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Symphonic Fantasies Tokyo e Final Symphony ganham versões em vinil

Os vinis do Symphonic Fantasies Tokyo e do Final Symphony são itens de colecionador até para quem não tem uma vitrola

Por Alexei Barros

Apesar de a tendência atual ser de lançamentos digitais, é alentador surgir uma notícia como esta: Symphonic Fantasies Tokyo e Final Symphony, dois dos mais aclamados concertos de games, vão ser lançados em vinil. Ambos já haviam sido publicados em CD, mas, como os puristas bem sabem, o vinil garante uma reprodução de áudio muito mais orgânica.

O Symphonic Fantasies Tokyo foi gravado ao vivo no Japão em 2012, com performance da Tokyo Philharmonic Orchestra e do Tokyo Philharmonic Chorus e repertório com músicas de Kingdom Hearts, Secret of Mana, Chrono Trigger/Cross e Final Fantasy. Já o Final Symphony foi gravado no Abbey Road Studios com músicas de Final Fantasy VI, VII e X executadas pela London Symphony Orchestra.

Ambos os concertos estão disponíveis em um pacote de luxo com três vinis cada e possuem belas capas ilustradas. Cada um custa US$ 45 (fora impostos e outros gastos), mas podem ser adquiridos em conjunto por US$ 80.

Os dois espetáculos também foram relançados com esse acabamento de luxo em CD. Cada álbum duplo sai por US$ 15, ao passo que juntos custam US$ 25.

Os vinis e os CDs vão ser lançados em dezembro e já estão disponíveis para pré-venda no site da publicadora Laced Records.

Os dois álbuns em CD também ganharam novas ilustrações

[via release de imprensa]

“Chrono Cross Another Story” – Chrono Cross (Cosmosky Orchestra in Olympus Hall Hachioji)

Por Alexei Barros

Primeiro foi a Cosmosky Orchestra. Depois a Brass Exceed Tokyo. Agora volto a trazer uma nova performance da Cosmosky de Chrono Cross porque eles reformularam aquele medley de 2012 que já era fabuloso.

Para começo de conversa, a Cosmosky Orchestra me parece ter dado uma encorpada, com um número ainda maior de cordas. Além disso, o Chor Crystal Mana agora é reforçado pelo Tokyo Takinogawa Junior Choir – a quantidade de coristas não é gigantesca, mas parece ser mais do que o suficiente para o arranjo de Tomomi Hakamata (o mesmo de quatro anos atrás).

A sequência inicial de três músicas é a mesma, com “Garden of God”, “Scars of Time” e “Arni Village ~ Home”, mas muda a partir daí com a inserção da “Arni Village: Another”. Essa música, que estava presente na versão da Brass Exceed Tokyo, ficou agradabilíssima com as castanholas e o duo de oboé e clarinete, seguido pelas flautas.

Numa transição que chega meio sem avisar nem nada, como em um encontro aleatório, há a novidade do tema de combate “Gale”, que até então só havia sido orquestrado na suíte de Chrono do Symphonic Fantasies. É bem interessante a forma como a música vai crescendo, especialmente com a participação do tímpano.

Quando a vitória é sagrada na harpa, surge o momento que me deu arrepios de nostalgia: a dobradinha “Victory ~Summer’s Cry~” (nos metais) e “Victory ~Spring’s Gift~” (nas flautas), cuja melodia é, como todo mundo sabe, o tema da Lucca de Chrono Trigger. Depois, com o solos de piano e flauta, eis que aparece a emocionante “The Girl Who Stole the Stars”. É para derrubar qualquer um esse trecho que ainda tem toda a sua delicadeza reproduzida no coral.

Daí em diante, a sequência de músicas é bastante similar à versão de 2012, com o tema de chefe “The Brink of Death”, a breve “Grief” e o tema de batalha contra o Miguel “Prisoners of Fate”. Depois, deixando a melancolia de lado, vem “Beginning of a Dream”, “Magical Dreamers ~The Wind, the Stars, and the Sea~”, “The Dream that Time Dreams”, “Radical Dreamers” (em uma brevíssima alusão) e fechando com a “Scars of Time”.

Ouvindo de ponta a ponta, é fácil perceber que algumas transições não são muito adequadas e também dá para imaginar uma ordem melhor na sequência das faixas, mas as novidades dos temas de combate e da vitória, além da “The Girl Who Stole the Stars” valem a apreciação e o reconhecimento.

– “Chrono Cross Another Story”

“Garden of God” ~ “Scars of Time” ~ “Arni Village ~ Home” ~ “Arni Village: Another” ~ “Gale” ~ “Victory ~Summer’s Cry~” ~ “Victory ~Spring’s Gift~” ~ “The Girl Who Stole the Stars” ~ “The Brink of Death” ~ “Grief” ~ “Prisoners of Fate” ~ “Beginning of a Dream” ~ “Magical Dreamers ~The Wind, the Stars, and the Sea~” ~ “The Dream that Time Dreams” ~ “Radical Dreamers” ~ “Scars of Time”

To Far Away Times: Chrono Trigger & Chrono Cross Arrangement Album: o aguardado CD que se perdeu no tempo e no espaço


Por Alexei Barros

Nove anos depois de prometido, enfim o álbum arranjado de Chrono Cross foi lançado,  dividindo essa honraria com o predecessor Chrono Trigger. Para ser direto, To Far Away Times: Chrono Trigger & Chrono Cross Arrangement Album não compensou, no meu entendimento, essa longa espera.

O disco aposta em performances vocais, mas também traz arranjos orquestrais e uma releitura com uma banda celta. Talvez o CD já comece errado por aí. Acredito que seria melhor ter mais versões sinfônicas e uma ou outra música com vocal como bônus – o Myth foi muito mais feliz nesse aspecto. Com tantas faixas cantadas, eu lançaria um outro disco só nesse estilo, como é o Final Fantasy Song Book: mahoroba, por exemplo. Porém, não é por isso que o To Far Away Times deixa de apresentar arranjos bastante apreciáveis, incluindo as releituras cantadas.

Além disso, se a ideia era abordar a série toda, o CD não promove nenhuma interação entre as músicas de Chrono Trigger e Cross, fazendo uma divisão muito clara entre cinco faixas para cada jogo. A suíte “Fantasy III: Chrono Trigger/Chrono Cross” do Symphonic Fantasies, que considero o ápice musical entre as homenagens que a série já recebeu, explora muito mais a relação entre os dois jogos, promovendo um diálogo entre ambos os trabalhos de Mitsuda. No To Far Away Times, apenas uma única faixa faz uma tímida associação entre as duas trilhas (“Schala’s Theme” – falo mais a respeito adiante). E outra: onde estão os medleys? Medley de temas de personagens, medley de temas de combate, medley de temas do mapa-múndi… Nada disso foi explorado.

Tudo fica ainda mais lamentável quando lembro que a própria trilha do Chrono Cross já faz muitas referências a Chrono Trigger. Quem não se lembra que o tema “Time’s Grasslands – Home World” evoca de maneira maravilhosa na cítara o tema principal “Chrono Trigger” ou então, ainda mais óbvio, que o tema da vitória “Victory ~Spring’s Gift~” de Chrono Cross é a “Fanfare 1 (Lucca’s Theme)” de Chrono Trigger?

Ainda que o álbum não tenha nenhuma abominação no nível da “Zeal Palace” do The Brink of Time ou alguma excentricidade como a “Kaze no you ni” do cantor J-pop Shota Shimizu (lembra?), eu fico com a sensação de que poderia ser muito melhor. Mas vejamos faixa por faixa.

01. “Scars of Time” (Chrono Cross)
Original: “Scars of Time”

Composição: Yasunori Mitsuda
Arranjo: Tomohiko Kira
Vocal: Koko Komine

Com tantas performances e exaustivas repetições, eu esperava muito mais de um arranjo oficial do tema mais famoso de Chrono Cross. Meu maior desgosto com essa releitura é justamente o vocal com versos em japonês da Koko Komine, embora a participação dela não seja tão extensa durante a canção. O andamento mais pausado tirou toda a empolgação na virada da música e nem a adição da guitarra ajudou a melhorar – a faixa perdeu todo o clima mágico, especialmente pela ausência do violino. Honestamente, é uma versão para esquecer.

02. “Radical Dreamers” (Chrono Cross)
Original: “Radical Dreamers”

Composição: Yasunori Mitsuda
Arranjo: Sachiko Miyano
Vocal: Sarah Àlainn

O álbum começa a esquentar, indo direto para o tema de encerramento de Chrono Cross. A diferença é que a música já era cantada na trilha original pela Noriko Mitose. Espero não chocar com esta afirmação, mas não morro de amores pela “Radical Dreamers” que toca no jogo. Agora essa nova releitura melhora a canção 100%. Em vez dos versos em japonês (mesmo na versão americana) e um solitário violão no acompanhamento, o arranjo é cantado em inglês e apresenta uma instrumentação de maior riqueza, com intervenções de piano, violino e violoncelo. A voz da australiana Sarah Àlainn é encantadora, deixando a experiência muito mais agradável.

03. “Wind Scene” (Chrono Trigger)
Original: “Wind Scene”

Composição: Yasunori Mitsuda
Arranjo: Kumi Tanioka e Sachiko Miyano

O tema de 600 A.D. aparecia brevemente no “Chrono Trigger Medley ~Orchestra Version~” do Orchestra Extra com a participação da flauta. Dessa vez, o arranjo não apresenta instrumentos de sopro e é totalmente centrado no piano e cordas. É em partituras assim que se destacam os grandes arranjadores, já que ele precisa explorar a melodia de várias formas e com variações coerentes. Essa tarefa foi cumprida com absoluto êxito pela dupla de arranjadoras Kumi Tanioka e Sachiko Miyano.

04. “Schala’s Theme” (Chrono Trigger)
Original: “Schala’s Theme”

Composição: Yasunori Mitsuda
Arranjo: Yasunori Mitsuda e Laura Shigihara
Vocal: Laura Shigihara

Reouvindo o tema da Schala original, dá para sentir um quê de Chrono Cross, mesmo que a trilha de Chrono Trigger tenha sido feita cinco anos antes. O arranjo aproveita isso de certa forma com o violão e o tin whistle que me fizeram lembrar a “The Girl Who Stole the Stars” de Chrono Cross. Os dois instrumentos permeiam o vocal mágico com versos em japonês da Laura Shigihara – pelo pouco que entendi da entrevista que Yasunori Mitsuda concedeu ao site da Famitsu, a semelhança foi intencional. A harpa e as cordas foram capazes de elevar essa versão ao estado sublime.

05. “The Frozen Flame” (Chrono Cross)
Original: “The Frozen Flame”

Composição: Yasunori Mitsuda
Arranjo: Natsumi Kameoka

Chegamos à metade do álbum e enfim uma música de Chrono Cross em um arranjo orquestral. Enquanto a faixa original contava com timbres de harpa, piano e um instrumento de sopro (uma flauta, talvez?), essa nova versão tira a mencionada variedade de instrumentos para se focar nas cordas em um trabalho simples, mas competente da Natsumi Kameoka.

06. “Marbule” (Chrono Cross)
Original: “Marbule”

Composição e arranjo: Yasunori Mitsuda

Diferentemente dos demais arranjos instrumentais do álbum que são sinfônicos, essa versão traz a performance de uma banda que reforça a influência celta da composição. A faixa começa com um acordeão que desperta a nostalgia e, com mais de um minuto de música, a percussão, o bouzouki e o tin whistle entram em cena. O violino é o instrumento que mais se destaca com um solo virtuosístico.

07. “The Bend of Time” (Chrono Cross)
Original: “The Bend of Time”

Composição: Yasunori Mitsuda
Arranjo: Natsumi Kameoka

Enfim aparece no álbum a primeira música revelada do projeto. Originalmente um solo de violão, ela ganhou uma nova camada de profundidade nesse reconfortante arranjo para cordas.

08. “Corridors of Time” (Chrono Trigger)
Original: “Corridors of Time”

Composição: Yasunori Mitsuda
Arranjo: Yasunori Mitsuda e Laura Shigihara
Vocal: Laura Shigihara

Agora cantando em inglês, Laura Shigihara se destaca com sua voz adocicada. A música original tinha um clima etéreo, com timbre de cítara, e essa atmosfera ganhou uma nova cara com o acompanhamento do piano e das cordas.

09. “On The Other Side” (Chrono Trigger)
Original: “Epilogue~To Good Friends”

Composição: Yasunori Mitsuda
Arranjo: Kazune Ogihara e Laura Shigihara
Vocal: Laura Shigihara

Na última participação de Shigihara, ela volta a cantar em inglês e esse foi o resultado que mais me surpreendeu, já que a simplicidade da música original combinou maravilhosamente bem com o arranjo vocal. O piano e, em menor grau, as cordas, sustentam a bela atuação de Shigihara. No final, ela se limita a cantarolar enquanto o piano toca a melodia.

10. “To Far Away Times” (Chrono Trigger)
Original: “To Far Away Times”

Composição: Yasunori Mitsuda
Arranjo: Sachiko Miyano
Vocal: Sarah Àlainn

Na música-título do álbum, o tema dos créditos de Chrono Trigger desponta nesse maravilhoso arranjo cantado. O início tranquilo da melodia já é de cortar o coração, mas a canção só melhora quando entra a bateria e o restante dos instrumentos. Mesmo com tudo isso, a releitura respeita a faixa original, colocando até o trecho que remete ao tema principal “Chrono Trigger”, imitando uma caixinha de música. Uma canção digna de homenagear os 20 anos de Chrono Trigger.

Chrono Cross Arrange Album: agora vai

54006-1437980859Por Alexei Barros

No mesmo ano em que The Last Guardian voltou das catacumbas, Shenmue 3 surgiu do nada e o remake de Final Fantasy VII foi revelado, mais uma lenda urbana chegará ao fim: o álbum arranjado de Chrono Cross.

Inicialmente, o lançamento foi prometido pelo compositor Yasunori Mitsuda para o final de 2006 e, depois disso, o projeto foi se arrastando ano após ano sem nenhuma confirmação oficial. Em 2008, uma centelha de esperança surgiu quando Mitsuda liberou em seu site um sample promissor da “A Narrow Space Between Dimensions” por ocasião do Natal.

O mesmo arranjo, renomeado “Dimension Break”, foi publicado em versão completa no Play for Japan: The Album, disco lançado em 2011 que buscava arrecadar fundos para as vítimas do tsunami ocorrido naquele ano. Depois disso, nada mais se falou sobre o álbum. O mais curioso é que ainda em 2011 Mitsuda lançou o CD Myth: The Xenogears Orchestral Album, que nunca tinha sido prometido, mas fez a alegria dos fãs de outro trabalho venerado do compositor.

Em julho de 2015, Yasunori Mitsuda realizou apresentações comemorativas dos seus 20 anos de carreira com uma banda formada por diferentes instrumentistas. No panfleto desse espetáculo enfim foi revelado o aguardado disco, que também inclui músicas de Chrono Trigger. Programado para sair dia 14 de outubro no Japão, o CD é intitulado To Far Away Times: Chrono Trigger & Chrono Cross Arrangement Album.

Eu seria meio louco de criticar a presença de Chrono Trigger em um novo álbum, mas não escondo um certo desapontamento, mesmo sabendo do seu aniversário de 20 anos. O RPG do Super Nintendo já teve, falando apenas dos lançamentos oficiais dedicados ao jogo, dois discos com arranjos: Chrono Trigger Arranged Version: The Brink of Time, lançado ainda em 1995, e Chrono Trigger Orchestra Extra Soundtrack, CD promocional com apenas duas faixas que saiu em 2009 por conta do port para Nintendo DS. Um dos motivos para o álbum arranjado de Chrono Cross ser tão aguardado é que o RPG do PlayStation nunca teve um lançamento similar e, quando chega finalmente a vez dele, são apenas cinco releituras. As outras cinco são de Chrono Trigger, totalizando dez.

Agora falando dos arranjadores, eles são nomes conhecidos: além do próprio Mitsuda, participaram: Kumi Tanioka, compositora de Final Fantasy XI; Sachiko Miyano, arranjadora de diversos segmentos em concertos de Final Fantasy; Natsumi Kameoka, arranjadora que já havia participado do Orchestra Extra e do Myth; Tomohiko Kira, violonista da das bandas Milennial Fair e Zabadak e que tocou no álbum Creid, com arranjos de Xenogears; Kazune Ogihara, trompetista que já participou como arranjadora da trilha do anime Black Butler: Book of Circus, assinada por Mitsuda; e, finalmente, Laura Shigihara, a simpática compositora de Plants vs. Zombies e quem mais me surpreendeu.

Em relação às faixas: “Wind Scene”, “Schala’s Theme”, “Corridors of Time”, “On The Other Side / Epilogue~To Good Friends” (não entendi do que se trata a “On The Other Side”) e “To Far Away Times” por parte do Chrono Trigger; e, do lado de Chrono Cross, “Scars of Time”, “Radical Dreamers”, “The Frozen Flame”, “Marbule” e “The Bend of Time” (a mesma faixa revelada antes, agora com um terceiro nome diferente). É possível ouvir samples de todas as faixas naquele esquema chato do site da Square Enix que para de tocar se você mudar de aba no navegador.

Basicamente, as releituras misturam performances orquestrais (“Wind Scene”, “The Frozen Flame” e “The Bend of Time”), banda celta (“Marbule”) e arranjos vocais – as faixas restantes. Quem esperava por um álbum majoritariamente sinfônico como o Myth pode se decepcionar um pouco. Eu confesso que na maioria das vezes não sou entusiasta dessas adaptações vocais de músicas originalmente instrumentais, mas gostei das três canções da Laura Shigihara, todas de Chrono Trigger (“Schala’s Theme”, “Corridors of Time” e “On The Other Side / Epilogue~To Good Friends“). Ela realmente tem um timbre de voz muito agradável.

A cantora australiana Sarah Àlainn, que havia cantado a “Beyond the Sky”, tema de encerramento de Xenoblade Chronicles assinado por Yasunori Mitsuda, aparece aqui para interpretar novamente as duas músicas dos créditos. A “Radical Dreamers” de Chrono Cross já era cantada originalmente e não me impactou tanto, agora a “To Far Away Times” eu já arrepiei com poucos segundos de apreciação. Por fim, justamente a música mais famosa de Mitsuda e incrivelmente reprisada, não me desceu muito bem no sample: “Scars of Time”, no arranjo cantado que tem a voz da Koko Komine da banda Zabadak. Mas vamos ver no que vai dar.

Não deixe de conferir os samples no site da Square Enix.

Press Start 2015: o fim de uma era

press2015Por Alexei Barros

Pelo excesso de reprises, eu esperava uma despedida um tanto melancólica do Press Start. Mesmo assim, estava no aguardo do tradicional report do concerto no site da Famitsu, que produziu a série japonesa de espetáculos orquestrais. E eu fiquei esperando… esperando… esperando… E nada. Nada de fotos da apresentação também.

O jeito foi me basear nas análises dos blogues japoneses, que sempre se preocupam em detalhar o set list o máximo possível. O concerto foi realizado em duas apresentações no dia 8 de agosto (e eu extrapolando todos os limites da demora para fazer post), com performance da Kanagawa Philharmonic Orchestra no Tokyo Metropolitan Art Space. Pelo menos foi feita uma surpresa bacana no final. Set list e minhas considerações a seguir.

Ato I

01. Final Fantasy VIII: “Liberi Fatali”
02. “Classic Medley 2015 Ver.”
03. Super Mario Bros.: “Overworld” ~ “Underwater” ~ “Underworld” ~ “Overworld”
04. The Legend of Zelda: “Main Theme”
05. Shadow of the Colossus: “Revived Power ~ Battle With the Colossus” ~ “Grotesque Figures ~ Battle With the Colossus~”
06. Ace Combat Zero: The Belkan War: “Zero”
07. Legend of Mana: “Legend of Mana ~Title Theme~” ~ “Colored Earth” ~ “Hometown Domina” ~ “Ruined Sparkling City” ~ “Song of Mana ~Opening Theme~”

Ato II

08. Ore no Shikabane o Koete Yuke: “Flower”
09. Rhythm Heaven: “Ninja”
10. El Shaddai: Ascension of the Metatron: “Theme of El Shaddai” ~ “The Faraway Creation ~ Enoch’s Theme” ~ “Tragic Scream”
11. Xenoblade Chronicles: “Xenoblade” ~ “Gaur Plains” ~ “Mechanical Rhythm” ~ “Riki the Legendary Hero” ~ “Sator, Phosphorescent Land / Night” ~ “Those Who Bear Their Name” ~ “Confrontation with the Enemy”
12. Mother: “Pollyanna (I Believe In You)” ~ “Bein’ Friends” ~ “Eight Melodies”
13. Chrono Trigger/Cross: “A Premonition” ~ “Chrono Trigger” ~ “Wind Scene” ~ “Frog’s Theme” ~ “Decisive Battle with Magus” ~ “Epilogue ~ To Beloved Friends” (Chrono Trigger) ~ “Frozen Flame” ~ “Marbule: Home” ~ “Scars of Time” (Chrono Cross)
14. “Goodbye Medley”:
Press Start 2006
– ICO
– PopoloCrois Story
– Ys I & II
Press Start 2007
– Kingdom Hearts
– Space Invaders
– Super Smash Bros. Brawl
– Sakura Wars
Press Start 2008
– Wild Arms 2
– Spelunker
– Final Fantasy IX
Press Start 2009
– Persona 4
– Okami
– Final Fantasy X
– Kirby’s Dream Land
Press Start 2010
– New Super Mario Bros. Wii
– Muramasa: The Demon Blade
– Famicom Disk System Start-up
Press Start 2011
– 428 ~Fuusasareta Shibuya de~
– Pokémon Red & Blue
– NieR
– Xenogears
Press Start 2012
– Kid Icarus: Uprising
– Final Fantasy XI
– Ihatovo Monogatari
Press Start 2014
– Toukiden
– Final Fantasy XIII
– Super Smash Bros. for Wii U e 3DS

“Liberi Fatali” é uma das reprises mais batidas em concertos da série Final Fantasy, mas nunca tinha sido tocada no Press Start. Aliás, a escolha dessa música do FFVIII foi uma surpresa para mim, porque o Press Start não vinha usando corais em suas apresentações. Acredito que foi usado um coro não muito grande.

– Em relação aos convidados, a soprano Oriko Takahashi mais uma vez cantou a “Zero” de Ace Combat Zero. Mesmo sem ter participado da gravação da trilha original, ela foi a intérprete mais recorrente dessa música fabulosa com toques de flamenco no Press Start.

– A “Song of Mana” teve a voz da australiana Louise Bylund, que morou por diversos anos de sua vida na Suécia e atualmente reside no Japão. Essa mistura garantiu que ela fosse a escolhida para a performance dessa maravilhosa canção, que tem versos em sueco.

– A Lioko Kihara foi outra convidada do espetáculo e, diferentemente das outras duas cantoras, ela também tocou piano ao melhor estilo Angela Aki no segmento de Ore no Shikabane o Koete Yuke.

– Como de praxe, o duo ACE formado por Tomori Kudo (guitarra) e CHiCO (vocal) participou da performance de Xenoblade Chronicles, além da cantora Manami Kiyota.

– O segmento de Mother é o mesmo tocado no Press Start 2010, inclusive com os versos do álbum vocal Mother (1989) escritos pela letrista Linda Henrick (provavelmente um pseudônimo). Na ocasião, a performance contou com a voz da cantora Melody Chubak, que na época tinha 13 anos. Agora com 18, a moça voltou as palcos para cantar no mesmo segmento.

– Além do quinteto que produz o concerto (Taizo Takemoto, Kazushige Nojima, Shogo Sakai, Nobuo Uematsu e Masahiro Sakurai), também estiveram presentes os compositores Keiki Kobayashi e Masato Kouda. A Yoko Shimomura deixou uma mensagem em vídeo.

– Não foi feita nenhuma homenagem musical a Satoru Iwata, mas o desfecho do concerto foi bastante especial. Embora muito provavelmente não seja um segmento com transições elaboradas, o medley final resgata seleções icônicas de todas as edições anteriores do Press Start, com exceção de 2013, ano que foi tomado por reprises. Fantástica a ideia!

– Foi uma satisfação ter acompanhado e feito os posts sobre o Press Start durante esses nove anos, mesmo com tão raros registros oficiais das performances. Mal custo a acreditar que o primeiro post que fiz no Hadouken, lá em 2006, era justamente sobre a primeira edição do concerto a qual fiquei extasiado com uma mera gravação da plateia.

Não existiu outra série de apresentações com um repertório tão diversificado, cheio de seleções únicas e surpreendentes. Claro que tamanha variedade me fez querer mais e é uma pena saber que o Press Start acabou sem tocar músicas de jogos que dificilmente veremos nos demais concertos, como Bayonetta, Eternal Sonata, Panzer Dragoon, Valkyria Chronicles, Front Mission, Dark Souls e tantos outros.

Eu torço fortemente para que se não o próprio Press Start, outra série de concertos japonesa apareça algum dia sem demorar muito – houve um hiato de nove anos entre o Orchestral Game Concert 5 de 1995 e o Press Start 2006, considerando apresentações sinfônicas no Japão que abrangem diversas franquias.

Press Start: vou sentir saudades.

Grato ao Fabão pelos links e também pelas diversas informações e traduções nos posts do Press Start.

Foto tirada no Press Start 2008, com alguns dos maiores nomes japoneses de game music (além de outros desenvolvedores): Noriyuki Iwadare, Nobuo Uematsu, Motoi Sakuraba, Yasunori Mitsuda, Mahito Yokota, Kazushige Nojima, Michiko Naruke, Shogo Sakai, Koichi Sugiyama, Masahiro Sakurai e Koji Kondo

[via sarian198919, mugendai, comdoc5964nijiiroleina 1, 2 e 3]

Symphonic Fantasies Tokyo ganha lançamento digital mundial

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Por Alexei Barros

Passados cinco anos da apresentação original em Colônia, Alemanha, o Symphonic Fantasies não perdeu o seu encanto: volta e meia escuto as extensas suítes de Kingdom Heats, Secret of Mana, Chrono Trigger/Cross e Final Fantasy para matar as saudades desse concerto de games revolucionário. Em 2012, o espetáculo foi tocado em duas oportunidades em Tóquio, Japão, mas não foram meras reprises: além de as partituras de Jonne Valtonen e Roger Wanamo terem sido aprimoradas, o encore com temas de chefes foi reformulado.

No mesmo ano, o concerto foi lançado no CD duplo Symphonic Fantasies Tokyo, com publicações na Europa e no Japão. Pois bem: a partir de hoje, 1 de dezembro de 2014, o espetáculo também estará disponível para qualquer lugar do mundo no formato digital, graças a uma parceria com a distribuidora X5 Music Group. A loja virtual da Amazon abriu a pré-venda do álbum, e o concerto também está disponível no iTunes. Por menos de US$ 6 é possível comprar os seis segmentos do espetáculo em MP3, em um total de 1h20 de programa.

Sob a regência de  Eckehard Stier, a performance é da Tokyo Philharmonic Orchestra e do Tokyo Philharmonic Chorus, com participações especiais de Benyamin Nuss (piano) e Rony Barrak (darbuka). A suíte de Kingdom Hearts apresentou as mudanças mais sensíveis, mas o grande destaque é o mencionado encore, que traz uma impensável batalha entre Kefka e Sephiroth, vilões de Final Fantasy VI e VII, respectivamente. Os temas  “Kefka” e “One-Winged Angel” se misturam de maneira surpreendente, com direito ao coral entoando “Kefka!” em vez de “Sephiroth!”. É simplesmente incrível! Se você ainda não adquiriu o Symphonic Fantasies Tokyo, eis a oportunidade perfeita.

Disponível em: Amazon e iTunes

[via spielemusikkonzerte.de]

“Chrono Cross Medley” – Chrono Cross (Brass Exceed Tokyo)

Por Alexei Barros

Em 2012 eu publiquei um arrojado medley de Chrono Cross da Cosmosky Orchestra, mais uma dessas incríveis orquestras pró-amadoras japonesas. Se não viu, faça o favor de ver (e rever). Como são raras as ocasiões em que outras músicas do RPG do PlayStation são tocadas além de “Scars of Time” e “Radical Dreamers”, eu não poderia sonhar com outra performance similar… Daí me surge a Brass Exceed Tokyo para apresentar um medley diferente, no mínimo tão bom quanto o da Cosmosky (algumas escolhas de faixas são semelhantes inclusive). É inacreditável!

Como o próprio nome diz, trata-se de um grupo de instrumentos de sopro (curiosamente reforçado por dois contrabaixos), mas isso não significa que a quase ausência de cordas prejudique a interpretação das músicas de Yasunori Mitsuda – é tudo uma questão de adaptação. E como a Cosmosky, a Brass Exceed Tokyo é acompanhada na performance por um coral (aqui, o Chorus Exceed).

E é justamente o coro que inicia o medley, seguido pela flauta se destacando na parte mais calma da melodia de “Scars of Time”, com acompanhamento do violão e do baixo elétrico. Na virada da música, o solo é feito por um saxofone soprano com um resultado no mínimo surpreendente. O coral volta a participar, entoando a melodia etérea de “Garden of God”.

Quebrando um pouco o clima dessa atmosfera sagrada, surge uma castanhola e toda a Brass Exceed Tokyo para tocar a “Arni Village: Another”, no momento que considero o ápice do medley tamanha a perfeição com que a música foi reproduzida. Eu me senti novamente explorando a cidade de Termina na realidade alternativa. Em seguida, harpa e violão se destacam na performance da The Bend of Time, que ganha a participação dos trombones e do coral em um momento inspirador.

A partir daí a miscelânea segue os passos da versão da Cosmosky, apresentando a “Magical Dreamers ~The Wind, the Stars, and the Sea~”, com direito a guitarra e percussão. Os metais e a bateria se unem, aumentando a empolgação (basta reparar no gingado do maestro). Em um trecho fantástico dos xilofones e das flautas a “The Dream that Time Dreams” tem início e quando entra a referência do tema do “Chrono Trigger” já presente na original o coral vem com tudo. Para concluir, surge uma nova aparição da “Scars of Time” com coral. Esses japoneses estão de parabéns.

Detalhe: tudo isso pode ser apreciado com uma gravação muito competente, com várias câmeras e tudo mais. O áudio também está uma beleza.

“Chrono Cross Medley”

“Scars of Time” ~ “Garden of God” ~ “Arni Village: Another” ~ “The Bend of Time” ~ “Magical Dreamers ~The Wind, the Stars, and the Sea~” ~ “The Dream that Time Dreams” ~ “Scars of Time”

“Guardia Millenial Fair” – Chrono Trigger (Collarblind)

Por Alexei Barros

Com a imensa quantidade de fãs do Chrono Trigger (que mesmo assim parecem não ser expressivos o bastante para a Square Enix querer fazer uma sequência), é gigantesco o número de músicos na internet apresentando suas próprias versões das faixas do jogo, sejam bandas ou orquestras.

Mas sem precisar depender de outras pessoas, o brasileiro André Colares fez um vídeo no formato “banda de homem só” da nostálgica “Guardia Millenial Fair”, tocada no Chrono Trigger assim que o protagonista acorda e sai de casa.

O André não se limitou a mostrar sua versatilidade na baixo, bateria, bandolim, melódica e o que mais vier, mas ainda reproduziu a música com perfeição, com direito às palmas e os dizeres “ah!” já presentes na original. Além disso, mais para o final, ele adicionou uma guitarra, dando um toque diferente para a performance. E ficou simplesmente fantástica! Um vídeo montado assim também permite visualizar melhor todos os timbres dos instrumentos na composição sintetizada do Yasunori Mitsuda.

E se para você soou familiar o nome do André Colares, você tem boa memória: não bastasse tocar toda essa pletora de instrumentos, ele foi o responsável por aquele arranjo sintetizado sinfônico com as músicas do Metal Gear de MSX que postei ano passado.

No final do vídeo o André deixa uma mensagem escrita, avisando que este não será o único vídeo e e até já anunciando a próxima. No aguardo!

Press Start 2013: do início ao fim, só no vale a pena ouvir de novo


Por Alexei Barros

Apenas para deixar registrado e não se fala mais nisso: dia 30 de agosto o Tokyo Metropolitan Art Space sediou a realização do Press Start 2013, oitava edição da série japonesa de concertos. Como já adiantado nos posts anteriores, neste ano a equipe organizadora decidiu fazer algo não muito empolgante: dedicar o set list todo às reprises. Para quem não esteve lá ao vivo, realmente não é nada animador. Sob a batuta de Taizo Takemoto, a Tokyo Philharmonic Orchestra tocou as dez faixas mais votadas do público em ordem crescente e mais quatro segmentos adicionais. Tinha a expectativa de que pelo menos os dois números do bis fossem inéditos, mas também foram desanimadores repetecos.

Para não ficar muito repetitivo, o post vai ser menor do que o dos anos anteriores. Apenas algumas poucas observações após o set list.

Ato I

01. Super Mario Bros.: “Overworld” ~ “Underwater” ~ “Underworld” ~ “Overworld” (2009)
02. [10º] Kirby’s Dream Land: “Title” ~ “Green Greens” ~ “Float Islands” ~ “Sweet Potato Shooting” ~ “King Dedede’s Theme” ~ “Ending” (2009)
03. [9º] Xenogears: “Knight of Fire” ~ “In a Prison of Peace and Regret” ~ “Flight” (2011)
04. [8º] Okami: “The Beginning” ~ “Ryoshima Plains II” ~ “Reset” ~”Thank You” Version~ (2009 e 2011)
05. [7º] Legend of Mana: “Legend of Mana ~Title Theme~” ~ “Colored Earth” ~ “Hometown Domina” ~ “Ruined Sparkling City” ~ “Song of Mana ~Opening Theme~” (2012)
06. [6º] Baten Kaitos: “To the End of the Journey of Glittering Stars” (2008)
07. [5º] Mother Medley: “Eight Melodies” (Mother) ~ “Eight Melodies” (EarthBound) ~ “Snowman” (Mother) ~ “LOG-O-TYPE” ~ “Porky’s Theme” ~ “MOTHER 3 ‘Love Theme” (Mother 3) (2006)

Ato II

08. [4º] Wild Arms: “Wild Arms 2nd Ignition” Medley (Intro) ~ “Battle vs Lord Blazer” (Wild Arms 2) ~ “Into the Wilderness” (Wild Arms) ~ “First Ignition” (Wild Arms 2) (2008 e 2010)
09. Rhythm Heaven: “Ninja” (2009 e 2010)
10. [3º] NieR: “Shadowlord” ~ “Emil” ~ “Kainé” ~ “Song of the Ancients” (2011)
11. [2º] Chrono Trigger e Chrono Cross: “A Premonition” ~ “Chrono Trigger” ~ “Wind Scene” ~ “Frog’s Theme” ~ “Decisive Battle with Magus” ~ “Epilogue ~ To Beloved Friends” (Chrono Trigger) ~ “Frozen Flame” ~ “Marbule: Home” ~ “Scars of Time” (Chrono Cross) (2010)
12. [1º] Xenoblade Chronicles: “Xenoblade” ~ “Gaur Plains” ~ “Mechanical Rhythm” ~ “Riki the Legendary Hero” ~ “Sator, Phosphorescent Land / Night” ~ “Those Who Bear Their Name” ~ “Confrontation with the Enemy” (2011)

Bis

13. Final Fantasy X: “At Zanarkand” (2009 e 2010)
14. Monster Hunter: “Proof of a Hero” (2006 e 2008)

– Tirando o Super Mario Bros., que abriu o concerto, o segmento interativo do Rhythm Heaven, “At Zanarkand” e “Proof of a Hero”, o programa segue a ordem dos números favoritos do público japonês como detalhei acima. Fiquei um pouco surpreso por Xenoblade Chronicles na liderança, porque o jogo é recente e os japoneses costumam ser nostálgicos nessas votações. Fora isso, o Yasunori Mitsuda aparece duas vezes na lista, com Chrono em segundo e Xenogears em nono, assim como a Yoko Shimomura com Legend of Mana e Xenoblade Chronicles (este com outros compositores).

– De última hora, a sueca Sofi Persson não pôde comparecer para cantar a “Song of Mana ~Opening Theme~” do Legend of Mana, como ela fez no Press Start 2012. Em vez de improvisar com outra artista, a performance foi instrumental, só com a orquestra.

– De resto, foram todas aquelas participações especiais já previstas: Hide-Hide (Okami), Emi Evans (NieR), Manami Kiyota e ACE (Xenoblade Chronicles), Akihiro Hayakawa (Wild Arms), além do Haruo Kubota (violão) e Vagabond Suzuki (contrabaixo).

– Diferentemente dos anos anteriores, parece que não houve bate-papos com os compositores originais. Pelas fotos, não vi ninguém de diferente.

– Espero que a apresentação tenha servido para gravarem um CD, já que o último, Press Start the 5th Anniversary,  foi lançado lá em 2010. E, por favor, que no próximo ano compensem essa avalanche de repetecos só com novidades.

[via Famitsu]

Press Start 2013 confirmado; por enquanto apenas cinco reprises no set list

Por Alexei Barros

Passa ano, vem ano, mais Press Start. Desde 2006 tem sido assim, com pelo menos uma apresentação anual no Japão. Em 2013, o concerto acontecerá dia 30 de agosto no Tokyo Metropolitan Art Space, com capacidade para 2000 assentos, e performance da Tokyo Philharmonic Orchestra sob a condução de Taizo Takemoto. Nesta oitava edição confesso não ter nada de muito novo para falar: “espero pelo segundo CD”, “aguardo novidades japonesas”, “quando vocês vão tocar Donkey Kong e Metroid?” etc. O de sempre. Ou seja, nada de novo.

Se eu não tenho grandes novidades para compartilhar sobre o Press Start 2013, o set list parece incorporar esse espírito da mesmice, com, até o momento, decepcionantes cinco reprises. Espero, pelo menos, que daqui em diante sejam somente novidades, com aquelas seleções marotas que só o Press Start possui. Por enquanto, só me resta comentar os números requentados e, para não ficar mais monótono do que já está, coloquei sugestões de números inéditos para cada uma.

– Okami: “The Beginning” ~ “Ryoshima Plains II” ~ “Reset” ~”Thank You” Version~

Já executado no Press Start 2009 e 2011, considero um repeteco altamente dispensável porque é um dos poucos que já tivemos a oportunidade de ouvir e ver também, com um vídeo oficial mostrando a primeira vez em que o Okami foi tocado. Se pudesse trocar por outro jogo da Clover Studio/Platinum Games, optaria sem pestanejar pelo Bayonetta, que inclusive compartilha alguns compositores com o Okami, como o Hiroshi Yamaguchi, autor da “One Of A Kind”.

– Chrono Trigger e Chrono Cross: “A Premonition” ~ “Chrono Trigger” ~ “Wind Scene” ~ “Frog’s Theme” ~ “Decisive Battle with Magus” ~ “Epilogue ~ To Beloved Friends” ~ “Frozen Flame” ~ “Marbule: Home” ~ “Scars of Time”

Acho que só se justificaria um medley da série se fosse novo – como, por exemplo, fez muito bem a Cosmosky Orchestra, com músicas pouco usuais do Chrono Cross. Já teve Chrono em 2008 e 2010 com duas seleções de faixas diferentes, mas o site do concerto afirma que a reprise será idêntica à segunda vez que o jogo foi apresentado. No lugar, podiam fazer algo com o… Radical Dreamers.

– Legend of Mana: “Legend of Mana ~Title Theme~” ~ “Colored Earth” ~ “Hometown Domina” ~ “Ruined Sparkling City” ~ “Song of Mana ~Opening Theme~”

Pela escolha feliz de composições, deve ter sido um dos melhores números do Press Start 2012. Com certeza isso os levou a quererem repetir sem muita demora já neste ano. Resta saber se haverá de novo a cantora sueca radicada no Japão Sofi Persson como em 2012. Mas, Shimomura por Shimomura, talvez pudessem tocar um medley do Kingdom Hearts mais caprichado que o de 2007.

– Xenogears: “Knight of Fire” ~ “In a Prison of Peace and Regret” ~ “Flight”

Yasunori Mitsuda mais uma vez representado com um medley executado no Press Start 2011. Muito provavelmente a escolha se deu por Xenogears ter ficado na berlinda após o lançamento do Myth: The Xenogears Orchestral Album no mesmo ano. Inclusive o medley tem faixas não arranjadas nesse CD. Se pudesse trocar, ficaria evidentemente com Xenosaga, o qual o concerto Score já fez uma belíssima apresentação.

– NieR: “Shadowlord” ~ “Emil” ~ “Kainé” ~ “Song of the Ancients”

Outra repetição do Press Start 2011. Lembro na época como a trilha original polarizou opiniões em fóruns de discussão na internet. Ironicamente, eu fico no meio desses polos, porque há boas músicas, mas chega uma hora que a repetição começa a imperar. Como há dois anos, não teremos a “Grandma”, que, por uma nova ironia, considero a melhor da trilha. Para continuar com um jogo desenvolvido pela Cavia, que, aliás, fechou as portas após o lançamento do NieR, eu voltaria para a geração PlayStation 2 para se lembrar da transcendental trilha de Drakengard 2 por músicas como a “Fate”.

[via PRESS START]


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