oficiais.
Ainda estou preparando um post sobre a visita do Video Games Live no Japão, mas achei mais apropriado publicar esse vídeo separadamente dada a singularidade. Assim como no show do VGL 2007 na E3, o mago, o mestre, enfim, o mestre dos magos Koji Kondo esteve ao piano para tocar seis músicas do Mario.
A bem da verdade, a execução nem é tão exemplar assim. Que me perdoe o Kondo, ele errou alguns acordes (na parte do Mario 3 principalmente), mas ter o compositor na performance é algo único. Além disso, me agradou muito a seleção – todas essas do vídeo foram escritas pelo próprio. Não sei se você sabia, há muitas outras músicas sensacionais do Mario em toda a série, não apenas no primeiro. Tem até Super Mario Galaxy. Ainda mais incrível, Yoshi’s Island.
No início do vídeo a incidência de luz é tão forte sobre Kondo que ele fica pálido como um fantasma Boo, mas o problema é resolvido quando a câmera focaliza o telão, tornando possível a visualização do teclado do piano.
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