Por Claudio Prandoni
Geralmente sou crítico ferrenho do mercado brasileiro por conta da falta de artigos gamers. Jogos, aparelhos e acessórios originais já são um bocado complicados de aparecerem por aqui, que dizer então de produtos derivados, como brinquedos e livros.
Aos poucos as coisas vão mudando, é fato, e estou aqui desta vez para elogiar estas mudanças.
Há poucos dias, por exemplo, o sempre bem informado Nintenerds noticiou que miniaturas oficiais da Nintendo serão vendidas no Brasil, oferecendo assim uma boa alternativa a artigos importados geralmente supervalorizados e os tortuosos caminhos da importação por conta própria.
Além disso, é extremamente louvável a postura da Editora Europa ao criar a Gaming Books Division, um departamento dedicado à publicação de livros sobre games que teve como primeiro fruto o “A Arte dos Videogames” e é capitaneado pelo sapiente mestre Fabão.
Toquei aqui num dos artigos de mais interesse de minha parte: livros. Quem acompanha publicações especializadas em jogos eletrônicos já deve ter reparado que é uma pauta razoavelmente recorrente a cada cinco, seis anos. E quase sempre mostram as mesmas coisas, a saber, o “Game Over“ (que saiu aqui sob a alcunha Os Mestres do Jogo, conta a história da Nintendo e já está fora de catálogo), pocket books de séries famosas e volta e meia aquele belíssimo “1000 Game Heroes“.
Nesta semana, tirei uma noite para passear na famigerada Livraria Cultura, um dos lugares preferidos em São Paulo de 11 entre 10 amantes de livros como eu.
Logo na entrada há uma seção inteira destinada a livros importados, sendo que várias das prateleiras aqui são destinadas a pocket books – aqueles livros de bolso pequeninos feitos num papel mais barato que lembra papel jornal.
Só de curiosidade comecei a xeretá-los e qual grande não foi minha surpresa ao encontrar um baseado no Hellgate: London, com o sugestivo título “Hellgate London: Book One of Three – Exodus”. Logo ao lado, tinha também a novelização do filme “Resident Evil: Extinction” e poucos volumes adiante um tal de “Diablo – Moon of the Spider”.
Intrigado, olhei com cuidado absolutamente todas as prateleiras destinadas aos pocket books na esperança de achar mais obras baseadas em jogos eletrônicos, em especial de alguma franquia da qual eu fosse fã.
Acabei pegando um da série Perfect Dark, mais especificamente “Perfect Dark: Initial Vector”, seqüência direta de Perfect Dark Zero, da caixa X 360. Ok, não cheguei a jogar nem cinco minutos do PDZ, mas sou devoto de Joanna Dark desde a época do N64, ou seja, tenho certo crédito com a ruiva. Fiquei surpreso com o preço também: pouco mais de 18 reais. Praticamente uma pechincha, considerando que se trata de um artigo importado.
Cheguei alguns outros tantos que havia por lá e todos apresentavam valores parecidos. Acabei achando uma coleção bem razoável de títulos lá na Cultura – pena que não tinha nenhum de Halo para eu presentar o maestro Barros.
Abaixo, os outros livros que por lá vi além dos já citados:
– “Diablo – The Sin War: Scales of the Serpent”
– “Diablo – The Black Road”
– “Warcraft – The Well of Eternity – Vol. 1”
– “Warcraft – The Demon Soul – Vol. 2”
– “Warcraft – The Sundering – Vol. 3”
– “Doom 3 – Worlds on Fire”

Depois as pessoas ainda se perguntam como a Blizzard consegue ser tão poderosa e fazer jogos de tamanha qualidade lançando poucos games: veja quantos livros inspirados em propriedades intelectuais da empresa.
Isso que aqui no Brasil já tivemos também o lançamento oficial por parte da Conrad do mangá “Warcraft – Trilogia da Fonte do Sol”.
Aproveitei que estava por lá e deixei pré-reservado na livraria o Game Over, caso eles consigam trazer um importado a um preço digerível pelo meu bolso. Torçam por mim. Ah, e um dia ainda almejo ter o tal 1000 Game Heroes em minhas prateleiras. Lindo de morrer e cheio de informações, mas com preço ainda mais salgado que salgadinho…
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