Arquivo para junho \29\-03:00 2009

Mario e o Lobo

Por Alexei Barros

O primeiro semestre de 2009 mal acabou e já foi confirmado o primeiro concerto de 2010. Mas com conceito diferente do convencional, que é apenas evocar sentimentos e memórias por meio das músicas ou então apresentar novas composições. Super Mario Galaxy – A Musical Adventure será uma récita voltada especialmente para as crianças com viés pedagógico, ou seja, enfocando o ensinamento dos conceitos musicais e das sonoridades dos instrumentos. Em outras palavras, é uma versão moderna e nintendista de Pedro e o Lobo, obra de 1936 assinada por Sergei Prokofiev que narrava uma história musical em que cada personagem era representado por um instrumento.

Serão cinco apresentações em escolas das cidades de Meissen, Grossenhain e Riesa na Alemanha nos dias 20, 21 e 22 de janeiro. Regida por Christian Voss, a Neue Elbland Philharmonie tocará cerca de 30 minutos de música de Super Mario Galaxy, e ainda um escritor profissional criará uma história para essa aventura pela galáxia que será narrada ao vivo em um total de 15 minutos. Com a produção voluntária de Thomas Boecker, Super Mario Galaxy – A Musical Adventure terá arranjos do finlandês Jonne Valtonen, os mesmos do Symphonic Shades e do vindouro Symphonic Fantasies. A Nintendo, evidentemente, deu o aval e patrocina o concerto.

[via SEMO]

Artwork do dia: e se New Super Mario Bros. Wii fosse…

1

Por Claudio Prandoni

…o Super Mario Bros. original?

smb2

…ou o fraudulento Super Mario Bros. 2?

smb3

…o fantabuloso Super Mario Bros. 3?

smw

…ou até o inesquecível Super Mario World?

Mais um trabalho fantástico realizado pela gurizada marota do fórum NeoGAF.

Alguém se habilita a fazer com o visual de Super Mario World 2: Yoshi’s Island?

“Darkness and Starlight” – Final Fantasy VI (The Black Mages III: Darkness and Starlight Live)

Por Alexei Barros

Confissão: hoje não gosto tanto dos Black Mages como há alguns anos. Parte da perda de interesse se deve ao fato de que o álbum The Black Mages III foi um tanto quanto mediano, e quase na mesma época saiu o sensacional Falcom jdk Band 2008 Spring, também com arranjos hard rock, só que de jogos diversos da Falcom. Inevitável comparar por conta do estilo. Em muitas músicas a jdk Band possui o adicional do violino em meio às guitarras pesadas, e mais um detalhe: diferentemente do Darkness and Starlight, não conhecia uma música original sequer das relidas no CD. Como a poderosa “Overdosing Heavenly Bliss” do The Legend of Heroes: Sora no Kiseki the 3rd.

Com a empolgação baixa, natural que não esperasse nada muito bombástico em relação ao DVD The Black Mages III Darkness and Starlight Live. Apesar disso, trago o prato principal do show, a performance da música-título “Darkness and Starlight”, vulgo o arranjo rock da ópera do Final Fantasy VI.

Por tentar reproduzi-la da maneira mais fiel possível, acabei não gostando dos mesmos elementos que depreciei na versão em estúdio. A narração execrável de Koori Masao continua lá. Minha principal crítica é quanto ao período entre 1:10 a 3:43, referente ao excerto que Nobuo Uematsu criou especialmente para essa versão, em que os integrantes da banda cantam como um coral. Essa parte é um playback. Os próprios tinham que fazer ao vivo (o que poderia ser constrangedor, já que eles não são cantores e portanto estariam mais susceptíveis a desafinações) ou então usar um coral, pequeno mesmo (o que deveria ser feito). Por fim, não sei se eu que não estou acostumado a musicais, o que dirá musicais gamers, mas não gostei da encenação do grupo R-Mix. O trio Etsuyo Ota (mezzo soprano), Tomoaki Watanabe (tenor) e Tetsuya Odagawa (baixo) dublou os dançarinos que interpretam os papéis da ópera, e não ficou lá muito convincente ver os atores abrindo e fechando a boca para sincronizar com a voz dos cantores.

Tantas antipatias à parte, ainda queria ver uma combinação jamais feita nessa música: “Darkness and Starlight” com Black Mages, vocalistas, coral e orquestra. Sem narração. Sem encenação.

“Darkness and Starlight”

“Overture” ~ “Aria Di Mezzo Carattere” ~ “The Wedding Waltz ~Duel” ~ “Aria Di Mezzo Carattere”

“Main Theme” – Bomberman 2 (Low-tech Son: 9th Live)

Bomberman 2
Por Alexei Barros

A banda doujin Low-tech Son fez aquilo que deveria ser obrigação para todos esses grupos amadores japoneses: gravar as apresentações. No mais recente show 9th Live eles publicaram vídeos das músicas com a big band T.E.O. e MP3s das performances somente com o conjunto.

A faixa que destaco reproduz uma memorável melodia 8-bits de uma compositora de trajetória curiosa. Além de participar em games, June Chikuma faz parte do trio Le Club Bachraf enfocado em música egípcia e tunisiana e que recentemente tocou na trilha de Sonic and the Secret of Rings.

A “Main Theme” de Bomberman 2 é praticamente a mesma que toca no primeiro jogo, com uma variação ou outra. A escolha dos timbres da guitarra, do teclado e do órgão hammond são baseadas na original e soam como uma versão atual da música 8-bits. Depois entra o shakuhachi, flauta de bambu que destoa da banda conferindo um clima quase que do Japão Feudal. Nesse caso, gostaria que fosse saxofone ou então EWI. Solos de guitarra aguda e baixo comedido mais adiante para fechar. Preferências à parte, é mais uma performance pró-amadora de uma música pouco arranjada – é a primeira vez que falo das trilhas do Bomberman.

“Main Theme” (Bomberman 2) – Low-tech Son

O adeus a Michael Jackson

moonwalker

Por Claudio Prandoni

E lá se foi o disco voador com o andarilho lunar. Michael Jackson se foi de forma rápida, às vésperas de ousar a reconquista pela glória em uma turnê de, no mínimo, 50 shows e fazer jus à esperança de fãs (como eu) que tinha esperança de vê-lo voltar a brilhar como artista.

MichaelJacksonMascotProvavelmente você sabe que o Rei do Pop deu algumas palhinhas de contribuição nos videogames. O clássico Moonwalker é o maior representante dessas participações, mas há outras tantas e até uma suposta parceria com o Sonic.

Não foi um revolucionário na mídia como tão bem fez com os videoclipes e até quem critique a qualidade dos games, mas eu curtia Moonwalker e acho muito divertidas as aparições de Space Michael em Space Channel 5.

Michael vai e fica aqui não a nossa tristeza, mas sim a homenagem e lembrança do artista pop master multimídia que foi. Abaixo, uma retro-tresloucada-psicodélica produção: Michael Quest III é uma espécie de videohack que exibe MJ interagindo com dezenas de clássicos nostálgicos dos games em uma batalha ferrenha contra Bowser e Super Mario.

TENTE não se divertir.

“Wind Scene” – Chrono Trigger (Nico Nico Quartet)


Por Alexei Barros

O Nico Nico Quartet, aquele mesmo que participou dos sublimes vídeos do Final Fantasy VI posts atrás (clique na tag para relembrá-los), verteu para as cordas da melhor maneira possível a memorável “Wind Scene” no meu entendimento. Enquanto a música aparece na flauta e violinos  no arranjo da Natsumi Kameoka no “Chrono Trigger Medley ~Orchestra Version~” (de 1:14 a 1:57), que vem inspirando muitas outras versões orquestradas em concertos, aqui é tocada com o beliscar das cordas, aproximando-se ao máximo da original. O quarteto Devildom String Orchestra, que tem o The Screamer entre os integrantes, já havia executado de forma similar, mas o Nico Nico Quartet foi ainda mais feliz no resultado.

Há apenas o áudio da performance:

“Wind Scene” (Nico Nico Quartet)

7th Dragon: o ecletismo de Yuzo Koshiro

7th Dragon Original Soundtrack

Por Alexei Barros

Depois de ficar com tanta expectativa pela trilha musical de 7th Dragon ao publicar todas as amostras disponibilizadas no site do jogo, demorei tanto para comentá-la que já deu tempo de sair o álbum com as músicas arranjadas. Hoje, dia 24 de junho, é lançado o Live Music by Piano and Strings: 7th Dragon Super Arrange Version, revivendo a inesperada parceria entre Yuzo Koshiro e Norihiko Hibino que deu certo no Live Music by Piano and Strings: Sekaiju no MeiQ I & II Super Arrange Version referente à série Etrian Odyssey.

A variedade de instrumentos aumentou em relação ao disco anterior. Agora, por exemplo, há acordeão e flauta, tocados por Saburo Tanooka e Minako Takizawa. O próprio Norihiko Hibino, arranjador das 13 faixas (há vários medleys) e regente das performances do Etrian Odyssey, também participou com o seu infalível saxofone desta vez.

Mas antes tenho que comentar as originais. O mestre-Koshiro Acid já deu as suas pinceladas no Meu outro blog sobre a trilha do 7th Dragon, em fascinante texto que também abordou a primazia nipônica em variadas esferas e a capacidade sinestésica. Não serei tão profundo (e nem conseguiria). Apenas comentarei quatro músicas do 7th Dragon Original Soundtrack, que pode ser contado como álbum dois em um por incluir as faixas em versões chiptunes.

“Choice” (DS)
“Choice” (retro)

Alegre e jazzística, possui a melodia reproduzida pelo timbre de xilofone, enquanto piano e bateria fazem o acompanhamento. Por incrível que pareça, gostei mais da versão 8-bits, que mostra que a música é tão criativa quanto qualquer faixa de NES na década de 1980.

“Beautiful Garden / Miross Federation” (DS)
“Beautiful Garden / Miross Federation” (retro)

Já expressei muitas vezes minha admiração pela faceta barroca do Yuzo Koshiro, e não tem como dar errado sempre quando ele evoca o estilo das músicas desse período. Não é tão viva como uma “Church” (Ys) ou “Town of Barents” (Algarna), é muito mais calma e reflexiva, com vagarosas passagens no cravo emoldurado pelas cordas. Escutar a retrô remete diretamente a um Dragon Quest do NES.

“Three Dragons / The Mad True Dragon Niara” (DS)
“Three Dragons / The Mad True Dragon Niara” (retro)

A faixa de maior duração da trilha, com oito minutos, lembra ActRaiser e, por consequência, John Williams. Também tem um quê de Hitoshi Sakimoto. Impetuosa e nervosa, transmite (imagino) toda a tensão de uma batalha ferrenha. A versão chiptune ficou diferente e até parece uma música nova.

“Two Dragons / The Cruel Mother God N.D” (DS)
“Two Dragons / The Cruel Mother God N.D” (retro)

Não tenho certeza, mas há fortes indícios de que a faixa foi inspirada pela
“Turrican II – The Final Fight (Renderings: Main Theme)” do Symphonic Shades. Não é difícil de supor isso, afinal, segundo o próprio Koshiro, é a música preferida do melhor concerto que ele já viu. Para completar, também afirmou que é fã de concertos para piano, justamente a característica da música. Aqui, como no arranjo do Jonne Valtonen, o piano não é um mero acompanhamento, mas o astro principal, com excertos virtuosísticos. Devia ser tocada por uma orquestra numerosa com todo o seu esplendor. Claro que a versão chiptune também é fabulosa (em certos momentos também fica com muita cara de ActRaiser), mas uma composição dessas exige grandiloquência na execução.

Shinobi renasce em coletânea ninja


Por Alexei Barros

Em mais um capítulo do excelente trabalho – musical – da Sega, a Wave Master vai publicar no dia 23 de julho mais uma compilação enfocada em uma série. A homenageada da vez é a saga Shinobi. A caixa Legend of Joe Musashi ~Shinobi Music Collection~, de número de catálogo WM-0626~9, terá quatro CDs e sairá por 5040 ienes (104 reais, sem taxas) no dia 23 de julho. Estranho publicar a coletânea em 2009, já que Shinobi completou 20 anos em 2007.

E quando falam das músicas de Shinobi, o primeiro nome que me vem à mente é Yuzo Koshiro por conta das trilhas de The Revenge of Shinobi (Mega Drive) e Shinobi (Game Gear). Ambas estarão na antologia, entre outras. Veja o conteúdo:

– Shinobi (Arcade)
– Shadow Dancer (Arcade): pela primeira vez em CD;
– The Revenge of Shinobi (Mega Drive): pela primeira vez com todas as músicas nas versões do Mega Drive, já que o álbum The Super Shinobi & Works e a coletânea Yuzo Koshiro Best Collection vol. 2 (que trazia como novidade a “Long Distance”) compilavam as faixas da versão PC-8801;
– Shadow Dancer (Mega Drive): todas as composições pela primeira vez;
– Shinobi III: Return of the Ninja Master (Mega Drive): todas as composições pela primeira vez;
– Shinobi (Game Gear): pela primeira vez com todas as músicas, já que a compilação Early Collection 2nd – Yuzo Koshiro era incompleta;
– Shinobi II: The Silent Fury (Game Gear): pela primeira vez em CD;
– Shinobi (Master System): pela primeira vez em CD;
– Alex Kidd in Shinobi World (Master System): pela primeira vez em CD;
– The Cyber Shinobi (Master System): pela primeira vez em CD;
– Shadow Dancer (Master System): pela primeira vez em CD;

Parece completa? Não é. A coletânea ignora os lançamentos posteriores a 1993, que seriam: Shinobi Legions (1995, Saturn), Shinobi (2002, PS2) e Nightshade (2004, PS2). Além disso, não há indícios de versões arranjadas – nada de Shinobi Meets Orchestra desta vez. Ou ao menos poderia incluir a “The Revenge of Shinobi Suite” tocada no concerto alemão Fourth Symphonic Game Music Concert (2006) e eventualmente na turnê do PLAY! A Video Game Symphony, mas nunca registrada em CD.

Agradecido ao Fabão pelas informações.

[via ebten]

“Radical Dreamers” – Chrono Cross (VGO @ Berklee Performance Center)

Por Alexei Barros

“Radical Dreamers”, o tema dos créditos de Chrono Cross, já recebeu tantas adaptações instrumentais que até esqueço que a música é cantada originalmente, com acompanhamento do violão. Isso mostra que o vocal não é fundamental nesse caso.

A Video Game Orchestra fez o básico, que é imitar a canção do jogo, e a performance ficou perfeita. Shota Nakama, o fundador do grupo, é pleno no violão, e a artista harario interpreta de maneira absoluta, sobretudo porque até o seu timbre de voz é parecido com a cantora original Noriko Mitose. Mais uma amostra do alto nível técnico e artístico da VGO.

“Chrono Trigger & Xenogears Medley” – Chrono Trigger e Xenogears (Ensemble Game Classica)

Xenogears

Por Alexei Barros

O Ensemble Game Classica, aqui representado pelo trio básico piano, violino e violoncelo, não se contentou em selecionar músicas difundidas de Chrono Trigger (entre as escolhidas, destaco a pouco lembrada “The Royal Trial” do tribunal…Objection!), e entremeou o medley de 14 minutos com composições de Xenogears, outra trilha benquista pelos apreciadores de Yasunori Mitsuda.

Encaixaram bem as faixas, a não ser por um ou outro buraco na mudança de uma para a outra. A execução está longe de ser formidável ou virtuosística. É moderada e singela. Separei o áudio (não há imagens dos instrumentistas no Nico Nico Douga) mais pela presença de Xenogears, que raramente aparece entre as performances de fãs. Além disso, achei desnecessárias as repetições de faixas ao longo do medley, ainda que com interpretações diferentes.

“Chrono Trigger & Xenogears Medley”

“A Premonition” ~ “Guardia Millenial Fair” ~ “Peaceful Days” (Chrono Trigger) ~ “My Village is Number One” (Xenogears) ~ “Wind Scene” (Chrono Trigger) ~  “The Sky, the Clouds, and You” (Xenogears) ~ “Battle with Magus” ~ “Wind Scene” ~ “The Royal Trial” (Chrono Trigger) ~ “In a Prison of Peace and Regret” (Xenogears) ~ “Guardia Millenial Fair” (Chrono Trigger)


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