Arquivo para março \31\-03:00 2007

E3?

Por Alexei Barros

Enquanto os outros topeiras engravatados se esbaldam em banquetes suntuosos, prefiro relembrar essa semana que parece até de E3, haja vista a avalanche de notícias bombásticas – algo que há muito tempo não se via.

Mario & Sonic at the Olympic Games

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Sempre me perguntei a razão para nunca terem feito algo assim depois do fim do Dreamcast, quando a Sega parou de fazer consoles. Tanto é que quase caí da cadeira quando vi o anúncio – certamente não ficava tão empolgado com uma notícia há uns 20 e tantos anos . Um jogo com Mario e Sonic juntos. Quem viveu a era 16-bits sabe o quanto isso representa. É uma realização de um sonho. Enfim, não é de aventura, mas abre um precedente para finalmente vermos Sonic em Super Smash Bros. Brawl.

GTA IV

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Já ouvi de tudo: que a série é uma porcaria, que é sensacional, que só se sustenta nas polêmicas. Mas só sei que as 200 horas que gastei em GTA San Andreas foram algumas das 200 horas mais bem gastas da minha vida. E os vários dias de jogo de GTA III e GTA Vice City também.

Está certo que o trailer não mostra grande coisa, porém a simples revelação de que a cidade será a de Nova Iorque me faz imaginar que gastarei 400 horas ou mais explorando cada lugar. Pelo menos é o que eu prefiro: jogar centenas horas de um GTA do que cinquenta jogos meia-boca de 8 horas. Pior que chega em 16 de outubro – até lá terei de terminar o Liberty City e o Vice City Stories e ainda comprar um PS3 ou 360…

NiGHTs 2

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Infelizmente, NiGHTS into Dreams… foi um dos muitos jogos que fraudulentamente nunca joguei, mesmo porque não tive o Saturno e nunca fizeram o favor de colocá-lo em uma coletânea. Ainda assim, sempre fiquei curioso para conferi-lo. Eis que onze anos depois a Sega finalmente anuncia a seqüência e para Wii. Promissor. Será que um dia também veremos novamente Streets of Rage, Alex Kidd, Shenmue e outras centenas de franquias abandonadas pela Sega?

Somente para os seus olhos

Por Alexei Barros

Há uma sina que teima assolar a game music: concertos ou shows que inexplicavelmente foram gravados somente de forma amadora ou, ainda pior, não tiveram registro. É muito chato perceber isso, uma vez que a maioria dos eventos acontece no Japão, EUA, Europa e Austrália e para vê-los só viajando mesmo.

Compilei quatro apresentações que aparentemente foram sensacionais, mas padeceram desse mal:

Motoi Sakuraba Live Concert 2004

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O compositor Motoi Sakuraba fez três shows no sintetizador ao lado do baixista Atsushi Hasegawa e do baterista Toshihiko Nakamura – sem nenhuma guitarra – com interpretações em estilo rock progressivo de suas músicas. O primeiro deles, de 2003, que contava com faixas de Star Ocean: The Second Story e Valkyrie Profile, chegou a ser lançado em CD e DVD. O mais recente, do ano passado, apresentava as excepcionais canções de Valkyrie Profile 2: Silmeria e aportou no mercado em CD.

Contudo, há outro concerto, de 2004, que não teve registro. E nesse não apenas tocaram músicas de Star Ocean e Valkyrie Profile, como também de Baten Kaitos…Foram três, entre elas, “Vitriolic a Stroke”, um dos espetaculares temas de combate do RPG do GameCube que só foi agraciado pelas 350 pessoas que compareceram ao evento.

History of Grandia Live

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Já disse antes e reitero: Noriyuki Iwadare é um dos melhores compositores de game music, mas é muito pouco reconhecido. O próprio fato de nunca tocarem músicas dele em concertos orquestrados é um sintoma disso. Parte dessa falha foi atenuada no Square Enix Party 2005, em que Iwadare se cercou de uma banda formada por instrumentistas que participaram de suas trilhas e apresentou o History of Grandia Live. O repertório compreendia uma faixa de cada jogo da série, a saber, “Theme of Grandia” (Grandia), “Canção do Povo” (Grandia II, cantada em português por Kaori Kawasumi), “Combat 4” (Grandia Xtreme) e “Theme of Grandia III” (Grandia III).

Dear Friends: music from Final Fantasy

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Dos diversos concertos da série de RPGs da Square Enix esse é um dos poucos (ou o único?) que não foi lançado oficialmente. Tratava-se de uma turnê pelos Estados Unidos realizada em 2004 e 2005. Só não é falha maior porque grande parte do repertório fez parte das outras récitas, como More Friends, 20020220 e Tour de Japon. Ou seja, o de sempre: “Liberi Fatali”, “One-Winged Angel”, “Aerith’s Theme”, mas nunca “Dancing Mad”, “Clash on the Big Bridge”, “Ending Theme” (FFVI)…

Game Music Festival 1993

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O GMF é um evento que poucos se dão conta da existência, mas aconteceu sete vezes de 1990 a 1995 no Japão – em 1993 ocorreu em duas ocasiões –, com as bandas das produtoras que também poucos conhecem. A segunda edição do GMF 93 daquele ano até foi lançado em K7, mas com apenas 12 faixas, quando, na verdade, a apresentação contou com 50 músicas.

Ainda por cima o disco não traz as performances da J.D.K. Band (Falcom) e Kukeiha Club (Konami) , uma vez que essas duas tinham suas obras publicadas pela King Records – isso sem contar a Koji Hayama & Brothers (NEC). O CD contém apenas algumas canções da Gamadelic (Data East), Zuntata (Taito), Alph Lyla (Capcom) e S.S.T. Band (Sega) – todas da produtora Scitron. Aquela época representava o ápice dos fliperamas – hits de jogos como Street Figher II, After Burner, OutRun, Gradius e Castlevania eram recorrentes.

E as outras edições? De fato, o GMF 1990 foi lançado em VHS e o GMF 1992 em CD (que também não abarcava todo o evento) – os outros apenas saíram em outros álbuns. Por exemplo, o recente DVD S.S.T. Band Live History inclui 12 faixas do GMF 1991 ou o espetacular Neo Geo Super Live! 1994, que cobre parte da participação da banda da SNK que só tocou no GMF 1994.

Por que a escolha então? A edição de 1993 foi a que reuniu o maior número de grupos e ainda por cima no desfecho desse evento a S.S.T. Band anunciou o seu fim. Depois o GMF nunca foi o mesmo. Nos anos seguintes os shows foram bem mais modestos, apesar da brilhante atuação do grupo da SNK – que teve direito até a um naipe de metais – em 1994.

Artwork do dia: Mog of War

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Por Claudio Prandoni

Já que a semana foi marcada pelo lançamento de God of War II – o qual eu pude jogar umas boas 5 horas e atenuar um pouco a fraude que sou por não ter jogado o primeiro – segue esta fantástica fan art crossover mega super turbo deluxe.

Creio que desde Final Fantasy VI que um Moogle não exibia instintos de sobrevivência tão primitivos. Pobre chocobo, cactuar e tonberrie que descansam inertes e sem vida no chão.

O responsável por este ótimo desenho é o aficionado em games Brandon Kraemer, que é dono de um site e uma galeria no DeviantArt – esta última recheada de outros cativantes desenhos relacionados a games como os que miniaturizei abaixo (basta clicar pra matar sua curiosidade).

Botões salgados

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Por Claudio Prandoni

O pacote de salgadinho acima foi motivo de várias risadas hoje na padaria quando fui comprar picolé de limão. Você percebe a influência dos videogames no mundo contemporâneo e a consolidação de uma marca quando até o Cheetos muda de formato.

Repare que os salgadinhos Cheetos Video Game são em formato de triângulos, círculos e xises, vulgo botões dos videogames da linha PlayStation.
Será que o quadrado era muito difícil de fazer?

O silêncio mortal de um Survival Horror

Por Gustavo Hitzschky

1996. Tempos de inocência quando as únicas preocupações se resumiam a tarefas de casa, jogos de videogame e futebol. Época em que o PlayStation ainda engatinhava, porém já começava a mostrar o potencial que o elevaria ao posto de console de mesa mais vendido da história – algo em torno de 102 milhões de unidades.

Recordo que na avenida Deputado Emílio Carlos, no bairro do Limão, havia uma locadora chamada Alugames que era ponto de encontro do pessoal do prédio em que ainda hoje moro. Religiosamente às quintas, combinávamos de alugar uma fita cada um, e então juntávamos entre quatro e seis moleques para que devolvêssemos apenas na segunda-feira. Às vezes, acontecia também de o Gêmeos, um amigo que trabalhava lá, ligar para mim falando sobre os lançamentos mais recentes e, caso algum interessasse, ele trazia em casa após o expediente. E foi no início de uma noite que ele me telefonou e me comunicou sobre o desembarque de três jogos: Resident Evil, Need for Speed e mais um que me foge à mente.

– Mas o que é esse tal de Resident Evil? – perguntei com desdém sem ter a menor idéia do que se tratava.

– Ah, meu, é um lance que você começa em uma mansão e aparecem uns zumbis. Parece meio difícil, mas é legal.

Foi o suficiente para que a curiosidade típica de uma criança de 11 anos fosse atiçada. Pois bem, a partir daí, o mundo dos videogames para mim jamais foi o mesmo – não só por ter entrado em contato com o jogo que, sem sombra de dúvidas, mais me influenciou em todos estes anos, mas foi por conta de Resident Evil que passei a comprar revistas de videogame e a me interessar em definitivo pelo assunto.

As desventuras de Jill Valentine e Chris Redfield são um marco, a inauguração do gênero Survival Horror. Depois dele, houve uma legião de seguidores que buscaram incorporar alguns aspectos de seus elementos. Posso citar Silent Hill, Fatal Frame, Alone in the Dark: The New Nightmare (a franquia que havia servido de inspiração agora passava a imitar RE), Dino Crisis, Onimusha e Haunting Ground (os três últimos da própria Capcom). Não quero aqui dizer que os supracitados não passam de cópias baratas do assunto do post, pelo contrário. São bons títulos que possuem méritos e personalidade independente de Resident. Apenas pretendo ilustrar a importância de uma série que serviu de modelo para tantos jogos igualmente (ou nem tão) relevantes.

Passado esse extenso intróito, e cabe até um pedido de desculpas pela empolgação que RE me provoca, o leitor deve ter percebido o quão entusiasta sou do game da Capcom. Quando comprei o DS no ano passado, tinha a certeza de que iria adquirir o quanto antes Resident Evil: Deadly Silence, algo que só pude fazer em 2007. Para quem não sabe, se trata de um remake da aventura original, a qual terminei, no mínimo, dez vezes. “E mesmo assim você fez questão de comprar o remake para o DS?”. Sim, sem qualquer arrependimento.

Renascendo

Deadly Silence tem dois modos de jogo: Rebirth e Classic. A começar pelo último, não há quaisquer modificações com relação ao original. Por sua vez, o Rebirth traz novidades bacanas, entre elas o uso da stylus em determinados puzzles (alguns inéditos, como baús que possuem uma combinação secreta ou ainda um bem bolado quebra-cabeças numérico presente na Guardhouse). Outra adição fica por conta de cenas em primeira pessoa em que só conseguimos usar a faquinha para matar os inimigos. Não é possível andar, bastando utilizar a caneta como arma e fatiar o que estiver pela frente – se eu dissesse que há um combate com a cobra nesse estilo, você ficaria embasbacado?

Pode ser que isso seja algo pequeno – e de fato o é – mas para quem se aventurou no original de 96, isto até surpreende. É comum encontrar na mesma área adversários de naturezas distintas. Exatamente, zumbis que compartilham seu espaço com hunters para o fim comum de devorar um filé humano. Da primeira vez que vi isso, soltei um portentoso palavrão, realmente me veio como uma surpresa.

Na tela inferior se vê a ação e na de cima temos o mapa. Uma pequena confissão: quando eu era menor, costumava desenhar os mapas de Resident Evil e levava para a escola para ficar estudando as áreas, principalmente o da mansão. Por favor, não me tomem como um lunático, era somente um retardado.

Enfim, se você pensava que os filminhos no começo e no final haviam sido limados, pense novamente: eles estão aqui, com a diferença de que a resolução é um pouco inferior, assim como o resto da parte gráfica de modo geral. Nada que cause asco, mas é só para que ninguém me acuse de que estou sendo parcial neste post (sim, eu estou sendo e nessas horas se deve esquecer o jornalismo. É blog, tenhamos liberdade, eu digo). Não que as seqüências com atores reais sejam um primor de atuação dignas de peças shakespearianas, mas elas são responsáveis por algumas gargalhadas. E ainda bem que foram incluídas em Deadly Silence.

Com relação à dublagem (pausa para um aviso: se Pranda ou Sensei Barros vierem com comentários jocosos sobre as vozes e entonação, considerem-se mulheres mortas) não há nenhuma mudança. As vozes são as mesmas do original, com direito a “Hope this is not Chris’ blood”, “You were almost a Jill sandwich” e “Wow, this hall is dangerous”. Sinceramente, de tão dependente que sou do primeiro RE, poderia citar todas as falas iniciais, mas não quero cansar ainda mais quem conseguiu chegar até aqui sem bater com a cabeça no teclado de sono. Finalmente, a Capcom fez o favor de incluir legendas nos diálogos e, acredite, elas são necessárias na medida em que o som é, estranha e extremamente, baixo. Sobre as músicas de arrepiar a espinha e gemidos horrendos das criaturas (UUUUUUUUOOOOOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUUUUUUUUU… imitando pessoalmente sai melhor), nenhuma modificação. Os fãs agradecemos.

Irretocável. A possibilidade de jogar a primeira versão de Resident Evil em qualquer lugar não poderia ser mais sedutora. Trabalho genial da Capcom, que presenteou os fãs com este outro remake no ano em que a série completou dez anos. Ela já havia lançado em 2002 uma versão ultra-turbinada para GameCube, a qual joguei muito pouco. Porém, Deadly Silence, mesmo com os gráficos levemente inferiores e efeitos sonoros em volume baixo, consegue assustar como se fosse a primeira vez que jogamos. Clássico.

Artwork do dia: Aerith e Tifa endeusadas

Por Claudio Prandoni

A peça de hoje é esta belíssima fan art de Tukiji Nao representando as inesquecíveis Tifa e Aerith (sim, não me acostumo à grafia Aeris da versão ocidental de FFVII).

Pelo que pesquisei, o estilo artístico é o shoujo, voltado para o público feminino. Segundo um pessoal aqui do trabalho que estudou História da Arte a ilustração pode se classificar também como art déco, por remeter a obras antigas como vitrais de igreja e tal. Mas segundo elas também art déco é uma questão de subjetividade, então você pode falar que art déco é o que você quiser.

Mais belas imagens de Final Fantasy – e outras aleatórias e até de contos como Alice no País das Maravilhas e Peter Pan – neste estilo podem ser apreciadas na galeria de Tukiji Nao.

Muito obrigado ao Fabio Santana por trazer ao meu conhecimento esta linda ilustração. Valeu, Fabão!

Velozes e furiosos

Por André Sirangelo

Qualquer semelhança não é mera coincidência…

palio2008

Need for Speed Underground

A última moda em sapatos gamísticos

Por Gustavo Hitzschky

Alguém aí deve se lembrar de um post há alguns meses que abordava um tênis do Mario Bros. Parece que a brincadeira deve ter dado certo, já que a moda obteve outras adesões. Vi ontem no Herói uma nota sobre tamancos, sapatos ou o que quer sejam, nos quais é possível acoplar nada menos do que um Game Boy Color. Hoje, novamente no mesmo site, me deparo com um simpático tênis dedicado à franquia Katamari Damacy, e o Claudio me adiantou que só não irá comprá-los agora mesmo porque já havia reservado os tamaquinhos. Abaixo, as bizarrices.

Atualização: Como me alertou o Claudio, eu havia confundido as versões do Game Boy, mas agora o problema já está resolvido. Valeu, Pranda.

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ARG Update: Nine Inch Nails e o fim do mundo livre

Por André Sirangelo

[auto-promoção descarada: ON] A partir dos próximos dias todo o mundo civilizado, ou pelo menos a parte dele que lê a EGM Brasil, descobrirá um pouco mais sobre o universo dos Alternate Reality Games e, já que este é meu objeto de estudo & admiração e também o ramo que atualmente paga meu salário, nada mais lógico do que passar a relatar as últimas novidades dos jogos imersivos no Hadouken. [auto-promoção descarada: OFF]

– – –

Lá em cima na lista dos ‘ARGs com potencial’ está uma campanha de divulgação do novo álbum do Nine Inch Nails, Year Zero, que sai em abril. A empreitada ainda não desabrochou num ARG completo, mas já é possível visualizar partes de uma história promissora sobre censura, paranóia e resistência contra um regime totalitário que teria dominado os EUA num futuro próximo. A expectativa é grande também por causa dos rumores de que o jogo é uma produção da 42 Entertainment, o estúdio por trás de I Love Bees e Last Call Poker (os ARGs que acompanharam, respectivamente, Halo 2 e Gun). Pelo menos 9 websites e um vídeo promocional no site oficial da banda estão conectados com a trama, que já toma forma também via números de telefone, e-mail e pendrives deixados em banheiros dos lugares por onde o Nine Inch Nails passa em turnê.

> Os site principal é o http://iamtryingtobelieve.com/
> O assustador vídeo pode ser visto no http://yearzero.nin.com
> Um artigo com mais detalhes e links para o jogo pode ser lido no Omelete – http://www.omelete.com.br/Conteudo.aspx?id=100004322&secao=game

Wii is in da house

Por Gustavo Hitzschky

Ao contrário do que parece, os demais integrantes do Hadouken vivem, ainda que meio trôpegos. De minha parte, justifico a ausência por uma perigosa e constante mescla de preguiça, meu pecado mais corriqueiro, e falta de tempo advinda de compromissos facultativos – ou seja, da faculdade – e trabalhístico (ou trabalhistas?). Porém, definitivamente não é todo dia que uma história como a que estou prestes a contar cruza o nosso caminho, e quando isto acontece, é quase uma obrigação partilhá-la com os fiéis leitores do blog – alguém me disse que já batemos a casa dos cem acessos, o que já é maior do que o número de visitantes únicos da home iG.

Ocorre é que há quase duas semanas, me encontro desconfortavelmente alojado em minha poltrona na redação do iG quando Daniel Trócoli, que também ali trabalha, vira para mim e lança:

– Olha, o Viliegas [Renato, jornalista de games] está vendendo o Wii que ele trouxe dos EUA.

Sabendo da minha vontade de comprar a máquina da Nintendo, Trócoli achou que era uma boa idéia me comunicar de que alguém estava vendendo a criança por mil reais mais barato do que o preço praticado pela Latamel e lacrado na caixa. Minutos mais tarde, começo a conversar com Viliegas e sem muita demora, fechamos o acordo e a forma de pagamento. Isso aconteceu na quarta-feira e, após dois dias, eureka. Wii is in da house.

A partir de então, coisas bizarras começam a suceder. Minha mãe, que jamais teve qualquer intimidade com videogames, passa a se interessar pelo universo. Ou quase. O fato é que ela é imbatível no Wii Sports, pelo menos no boliche. Não sei se isso é motivo para ficar assustado, porém agora dá para entender perfeitamente como Miyamoto opera para atrair um público não-gamer para a sua causa, e como ele próprio teve experiência similar quando a esposa adentrou o mundo dos jogos eletrônicos recentemente. O causo foi relatado durante o discurso do designer na Game Developers Conference deste ano.

Verdade é que, por ora, só tenho Wii Sports. Quando joguei pela primeira vez há alguns meses na casa do meu amigo Bagaço, considerei o tênis o melhor. Entretanto, percebo que minha autêntica vocação é me tornar o Tiger Woods brasileiro da Zona Norte – o golfe é insuperável. O problema com o boliche é a minha mãe mesmo. Não importa onde ela mira, como ela arremessa, o que ela faz – pelo menos nove pinos a mulher derruba. Baseball e boxe são bem meia boca, e meu preparo físico de telespectador de pôquer da ESPN Internacional não me deixa participar mais do que duas lutas.

Sorte a minha e azar dos demais que tenho amigos que têm Wii – minha vítima preferencial é o Bagaço mesmo, que já arranjou WarioWare: Smooth Moves, Twilight Princess e Rayman Ravin Rabbids (Alexei, sinta-se no direito de tecer qualquer tipo de comentário sobre este último, você está em seu blog). Pobre Prandoni, que tem um belo acervo de títulos para GameCube e sofrerá com insistentes súplicas de Hitzman para emprestar jogos do naipe de Metroid Prime, vários Residents, Eternal Darkness, Wind Waker…

Infelizmente, a redação do Hadouken (que bela denominação) não teve ainda oportunidade de se divertir conjuntamente com o Wii, e adianto que isso será bem difícil. Basicamente, o motivo é que o Wii não sairá aqui de casa tão cedo, logo, duvido muito que a parte da elite do blog, a saber, Prandoni, Sira e Sensei Barros, se desloquem até a periferia para testá-lo. O convite está feito.

Let the games begin.


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