No dia 13 de julho de 2014, o Barbican Centre London sediará o concerto Symphonic Legends – Featuring music from The Legend of Zelda series. Já se sabia das participações da London Symphony Orchestra e do London Symphony Chorus e que, somados, chegariam a mais de 200 pessoas para a performance. Agora já se fala que esse número vai alcançar a marca de 220 indivíduos. Mas o que era bom ficará melhor ainda, porque esse concerto também contará com a participação do quinteto instrumental Spark.
Para quem não se lembra, esse grupo alemão tocou no Symphonic Selections ano passado em um extenso e fabuloso segmento do The Legend of Zelda: The Wind Waker. Esse mesmo número, de nome “Concerto for Spark and Orchestra”, vai ser tocado mais uma vez no Symphonic Legends. O Spark é formado por cinco instrumentistas não somente talentosos, como virtuosos, e eles estraçalharam no arranjo do Roger Wanamo. Pelo jeito, teremos a apresentação definitiva de Zelda em julho. Só o que provavelmente fará falta são registros oficiais do espetáculo.
[via Spielemusikkonzerte]
Cara, me chame de louco, mas eu não gostei dessa notícia, por mais que tenha adorado a performance deles no Selections.
Legends deveria ser 100% LSO, na minha opinião, pois daria ao Selections uma identidade maior.
Mas você não gostou por ser uma reprise ou porque preferia uma performance só da LSO? Porque no “Concerto for Spark and Orchestra”, como o nome já diz, a orquestra também participa.
Não gostei pq preferia ser uma performance exclusiva da LSO.
No entanto, dps de refletir sobre o assunto, acho que seria até legal vê-los mais uma vez fazer o fantástico “Concerto for Spark and Orchestra”. Mas desde que Spark participe apenas desta peça. :)
Tinha passado batido pelo Symphonic Selections, ouvi agora o “Concerto for Spark and Orchestra” e fiquei maravilhado. Mas me decepcionei com a “Sedge Tree”, talvez mais pela falta do violino chinês – me pareceu que a música perdeu força – mas também pela simplicidade do arranjo.
Alexei, estou meio desatualizado, mas você acha que esses concertos europeus são o ápice das apresentações de game music hoje em dia?
@ MajoraMan28
Provavelmente é o que vai acontecer, digo, de o Spark participar apenas dessa peça, que já é bem longa inclusive.
@ Felipe
Eu me lembro que tive a oportunidade de conversar por e-mail com o Thomas Boecker, produtor do Symphonic Selections e demais concertos na Alemanha, e ele me disse que era muito difícil encontrar um tocador de kokyu no Ocidente e, por isso, a solução era fazer esse solo ser reproduzido por um duo de viola e clariente, como foi o caso do Symphonic Selections. Eu não acho que perde tanto assim, mas é questão de gosto.
Ah, não sei se você viu esta performance de um concerto que publiquei neste post há longínquos seis anos:
Nessa performance, a introdução é de fato tocada por um erhu (não sei qual a diferença para o kokyu, honestamente).
Sobre os concertos europeus, sem dúvidas são o ápice de qualidade. É só uma pena que algumas escolhas mais ousadas de repertório só acontecem em concertos japoneses, mas quem sabe um dia… Por exemplo, no Symphonic Odysseys do Nobuo Uematsu eu senti muita falta na época de Rad Racer e Front Mission: Gun Hazard. Com o público europeu sedento apenas por Final Fantasy, é difícil de imaginar músicas de jogos assim em concertos europeus.
Tinha visto sim, através desse mesmo post inclusive. Escutando novamente agora, meu lado de crítico chato entra em alerta vermelho e me faz bradar aos céus: “Como??? Como é possível Alexei achar que não perdeu força no Symphonic Selections?”… hehehe. Mas como você disse, pode ser questão de gosto mesmo.
Quanto à falta de mais ousadia no repertório, não será que isso acontece por serem os concertos de game music relativamente recentes na Europa? Se for assim, não vejo tanta dificuldade nos programas futuros se mostrarem mais variados.
Ah, legal saber que já tinha visto o vídeo… Foi uma das performances mais curiosas e diferentes que encontrei.
Sobre a performance do Symphonic Selections, hehe… Mesma coisa não é, mas eu achei que engana bem. Eu também prefiro muito mais uma solução criativa como essa, mesmo que não seja perfeita, do que reproduzir o solo com playback (como o VGL muito provavelmente faria).
Em relação ao repertório, acho que o que faz total diferença ainda é o público. Lembro de ter lido acho que em um report do Press Start 2009 que no Japão a plateia é fã de game music e nos concertos ocidentais quem assiste é fã de games. Talvez daqui a alguns anos as músicas mais manjadas saturem até o extremo, mas acho difícil chegar no nível de variedade encontrado no Japão.
O maestro não perde a oportunidade de alfinetar o VGL… hehehe. Mas entendo e concordo plenamente. Ficaria (usando o vocabulário do blog) uma tremenda grotesquice se usassem playback. Pensando por esse lado, ficou mesmo ótima a solução.
Vou te falar que desta vez pensei em não citar o VGL… Daí eu pensei: “Que outro concerto usa playback além do VGL?”. Então… =p