Archive for the 'Symphonic Legends' Category

Interview with Thomas Boecker, game concert producer in Germany (part 2 of 2)

e03afec4b50d36e9e2d69091107993cfBy Alexei Barros

Finally the day has come! Today happens the worldwide digital release of Final Symphony on iTunes. The album contains 94 minutes of music from Final Fantasy VI, VII and X recorded at Abbey Road Studios with performance by London Symphony Orchestra with arrangements by Jonne Valtonen, Roger Wanamo and Masashi Hamauzu.

Surprisingly, the track list brings some new features compared to the set list of the first concert in Germany back in 2013. In the second part of the interview, producer Thomas Boecker answered these and other questions for Hadouken, which brings also more curiosities and discusses the viability of other concerts (including a concert with Yuzo Koshiro’s music!).

Track list:
01 Fantasy Overture (Circle within a Circle within a Circle)
02 Final Fantasy VI (Symphonic Poem: Born with the Gift of Magic)
03 Final Fantasy X (Piano Concerto)
04 Encore: Final Fantasy X (Suteki Da Ne)
05 Final Fantasy VII (Symphony in Three Movements)
06 Encore: Final Fantasy VII (Continue?)
07 Encore: Final Fantasy Series (Fight, Fight, Fight!)
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Entrevista com Thomas Boecker, produtor de concertos de games na Alemanha (parte 2 de 2)

e03afec4b50d36e9e2d69091107993cfPor Alexei Barros

Enfim chegou o dia! Hoje acontece o lançamento digital mundial do Final Symphony no iTunes. O álbum contém 94 minutos de música de Final Fantasy VI, VII e X gravadas no Abbey Road Studios com performance da London Symphony Orchestra e arranjos de Jonne Valtonen, Roger Wanamo e Masashi Hamauzu.

Surpreendentemente, a track list possui algumas novidades em relação ao set list da primeira apresentação feita na Alemanha em 2013. Essas e outras questões foram esclarecidas pelo produtor Thomas Boecker na segunda parte da entrevista para o Hadouken, que também traz mais curiosidades e discute a viabilidade de outros concertos (incluindo até um espetáculo com músicas do Yuzo Koshiro!).

Track list:

01 Fantasy Overture (Circle within a Circle within a Circle)
02 Final Fantasy VI (Symphonic Poem: Born with the Gift of Magic)
03 Final Fantasy X (Piano Concerto)
04 Encore: Final Fantasy X (Suteki Da Ne)
05 Final Fantasy VII (Symphony in Three Movements)
06 Encore: Final Fantasy VII (Continue?)
07 Encore: Final Fantasy Series (Fight, Fight, Fight!)
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Interview with Thomas Boecker, game concert producer in Germany (part 1 of 2)

By Alexei Barros

At the end of last year, the London Symphony Orchestra recorded Final Fantasy Symphony, an album with arrangements from Final Fantasy VI, VII and X. The album release, which for now will happen only in digital format with X5 Music Group distribution, was promised for the beginning of 2015. But the release date was already revealed: February 23rd, a week from today.

Taking advantage of the occasion, I bring an interview with the producer of this concert and responsible for Merregnon Studios, Thomas Boecker, that produces game concerts since 2003. He is known for various pioneering events in that area, like First Symphonic Game Music Concert (2003), the first game concert released outside Japan; Symphonic Shades (2008), the first game concert with live radio broadcasting; and, more notoriously, Symphonic Fantasies (2009), the first game concert with live video transmission. Just to name a few.

Besides the production of Symphonic Game Music Concert series in Leipzig (2003-2007) and the tetralogy Symphonic Shades, Fantasies, Legends and Odysseys in Cologne (2008-2011), Boecker was the coordinator of the albums Vielen Dank (2007) and drammatica (2008) and consultant of the world tours Play! A Video Game Symphony (2006 to 2007) and Distant Worlds: music from Final Fantasy (2007 to 2011).

Since 2008 I have exchanged e-mails with Boecker. And it surprised me that, back then, he told me he reads Hadouken – after all, the blog posts are written in Portuguese. I feel that I should have done this interview previously, but the moment has come.

In the interview, I preferred to focus on specific curiosities about the concerts, which helps to show how it is laborious to create concerts with new arrangements, but it is very rewarding. This is just the first part of the interview – the second part will be published next week. To help possible foreign readers, this interview will also be published in English.
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Entrevista com Thomas Boecker, produtor de concertos de games na Alemanha (parte 1 de 2)

Por Alexei Barros

No final do ano passado, a London Symphony Orchestra gravou no Abbey Road Studios o Final Fantasy Symphony, álbum com arranjos de Final Fantasy VI, VII e X. O lançamento do álbum, que, a princípio será feito no formato digital com distribuição da X5 Music Group, estava prometido para o começo de 2015. Mas já foi revelada a data: 23 de fevereiro, daqui a uma semana.

Aproveitando a ocasião, trago uma entrevista com o produtor desse espetáculo e responsável pela Merregnon Studios, Thomas Boecker, que produz concertos de games desde 2003. Ele é conhecido por diversos pioneirismos nessa área, como o First Symphonic Game Music Concert (2003), primeiro concerto de games realizado fora do Japão; Symphonic Shades (2008), primeiro concerto de games transmitido ao vivo pelo rádio; e, mais notoriamente, o Symphonic Fantasies (2009), primeiro concerto de games com transmissão ao vivo em vídeo. Apenas para citar alguns.

Além de produzir a série Symphonic Game Music Concert em Leipzig (2003-2007) e da tetralogia Symphonic Shades, Fantasies, Legends e Odysseys em Colônia (2008-2011), Boecker foi o coordenador dos álbuns Vielen Dank (2007) e drammatica (2008) e consultor das turnês mundiais Play! A Video Game Symphony (2006 a 2007) e Distant Worlds: music from Final Fantasy (2007 a 2011).

Desde 2008 tenho trocado e-mails com Boecker, que me surpreendeu na ocasião quando ele me disse que acompanhava o Hadouken – afinal, os posts do blog são escritos em português. Sinto que deveria ter feito essa entrevista anteriormente, mas enfim chegou o momento.

Na entrevista, preferi me focar em curiosidades específicas sobre os concertos, o que ajuda a mostrar o quanto é trabalhoso criar espetáculos com arranjos novos, mas é muito recompensador. Esta é apenas a primeira parte da entrevista – a outra será publicada daqui a uma semana. Para facilitar a vida de possíveis leitores estrangeiros, a entrevista também está sendo publicada em inglês.

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Symphonic Legends em Londres: as músicas de Zelda em um concerto superlativo

O Symphonic Legends em Londres foi um dos maiores concertos de games da história, com cerca de 220 pessoas no palco


Por Alexei Barros

Ainda que tardiamente, não posso deixar de mencionar por aqui a realização do concerto Symphonic Legends – Featuring music from The Legend of Zelda series em 13 de julho. Sim, no mesmo dia em que a Alemanha se sagrou tetracampeã mundial no Maracanã, o  Barbican Centre London no Reino Unido sediou uma apresentação com músicas da série Zelda com a presença de cerca de 2000 pessoas.

Em termos de números de participantes, a performance foi uma das maiores (se não a maior) que se tem notícia entre os concertos de games, com a conceituada London Symphony Orchestra e o London Symphony Chorus somando cerca de 220 pessoas conduzidas pelo maestro Rasmus Baumann. Foi o segundo espetáculo com músicas de games da LSO, sendo que o Final Symphony, apresentado no ano passado, foi o primeiro. Não bastasse tudo isso, ainda teve o grupo Spark, formado por dois flautistas, um violinista, um violoncelista e um pianista.

O set list foi basicamente um mix dos números de Zelda já executados nos concertos Symphonic na Alemanha produzidos por Thomas Boecker:  a fanfarra assinada por Jonne Valtonen “Fanfare for the Common 8-bit Hero” e o “The Legend of Zelda: Symphonic Poem”, que foram originalmente apresentados no Symphonic Legends (o segundo também foi executado no LEGENDS); além do “The Legend of Zelda: The Wind Waker — Concerto for Spark and Orchestra” e “Gerudo Valley”, que apareceram pela primeira vez no Symphonic Selections e novamente contaram com a participação do Spark. Esse segundo segmento, da música com pegada flamenco do The Legend of Zelda: Ocarina of Time, não estava anunciado no encarte e foi uma surpresa, inclusive. A única estreia de fato foi o “The Legend of Zelda: Skyward Sword — Overture”, um segmento arranjado por Roger Wanamo que tem cerca de 20 minutos de duração com músicas do jogo mais recente da série principal.

A London Symphony Orchestra estava com duas harpas – geralmente uma orquestra tem apenas uma

Porém, mesmo para quem conhecia esses arranjos dos concertos passados, houve novidades interessantes. O The Legend of Zelda: The Wind Waker — Concerto for Spark and Orchestra” contou com algumas alterações mínimas na partitura, assim como as suítes do Symphonic Fantasies foram aprimoradas para o Symphonic Fantasies Tokyo.

Mas a maior mudança aconteceu no “The Legend of Zelda: Symphonic Poem”, que, por sinal, já havia sido modificado para o LEGENDS, no qual o arranjo havia recebido 4 minutos adicionais. Segundo o report que linkei no fim do post, o tempo total da peça é de 44 minutos, ou seja 8 minutos a mais de quando o poema sinfônico debutou no Symphonic Legends (ele tinha 36 minutos originalmente). A primeira parte foi quase que re-escrita, o movimento “Battlefield” também foi alterado e a seção da “Light Spirit” passou a ser da versão cantada no Soundtrack Cologne: East meets West, com solo da soprano Lucy Feldman. O arranjador Jonne Valtonen levou pelo menos 3 meses para concluir essa revisão.

Infelizmente, o Symphonic Legends – Featuring music from The Legend of Zelda series foi um privilégio restrito aos presentes na casa de espetáculos em Londres, já que, por conta da atual filosofia restritiva da Nintendo, dificilmente o concerto será lançado em CD. Para piorar, um usuário chegou a publicar gravações (em uma qualidade terrível) no YouTube, mas elas foram retiradas a pedido da London Symphony Orchestra. Portanto, dificilmente vai dar para ouvir alguma coisa dos segmentos em um registro apreciável. Até o momento, não há planos de apresentações em outros locais, porque essa grandiloquência de instrumentistas e coristas só foi possível, por ora, para esse espetáculo em Londres. Contudo, o encarte do Symphonic Legends confirmou que em 2015 haverá um novo concerto de games com a London Symphony Orchestra. Tomara que ao menos o futuro espetáculo também não fique só na memória dos espectadores.

Set list:

Ato I

01. “Fanfare for the Common 8-bit Hero”
02. “The Legend of Zelda: Skyward Sword — Overture”
03. “The Legend of Zelda: The Wind Waker — Concerto for Spark and Orchestra”
04. “Gerudo Valley” (The Legend of Zelda: Ocarina of Time)

Ato II

05. “The Legend of Zelda: Symphonic Poem”

Composição: Jonne Valtonen (01), Nintendo (02~05)
Arranjo: Jonne Valtonen (01, 04, 05), Roger Wanamo (02, 03)

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O grupo Spark garantiu uma performance virtuosística no arranjo com influência folk de The Legend of Zelda: The Wind Waker

 

[via Blipico, Zelda Informer, LSO, spielemusikkonzerte.de]

Symphonic Legends: concerto de Zelda em Londres também terá participação do grupo Spark


Por Alexei Barros

No dia 13 de julho de 2014, o Barbican Centre London sediará o concerto Symphonic Legends – Featuring music from The Legend of Zelda series. Já se sabia das participações da London Symphony Orchestra e do London Symphony Chorus e que, somados, chegariam a mais de 200 pessoas para a performance. Agora já se fala que esse número vai alcançar a marca de 220 indivíduos. Mas o que era bom ficará melhor ainda, porque esse concerto também contará com a participação do quinteto instrumental Spark.

Para quem não se lembra, esse grupo alemão tocou no Symphonic Selections ano passado em um extenso e fabuloso segmento do The Legend of Zelda: The Wind Waker. Esse mesmo número, de nome “Concerto for Spark and Orchestra”, vai ser tocado mais uma vez no Symphonic Legends. O Spark é formado por cinco instrumentistas não somente talentosos, como virtuosos, e eles estraçalharam no arranjo do Roger Wanamo. Pelo jeito, teremos a apresentação definitiva de Zelda em julho. Só o que provavelmente fará falta são registros oficiais do espetáculo.

[via Spielemusikkonzerte]

Agora focado em Zelda, Symphonic Legends renasce ainda mais lendário


Por Alexei Barros

Para quem gosta de futebol, haverá um grande motivo para permanecer no Brasil ano que vem. Um motivo chamado Copa do Mundo 2014. Mas, se não for o seu caso – e ainda me espanta saber quantos jogadores de videogame não gostam de futebol -, você pode ter uma excepcional razão para fazer uma visita a Londres. Agora, se você acompanhar futebol e ser fã das músicas de Zelda… você poderá ficar bastante dividido.

Tudo isso porque no dia 13 de julho de 2014, exatamente o dia da final da Copa do Mundo marcada para o Maracanã, no Rio de Janeiro, acontecerá a retomada do Symphonic Legends. Outrora o nome dado para o concerto que homenageou diversas franquias da Nintendo, agora o espetáculo será totalmente dedicado à série Zelda.

A apresentação acontecerá no Barbican Centre London, com performance da London Symphony Orchestra, renomadíssima orquestra que tocou o Final Symphony em maio de 2013. Desta vez, porém, a orquestra será acompanhada pelo London Symphony Chorus, totalizando mais de 200 pessoas no palco!

O Symphonic Legends – Featuring music from The Legend of Zelda series promete trazer partituras novas e revisadas dos jogos A Link to the Past, Ocarina of Time, The Wind Waker e Twilight Princess, além da première mundial do segmento de Skyward Sword. Os arranjadores são aqueles competentes de sempre, os finlandeses Jonne Valtonen e Roger Wanamo, com a produção executiva do Thomas Boecker.

Desde já fica a dúvida quais arranjos serão revisados, já que Zelda constantemente aparece nas produções do Boecker. No próprio Symphonic Legends de 2010, por exemplo, tivemos o Poema Sinfônico, e no recente Symphonic Selections, que ainda comentarei aqui, foi tocado um arranjo extenso e magnífico do The Wind Waker. O jogo do GameCube inclusive estreou mundialmente em um concerto do Boecker, o First Symphonic Game Music Concert, lá em 2003.

Vale lembrar que esse concerto não tem nenhuma relação com a turnê Zelda: Symphony, que inclusive vai encerrar dia 14 de dezembro, com uma apresentação em San Jose, Califórnia.

Aos interessados no Symphonic Legends – Featuring music from The Legend of Zelda series, os ingressos já estão à venda, com preços que vão de 30 a 85 libras.

[via release de imprensa]

Os bastidores do LEGENDS

Por Alexei Barros

Pelo que se comenta, o LEGENDS, concerto em homenagem à Nintendo realizado no dia 1º de junho de 2011 em Estocolmo, na Suécia, foi um dos mais ilustres. Lamentavelmente, as gravações amadoras foram bem escassas e muitos dos segmentos novos em relação ao Symphonic Legends permanecem sem registro – CD acho pouco provável pela dificuldade de licenciamento da produtora. A única saída seria sonhar com reprises, para que surjam mais gravações.

Enquanto isso não acontece, ao menos foi publicado no YouTube um vídeo que mostra os bastidores do espetáculo: o produtor Thomas Boecker, o maestro Arnie Roth, compositor David Wise, os arranjadores Jonne Valtonen, Roger Wanamo e Masashi Hamauzu e o pianista Benyamin Nuss. A parte mais interessante para mim é a do ensaio (aliás, foram apenas dois dias de treino), em que é possível ouvir um pouco mais da “F-Zero (Race for Piano and Orchestra)” e, melhor ainda, como inexiste uma gravação, um breve trecho da “Kirby (Grünende Flur)”.

“Encore (Currendo. Saltando. Ludendo)” – LEGENDS

Por Alexei Barros

O que poderia ser um bônus do concerto acabou se tornando um dos segmentos favoritos de muitos (eu incluso) do Symphonic Legends, o “Encore (Currendo. Saltando. Ludendo)”, que encadeia, mistura e alterna diferentes melodias, em especial temas de encerramento, de jogos da Nintendo. Surpreende que a origem das músicas não seguiu necessariamente os títulos representados ao longo do concerto. Por exemplo, teve uma suíte somente de Super Metroid, mas a trilogia Metroid Prime foi aludida no bis. São tantos detalhes que as repetidas apreciações se tornam um imperativo – numa iniciativa inusitada, o arranjo foi pensado prevendo que seria publicado no YouTube para que os fãs tentassem descobrir as referências que chegaram até Super Mario Galaxy 2, que saiu em maio de 2010 – o concerto se deu em setembro do mesmo ano.

O número não foi anunciado para a expansão LEGENDS, então fiquei curioso para conferir o vídeo a fim de cumprir tabela. O começo é igual: o piano fazendo dupla com a percussão (desta vez o próprio integrante da orquestra, não Rony Barrak) na “Staff Credits” do The Wind Waker, seguido por uma alusão a Pikmin (que não sei o momento exato) e, com o coral, pelos três temas dos créditos em ordem decrescente da trinca Metroid Prime. Não obstante o registro amador, foi possível ouvir a densidade da “Theme of Super Metroid” no órgão de tubos, o que, curiosamente, não dava para perceber muito bem na gravação da transmissão. O piano alude à faixa “Super Mario Galaxy” como de praxe, e… opa! A partitura tinha sido alterada.

Eu achei que todas as mudanças foram para melhor. Já era um estrondo e ficou ainda mais, e vou dar meus motivos. Conforme detalhado aí embaixo, as músicas com a seta para esquerda que estavam no Symphonic Legends deram lugar para as da direita no LEGENDS. Como Kirby foi uma adição no repertório, justo que também fosse lembrado no desfecho, apesar de não ter encontrado o ponto certo no vídeo. A “Opening” do Star Fox 64 era uma sutilíssima referência no trombone e, com a “Main Theme” do Star Fox, a série teve homenagem estendida de forma merecida. Na primeira versão, não havia nada relativo a Donkey Kong, aliás, a única franquia do concerto que não despontava no bis. Por menor que seja, é sensacional perceber o trompete tocar um trecho da “Donkey Kong Rescued” de um título marcante como Donkey Kong Country 2. Todas as melodias vinham de temas de encerramento (algumas apareciam antes, em outros momentos dos jogos, mas sempre figuravam no final), com exceção de Star Fox, que era breve como comentei acima, e F-Zero, que foi simbolizado pela “Big Blue”. Daí… que choque tomei quando ouvi a “Ending Theme” nos metais reproduzindo a melodia, com um tempero jazzístico um tanto incomum em concertos eruditos. Esses segundos, acredite, valeram todo o LEGENDS para mim, porque não esperava de jeito algum tal inclusão. Sobre a retirada da “Overworld” do Zelda, a série já teve o primeiro bis só para ela com a “Healing”, além do poema sinfônico, e sem falar que este segmento começa com Zelda. Lembro que por ocasião do Symphonic Legends, quase enfartei com a “Ending” do Super Mario Bros. 3 com coral em latim, mas foi bom terem incluído o tema dos créditos do F-Zero só agora, porque muito possivelmente não resistiria a dois enfartos em sequência. E, de novo, o que é esse final? Fez me lembrar da introdução cantada dos jogos da Sega, mas claro com o coral entoando “Nintendo”.

Coloco ambos os vídeos para comparação, e o mais legal é que no segundo dá para avistar a maravilhosa arquitetura do Konserthuset em Estocolmo e ver subirem no palco David Wise, Masashi Hamauzu, Jonne Valtonen e Roger Wanamo.

– “Encore (Currendo. Saltando. Ludendo)”
Originais:
“Staff Credits” (The Legend of Zelda: The Wind Waker)
“A Panoramic View” (Pikmin)
“Ending Staff Roll” (Metroid Prime 3: Corruption)
“Ending Staff Roll” (Metroid Prime 2: Echoes)
“Ending Staff Roll” (Metroid Prime)
“Theme of Super Metroid” (Super Metroid)
“Super Mario Galaxy” (Super Mario Galaxy)
<– “Opening” (Star Fox 64)
<– “Overworld” (The Legend of Zelda)
<– “Big Blue” (F-Zero)
–> “Ending” (Kirby’s Dream Land)
–> “Main Theme” (Star Fox)
–> “Donkey Kong Rescued” (Donkey Kong Country 2)
–> “Ending Theme” (F-Zero)
“Ending” (Super Mario Bros. 3)
“Super Mario Galaxy 2” (Super Mario Galaxy 2)

Composição: diversos
Arranjo: Roger Wanamo

Symphonic Legends

LEGENDS

“The Legend of Zelda: A Link to the Past (Healing)” – The Legend of Zelda: A Link to the Past (LEGENDS)

Por Alexei Barros

Não bastassem os segmentos novos de Star Fox, Pikmin, Super Metroid, F-Zero e da inclusão de Kirby, jogo não representado no Symphonic Legends, a revisão LEGENDS adicionou outro número inédito em relação ao concerto em Colônia. Total surpresa, o primeiro bis, logo após a execução do poema sinfônico de Zelda. E, depois de uma jornada musical de 40 minutos, nada melhor do que contemplar uma doce melodia, um bálsamo para recuperar as energias: “Healing”, arranjo do Jonne Valtonen da faixa que estreou como “Select Screen” no A Link to the Past, figurando no Ocarina of Time com o título “Great Fairy’s Fountain”.

Sinceramente? Talvez nunca tenha externado por aqui, mas dentro da minha limitada experiência da série, não me conformava como uma música tão icônica, que me fazia demorar um bocado para começar a jogar, passasse batido pelas partituras oficiais no passado. Mal comparando, seria como se, por cerca de 20 anos de existência, só agora fosse arranjada a “Prelude” do Final Fantasy. Especialmente porque a composição é incrivelmente simples, profundamente tocante.

A simplicidade da melodia favorece a criatividade, ainda mais com o tempo de um segmento inteiro para trabalhar. As notas cintilantes do piano de Benyamin Nuss, interpolados com o pizzicato dos violinos, o solo de flauta e o crescendo da orquestra formam uma peça encantadora, que termina com sutil participação das cordas e das trompas.

Só lamento a deficiência da única gravação completa do número no YouTube. Além de a tomada da câmera não favorecer a visibilidade da orquestra, há um ruído de fundo. Quem sabe um dia não possamos escutá-la com a qualidade que a performance merece…

-“The Legend of Zelda: A Link to the Past (Healing)”
Original: “Select Screen”

Composição: Koji Kondo
Arranjo: Jonne Valtonen
Piano: Benyamin Nuss


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