Arquivo para dezembro \31\-03:00 2010

Escalte Hadouken 2010

Por Alexei Barros

“Isso é tudo. Aguarde mais alguns 300 e tantos dias para o Escalte Hadouken 2010.” Enfim, chegou. Aos trancos e barrancos o blog conquistou o tetracampeonato, e não há como entrar em 2011 sem escancarar o desleixo de alguns editores-executivos da Hadouken Corporation e eleger os comentários que enobrecem este nefasto espaço virtual. Para isso serve o mais aguardado post do ano. Mentira.

Se 2009 já foi um ano recheado de game music, 2010 não mudou muita coisa. Há quem diga que “esse de games virou blog de música”. Eu bem que tentei alcançar o líder da produtividade, Claudio Prandoni, mas fica para o ano que vem. Prandoni, aliás, foi o principal responsável, juntamente com colegas de blogs parceiros, a arquitetar a mentira que rendeu o dia mais visitado na história do mundo do Hadouken: 5998 visitas.

Do outro lado, uma disputa no tapa. Gustavo Hitzschky e André Sirangelo tiveram um empate técnico para ver quem escrevia menos: cada um publicou um inigualável post durante todo o ano! Sira sairia em vantagem como ainda teve o trabalho de fazer uma montagem e o artigo do Hitzman era apenas um vídeo de um vesgo que defendia a sua causa contra o Resident Evil 4. O Gustavo não deixou barato e permitiu que fosse mostrado no escalte uma análise exclusiva de Red Dead Redemption. Se me permite:

Review: Red Dead Redemption

Por Gustavo Hitzschky

É muito difícil falar sobre um jogo tão complexo e cheio de detalhes como Red Dead Redemption quando nos dão um espaço assim diminuto. Mas, já que fui premiado com tal incumbência, vou aqui resumir aquilo que poderia falar em três, quatro páginas, e dizer que os fãs da Rockstar não vão ficar decepcionados com mais essa joia que a produtora nos fornece.

Agora sim!

Ranking, comparando com os números do ano passado.

– Total de posts: 1972 (1618) – com este
Claudio Prandoni: 954 (878)
Alexei Barros: 911 (635)
Gustavo Hitzschky:  68 (67)
André Sirangelo: 39 (38)

Depois do Hadouken, a maior relação de comentários dos escaltes já vista durante todos os tempos, durante todos os seus brinquedos. Fica o aviso: tire as crianças da sala!

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The Last Story: anunciado álbum da trilha sonora; evento mostra canção-tema do jogo



Por Alexei Barros

Dia 27 de janeiro de 2011 sai no Japão The Last Story, próxima investida da Mistwalker. Como comentado, a edição limitada inclui o disco promocional The Last Story: The Premium Soundtrack, que não é a trilha completa. Então, dia 23 de fevereiro vai ser lançada a The Last Story Original Soundtrack, com três CDs e número de catálogo DERP-10012~4 – a publicação é do próprio selo de Nobuo Uematsu, Dog Ear Records. O preço é de 3000 ienes, o que hoje daria 61 reais.

Além disso, no dia 27 de dezembro, ocorreu um evento do jogo transmitido via Ustream que contou com as pariticipações de Hironobu Sakaguchi, Nobuo Uematsu e até Satoru Iwata. Foi mostrado o terceiro vídeo do RPG para Wii para quem está mais curioso para saber como será o sistema de combate:

E também ocorreu a apresentação ao vivo da Kanon com a música-tema do jogo, intitulada “Kanan’s Theme”. Na estrondosa trilha do Tales of Legendia assinada pelo Go Shiina, a cantora havia participado de duas faixas, a saber, “The Legendary Sorceror” e “Ancient Ship”. Mas ela já havia trabalhado com o Uematsu, com duas canções para o anime Guin Saga: “Marius’ Song” e “Out-of-Reach Feelings ~ Moonlight”, que estão registradas no álbum My Road~Songs from Guin Saga. Em relação à “Kanan’s Theme”, que não me impressinou tanto, o estilo mais melancólico me lembrou Lost Odyssey.

Grato ao Fabão pelos links via Twitter e ao Marcelo pela dica do vídeo.

[via SEMO]

Little Jack Orchestra e o sétimo concerto secreto pró-amador


Por Alexei Barros

Em agosto de 2009 a Little Jack Orchestra realizou um concerto de Final Fantasy VI. No final do post, escrevi: “Para outubro de 2010 já foi confirmado o sétimo concerto anual da Little Jack Orchestra com… adivinha, um dos jogos preferidos das orquestras pró-amadoras:  Chrono Trigger!”

Pois é o que aconteceu. A apresentação presenciada por Yasunori Mitsuda acabou ocorrendo dia 14 de novembro de 2010 e ainda envolveu Dragon Quest e um pouco de Chrono Cross no Parthenon Tama, Tóquio, local com 1400 assentos e ingressos a 1000 ienes (20 reais). Foram poucos os detalhes que consegui desvendar nos relatos japoneses sobre a performance, então me limito a comentar o set list.

Mesmo com tantos concertos profissionais tocando Chrono Trigger é incrível como ainda tem músicas excelentes a serem aproveitadas. Por exemplo, “Guardia Castle ~Courage and Pride~”, “Boss Battle 2″ e…“Black Omen”! As composições do Nobuo Uematsu estão entre as esquecidas e, em um momento raro, três faixas dele foram tocadas em diferentes medleys: “Tyrano’s Castle”, “Sealed Door” e “Burn! Bobonga!”. A “Guardia Millenial Fair” foi executada duas vezes: na primeira os próprios instrumentistas da Little Jack bradaram o “Ha!”, e na outra a plateia foi convidada a acompanhar a orquestra. No número de despedida, foi tocado o medley “Ending – Burn! Bobonga!~Frog’s Theme~To Far Away Times” inserido na adaptação de PlayStation e Nintendo DS.

O próximo concerto da Little Jack Orchestra está marcado para 28 de agosto de 2011, ainda com programa a ser definido.

Ato I

01 – “Overture March” (Dragon Quest)
02 – “Chateau Ladutorm” (Dragon Quest)
03 – “People” (Dragon Quest)
04 – “Unknown World” (Dragon Quest)
05 – “Fight” (Dragon Quest)
06 – “Dungeon” (Dragon Quest)
07 – “King Dragon” (Dragon Quest)
08 – “Finale” (Dragon Quest)

Ato II

09 – “A Premonition” ~ “Chrono Trigger” (Chrono Trigger)
10 – “Peaceful Days” ~ “Guardia Millenial Fair” (Chrono Trigger)
11 – “Wind Scene” (Chrono Trigger)
12 – “The Royal Trial” ~ “The Hidden Truth” (Chrono Trigger)
13 – “Guardia Castle ~Courage and Pride~” ~ “Frog’s Theme” ~ “Battle with Magus” (Chrono Trigger)
14 – “Tyrano’s Castle” ~ “Boss Battle 2” (Chrono Trigger)

Ato III

15 – “The Brink of Time” ~ “Corridors of Time” (Chrono Trigger)
16 – “Singing Mountain” (Chrono Trigger)
17 – “Sealed Door” ~ “Epoch ~Wings that Cross Time~” (Chrono Trigger)
18 – “Black Omen” ~ “World Revolution” ~ “Last Battle” (Chrono Trigger)
19 – “Epilogue ~ To Beloved Friends” ~ “To Far Away Times” Chrono Trigger)
20 – “Schala’s Theme” ~ ““Scars of Time” ~ “The Dream that Time Dreams” (Chrono Trigger e Chrono Cross)

Bis

21 – “Guardia Millenial Fair” (Chrono Trigger)
22 – “Ending – Burn! Bobonga!~Frog’s Theme~To Far Away Times” (Chrono Trigger)

Agradecido ao Fabão, que enviou os links dos reports semanas atrás.

[via nijiiroleina.blog49.fc2.com, miri in japan e Nonsense Zone]

Revelada compilação de Silent Hill com nove discos

Por Alexei Barros

Castlevania, Suikoden, Gradius… olha a Konami chutando o balde novamente: agora é a vez de a série survivor horror Silent Hill ser homenageada com uma caixa portentosa. É a Silent Hill Sounds Box, em um total de oito CDs, um DVD e um livreto especial de artes conceituais. A saber o conteúdo:

– CD 1: Silent Hill
– CD 2: Silent Hill 2
– CD 3: Silent Hill 3
– CD 4: Silent Hill 4: The Room
– CD 5: Silent Hill Origins
– CD 6: Silent Hill: Homecoming
– CD 7: Silent Hill: Shattered Memories
– CD 8: Silent Hill The Arcade, Demo Tracks
– DVD: Trailer footages

Todas as trilhas tinham sido publicadas anteriormente, com exceção da Silent Hill The Arcade, assinada por Masahiro Ikariko. Pela primeira vez, a trilha de Silent Hill: Homecoming sairá no Japão. Não sei se o pacote será completo porque esse tipo de relançamento sofre com complicações contratuais. Por exemplo, a infame “I am the Wind” do Castlevania: Symphony of the Night, ausente da Akumajo Dracula Best Music Collections BOX. Digo isso porque imagino que poderá ser limado o tango “Esperándote”, composto pela Rika Muranaka e cantado pela argentina Vanesa Quiroz. Minha suspeita se deve pelo lançamento na iTunes da Silent Hill Original Game Soundtracks, que não inclui a mencionada faixa. De resto, esperam-se as canções e outras músicas do abrasileirado Akira Yamaoka, que atualmente está na Grasshopper Manufacture.

Silent Hill Sounds Box está agendado para o dia 16 de março, com número de catálogo GFCA-243~251. Pode ser adquirido somente pela loja Konamistyle por 14700 ienes, o que daria hoje cerca de 300 reais.

[via SEMO]

Press Start The 5th Anniversary: desfalcado, reverberado e abrupto


Por Alexei Barros

Arranjos exclusivos, fartura de jogos nipônicos, seleções obscuras… são alguns motivos para mostrar tanta admiração pela série de concertos Press Start, que conta com apresentações desde 2006 no Japão. A cada ano lamentava pela inexistência de CDs e DVDs, o que significava que as performances se perderiam no tempo e no espaço, exceto pelas gravações da plateia que surgiram em 2006 e 2007, sendo que de 2008 em diante não passou do terreno da imaginação.

Então o impossível aconteceu: em agosto foi anunciada a compilação comemorativa de aniversário Press Start The 5th Anniversary, à venda em 11 de setembro, dia da realização do Press Start 2010. Apesar de celebrar o quinto aniversário, o álbum mescla seleções de somente duas apresentações: do Press Start 2008, com a Kanagawa Philharmonic Orchestra no Bunkamura Orchard Hall, e do Press Start 2009, com a Tokyo City Philharmonic Orchestra no Tokyo Metropolitan Art Space. Sempre que um produto muito aguardado finalmente é lançado, vem a inevitável pergunta: a espera valeu a pena? Respondo de cara: não. O que leva a outro questionamento: “você ficava elogiando toda hora e agora vem dizer que não é tão bom assim?”. Calma.

À primeira vista chateia a pouca quantidade de faixas para uma coletânea: nove, em um total de 50 minutos – para efeitos de comparação, o Video Games Live: Level 2 e o Play! A Video Game Symphony Live estão entupidos até a boca, com 74 minutos. Ou seja, sobraram 24 minutos de CD. Se fossem segmentos de seis minutos, caberiam mais quatro faixas. Imagino a substância que trariam Out Run, Castlevania, Mega Man 2 e Wild Arms. Isso até daria para relevar.

O principal problema do álbum é a equalização equivocada, que conta com muita reverberação (valeu, 00Agent!), prejudicando a nitidez dos instrumentos, a ponto de parecer que a orquestra está muito mais longe do que verdadeiramente está. Fora isso, não existe a profundidade sonora que torna as performances orquestradas tão especiais. Ainda que gravado ao vivo, é inaceitável para um CD como ambas as apresentações aconteceram em salas de concerto, onde a arquitetura privilegia a acústica. Seria covardia comparar com o Symphonic Fantasies, um exemplo de perfeição entre os concertos de games. Para pegar um caso mais próximo, japonês, cotejo com o Monster Hunter 5th Anniversary Orchestra Concert ~Hunting Music Festival~, que, inclusive, aconteceu no Tokyo Metropolitan Art Space, o mesmo local do Press Start 2009, e viceja uma qualidade invejável de produção. Mais desanimador é que a reverberação exagerada persiste no Super Mario Bros. 25th Anniversary Special Sound Track Press Start Edition, que ainda farei um post específico.

Segundo, os arranjos não são tão bons quanto deveriam. As transições que reclamo tanto são irregulares em vários números do álbum. Não que sejam ruins, é que o Kazuhiko Toyama e o Nobuyuki Nakamura definitivamente não estão entre os melhores arranjadores do mundo. Falta polimento em muitas passagens e percepção de como encadear as músicas em um medley. Às vezes parece que as faixas e a sequência são pré-definidas por alguém e eles têm que se virar com isso, no momento em que mudanças e cortes poderiam ser feitos para o bem dos arranjos.

Mesmo assim, a track list foge do padrão do que se costuma ouvir nos concertos ocidentais. Importante ressaltar que o disco não representa a totalidade da experiência, como não há nada da Square Enix e da Nintendo. Depois do Hadouken minhas pútridas impressões do álbum que, mesmo com os já mencionados contratempos, tem os seus momentos.

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“Medley 2008” – Gran Turismo (T-Square 30th Anniversary Concert 2008)

Por Alexei Barros

O T-Square tocou a “Moon Over the Castle” eu publico. Vinha sendo assim, mas faltava justamente a aparição do tema de Gran Turismo no show comemorativo T-Square 30th Anniversary Concert 2008. Graças a um solidário indivíduo com conta paga no YouTube e aproveitando o ensejo do lançamento do Gran Turismo 5, enfim a performance.

Como comentado na ocasião, nesse espetáculo foram convidados ex-integrantes da banda, em um total de 15 instrumentistas, consolidando o grupo que ficou conhecido como T-Square Super Band Special, com cinco bateristas, três baixistas, três pianistas/tecladistas, dois saxofonistas e dois violonistas/guitarristas. Um absurdo.

Mais loucura ainda é a duração do “Medley 2008”: 35 minutos, emendando 16 faixas pinçadas dos 30 anos da banda completados em 2008. A “Knight’s Song”, nome dado à “Moon Over the Castle” nos álbuns do T-Square, aparece mais para o final do medley (link para o trecho específico aqui).

A principal diferença da maioria das versões é a presença do violão, aqui tocado por Yuji Mikuriya, que fez parte do T-Square somente no ano de formação, em 1978, e mantém com o compositor e líder Masahiro Andoh a dupla de violões anmi2. O baixista Yuji Nakamura é visto ao fundo com um cavaquinho, o que não passa de uma fanfarronice. É o Masahiro Andoh que toca a melodia na guitarra, pouco depois acompanhado pela dupla de EWIs do Takeshi Itoh e Takahiro Miyazaki.

Se não é a melhor versão da música, ao menos tem o valor especial de ter sido lembrada no show de aniversário, o que não havia acontecido nos espetáculos de 20 e 25 anos.

Lista das faixas com link para as originais e os respectivos álbuns das quais saíram:

– “Medley 2008”
“Rockoon” (Rockoon, 1980)
“A Feel Deep Inside” (Lucky Summer Lady, 1979)
“Lickin’ It” (Midnight Lover, 1979)
“Flying Colors” (33, 2007)
“Friendship” (Friendship, 2000)
“Banana” (Rockoon, 1980)
“It’s Magic” (Magic, 1981)
“Megalith” (New-S, 1991)
“Full Circle” (Kyakusenbi No Yuwaku, 1982)
“A Dream in a Daydream” (T-Square, 2000)
“Kimi Wa Hurricane” (Uchimizuni Rainbow, 1983)
“Kaze No Shonen” (Spirits, 2003)
“Jubilee” (Adventures, 1984)
“Mistral” (Stars and the Moon, 1984)
“Knight’s Song” (Blue in Red, 1997)
“Celebration” (Truth, 1987)
“Adventures” (Adventures, 1984)

A capa e a track list definitiva do – Myth – The Xenogears Orchestral Album

Por Alexei Barros

Conforme imaginava, a lista final de músicas do – Myth – The Xenogears Orchestral Album acrescentaria algumas faixas em relação àquela dezena escolhida pelos usuários do Square Enix Members, fechando em 14. O que não passava pela minha cabeça é que duas delas seriam excluídas, ainda mais duas tão bem colocadas: “Knight of Fire” e “Awakening”, que tinham se posicionado na quarta e sexta posições. Qual é a tua, Yasunori Mitsuda?

Em compensação, foram adicionadas seis faixas: “My Village is Number One”, “Bonds of Sea and Fire” (ouvida no vídeo de revelação), “Singing of the Gentle Wind”, “Ship of Regret and Sleep”, “Lost… Broken Shards” e “The Beginning and the End”. Tudo isso mostra que a seleção privilegia o equilíbrio da experiência do álbum como um todo, não a vontade imediata dos fãs.

Além da “Faraway Promise” que virá em um solo de piano conforme o sample natalino nos deixou saber, a June Mermaid” também será igualmente tocada por piano. As 12 restantes são sinfônicas, com performance da The Bulgarian National Radio Orchestra. O álbum está agendado para o dia 23 de fevereiro, com número de catálogo SQEX-10230 ao preço de 3000 ienes (61 reais sem taxas e impostos).

A track list, com as colocações da seleção de fãs à direita:

01 – “Light from the Netherworlds –  Orchestra Version -” (10)
02 – “My Village is Number One –  Orchestra Version -“*
03 –Flight –  Orchestra Version -” (01)
04 – “The Treasure Which Cannot Be Stolen –  Orchestra Version -” (08)
05 – “Stage of Death –  Orchestra Version -” (07)
06 – “Shevat, the Wind is Calling –  Orchestra Version -” (03)
07 – June Mermaid – Piano Version -” (09)
08 –  “Bonds of Sea and Fire –  Orchestra Version -“*
09 – “Singing of the Gentle Wind –  Orchestra Version -“*
10 – “Ship of Regret and Sleep –  Orchestra Version -“*
11 – “Lost… Broken Shards –  Orchestra Version -“*
12 – “The Beginning and the End –  Orchestra Version -“*
13 – “Small Two of Pieces –  Orchestra Version -” (02)
14 – “Faraway Promise – Piano Version -” (05)

*ausentes da votação da Square Enix Members.

[via Famitsu]

“Heroes of Might and Magic Medley” – HoMaM II: The Price Of Loyalty, II: The Succession Wars, IV, V e VI (VGL 2010 em Paris)

Por Alexei Barros

Se normalmente os posts sobre o Video Games Live não costumam ser favoráveis, no final de ano então eu costumo soltar os cachorros ao acumular em um desabafo algumas informações que vem à tona e não valiam posts separados, como foi o caso de 2009. Neste ano de menos apresentações (25, contando duas que estão para acontecer) que as loucuras de 2008 (47 shows) e 2009 (56 shows), a saída de Jack Wall e a entrada de Wataru Hokoyama na regência, o lançamento da trinca DVD, Blu-ray do CD Video Games Live Level 2, meu único senão, afora aquilo que você já sabe, é o silencioso cancelamento de uma visita que aconteceria em São Petersburgo na Rússia. Tirando isso, aproveite esse momento raro: um elogio meu ao VGL.

No dia 17 de dezembro aconteceu o quarto espetáculo (dois em 2008, um em 2009 e agora) em Paris, a capital francesa (o Seu Madruga diria que França é a capital de Paris, mas tudo bem) que costuma guardar boas novidades da turnê. Nesta mensagem no fórum do VGL, Tommy Tallarico afirmou que o famigerado segmento de Earthworm Jim estrearia. Pelo que vasculhei no YouTube não chegou a acontecer. Em vez disso, o debute de um medley de Heroes of Might and Magic, longeva saga de estratégia por turnos. Logo pensaria anos atrás: uma série que conheço de nome e olhe lá poderia muito bem dar lugar a algum jogo japonês de maior fama. Acontece que o arranjo não é bom… é sublime!

Contrariando a máxima das trilhas de ambiência ocidentais, as músicas de Heroes of Might and Magic são melódicas e encantadoras, com forte influência do período barroco. Foram os próprios compositores Rob King e Paul Romero os autores do arranjo, criando uma cadência coerente com cinco seleções da série que ignora Heroes of Might and Magic: A Strategic Quest e Heroes of Might and Magic III e adianta Might and Magic: Heroes VI, a ser lançado em 2011. Em uma dessas raras ocasiões, a notícia do VGL sobre a novidade até detalhou quais faixas fazem parte do segmento. Para falar resumidamente, a “Knight Town” (0:14) abre a miscelânea de maneira afável quando a “Sorceress Town” (0:44) enleva até a aparição da “Academy Town Theme” (2:00).  Pouco depois, a “Credits Theme” (2:28) confere grandiosidade até a imponente “Haven Theme” (3:19), em que a peça atinge o cume. Enxuto, direto e impoluto o segmento.

Veja, ouça e comprove:

– “Heroes of Might and Magic Medley”
“Knight Town” (Heroes of Might and Magic II: The Price Of Loyalty) ~ “Sorceress Town” (Heroes of Might and Magic II: The Succession Wars) ~  “Academy Town Theme” (Heroes of Might and Magic IV) ~ “Credits Theme” (Heroes of Might and Magic V) ~ “Haven Theme” (Might and Magic: Heroes VI)

Samples em áudio do Distant Worlds Returning Home


Por Alexei Barros

Dia 11 de janeiro sai o Distant Worlds music from Final Fantasy Returning Home, registro referente ao concerto da turnê realizado em Tóquio. Além do DVD, o pacote inclui dois CDs. Enquanto não surgem amostras em vídeo da récita, há pelo menos samples auditivos para termos uma ideia da performance e da qualidade.

Para conferi-los, entre no site oficial, espere a animação carregar (o que às vezes não aconteceu comigo) e clique em “Track List”. Há 11 trechos de faixas que podem ser apreciadas. Sete não fazem tanta diferença assim como são amplamente difundidas – “Aerith’s Theme” e “At Zanarkand” já conheço de cor e salteado. Chamo a atenção para a “Blinded by Light” (16) e a “Fabula Nova Crystallis” (19), com a voz encantadora da Frances Maya, isso do Final Fantasy XIII. Mas especialmente para a “Answers” (23) cantada magnificamente pela Susan Calloway, que, assim como a “Twilight over Thanalan” (22) é do Final Fantasy XIV.

Final Fantasy IV: Complete Collection: Masashi Hamauzu relê Nobuo Uematsu

Por Alexei Barros

Diferentemente de muitos que possuem uma opinião contrária à produção de remakes, não vejo problema algum, desde que o lançamento do jogo original tenha acontecido há tempos para justificar uma atualização nos gráficos e que traga uma boa quantidade de novidades.

Até eu que sou favorável achei um exagero a Square Enix lançar mais um remake do Final Fantasy IV, como o FFIV DS saiu outro dia (julho de 2008). Mas calei a boca quando soube que Final Fantasy IV: Complete Collection, que sai no primeiro semestre de 2011 para PSP no Japão, traria refeita, além da aventura original, a continuação Final Fantasy IV: The After Years, lançada primeiro para celulares japoneses e depois para o serviço WiiWare para o ocidente. Sobretudo ao saber quem é o arranjador do tema do trailer de revelação: Masashi Hamauzu! Se não estiver falando besteira, é a primeira vez em que ele adapta para orquestra uma composição do Nobuo Uematsu, como já existem arranjos para solo de piano, a exemplo da Piano Collections Final Fantasy X.

A música é o tema principal da série, que apareceu no primeiro episódio da série como “Opening Theme”, mas no FFIV, no qual é intitulada “Prologue”, tem um significado especial por ser ouvida ndo prólogo. Só essa releitura no indefectível estilo impressionista do alemão pontuado por piano e violino deixa no ar um alento maior para toda a trilha superar a Final Fantasy IV Original Soundtrack, trilha do DS arranjada por Junya Nakano e Kenichiro Fukui quem nem de longe repetiu a inspiração da original, fazendo um trabalho inferior também à Final Fantasy III Original Soundtrack, referente à versão do DS.

Agora curioso para saber quem arranjará o restante das músicas e no aguardo pelo anúncio da OST.


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