Arquivo para setembro \26\-03:00 2011

Nesta semana tem beta do Battlefield 3, que parece bem legal – e se pá você pode participar

Por Claudio Prandoni

Quem me conhece sabe que é raro eu me apegar a jogos de tiro. Goldeneye 007 à parte, são poucos os discos/cartuchos/trecos que me arrebataram a atenção, mas esta temporada 2011 é um desses raros momentos.

Desde que Battlefield 3 pintou na área com seu visual nada menos que absurdamente realista, fiquei com o radar meio ligado, prestando bastante atenção no que sites gringos, nacionais – e o aficionadão por tiros Pablo Raphael – têm a dizer. Semana passada, tive a sorte e o privilégio de testar a versão do game para PlayStation 3 na Eurogamer Expo, um evento em Londres, e fui totalmente tragado pela experiência cinematográfica. Foi animal pra caramba mesmo!

Fato é que nesta semana (na quinta-feira) começa o beta da versão PC do game, mais robusta, ainda que exigente. Contudo, alguns sortudos já vão testar a partir da meia-noite, daqui a pouquinho. Um bom punhado de chances pra faturar um código pro beta do BF3 é na página de fãs da WB Games Brasil no Facebook, a distribuidora do game por estas terras, que vai dar 10 códigos.

Participa lá, vai que você dá sorte e nos trombamos com uns pipocos online!

O inacreditável retorno da S.S.T. Band

Por Alexei Barros

Quem acompanha os posts musicais do Rafael “00Agent” Fernandes no Passagem Secreta não será lá muito novidade, mas faltava comentar por aqui uma bomba que talvez nem os mais devotos fãs esperavam: a primeira banda de game music da história, formada em 1988 e desbandada em 1993, reuniu-se para um show em pleno 2011: a S.S.T. Band! Ainda acho que eles deveriam ter feito alguma reunião em 2008, quando comemoraram 20 anos de fundação. Pelo jeito, a saudade dos tempos de Game Music Festival bateu três anos depois do aniversário.

Para recapitular, em maio deste ano, o agente Rafael fez um post relatando a vontade do guitarrista Koichi Namiki de reunir os integrantes do grupo, e o texto causou tanta celeuma que o próprio Namiki comentou no Passagem Secreta!

Alguns trechos dos ensaios foram publicados no YouTube para atiçar a expectativa. No primeiro caso, uma salada de músicas da Sega tocadas ao mesmo tempo e, no outro, solos de bateria e baixo um tanto familiares.

O show aconteceu dia 27 de agosto no Japão no Video Game Bar 16Shots, na celebração dos cinco anos do bar temático. Algumas observações a respeito do retorno:

– Oficialmente a banda não se chama S.S.T. Band e sim Blind Spot, nome que não foi escolhido por acaso, claro, porque intitula o primeiro e único disco com composições originais, Blind Spot, sem relação com jogos, lançado em 1992. S.S.T. Band era uma marca da Scitron, que publicava os álbuns da banda.

– O esforço do Koichi Namiki foi louvável, só que não deu para juntar todo mundo. A formação ficou parecida com a qual a S.S.T. Band se despediu no Game Music Festival ’93, sem Shingo Komori (o primeiro baixista, de 1988 a 1989) e Takehiko Tanabe (o primeiro baterista, de 1988 a 1990). Mais notoriamente, a Blind Spot ficou desfalcada de Hiroshi Kawaguchi e Takenobu Mitsuyoshi, talvez os mais famosos ex-integrantes, ambos tecladistas e que não chegaram a tocar na mesma época, já que Mitsuyoshi sucedeu a Kawaguchi na época. Por serem funcionários da Sega e estarem ocupados também com as apresentações da [H.], não puderam participar, infelizmente. Para suprir a falta do tecladista – o sintetizador é dominado por Kimitaka Matsumae –, foi convocado Shoji Morifuji da banda Tsukihiko, da qual Koichi Namiki também faz parte. Dessa maneira, a Blind Spot tocou com os seguintes membros:

– Guitarra: Koichi Namiki
– Guitarra: Jouji Ijima
– Baixo: Masato Saitoh
– Bateria: Hisanori Kumamaru
– Sintetizador e programação: Kimitaka Matsumae
– Teclado: Shoji Morifuji

– Diferentemente do que eu e o Rafael pensávamos, que a Blind Spot tocaria apenas as músicas do álbum homônimo, na verdade foram executados somente arranjos de jogos da Sega conforme detalhado abaixo, com as versões originais e os arranjos disponíveis da S.S.T. Band. Disponíveis porque a banda se deu ao luxo de tocar a “Outride a Crisis” do Super Hang-On, que nunca fora arranjada pelo grupo. De acordo com o relato do Back-up Team, acredita-se que foi executada a versão “Outride a Crisis -Mickey Arrange Ver.-“ da coletânea Super Hang-On 20th Anniversary Collection. No medley do Thunder Blade a faixa de mesma nome também não fora arranjada, apenas a “Burning Point”, por isso acredito também que a performance foi da “Thunder Blade Medley -Mickey Arrange Ver.-“ do Galaxy Force II & Thunder Blade OST. Teve ainda a melancólica “Blue Moon” do SDI; a faixa abria o “S.D.I. Medley”, que fechava com a “System Down”, não tocada desta vez. Obviamente nem faço ideia do que seja a faixa seis…

Set list:

01 – “Main Theme” (Space Harrier)
Arranjo da S.S.T. Band: “Main Theme”
02 – “Soup Up” (Rad Mobile)
Arranjo da S.S.T. Band: “Soup Up”
03 – “Like the Wind” (Power Drift)
Arranjo da S.S.T. Band: “Like the Wind”
04 – “Blue Moon” (SDI)
Arranjo da S.S.T. Band: “S.D.I. Medley”
05 – “Outride a Crisis” (Super Hang-On)
06 – Secret?
07 – “Beyond the Galaxy” (Galaxy Force)
Arranjo da S.S.T. Band: “Beyond the Galaxy”
08 – “Thunder Blade” ~ “Burning Point” (Thunder Blade)
Arranjo da S.S.T. Band: “Burning Point”
09 – “After Burner” (After Burner)
Arranjo da S.S.T. Band: “After Burner”
10 – “Magical Sound Shower” (OutRun)
Arranjo da S.S.T. Band: “Magical Sound Shower”

– Em parte do espetáculo, os integrantes chegaram a usar os característicos óculos escuros da S.S.T. Band, e Masato Saitoh inclusive se apresentou com a indumentária preta do Game Music Festival 1990. Como se não bastasse tanta nostalgia, na parte do Thunder Blade ele reproduziu de novo o solo de baixo slap, só não entendi se foi bradando “Sega!” ou alguma coisa perto disso.

– Fora isso, é difícil de entender mais alguma informação, mas já se cogitam novas apresentações da Blind Spot para o ano que vem. Seria sonhar muito um show com a [H.]? Por maior que fosse o meu apreço pela S.S.T. Band eu jamais imaginaria que um dia a banda voltaria. Os tempos de Game Music Festival que pareciam tão distantes estão cada vez mais próximos.

Entre aqui para ver mais fotos do show.

Altamente grato ao espião Rafael Fernandes pelas informações e links.

[16Shots, SegaBits, S.S.T. Band Back-up Team]

Professor Layton vs Ace Attorney: trailer da TGS 2011

Por Alexei Barros

De tempos em tempos se torna um imperativo rever o vídeo de revelação do Professor Layton vs Ace Attorney liberado há quase um ano para não pensar que foi uma mentira armada por fãs. Agora, pelo menos, pode se alternar por um novo trailer, que dá uma ideia melhor de como serão os gráficos ingame, mostrando um avanço muito maior do 3DS para o DS do que o DS apresentou em relação ao GBA – me refiro especificamente à série Ace Attorney, evidentemente. A sintetização do tema musical arrefece o impacto, porém a composição conseguiu amalgamar os estilos característicos das duas séries. Tomara que seja orquestrado na versão final.

A Capcom e a Level-5 também promoveram um bate-papo na Tokyo Game Show 2011 com Akihiro Hino (produtor de Professor Layton), Shu Takumi (criador de Ace Attorney) e Hironobu Takeshita (produtor de Ghost Trick) como relatado pelo 4Gamer.net, mas não é possível compreender nada para quem não entende japonês.

Ao menos um abençoado entendedor do idioma prestou um grande serviço aos aficionados ao inserir legendas em inglês no vídeo. Lembrando que o jogo está agendado para sair em 2012 no Japão, ainda sem confirmação da localização ocidental – tomara que não tenha o mesmo destino do Gyakuten Kenji 2, que, por enquanto, segue exclusivo do arquipélago nipônico.

[via Wired, Andria Sang]

UOL Jogos: visita às lojas da Tokyo Game Show 2011

Por Alexei Barros

Para comprar um CD de game music aqui você é obrigado a recorrer a lojas online como Play-Asia e CD Japan e esperar semanas e mais semanas para enfim ter o produto em mãos. Quem tiver um pouco de sorte e passar pelo Bairro da Liberdade em São Paulo pode eventualmente esbarrar em uma trilha de jogo, mas é raro.

No Japão, como sempre ouvi falar e raramente pude ver, há álbuns a granel nas prateleiras, aqueles que só via sendo manejados nos vídeos de unboxing do OSV. Eis que o confrade Claudio Prandoni foi a Tóquio para cobrir a Tokyo Game Show 2011 pelo UOL Jogos e adentrou uma dessas lojas. Assisti ao vídeo inquieto, observando cada canto…

Dá para constatar que a maioria de CDs é da Square Enix, como a Chrono Trigger Original Soundtrack (publicado por ocasião da versão de Nintendo DS) manuseada em 0:34 e, nas prateleiras, o recém-lançado Seiken-Densetsu Music Complete Book, entre tantos outros.

A reportagem prandoniana também dá destaque para os bonecos de pelúcia da Nintendo e livros de artes da Capcom.

Final Fantasy XI ganha concerto exclusivo no Japão


Por Alexei Barros

Não sei você, mas o Final Fantasy XI foi o capítulo da série que mais passei longe: nunca joguei e não pretendo jogar por diversão (a não ser por pesquisa). O motivo: a bendita sigla que vem antes de RPG: MMO. Pelo pouco que observo, não parece ser muito popular por aqui. Mas no Japão… as músicas então. Muitas performances amadoras e diversos lançamentos de álbuns, além, é claro, da banda oficial Star Onions, que chegou a fazer shows com faixas do jogo. Fama que aparentemente não se abalou mesmo após o advento do também online Final Fantasy XIV.

Apesar disso, FFXI é representado timidamente nos concertos da franquia, limitando-se às músicas “Ronfaure”, que debutou no Tour de Japon, e “Memoro de la S^tono Opening ~ Distant Worlds”,  tocada desde o Voices, ambas de autoria do Nobuo Uematsu. Para preencher a lacuna e atender à massa nipônica de fãs será realizado o Final Fantasy XI Vana♪con, no emblemático dia 11/11/2011. A performance será da Tokyo Philharmonic Orchestra, com regência do maestro Masahiko Enkoji, no Symphony Hills Mozart Hall em Tóquio.

Boa oportunidade para executar composições de outros músicos, como Kumi Tanioka e Naoshi Mizuta. Como de praxe, aguardo pelo lançamento do CD.

[via Nobuooo]

Symphonic Fantasies no Japão


Por Alexei Barros

“Um sonho que se tornou realidade”, assim definiu Thomas Boecker ao informar o advento do concerto Symphonic Fantasies – music from Square Enix no Japão que se dará em 2012, ainda sem data definida. Tamanha empolgação se explica muito facilmente, pois será o décimo concerto consecutivo do produtor alemão, cuja primeira apresentação data de 2003, First Symphonic Game Music Concert, o primeiro concerto de games realizado fora do Japão. Além disso, é muito raro récitas estrangeiras de games mostrarem que o ocidente é capaz de produzir espetáculos tão bons e, por que não, até melhores que os nipônicos com as próprias músicas que eles criaram.

Fazendo um exercício de memória, lembremos que o primeiro a realizar tal façanha foi o Video Games Live em 2009, mas o fato de a turnê nunca mais ter voltado para lá é um indício de que as coisas não foram tão boas como propalado pelos organizadores. No ano passado houve a visita a Tóquio da excursão Distant Worlds, que é produzida pela AWR Music do maestro Arnie Roth. Considerando que a maior parte das partituras veio de apresentações antigas feitas no próprio Japão não dá para considerar totalmente.

Já o alemão Symphonic Fantasies chegou ao Japão somente pela transmissão em vídeo em 2009 (e gravações publicadas no YouTube e Nico Nico Douga) e pelo lançamento em CD realizado em setembro de 2010. Com o terreno preparado, não tem como dar errado: a performance será da Tokyo Philharmonic Orchestra (a mesma do Monster Hunter 5th Anniversary Orchestra Concert ~Hunting Music Festival~) e do Tokyo Philharmonic Chorus, que já participou das gravações de dezenas de trilhas de jogos e animes. Solistas, os mesmos de sempre: Benyamin Nuss e Rony Barrak, e na batuta da regência, Eckehard Stier, que conduziu a gravação do álbum drammatica. Originalmente o concerto exigiu 14 dias de ensaios; mesmo se não for exatamente as duas semanas a disciplina e experiência japonesas vão certamente garantir qualidade similar exibida pela WDR Radio Orchestra e WDR Radio Choir há dois anos. Alguns dos compositores, como o Yasunori Mitsuda e a Yoko Shimomura até promoveram o espetáculo no Twitter, mas ainda não está confirmada a presença deles e do Hiroki Kikuta e Nobuo Uematsu como na Alemanha, porque vai depender de coincidir as agendas dos compositores. Mas, como em 2009, os dois arranjadores finlandeses Jonne Valtonen e Roger Wanamo estarão presentes.

Em julho de 2012 o mesmo Symphonic Fantasies também terá duas reprises na Alemanha.

[via Square Enix]

“Welcome Aboard The U.S.G. Ishimura” – Dead Space (Video Game Heroes)

Por Alexei Barros

Largando na frente das grandes turnês de concertos, o Video Game Heroes executou a “Welcome Aboard The U.S.G. Ishimura” do Dead Space, jogo lançado em 2008 cuja trilha compartilha um bocado a abordagem modernista que caiu tão bem nas músicas de BioShock. Vendo como foi a performance no vídeo, dá para considerar uma atitude bastante ousada tocar uma música nesse estilo sem o telão. Em um VGL ou Play! da vida, as imagens do jogo ajudariam a ilustrar uma faixa de ambiência como a escolhida e evitar que parte do público possivelmente se entediasse. Sem outros subterfúgios, como iluminações espalhafatosas, a execução se garantiu somente pela atuação da orquestra.

Detalhe que esta e a “Athens Harbour Chase”, pelo que diz o programa do evento, possuem versões exclusivas para a apresentação. Porém, as diferenças em relação à original me pareceram sutis demais, quase imperceptíveis em uma escutada menos atenta, ao menos nessa gravação amadora. Não é o tipo de música que me faz querer ouvir muitas vezes, mas o Video Game Heroes ganha pontos pelo arrojo.

Press Start 2011: contemporâneo e nostálgico; épico e diversificado

Por Alexei Barros

Após o lançamento do mediano álbum Press Start 5th Anniversary e as enfadonhas reprises na comemoração dos cinco anos de existência dos concertos no Press Start 2010, o Press Start 2011 veio para retomar no dia 14 de agosto o principal motivo de estima pela série japonesa de récitas: seleções magistrais de jogos japoneses, velhos e novos, alguns difíceis de imaginar em outros espetáculos do gênero.

Comentarei as escolhas de faixas mais detalhadamente após o Hadouken, mas pareceu ter sido um evento extraordinário, o que faz aumentar o desejo pelo segundo CD. Na condução de Taizo Takemoto, a Kanagawa Philharmonic Orchestra tocou no Shinjuku Bunka Center Hall, em Tóquio, às 14 e depois às 18 horas locais. Vale lembrar que, pela primeira vez, será realizada uma terceira apresentação no Japão, marcada para o dia 19 de setembro em Nagoya, com a Nagoya Philharmonic Orchestra no Century Hall do Nagoya International Conference Hall e regência de Kosuke Tsunoda. Continue lendo ‘Press Start 2011: contemporâneo e nostálgico; épico e diversificado’

“Athens Harbour Chase” – James Bond 007: Blood Stone (Video Game Heroes)

Por Alexei Barros

O mundo dos concertos de games, apesar de ter crescido muito nos últimos cinco anos, ainda é consideravelmente pequeno, por isso lamento quando acontece uma baixa nesse nicho, como foi o caso da série holandesa Games in Concert encerrada em 2008, mesmo que todos os comentários relatassem casas cheias e os vídeos mostrassem uma qualidade invejável.

Eis que do nada surge uma iniciativa promissora na Inglaterra, como se já não bastassem as visitas por lá das turnês The Legend of Zelda 25th Anniversary Symphony dia 21 de outubro e Distant Worlds dia 5 de novembro. Intitulado Video Game Heroes, o concerto se deu 2 de setembro no Royal Festival Hall em Londres com a execução da London Philharmonic Orchestra, que possui em sua história longa relação com games, por álbuns como Gradius in Classic I e II, Xenosaga Original Soundtrack e uma plêiade de discos de Dragon Quest. Compositor de filmes e seriados, Andrew Skeet foi o maestro.

O set list é no mínimo interessante. A parte japonesa é bem básica, levando-nos de volta para meados da década passada, na época em que espetáculos de games eram raros fora do arquipélago nipônico: Zelda e Mario (em versões do OGC), tema principal de Final Fantasy, “Liberi Fatali”, tema do Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty e Tetris. Como exceções, “Wind Garden” (Super Mario Galaxy) e especialmente, uma surpresa completa, a “The Last Movement” (Enemy Zero). Embora seja assinada pelo renomado compositor inglês Michael Nyman – motivo que talvez explique a escolha da faixa –, é daquele jogo de Saturn e PC do Kenji Eno. Inclusive foi no Enemy Zero que certo gênio começou sua carreira como animador: Fumito Ueda, o diretor de ICO, Shadow of the Colossus e The Last Guardian.

Do lado ocidental, ficou incrível, considerando as importâncias dos jogos: Little Big Planet, Tom Clancy’s Splinter Cell: Conviction, Dead Space, Fallout 3, Call of Duty: Modern Warfare, Call of Duty: Modern Warfare 2 e até Angry Birds. Menos empolgantes por já terem sido tocados em outras oportunidades: Advent Rising, Battlefield 2, The Elder Scrolls IV: Oblivion, Mass Effect, Halo 3, BioShock e por aí vai.

Dessa leva, para mim, a música que mais me fisgou é a “Athens Harbour Chase”, por ser de autoria do competentíssimo Richard Jacques. Pouco importa se o James Bond 007: Blood Stone não foi lá grande coisa. É a melhor do jogo, com as trombetas em efervescência como manda o estilo musical 007. Ouça e repare na quantidade de instrumentistas: isso é um concerto, isso é uma orquestra de verdade. Mais uma vez evoco o Games in Concert, que havia, aliás, tocado a “Bond Theme”. Uma das virtudes das performances holandesas era a capacidade de conciliar banda e orquestra com pleno êxito. Não dá escutar com perfeição por ser um registro amador, mas note que há baixo elétrico. E tem bateria também.

Antes que apareça um comentário padrão “queria estar lá, torço pelo lançamento do CD”, saiba que o concerto originou uma gravação em estúdio, e o álbum correspondente será lançado apenas digitalmente ainda em 2011. Tudo bem que a maioria das faixas usa as mesmas partituras das trilhas e não sei se vai dar para incluir todas as músicas executadas por prováveis empecilhos de licenciamento, mas é para ficar animado.

Trilha de Ace Combat: Assault Horizon virá em pacote promocional com três CDs; Keiki Kobayashi e Norihiko Hibino estão entre os compositores


Por Alexei Barros

Meu apreço pelas músicas da série Ace Combat vem desde mais ou menos de 2005, 2006 para cá, isto é, desde que o Hadouken se conhece por blogue, mas é a primeira vez que comento sobre o lançamento em CD de algum jogo da saga de combates aéreos da Namco. Verdade que eu poderia ter falado sobre a Ace Combat 6 Fires of Liberation Original Soundtrack em 2007 e confere também que escrevi acerca da Ace Combat 2 Original Soundtrack ano passado, mas creio que trilhas de jogos novos faz tempo que não sai, não é? Aliás, desde o Ace Combat 6 não havia um capítulo para console de mesa, portanto faz quatro anos.

Ace Combat: Assault Horizon aportará dia 13 de outubro no Japão para Xbox 360 e PlayStation 3 – dois dias depois dos EUA e um dia antes da Europa –, e quem comprar a edição de luxo receberá a Ace Combat: Assault Horizon Original Soundtrack, com três discos. Ainda não foi anunciada e duvido que seja a trilha sonora à parte do pacote especial. O mestre Keiki Kobayashi, que sempre garante músicas pomposas e melódicas de muita categoria, está confirmado, assim como Hiroshi Okubo (Ace Combat 2, 3, 4, 5 e 6) e Rio Hamamoto (Soulcalibur II e Tekken 6), os três do competente time interno da Namco. A mais surpreendente novidade é a presença de Norihiko Hibino, que andava um pouco sumido, depois de anos como os de 2008 e 2009 muito prolíficos, com participações em Ninja Blade, Bayonetta e Love Plus.

Já é possível conferir alguns samples e, em vez de clicar em links que muito frequentemente demoram a carregar em sites pesados, dependendo da sua conexão, os vídeos do YouTube meio que fazem isso por você, ao menos foi a sensação que eu tive pela forma com que foram editados, praticamente imitando a navegação de um site. Bacana é que as amostras confirmam a participação de alguns musicistas: o grupo de instrumentos étnicos Yuval Ron Ensemble na “Rebirth” from Sand Storm (teria a música um quê de Uncharted?), “Inferno”, “Town of Fiction” e “Blue On Blue”, esta também com George Nishigomi; Emi Evance na “Beyond the Canal” e, também com Ken Stacey, a “Gotta Stay Fly”; e Northwest Sinfonia and chorale na “Horizon” (promete ser tão emocionante quanto a “Razgriz”). Creio, porém, que deve haver um erro na informação da “Mrs. Krista Yoslav”, porque se ouve o solo de uma cantora e o crédito do intérprete se refere ao Keiki Kobayashi. Falando nele, a “Release” promete ser a equivalente da “The Unsung War” e da “Megalith ~ Agnus Dei” deste trabalho. Tomara!

[via VGM Lounge]


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