Archive for the 'Play! A Video Game Symphony' Category

“The Legend of Zelda 25th Anniversary Medley” – Zelda, Zelda: A Link to the Past, Zelda: Ocarina of Time, Zelda: The Wind Waker, Zelda: Spirit Tracks (Play! 2011 em Virginia)

Por Alexei Barros

Demorei tanto tempo para postar este vídeo que o Play! A Video Game Symphony nem existe mais: a turnê foi reformulada e rebatizada para rePLAY Symphony of Heroes, que algum dia comento melhor. É mais para tapar uma lacuna.

Não consegui encontrar uma informação precisa, mas, a julgar pelo site do maestro Andy Brick, o concerto em Virginia realizado em julho de 2011 foi o último do Play!. Naquela época, o arranjador Chad Seiter ficou encarregado das novas releituras de Mario, Zelda, Castlevania e Metroid. Falei de todos esses, menos do Zelda.

Como o nome diz, o medley foi feito por ocasião dos 25 anos de Zelda e depois herdado pela turnê The Legend of Zelda: Symphony of the Goddesses, a qual eu mal comentei por aqui. É sempre um desafio pegar algumas músicas dentro de um universo de composições geniais e fazer um medley de 8 minutos capaz de representar essa série em um programa com diversos outros jogos. Mesmo sabendo disso, o segmento tem uma seleção de faixas meio aleatória, deixando um gosto amargo pela falta de inspiração com que as músicas foram arranjadas.

“Triforce Chamber” é uma escolha inusitada para o medley, mas funcionou bem como faixa introdutória em seus poucos segundos. Mais curiosa é a seleção seguinte: a “Steam Train Field 2” do Spirit Tracks, que, apesar de toda a sua simpatia, nem de longe considero uma das músicas mais representativas da série e, aparece, claro, com o realce da flauta.

Após uma transição terrível, surge a “Dragon Root Island” do The Wind Waker, no momento em que as trompas se destacam. O medley parece acabar, mas o tema da série é evocado em um tocante solo de violino. A orquestra regressa e mais uma vez a peça quer chegar ao fim, como se quisesse realizar o desejo do ouvinte – sinceramente, não entendi a razão de existir desse trecho. Meio que do nada, a icônica “Dark World” chega crescendo e é lembrada com certa pompa, mas a mim foi incapaz de transmitir a empolgação da original. Temos mais uma vez o tema principal seguido por uma boa e breve rendição da “Zelda’s Theme”, em uma imponência inesperada para uma música tão singela. Para não ser totalmente injusto, o final grandioso com a alternância entre o trompete e a flauta ficou bom.

A miscelânea foi gravada em estúdio no disco promocional The Legend of Zelda 25th Anniversary Special Orchestra CD, o qual disponibilizo o link abaixo, e só confirma como o medley é insosso e não honra as tradições musicais de Zelda.

“The Legend of Zelda 25th Anniversary Medley”

Originais: “Triforce Chamber” (The Legend of Zelda: A Link to the Past) ~ “Steam Train Field 2” (The Legend of Zelda: Spirit Tracks) ~ “Dragon Root Island” (The Legend of Zelda: The Wind Waker) ~ “Overworld” (The Legend of Zelda) ~ “Dark World” (The Legend of Zelda: A Link to the Past) ~ “Overworld” (The Legend of Zelda) ~ “Zelda’s Theme” (The Legend of Zelda: Ocarina of Time) ~ “Overworld” (The Legend of Zelda)

“Super Mario Medley” – Super Mario Bros., Super Mario Bros. 3, New Super Mario Bros., Super Mario Galaxy e Super Mario Galaxy 2 (Play! 2011 em Vienna)

Por Alexei Barros

Foi só eu clamar pelos bootleggers que eles brotaram: se os concertos em Seattle do Play! A Video Game Symphony mal foram gravados, a apresentação em Vienna no último dia 8 de julho foi mais bem registrada, com vídeos dos números novos. Ainda não é ideal pela qualidade meia-boca do áudio, o que impede de analisar a qualidade da performance da National Symphony Orchestra. Por isso, eu me limito a comentar o arranjo e a seleção de faixas.

Evidentemente, Mario fazia parte do repertório da turnê desde o início. Em vez de reaproveitar o arranjo do Nobuo Kurita do OGC1 como fizeram muitos concertos, foi feito um novo exclusivo, “Super Mario Bros. Suite”, preparado por Jonne Valtonen. Com as mudanças promovidas nas últimas apresentações, o segmento de Mario foi reformulado e desta vez foi arranjado de Chad Seiter. Logo de cara afirmo sem medo: não gostei.

Por mais que eu entenda que uma excursão tende a focar em seleções mainstream, não consigo engolir a primeira parte referente ao Super Mario Bros. cumprida de maneira muito igual a tudo o que foi feito dezenas de vezes em outros espetáculos, sem nenhuma novidade ou resquício de criatividade. Tem um “Main Theme” do New Super Mario Bros. ali (1:14) e a “Airship” (Super Mario Bros. 3) aqui (2:17), mas ambas já são conhecidas e poderiam dar lugar para tantas músicas boas nunca executadas antes – o que as pessoas têm contra “Enemy Battle” e “Fortress Boss”? Se você me permitir contundência maior, a rendição da “Castle” do Super Mario Bros. ficou ridícula; além de estupidamente curta, tanto a entrada (1:41) quanto a saída (1:50) são abruptas. O medley ganha pontos por executar a magnificente “Fateful Decisive Battle” do Ryo Nagamatsu do Super Mario Galaxy 2, com coral como na original. Antes ainda tem a “Egg Planet” do primeiro SMG e um trecho de 4:26 a 4:39 que não faço ideia de onde veio.

Mas há um bom motivo para nunca terem tocado os Marios antigos e os Marios Galaxy em um mesmo segmento: são de estilos diferentes. Em uma peça não há um sentido de unidade. Sinceridade? Fiquei com saudade de alguns arranjos amadores que publiquei por aqui…

Outra coisa que me incomodou sobremaneira foi a reação do público às cenas dos jogos no telão durante a execução. A forma banal com que a nostalgia é evocada me faz perguntar se estou ficando velho demais para não me extasiar mais com frases tão “desconhecidas” como “Thank You Mario! But Our Princess Is In Another Castle!”. Será que a turnê vai ter que mudar o nome para Play! A Video Games Live Symphony? Espero que não aconteça a fusão.

– “Super Mario Medley”

“Course Clear” ~ “Overworld” (Super Mario Bros.) ~ “Main Theme” (New Super Mario Bros.) ~ “Castle” ~ “Underworld” (Super Mario Bros.) ~ “Airship” (Super Mario Bros. 3) ~ “Underwater” (Super Mario Bros.) ~ “Egg Planet” (Super Mario Galaxy) ~ “Fateful Decisive Battle” (Super Mario Galaxy 2)

“Super Metroid Medley” – Super Metroid (Play! 2011 em Seattle)

Por Alexei Barros

Antes de tudo, um questionamento: bootleggers, onde estão vocês? De uma hora para outra começaram a rarear os registros de todos os concertos de games, justamente agora que estreou um monte de arranjos inéditos. É o caso do Play! A Video Game Symphony: para as apresentações em Seattle com a Seattle Symphony e o Seattle Choral Company, ocorridas dias 21 e 22 de junho, foram prometidas cinco novidades, e apenas Metroid foi gravado e, ainda assim, a qualidade nem está tão boa.

Sinceridade? Devo ter uma noção distorcida das trilhas série Metroid. Anta que só, não conheci Super Metroid na época certa do SNES, mas fiz questão de terminar os capítulos 2D há alguns anos e, quando cumpri a missão, exceção ao Metroid II: Return of Samus, que passei batido, joguei na ordem da história: Metroid: Zero Mission, Super Metroid e Metroid: Fusion. Nem se compara o impacto da trilha do Hirokazu Tanaka modernizada no remake comparado com as músicas do jogo do SNES. Meu apreço pelas faixas da aventura original vem se mostrando completamente contrário à preferência da maioria das pessoas pelo Super Metroid. Talvez por jogar antes o primeiro… ou porque seja do contra.

Evidente que não questiono se um segmento é focado no Super Metroid, a exemplo do “Theme~Space Warrior Samus Aran’s Theme~Big Boss BGM~Ending” do Toshihiko Sahashi para o Orchestral Game Concert 4 que voltarei a falar, do “Super Metroid (Suite: Samus Aran – Galactic Warrior)” do Torsten Rasch para o Symphonic Legends e “Super Metroid (Into Red, Into Dark)” do Jonne Valtonen para o LEGENDS que não tive a oportunidade de ouvir. Porém, se a ideia era homenagear a franquia inteira eu sinto falta da “Brinstar”. Bom, só no começo era a intenção. Em entrevista ao site Shinesparkers, o produtor do Play! Jeron Moore comenta que descobriu a supramencionada versão do OGC4 quando tinha em torno de 14 anos e, como fã da série, Metroid foi uma das atribuições iniciais depois que ele e o produtor executivo Jason Michael Paul convidaram o arranjador Chad Seiter para se juntar ao time, já que não havia Metroid no programa da turnê. De início, eles quiseram abarrotar faixas desde o primeiro, passando pelo Super Metroid, e pela trilogia Metroid Prime. Seiter jogou obsessivamente Super Metroid na sua infância e selecionou algumas até Moore fechar em um contexto que fizesse sentido para uma peça de sete minutos. Por fim, o número acabou sendo baseado no Super Metroid.

Pelo menos as faixas são diferentes do OGC4, somente com a “Theme of Super Metroid” em comum. (Bisonhamente, as músicas que compõem o “Theme~Space Warrior Samus Aran’s Theme~Big Boss BGM~Ending” não são as que estão arroladas no título). A “Opening (Destroyed Science Academy Research Station)” abre o medley com a intermitência misteriosa da tela-título, no momento em que o coral faz a incursão em um trecho apavorante. As trompas dão sequência ao tema, enquanto as cordas, simultaneamente, entoam brevemente a “Theme of Super Metroid”, que em seguida aparece em seu instante apoteótico nos metais. O suspense toma conta com as intervenções esparsas da flauta imitando os sons da sala de save. Com coral e o peso do tímpano, a “Ancient Ruins (Norfair Area)” ficou estrondosa, e dá para dizer o mesmo quando entra a carregada “Mother Brain”, no qual as tubas e as cordas transmitem toda a imponência do combate com o chefe final. Batalha vencida, retorna a “Theme of Super Metroid”, desta vez com coro. Regressam os ruídos da sala de save, com cordas e tudo mais, encerrando com a “Theme of Super Metroid”.

Veredicto: não saberia explicar exatamente a razão, mas não me agradou a utilização do coral nesse arranjo – suspeito, uma mera conjectura, que foi, falando especificamente dessa abordagem, por conta do canto vocalizado, sem articular uma letra, seja lá qual for o idioma. Não que coral não combine com as músicas de Metroid. Penso que aproveitar, por exemplo, o coral Chozo como no Metroid: Zero Mission deve ser uma ideia de jerico para nunca ninguém ter feito isso. Fiquei com a sensação de que o medley não engrena e até se arrastou pelo estilo pesado das duas faixas do meio. Em suma: o “Theme~Space Warrior Samus Aran’s Theme~Big Boss BGM~Ending” do OGC4 segue como meu preferido se for somente o Super Metroid. Expandindo para toda a série, o “Depth of Brinstar” do Dairantou Smash Brothers DX Orchestra Concert é o que melhor conseguiu, a meu ver, reproduzir a identidade sonora de Metroid, apenas com músicas do primeiro jogo, ainda que muito menos ambicioso.

– “Super Metroid Medley”
“Opening (Destroyed Science Academy Research Station)” ~ “Theme of Super Metroid” ~ “Ancient Ruins (Norfair Area)” ~ “Mother Brain” ~ “Theme of Super Metroid”

Play!: as estreias de Halo: Reach, Dragon Age II, Metroid e dos novos números de Mario e Zelda


Por Alexei Barros

Gostou da “Terra’s Theme” e do “Castlevania Medley” do Play! A Video Game Symphony? Ambos os arranjos são de Chad Seiter (informação atualizada no primeiro post), um dos compositores do FPS Fracture. O que dizer então quando o seu talento for direcionado para a sacrossanta tríade de franquias da Nintendo, além de Halo: Reach e Dragon Age II? Altamente promissor. Os cinco segmentos estão marcados para debutar em 21 de junho em Seattle, com uma reprise no dia 22.

Metroid jamais esteve representado no programa da turnê. Tenho esperanças que façam justiça à trilha do Hirokazu Tanaka, na maioria das vezes esquecida em favor do trabalho do Kenji Yamamoto e da Minako Hamano em Super Metroid. Alguma(s) da trilogia Metroid Prime não fariam mal a ninguém. “Super Mario Bros. Suite” e “The Legend of Zelda Suite” eram duas partituras exclusivas, preparadas por Jonne Valtonen, mas ainda assim vão investir nas novidades. Zelda, aliás, será a “Overture” orquestrada do ZREO: Twilight Symphony.

O Play! já contava com o medley “Halo”, arranjo de Arnie Roth com faixas da trilogia e agora terá um segmento dedicado ao Halo: Reach. E se em Dayton ocorreu a estreia de Dragon Age: Origins (não mostrei aqui pela baixíssima qualidade do único registro disponível no YouTube), haverá Dragon Age II em Seattle – isso se o site não estiver se confundindo e for o mesmo número –, com a performance vocal da cantora Aubrey Ashburn. Ela, o compositor de Halo, Martin O’Donnell, e Chad Seiter estarão presentes na sessão de autógrafos também.

[via Play!]

“Castlevania Medley” – Castlevania, Castlevania II: Simon’s Quest, Castlevania: Bloodlines, Castlevania: Symphony of the Night e Castlevania: Lords of Shadow (Play! 2011 em Virginia)

Por Alexei Barros

Um dilema me consome. Na maioria das ocasiões, preparam-se arranjos novos para apresentações únicas, enquanto que nas turnês, em que os números são repetidos diversas vezes, costumam-se reciclar partituras conhecidas, a exemplo do “Castlevania Suite” do Play! A Video Game Symphony, já que um excerto do segmento é baseado no álbum Perfect Selection Dracula ~New Classic~.

Mas isso vem mudando. O Play! está se aperfeiçoando. Como prometido, e com número maior de composições que o anunciado, foi mostrado um arranjo inédito da série vampiresca no concerto em Dayton. Antes de embarcar no vídeo, adianto duas coisas: 1) Em nenhum instante do medley senti o mesmo deleite nostálgico da “Dracula’s Castle” do Castlevania the Concert; 2) Ainda gosto mais, falando de miscelâneas de toda a saga, do enxuto “Castlevania Medley” do Press Start 2007, apesar de que alguns possam achar que as faixas foram socadas pelo pouco tempo total. De jeito algum isso fere o trabalho de Chad Seiter, que sinaliza um novo passo no processo de maturação dos arranjos dos concertos de games, sem a obrigação de se prender à literalidade, percurso capitaneado pelos concertos Symphonic da Alemanha.

De cara se nota isso: a “Vampire Killer” é homenageada brevemente, o suficiente para vir à mente a melodia. “Moonlight Nocturne” surge calmamente com as coristas femininas, as flautas, os coristas masculinos, no momento em que o Play! tem um momento Video Games Live no telão, com a aparição da impagável mensagem “What a terrible night to have a curse” do Castlevania II: Simon’s Quest, arrancando risadas do público. “Iron Blue Intention” surge de leve e, com as batidas da percussão, vira uma marcha e fica sublime nas cordas e melhor com o coral. “Message of Darkness” adiciona um clima de nervosismo, especialmente quando, de novo, o coro invade a performance, o que também acontece com a “Bloody Tears”, que ficou fantástica dividida entre os sussurros, os metais e os violinos. A “Vampire Killer”, em nova rendição, é emendada naturalmente, fechando com a “The Last Battle”, que não soou deslocada como temia por ser do Lords of Shadow, de um compositor de estilo diferente dos demais, Óscar Araujo.

Se na “Terra’s Theme” a orquestra é que mostrava excelência, agora o coral que causa admiração, especialmente porque, pelo alto custo de contratação, nem sempre são usados os melhores corais em apresentações de turnês. É, Play!, seja bem-vindo de volta.

– “Castlevania Medley”
“Vampire Killer” (Castlevania) ~ “Moonlight Nocturne” (Castlevania: Symphony of the Night) ~ “Iron Blue Intention” (Castlevania: Bloodlines) ~ “Message of Darkness” ~ “Bloody Tears” (Castlevania II: Simon’s Quest) ~ “Vampire Killer” (Castlevania) ~ “The Last Battle” (Castlevania: Lords of Shadow)

P.S.: Eventualmente, posso ter esquecido de alguma música ou me confundido de faixa do Lords of Shadow. Caso isso aconteça, não deixe de bradar nos comentários.

“Terra’s Theme” – Final Fantasy VI (Play! 2011 em Dayton)

Por Alexei Barros

Não botava muita fé na promessa de um clássico conhecido com nova roupagem prometido para estrear no bis do Play! A Video Game Symphony ocorrido em Dayton, Ohio, no dia 31 de março. Menos ainda poderia esperar que fosse um segmento nunca mostrado de Final Fantasy, porque as turnês costumam aproveitar as partituras já conhecidas das apresentações da série com, no máximo, leves modificações. Falando do Play!, são os casos de “One-Winged Angel” e “Liberi Fatali”, exceção feita à “Dancing Mad”, oriunda do Fourth Symphonic Game Music Concert.

Justo do FFVI. Esqueça a versão literal do Shiro Hamaguchi da “Terra’s Theme” preparada originalmente para o 20020220. O arranjo novo do Chad Seiter mexe na melodia e no andamento, de uma forma que me lembrou muito a liberdade criativa dos concertos de games alemães, como o Symphonic Fantasies e o Symphonic Legends. De início, a marcha parece o arranjo do Hamaguchi com uma dose maior de pompa, mas a partir de 1:56 se nota uma variação do tema, seguido por um essencial solo de flauta. Com a desaceleração das cordas, sublinha-se a emotividade da faixa. Três breves momentos de silêncio intercalam o fraseado melódico até o desfecho singelo.

Por um arranjo inédito da “Terra’s Theme” como este, pelo tamanho da Dayton Philharmonic em perfeita sincronia na regência de Andy Brick e pelos três telões, é difícil não se convencer de que o Play! está retomando os trilhos do sucesso que não percorria desde 2007.

Play!: os debutes de Dragon Age: Origins e do novo segmento de Castlevania


Por Alexei Barros

Aos poucos, a turnê Play! A Video Game Symphony, que parecia passar pelos últimos momentos de existência, está ensaiando uma melhora. Se o Civilization V não empolgou muito (nem sequer encontrei uma gravação no YouTube), a novidade da “Overture” do The Legend of Zelda: Twilight Princess baseada no arranjo do Twilight Symphony é para se animar, embora ainda não se saiba a data da estreia.

Antes, um par de segmentos foram confirmados para o concerto em Dayton, Ohio, que se dará dia 31 de março, no Schuster Center, com a Dayton Philharmonic e o Dayton Chorus. Dragon Age: Origins já foi tocado no A Night in Fantasia 2009, inclusive com performance vocal da Aubrey Ashburn e arranjo do próprio compositor Inon Zur, mas estranhamente o segmento se ausentou do CD. Ao que tudo indica, não haverá solo similar no Play!.

Mais promissor é um segmento inédito e exclusivo da série Castlevania arranjado por Chad Seiter, o mesmo responsável pela orquestração do segmento de Twilight Princess. O site oficial adiantou parcialmente as seleções: “Moonlight Nocturne” (Symphony of the Night), presente no supervalorizado “Castlevania Rock Overture” do Video Games Live; “Iron Blue Intention” (Bloodlines), música jamais arranjada oficialmente; “Bloody Tears” (Simon’s Quest), selecionada no subestimado “Castlevania Medley” do Press Start 2007; e alguma faixa que a página não informa do Lords of Shadow, cuja trilha original é assinada pelo espanhol Óscar Araujo, e marcou a limiar de uma digressão no estilo musical de Castlevania na era pós-Michiru Yamane.

Contudo, não sei se seria melhor deixar o Lords of Shadow para um número avulso, como se costuma fazer com Super Mario Galaxy, dada a diferença de faixas arranjadas para orquestra e composições já pensadas para orquestra. Volto a frisar que o Play! já tinha um segmento da série, o “Castlevania Suite”, que fez parte do set list do Fourth Symphonic Game Music Concert (2006). Para o bis, foi prometida uma nova roupagem de um clássico conhecido, mas tal surpresa foi mantida em sigilo. Vai saber.

O maestro Andy Brick está confirmado no cargo de diretor musical, ele que vinha regendo as apresentações depois da saída de Arnie Roth. Também se junta ao time do Play! o diretor e produtor de vídeo Anthony Pagano, que já trabalhou com nomes como The Jonas Brothers, Pavarotti, Ennio Marricone e Elton John.

Fico na expectativa de coisa boa, mas para me convencerem mesmo deviam lançar um CD que nos fizesse esquecer do duvidoso Play! A Video Game Symphony Live.

[via Play!]

Twilight Symphony: a trilha de Twilight Princess como todo mundo sempre quis


Por Alexei Barros

Se é para imitar uma orquestra, que seja uma reprodução convincente. Caso contrário, prefiro me contentar com a original, mesmo que fique eternamente no desejo por um arranjo sinfônico. É o que penso ao ouvir o álbum de fãs Ocarina of Time Reorchestrated, que repaginou (ou tentou pelo menos) as músicas sintetizadas do The Legend of Zelda: Ocarina of Time para uma roupagem pseudo-orquestrada, ou seja, sem qualquer utilização de instrumentos reais. Meu desânimo com a sonoridade pobre foi o bastante para nem sequer redigir uma menção sobre o projeto do grupo ZREO (sigla de Zelda Reorchestrated). Pior ainda é saber que levou seis anos para ser concluído. Se quiser tirar as suas conclusões e confrontar com a minha pútrida opinião, baixe aqui.

A ZREO então deu continuidade à ideia e seguirá para o The Legend of Zelda: Twilight Princess, com o projeto batizado Twilight Symphony, que terá quase 40 faixas em um total de duas horas e meia de música. A novidade é que, além de usar samples orquestrados, os arranjos serão mais naturais e orgânicos porque vão ser encorpados com as gravações de alguns musicistas. Aubrey Ashburn, cantora americana da avassaladora “Out of Darkness (Prologue)” (Devil May Cry 4) e da trinca “Dragon Age: Origins”, “I Am The One (High Fantasy Version)” e “I Am The One (Dark Fantasy Version)” do Dragon Age: Origins, participará do projeto. Seria perfeito se não fosse por um detalhe: eles querem utilizar um coral, acontece que a contratação dos coristas será financiada pelas doações dos fãs por meio do serviço Kickstarter – a meta é de 18 mil dólares até o dia 20 de março. Nos tempos em que as barreiras entre amadores e profissionais foram derrubadas, ainda acontecem coisas como essa duras de engolir. Coisas que abomino.

Como arranjador principal, temos Wayne Strange, amparado pelo time Tim Stoney, Eric Buchholz, Leonard Cheung, Nick Perrin e Alex Bornstein. Surpreendentemente, o arranjo da faixa de abertura do álbum “Overture” baseada no tema da tela-título foi utilizado como base para a orquestração de Chad Seiter (orquestrador do Medal of Honor: Airborne e que trabalha frequentemente com Michael Giacchino) que será executada no Play! A Video Game Symphony – acredite, a turnê ainda existe. Com sete minutos de duração, a peça enfim é um adendo interessante ao repertório do Play!, que não tinha nada desse nível desde que… Super Mario Galaxy foi adicionado, isso em 2008. Mais detalhes serão revelados acerca da estreia do segmento, mas é de conhecimento que a partitura foi escrita para uma orquestra de 90 instrumentistas.

O Original Sound Version, aquele blogue que sempre lança perguntas no final de cada post, liberou com exclusividade quatro minutos de amostras para nosso deleite. Como se não bastasse, o Destructoid também fez o mesmo, só que com outras músicas. Soa promissor. Muito promissor.

Sample do OSV:

Sample do Destructoid:

Grato ao Fabão por comunicar a novidade.

[via OSV, Destructoid]

Play!: a estreia civilizada de Civilization V


Por Alexei Barros

Não, o Play! A Video Game Symphony não acabou ainda. Se pudesse definir em uma palavra a situação atual da turnê seria “deprimente”. Para mim não é consequência da agenda abarrotada de apresentações do Video Games Live e Distant Worlds, como disse em entrevista o produtor Jason Michael Paul. Afinal, olha quantas orquestras de qualidade e salas de concerto existem pelo mundo – isso que o VGL não toca em salas de concerto. A saturação deve contar, mas a principal causa é a queda de qualidade geral dos espetáculos após as saídas de Thomas Boecker da produção executiva (em 2006) e consultoria (em 2007) e mais tarde de Arnie Roth da regência (em definitivo em 2010).

A gota d’água da negligência foi o lançamento em janeiro de 2009 do Play! A Video Game Symphony Live!, o álbum da turnê à venda por absurdos 35 dólares, que não passa de um CD-R com um DVD bônus de 20 minutos. Dito isso, não acredito que uma turnê com tão poucas apresentações consiga se manter. Ainda assim, aparentemente respirando por aparelhos, o Play! realizará um espetáculo dia seis de dezembro em Vancouver, Canadá – o anterior se deu 24 de abril deste ano. Somente nesse ínterim nada menos do que 15 shows do VGL foram realizados.

Com performance da Vancouver Symphony e do Vancouver Chorus sob a regência de Andy Brick no Orpheum Concert Hall, o concerto fará o debute mundial de Civilization V. Embora a trilha seja ótima por representar as características culturais de vários povos, não tem um hit do nível da “Baba Yetu” como o predecessor. Meu palpite é que o segmento deve ficar entre “Opening Movie Music” e “Civilization V Theme – Menu Music”.

Além dos compositores do jogo, Michael Curran e Geoff Knorr, estará presente Oleksa Lozowchuk (Dead Rising 2) e Jeremy Soule (The Elder Scrolls IV: Oblivion), figura carimbada do Play!. Para completar, uma dezena de cópias do Civilization V será sorteada e uma quantidade limitadas da trilha sonora Sid Meier’s Civilization V Original Soundtrack entregue gratuitamente para quem estiver na sessão de autógrafos.

Difícil de acreditar que com isso o futuro do PLAY! melhore, ainda que quatro apresentações estejam agendadas para 2011 – o VGL já tem 42 shows marcados para o ano que vem…

[via Play!]

“Super Mario Bros. Suite” – Super Mario Bros., Super Mario Bros. 3, Super Mario World e Super Mario 64 (PLAY! 2007 em Estocolmo)


Por Alexei Barros

Tudo o que se refere à “The Legend of Zelda Suite” se aplica a este medley do Mario: arranjo do Jonne Valtonen, apresentação do PLAY! A Video Game Symphony em 2007 na Suécia, performance plena da Royal Stockholm Philharmonic Orchestra, melhor do que a versão do VGL, também não está no CD e por aí vai. A diferença é que no Symphonic Legends os dois segmentos do Mario ficarão sob os cuidados do conterrâneo de Valtonen, o finlandês Roger Wanamo.

A sequência inicial do Super Mario remete ao arranjo “Super Mario Bros.” do Orchestral Game Concert, com a bem-vinda adição de faixas dos demais jogos da série que, infelizmente, ignora o Super Mario Bros. 2. A seleção chega a ser curiosa, porque no meu modo de entender a “Title” (Super Mario World), apesar de muito simpática, e a  “World 8 Map”, que surge meio que aleatoriamente, ficam atrás de outras músicas mais marcantes. Além disso, a “Main Theme” (Super Mario 64) é executada somente nas madeiras e nos violinos. Embora tenha ficado rebuscada, eu sempre a imaginei e preferi, por pura questão de gosto, com todos os metais que tem direito, como na versão do Mario & Zelda Big Band Live. E quando ouvi continuei a lamentar por ausências como “Fortress Boss” (SMB3) ou então a “Castle” (SMW). Ainda fico na expectativa de um arranjo definitivo, se é que isso é possível com tantas músicas memoráveis.

“Super Mario Bros. Suite”
“Overworld” ~ “Underwater” ~ “Underworld” (Super Mario Bros.) ~ “Title” (Super Mario World) ~ “Main Theme” (Super Mario 64) ~ “World 8 Map” (Super Mario Bros. 3) ~ “Overworld” ~ “Course Clear” (Super Mario Bros.)


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