Arquivo para junho \29\-03:00 2010

“Uncharted 2 Medley” – Uncharted 2: Among Thieves (VGL 2010 em Los Angeles)

Por Alexei Barros

Para cumprir tabela: ao lado de Afrika, Uncharted 2: Among Thieves foi o segmento novo apresentado no Video Games Live em Los Angeles durante a E3. Sem ouvir a trilha de ponta a ponta mencionei a bela “Reunion” no post de revelação céptico de que a faixa pudesse ser escolhida.

Contrariando as minhas expectativas, foi. E não é que o número é bem decente? É enxuto, com pouco mais de 3 minutos e meio, compilando a supracitada e a “Nate’s Theme 2.0”. A grande sacada foi aproveitar uma pausa da “Reunion” para realizar a transição, que ficou natural em 1:48. Tudo seria ótimo se a performance fosse honesta. Não parece. Posso estar cometendo uma grande injustiça, mas o erhu da “Reunion” (até por isso o tema tem um quê de Shenmue) é playback. Porque se houvesse mesmo, seria dado destaque para o solista. O destaque vai para a regência do próprio compositor Greg Edmonson, que, imagino, ficaria mais satisfeito se a performance fosse toda ao vivo, com todos os instrumentos que ele planejou sendo reproduzidos na hora.

– “Uncharted 2 Medley”
“Reunion” ~ “Nate’s Theme 2.0”

Ni no Kuni: bonito de ver e ouvir

Por Alexei Barros

A última vez em que falei de Ni no Kuni era mais uma desculpa para comentar sobre a genialidade de Joe Hisaishi nas trilhas e nos concertos do Studio Ghibli com orquestras colossais. Mas, enfim, há uma data de lançamento do RPG do Nintendo DS, que recebeu o subtítulo Shikkoku no Madoushi, no Japão: 9 de dezembro de 2010. Não custa nada frisar que o jogo foi anunciado na TGS 2008. A demora é justificada por gráficos estupendos e trilha sonora totalmente orquestrada, o que resultou em um cartucho de 4GB.

A boa notícia veio acompanhada de outra melhor ainda porque Ni no Kuni também receberá uma versão para PlayStation 3, batizada de Shiroki Seihai no Joou, a ser lançada em 2011. Então, você se lembra do cel-shading fabuloso do Dragon Quest VIII? A Level 5 fez de novo, mas com o estilo visual do Studio Ghibli. Fico na dúvida se não bateu o arrependimento da Square Enix por anunciar o Dragon Quest X para Wii – sei lá se o console da Nintendo seria capaz de proporcionais tais maravilhas. Ambas as novidades foram comunicadas em recente evento exclusivo do jogo – quem precisa de E3?

Falta anunciarem o álbum da trilha sonora.

Confira os vídeos mais recentes, sem deixar de prestar atenção nas músicas sinfônicas:

Ni no Kuni: Shikkoku no Madoushi (DS)

Ni no Kuni: Shiroki Seihai no Joou (PS3)

Pelo Twitter as notícias foram compartilhadas pelo Fabão.

[via Andria Sang, Game Watch, Tiny Cartridge]

“Varestain Castle” – Ys III: Wanderers from Ys (jdk Band Summer Festival 2009)

Por Alexei Barros

Além de usufruir a inspiração das trilhas recentes da Falcom, como a de Ys Seven, a atual jdk Band ainda conta com o privilégio de ter à disposição todo o material auditivo produzido em mais de 20 anos, tantas vezes arranjado na imensa discografia de Ys, Sorcerian, Brandish, The Legend of Heroes e cia.

Com isso, fica escancarada a superioridade da jdk Band para a antiga J.D.K. Band nas versões de temas conhecidos, como é o caso da “Varestain Castle” (Ys III), que já no álbum Falcom J.D.K. Band 1 foi arranjada simplesmente como “Varestain”. Música de autoria da Mieko Ishikawa, que havia atuado com o Yuzo Koshiro nos episódios anteriores. Isso se deve principalmente pela bateria, aqui não sintetizada, e pelo violino, embora não apareça tanto neste caso. Se Masaru Teramae novamente destruiu tudo na guitarra, agora a simpática tecladista Maiko Kawahara ao fundo também se destaca.

“Your Affection ~ Heartbeat, Heartbreak ~ Signs Of Love ~ Your Affection” (Persona 4) – Persona Music Live 2009

Por Alexei Barros

Não sei se por culpa da Copa do Mundo ou pela E3, é fato: o meu radar para os lançamentos de game music está em frangalhos. Até o momento não havia mencionado no blog, somente no Twitter, que o show Persona Music Live 2009, tal qual aconteceu com o Persona Music Live do ano retrasado, será lançado em DVD. Será não, foi. Porque quando lembrei do lançamento reparei que saiu dia 23 de junho.

E o melhor: há vídeos no YouTube. Não foram feitas grandes alterações em relação à formação da banda e mesmo do set list, visto que das 28 faixas (algumas tocadas continuamente) 9 são inéditas. Prova disso é este segmento seminovo, isso porque já existia no espetáculo anterior um medley do Persona 4 com as mesmas músicas, só que tocadas em ordem diferente: “Signs Of Love” (a canção gamística que mais se aproximaria do Jamiroquai), “Heartbeat, Heartbreak” e “Your Affection”, respectivamente. Como não publiquei antes, faço agora com a versão 2009. Minha impressão é de que a gravação está ainda mais apurada, com maior quantidade de detalhes dos instrumentistas. E a cantora Shihoko Hirata novamente dá um show de carisma.

“Your Affection” ~ “Heartbeat, Heartbreak” ~ “Signs Of Love” ~ “Your Affection”

Mantendo tradição: a coletânea de piano de Final Fantasy XIII

Por Alexei Barros

Em 1992 a Square Enix iniciou com a série Final Fantasy um costume que já era muito frequente nos lançamentos de game music, especialmente os RPGs, de publicar álbuns com arranjos para solo de piano. É o que também aconteceu com Dragon Quest, Ys, Arc the Lad, Tales of, Suikoden (com o suporte de outros instrumentos, é verdade) e, mais recentemente, Kingdom Hearts.

Poderia ser tranquilamente do primeiro, mas iniciou com FFIV e seguiu até o FFXI (em 2008, seis anos depois de o jogo sair no Japão) com diferentes arranjadores e intérpretes. E para o dia 21 de julho de 2010 a saga continua com Piano Collections Final Fantasy XIII. E o FFXII, você me pergunta? Foi ignorado como acontece com os concertos da série.

O álbum referente ao FFXIII é promissor não só porque a trilha original é fabulosa. O próprio Masashi Hamauzu, que tem bastante apreço pelo piano como se nota pelas composições (talvez o violino venha em segundo lugar) é o encarregado dos arranjos e a pianista Aki Kuroda da performance, repetindo a dupla da Piano Collections Final Fantasy X.

Ainda não foi divulgada a track list, mas é possível escutar no site oficial um sample que remete à “Sulyya Springs”.

“Innocent Primeval Breaker” – Ys Seven (jdk Band Summer Festival 2009)

Por Alexei Barros

Por negligência de minha parte mencionei poucas vezes por aqui a jdk Band, e quando destaquei foi para falar mal dos Black Mages. A antiga banda da Falcom J.D.K. Band renasceu com a nova grafia jdk Band e integrantes diferentes em 2007. O som também mudou, apesar das raízes no hard rock. A antiga possuía muitos instrumentos sintetizados (a bateria na maioria das vezes era simulada), e a atual apresenta uma sonoridade bem mais potente, com a fabulosa inserção do violino em meio às guitarras.

Um dos motivos pela escassez de posts era a quase inexistência de vídeos. Por um milagre, surgiram vários do YouTube. Em uma casa de shows extremamente apertada que sequer tem palco – não me pergunte como a pessoa da última fileira consegue ver direito –, a jdk Band comprova que é um dos principais nomes de hard rock em game music, ao lado das trilhas do Daisuke Ishiwatari, entre outras. Desculpe-me, Black Mages está em um pouco abaixo.

Destaco sobretudo as performances da violinista Mizuki Mizutani e do guitarrista Masaru Teramae, o de cabelos descoloridos, que é integrante da dupla Demotori, nome conhecido no meio doujin pelos arranjos da série shmup incrivelmente popular Touhou Project. A música é a “Innocent Primeval Breaker” do recente Ys Seven do PSP: guitarras nervosas e melodia sensacional.

Se me animar publico mais vídeos.

“Afrika” – Afrika (VGL 2010 em Los Angeles)

Por Alexei Barros

A trilha sonora de Afrika foi uma das maiores surpresas de game music dos últimos anos porque o jogo de safari sempre foi encarado com enfado na lista dos primeiros lançamentos do PlayStation 3. Se o título é bom ou não nem faço ideia, mas as músicas impressionam pela grandiosidade aliada às melodias marcantes.

Por isso mesmo, Afrika tem sido uma constante nos concertos mundo afora, desde os menos badalados, como o Video Game Soundtracks Golden State Pops Orchestra (“Savanna”) e o Video Game Orchestra ~Awakening~, até o popular A Night in Fantasia 2009 (“Afrika Symphonic Suite”). Ora suítes, ora peças únicas, todas as performances foram marcadas por uma coincidência (ou seria exigência?): a regência do compositor Wataru Hokoyama. E mais uma vez ele assumiu a batuta, desta vez no Video Games Live durante a E3 2010.

Ao menos o segmento é arroz com feijão: o tema-título “Afrika” e nada mais. Parece básico, mas em se tratando de VGL é muito, porque mesmo com números que tinham tudo para dar certo por serem já orquestrados (Shadow of the Colossus), acabaram deteriorados por decisões equivocadas e passagens pouco trabalhadas. Insinuarei novamente: difícil julgar por um vídeo de baixa qualidade do YouTube e em um ambiente tão escuro, porque está difícil de acreditar que esta diminuta orquestra tocou quase que com a mesma pompa dos 100 integrantes da Hollywood Studio Symphony da trilha original…

“Relm” – Final Fantasy VI (Muta Band)

Por Alexei Barros

Se os 14 personagens do Final Fantasy VI são memoráveis – certo, excluindo Gogo, Umaro ou mais algum outro dependendo da sua preferência –, o mesmo vale para os temas que Nobuo Uematsu compôs para cada um, exprimindo as personalidades deles de maneira magistral.

Por meio de uma melodia encantadora, “Relm” transmite a inocência da jovem pintora que esconde detalhes reveladores sobre seu passado. É uma faixa belíssima que costuma ser pouco citada diante de outros temas mais famosos, como “Terra”, “Cyan” e até o meu preferido, “Edgar and Sabin”.

Eis que mais uma vez entra em ação a magnífica, esplendorosa e majestosa banda do saxofonista Muta, como no vídeo da “Searching for Friends” acompanhada pela flautista Pikkoro. Uma pintura que mostra a capacidade e versatilidade de todos os instrumentistas, que sabem tanto tocar músicas agitadas como mais calmas como esta.

Press Start 2010: ICO, Mega Man 2 e Rhythm Heaven

Por Alexei Barros

A mais nova trinca de atualizações do set list do Press Start 2010 tem tudo para ser a última, pois totaliza 13 números, a menos que por comemorar os cinco anos da série seja feito um programa maior, o que duvido muito. Acredito que é a mais decepcionante de todas, porque os três jogos são reprises de concertos passados. Com um desânimo que normalmente não encararia o Press Start, vamos às novidades:

– ICO: “ICO -You were there-”

Em 2006, já existia Shadow of the Colossus. Mesmo assim, no concerto de estreia, o time de organizadores preferiu ir contra o hype e tocar o tema de encerramento do cult ICO, lançado em 2001 e, pelo que me consta, não vendeu lá muito bem no Japão. Escolhas como estas fizeram crescer o respeito para o concerto. No texto de anúncio, Kazushige Nojima salienta que ICO está prestes a completar dez anos (dá para acreditar?), e que ocasionalmente o joga, porque fica fascinado pelo conceito minimalista. Também relembrou o nome da compositora Michiru Oshima, que fez o arranjo especialmente para o concerto. Aliás, muito talentosa e que merecia ter performances de músicas de outros trabalhos mais obscuros (Genghis Khan e Taikou Risshiden, por exemplo, ambos da Koei). Como curiosidade, vale lembrar que a canção, na trilha original, era cantada pelo jovem britânico Steven Geraghty, nascido em 1987. Ao vivo, o garoto foi substituído pela Maki Kimura. Acredito que ela volte em 2010.

– Mega Man 2

De novo vou bater na mesma tecla das outras atualizações: por que Mega Man 2 mais uma vez e não Mega Man 3 ou Mega Man X? Pelo menos, o arranjo do Kazuhiko Toyama executado no Press Start 2008 era bem interessante (ouvi só o da versão chinesa), e valeu pelo pioneirismo – as energéticas músicas, uma das mais memoráveis de todos os tempos, jamais tinham sido orquestradas. Masahiro Sakurai, como em 2008, comunicou a novidade, falando a respeito do quanto ele gosta do jogo desde 1988.

– Rhythm Heaven: “Ninja”

Como que nunca teve Metroid e Donkey Kong, mas sim Rhythm Heaven não me pergunte, porque não faço ideia. O jogo de ritmo para DS conhecido no Japão como Rhythm Tengoku Gold originou no Press Start 2009 um segmento interativo à moda do Video Games Live, em que uma pessoa da plateia era convidada para subir ao palco e acompanhar o ritmo da música com tamborins. Pelo jeito, deve ter feito o maior sucesso, como Nobuo Uematsu comentou no texto.

Set list até o momento:

01 – Chrono Trigger & Cross
02 – NES Medley
03 – Muramasa: The Demon Blade
04 – Mother
05 – New Super Mario Bros. Wii
06 – The Legend of Zelda
07 – Metal Gear Solid: Peace Walker
08 – Wild Arms
09 – Namco Arcade Medley 2010
10 – Final Fantasy X

[via PRESS START]

Goldeneye nunca morre


Por Alexei Barros

Parece que foi outro dia que ficava atiçado para alugar aquele jogo, chamar os amigos e tirar infindáveis partidas multiplayer. Infelizmente, não foi o meu caso, porque a besta aqui não teve Nintendo 64, mas foi a história de muitos, os afortunados que jogaram Goldeneye 007 nos idos de 1996. Como possuidor de um PlayStation e fã do gênero tiro em primeira pessoa, comecei uma busca por títulos similares em consoles porque era difícil ter um PC poderoso para jogar os mais recentes. Uma procura que foi parcialmente findada com Medal of Honor, claramente inspirado pelo clima de espionagem e objetivos por fase, e mais ainda pelo estupendo, genial e imbatível Medal of Honor: Underground.

Era FPS, mas não James Bond. Sim, acreditei que o trágico 007: Tomorrow Never Dies pudesse ser uma continuação digna, mesmo em terceira pessoa, quando foi uma tremenda caca. A EA Games deu continuidade à tradição nos videogames alternando entre pontos baixos e altos. Verdade seja dita, quando dão tempo à EA, ela consegue, e o maior exemplo disso é o espetacular James Bond 007: Everything or Nothing, que levou dois anos para ser feito. Enquanto isso os frutos resultavam na sequência espiritual Perfect Dark, por ser um FPS da Rare, e na ótima série TimeSplitters, do estúdio Free Radical Design (hoje Crytek UK), que inclui na sua equipe alguns dissidentes daquela época. O design ímpar das armas e a jogabilidade suave confirmam.

Tempos depois, mesmo com o visual bastante ultrapassado, pude finalizar o Goldeneye 007 e comprovar pelo emulador que se trata de uma obra paradigmática. Diria mais, triplamente paradigmática. FPSs não são jogáveis em consoles? FPSs só são atirar e atirar? Jogos licenciados são uma porcaria? Tudo foi derrubado. Para não dizer do multiplayer em tela dividida. Goldeneye 007 revolucionou, trazendo mais inteligência ao gênero – avanços que foram emburrecidos em Halo, equivocadamente tido como um sucessor no que se refere a referências nos FPSs de console.

Apesar da influência exercida por todos os títulos mencionados, quem mais sofreu pela lacuna foi a Nintendo, que nunca teve outro FPS exclusivo do mesmo quilate – Metroid Prime é um jogo de aventura, aliás, também influenciado por Goldeneye 007, ou então de onde você acha que foi inspirada a animação da câmera que mostra o cenário e entra na visão do personagem principal?

Todo este longo introito é para dizer que foi com surpresa que recebi a notícia da reinvenção de Goldeneye 007 para Wii na E3 2010, mesmo porque já se passaram seis filmes da franquia, e o ator principal nem é mais Pierce Brosnan, mas Daniel Craig, como se sabe.

Não me empolgaria mais do que o normal se não fosse por um detalhe: Goldeneye 007 é da Eurocom, a desenvolvedora britânica que fez o melhor FPS do James Bond depois da Rare, o excepcional James Bond 007: Nightfire nas versões de PlayStation 2, Xbox e GameCube – de PC era da Gearbox Software. A publicação, como o Quantum Solace, será da Activision, a atual detentora dos direitos autorais. A expectativa é muito maior do que de um Goldeneye: Rogue Agent, por exemplo, aquela picaretagem que tentou aproveitar o nome forte do olho de ouro ainda possui nos jogos.

Bem como Donkey Kong Country Returns, e também por ser uma herança da Rare, o novo Goldeneye está livre da obrigação de causar o mesmo impacto, e sim apenas trazer à tona muitas das lembranças áureas do N64. Mas que é bizarro ver Daniel Craig em vez de Pierce Brosnan no jogo, isso é.

Abaixo o trailer de revelação do título que já sai em novembro.


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