Rez na Japan House São Paulo

Por Claudio Prandoni

Games são arte? Para mim eles são sim, mas tudo bem quem discorda: é algo subjetivo e tá valendo. Mas acho importante quando games ocupam espaços que normalmente não imaginaríamos ver eles em destaque e acabam sendo apresentados a novos públicos.

Este é o caso da mostra Design Museum Japan, em exibição até o dia 11 de junho na Japan House São Paulo, que define a exposição dizendo que ela “traz a pesquisa de oito criadores que exaltam a história de ‘tesouros do design’ presente no cotidiano de diferentes províncias japonesas em uma cultura e estilo de vida desenvolvidos desde o período Jomon, há 10 mil anos”.

Um dos itens é o Piano TransAcoustic, pesquisado por Tetsuya Mizuguchi, renomado game designer com um apreço especial pela música e responsável por obras como Space Channel 5, Rez, Lumines, Meteos, Child of Eden e o delicioso Tetris Effect – além do recém lançado Humanity.

Para representar a obra do game designer, a mostra conta também com uma cópia de Rez, da SEGA, para PlayStation 2, incluindo o belíssimo manual do game, que tem diversas ilustrações e até diferentes tipos de papel no miolo.

Rez simboliza muito da filosofia de design de Mizuguchi, combinando visual abstrato e psicodélico com um gameplay frenético que interage de formas únicas com a trilha sonora. Lançado originalmente para o Dreamcast e PS2 em 2001, ganhou vários ports ao longo dos anos, incluindo versões em realidade virtual.

Fica aí a dica de conferir a mostra lá na Japan House – pessoalmente, gosto muito dos expositores dedicados aos antigos piões japoneses, acho a montagem bem bonita!

Mais detalhes da exibição no site oficial.

IT’S LEGO LUIGI TIME!

Por Claudio Prandoni

Em agosto de 2021 a coleção de LEGO Super Mario vai ganhar o verdinho Luigi. Tive a honra e oportunidade de receber os kits com meses de antecedência para testar e brincar e participei de um evento online com detalhes sobre os sets e bastidores de produção.

Luigi chega para trazer ainda mais interatividade ao inovador LEGO Super Mario, que chegou em agosto de 2020. O encanador verde se conecta via bluetooth ao boneco do irmão e um entende a presença do outro – e se ele está em apuros ou pegando moedas, por exemplo.

Um pouquinho mais alto que o irmão, Luigi preserva as características charmosas do boneco do Mario: telinha de LCD para dar vida aos olhos e indicar ações como pegar moedas e derrotar inimigos e sensor de movimento para entender quando pula, gira e deita para tirar uma soneca.

Outra função engenhosa é um leitor de cores e códigos de barras na parte inferior, na ‘sola dos pés’. Com isso, entendem quando pulam em um Goomba, andam na grama, deserto, terra, água, pântano e fogo e quando começam a fase no cano verde e terminam no mastro com a bandeirinha.

Enquanto os kits iniciais de LEGO Mario recriavam com bloquinhos as estruturas mais básicas da série, Luigi traz kits com engenhocas mais ousadas, como gangorras e torres giratórias, desertos e pântanos venenosos, um Yoshi rosa e o inimigo Boom Boom.

Pessoalmente, pelo tanto que montei e brinquei, sinto que o Luigi traz uma interatividade mais elaborada, que reforça o charme dos bonecos eletrônicos. Aliás, tipo de criatividade que já rola no set do LEGO NES e o ‘crossover’ com o LEGO Mario, que o boneco toca o tema do game.

A experiência toda é muito envolvente, tanto pelo carisma dos modelos e cenários que você vai montando quanto pelo capricho do app do LEGO Super Mario, que dá instruções detalhadas em 3D, ferramentas online para compartilhar suas criações e várias sugestões de atividades.

(Vale o parênteses: os kits novos e as funções do aplicativo mobile reforçam bastante o caráter ‘Super Mario Maker de verdade’ que o LEGO Mario têm!)

Luigi e os demais sets chegam às lojas de vários países – incluindo Brasil! – a partir de agosto, em tempo de celebrar um ano do lançamento original de LEGO Super Mario. Preços ainda não foram divulgados, mas devem seguir a média salgada de valores praticados aqui no Brasil.

Agradeço demais à LEGO, Nintendo e suas representantes no Brasil pela confiança em me dar acesso tão antecipado a brinquedos tão elaborados, ainda totalmente confidenciais na época em que a caixa chegou pra mim.

Encicloprandas #02: The Legend of Zelda Skyward Sword

por Claudio Prandoni

Encicloprandas #01: Street Fighter: Real Battle on Film

por Claudio Prandoni

A boa surpresa da biografia em HQ de Tetris

Por Claudio Prandoni

Nas últimas semanas estou relendo aos poucos o fantástico Console Wars, de Blake Harris, que narra e explica a incrível rivalidade entre Nintendo e Sega nos anos 90 – saiu aqui no Brasil como A Guerra dos Consoles, pela editora Intrínseca.

Porém, fiz uma pausa em alguns dias para encaixar outra leitura sobre games, o excelente Tetris: The Games People Play, de Box Brown (ainda sem lançamento oficial no Brasil, infelizmente).

Em formato de HQ o livro conta a história de criação do clássico puzzle Tetris, um dos meus games favoritos de todos os tempos.

A narrativa dá bastante atenção também para o complicado processo de licenciamento do jogo, culminando com a super popular versão portátil para Game Boy.

O traço caricato dá certa leveza para o conteúdo, que aborda de formas pontuais também o próprio conceito de jogo e a criação da Nintendo.

Mas pra mim a grande estrela mesmo é todo o drama para licenciar o Tetris, um jogo que não era exatamente de uma empresa, mas sim do próprio governo da União Soviética.

Um registro inusitado, mas bem representativo de um período importante da História recente e que ajuda a dar a dimensão da importância do Tetris, renovado até hoje, como nos hipnotizantes Tetris Effect e Tetris 99.

Artwork do dia: artes INÉDITAS de Alex Kidd in Miracle World

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Por Claudio Prandoni

Dia desses chegou ao Switch a versão SEGA AGES do fantabuloso Alex Kidd in Miracle World.

Guardo a aventura lançada em 1986 para o Master System com carinho no coração: foi o primeiro game que joguei na vida!

Assim, logo que essa nova edição saiu dei um jeito de comprar. O pacote é robusto e traz a função de rebobinar a partida em alguns segundos, jogar com música reproduzida ao estilo chip FM, desafios com rankings online e… artes INÉDITAS feitas especialmente de apresentação de cada fase!

Dias atrás pensava em você / Não é assim mas joguei o game do início ao fim e capturei cada telinha para dividir com você por aqui.

O que achou?

Dragon Quest 1 no mobile

Por Claudio Prandoni

O último jogo que terminei em 2018 foi o primeiro Dragon Quest. Isso mesmo, o comecinho da série, a estreia, o primogênito.

Digo mais: joguei o game inteiro no celular, ao longo de alguns poucos meses.

Nunca foi o ‘jogo principal’ da minha playlist, mas sim um jogo pra curtir em intervalos, nas salas de espera, no vai-e-vem do ônibus e metrô. Ajuda o fato de que não se trata de uma aventura gigantesca: com apenas um herói, o descendente do lendário Erdrick, a jornada acabou com algo entre 9 e 10 horas de partida.

Ajudou também a mecânica clássica JRPG estabelecida por jogos como o próprio Dragon Quest, que exige muito grind para subir de nível, melhorar atributos e conquistar poderes. Qualquer 15 minutos no metrô virou motivo pra entrar no game e matar alguns slimes pra acumular XP – e sem a preocupação de o 3G funcionar ou não, já que é um game todo offline, dos desconectados anos 80.

Agora embarquei em Dragon Quest 2, que já se mostra uma epopéia muito mais elaborada e desinibida, com um mundo consideravelmente maior e aliados para recrutar. Adiante, guerreirinhos!

Artworks da Nintendo mobile

Por Claudio Prandoni

Tempos doidos em que, já faz quase um ano, a Nintendo se lançou a experimentos no mundos dos tablets e smartphones.

Tanto Miitomo quanto Super Mario Run e o mais recente Fire Emblem Heroes (na minha opinião, o melhor da trinca) são produções caprichadas, que refletem tanto o esmero da Nintendo quanto o potencial que outros estúdios ainda podem explorar nas plataformas.

Ah, o empreendimento também abre espaço para iniciativas pouco convencionais de divulgação: Shigeru Miyamoto no palco de uma conferência da Apple para anunciar um jogo do Mario… e um vídeo mostrando ele desenhando o herói em um tablet (o trambolhudo iPad Pro) para divulgar o lançamento!

Acho sempre encantadoras as oportunidades de ver Miyamoto-san dando traços a um de seus filhos mais famosos. É daquelas raras ocasiões de ver o mestre encarando a própria obra e se aproximando da essência e ingenuidade que nortearam sua criação – ou algo do tipo, não só propaganda de algum investimento multi milionário nível 2.

Aproveito a deixa para colocar a seguir também um vídeo de Yusuke Kozaki desenhando a animada Sharena, de Fire Emblem Heroes. O cara é character design de FE desde o recente e excelente Awakening e também trabalhou em outra série que me é MUITO querida: No More Heroes.

Como a febre do Pokémon GO fez eu escrever meu primeiro livro

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Por Claudio Prandoni

Não sou muito chegado em autopromoções e ~jabás~ aqui no blog, foram poucos nestes quase 10 anos de estrada, mas é com MUITA alegria, carinho e realização que conto aqui sobre este livro – aliás, mais ou menos como a própria criação do Hadouken, láááááá atrás, foi um desdobramento da revista Continue – e também porque este blog e todo mundo que o acompanha ou o acompanhou também faz parte desta história.

Replico aqui em parte texto que já escrevi no Facebook sobre o assunto: nunca tinha pensado, de fato, planejado e tal, escrever um livro.

Já tinha pensado na situação, mais em tom de “E se…”, mas daí a realmente escrever são outros tantos, né.

De repente, não mais que repentinamente, a oportunidade surgiu a convite do Marcelo Duarte, um cara que acompanho e admiro desde a época de estudante – do Guia dos Curiosos, Loucos por Futebol e afins -, embarquei nessa aventura, mergulhando de cabeça, e olha no que deu.

Em Pokémon GO de A a Z, falo de uma de minhas séries preferidas e mais queridas desde a infância.

Trata-se de um livro de 96 páginas com diversas curiosidades e dicas sobre o game fenômeno da temporada, obra de mais ou menos duas semanas e meia extremamente intensas, de apuração, redação, testes e afins.

O livro já está pronto (clique aqui pra ver mais detalhes e se pá até comprar)! Olha essas fotos bonitas aí.

Fiz também uma apresentação ao vivo no Facebook, onde mostro e falo um pouco mais do livro (que é o meu primeiro, mas definitivamente não espero que seja o último!).

Agradecimentos imensos ao Marcelo Duarte, por essa incrível oportunidade, e também para toda a equipe da Editora Panda Books, que cuidou de tudo com muito carinho!

O novo ‘mascote’ da Kojima Productions já virou bonequinho(s)

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Por Claudio Prandoni

Ainda resta alguma dúvida de que a Konami errou feio, errou rude ao deixar Hideo Kojima partir de forma tão conturbada e mal explicada?

Em dezembro do ano passado ele revelou a versão redux do estúdio Kojima Productions, agora como uma parada ~meio indie~ e com certo apoio da Sony, assim como o novo logo da equipe: um astronauta caveirão.

Em maio ficamos sabendo que o tal puro-osso é Ludens – e nada mais.

Será ele personagem de Death Stranding, jogo que o Kojimão revelou na E3? Não sabemos. Ninguém negou ou confirmou. Resta só a especulação que, na boa, geralmente compõe boa parte da diversão em acompanhar a produção de um novo game de Kojima-san.

Enfim: o jogo nem saiu, nem sabemos o que(m) raios é Ludens e já temos bonequinho dele. Digo mais, bonequinhos, no plural mesmo.

A excelente fabricante Good Smile Company revelou uma action figure da linha Figma (proporção 1/12 e ampla variedade de articulações). Ainda em estágio de protótipo, o bonequinho traz luzes no capacete pra acender e revelar o caveira lá dentro.

Além do Figma, rola lançamento também na linha Nendoroid, um pouco menor e de proporções Super Deformed (o tal SD), com cabeção e trejeitos caricatos.

Pelas fotos, aliás, parece um enxame de Ludens: cinco modelos com cores diferentes e um maiorzinho, com capacete transparente estilizado mostrando o crânio de cálcio.

Por ora, nada de preços ou datas de lançamento, mas já rolam várias fotos maneiras. Seguem abaixo na galeria junto com algumas do Kojimão nerdeando na San Diego Comic-Con e mostrando que é geek como a gente.


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