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Mario & Sonic at the Rio 2016 Olympic Games: trilha sonora já é o maior legado da Olimpíada

Mario & Sonic at the Rio 2016 Olympic Games
Por Alexei Barros

Antes mesmo de Super Smash Bros. Brawl, Mario & Sonic at the Olympic Games foi o primeiro jogo estrelado pelos mascotes da Nintendo e da Sega lá em 2008. Apesar desse encontro histórico, eu jamais imaginaria que a série continuaria até hoje, aparecendo a cada dois anos, ora na Olimpíada de Verão, ora na Olimpíada de Inverno.

Mesmo que pareça uma série caça-níqueis, é impressionante o empenho dedicado à trilha sonora, ainda que as músicas nunca sejam lançadas em CD. Em especial, os temas de abertura orquestrados são estupendos – a “Opening Theme” de Vancouver evoca “Also sprach Zarathustra” e a estonteante “Opening Theme” de Londres é acompanhada por uma guitarra fabulosa.

Aproveitando o ensejo de a Olimpíada de 2016 ser no Rio de Janeiro, a trilha incorpora a sonoridade associada à música brasileira, com ênfase em bateria, bossa nova e até samba. O resultado disso ficou fantástico, como veremos nos comentários das faixas que mais me chamaram a atenção.

Antes, é importante ressaltar que parte da trilha musical foi gravada no estúdio CIATEC – Companhia dos Técnicos no Rio de Janeiro e em diferentes estúdios em Tóquio. Nos créditos aparecem instrumentistas proeminentes da música brasileira, como Mestre Paulinho Botelho (mestre de bateria), Marcelo Mariano (baixo), Lula Galvão (guitarra), Alessandro Valente Vieira (cavaquinho) e Chico Chagas (acordeão). Embora eles não sejam nomes conhecidos do grande público, os músicos se destacaram por acompanhar artistas famosos – Lula Galvão, por exemplo, já tocou com Caetano Veloso e Ivan Lins.

Em relação à autoria das músicas, as composições ficaram a cargo de uma talentosa equipe de compositores da Sega habituada a trabalhar nos jogos mais recentes do Sonic, como Kenichi Tokoi, Teruhiko Nakagawa, Tomoya Ohtani, Naofumi Hataya, Jun Senoue e outros. Vale lembrar que as trilhas das versões de 3DS e Wii U são diferentes em termos de qualidade e, em algumas faixas, até mesmo em instrumentação.

– “Main Theme”

Os instrumentos de percussão da bateria já nos deixam plenamente ambientados no Brasil. Depois de uma breve participação do coral, os metais entram com tudo e o saxofone simplesmente arrebatador nos conduz por todos os pontos turísticos do Rio de Janeiro. Que tema é esse?

– “Deodoro”

Bossa nova encantadora com sons de marimba e violão. Talvez seja a proximidade com a Nintendo, mas dá para sentir um quê de Kazumi Totaka em Wii Sports.

– “Barra”

Flauta, acordeão e violão se destacam em uma música agradabilíssima, mais uma vez com lembranças de trilhas de jogos da Nintendo.

– “Maracanã”

Com muita percussão, os metais é o que mais brilham nesta faixa jazzística, com belos solos alternados.

– “Copacabana” (3DS)

Facilmente a minha favorita da trilha e é fácil saber o porquê disso: especialmente a parte com violão me lembrou muito o T-Square – por sinal, a banda também tem uma música chamada “Copacabana”. Até mesmo o acordeão me deixou com uma sensação parecida. Apesar de o instrumento não ser usado com frequência pelo T-Square, a “Islet Beauty” conta com o acordeão.

– “Copacabana” (Wii U)

Embora os metais sejam muito mais presentes, esta versão do Wii U para mim perdeu o charme de parecer o T-Square por descartar o violão e o acordeão, colocando no lugar um saxofone e um coral que não me agradou.

– “Vento Brasileiro”

Mais uma música excelente, com forte participação dos metais e um solo de trombone.

– “Vento Brasileiro” (segunda versão)

Flauta e violão deixam a mesma música com uma pegada mais bossa nova.

– “Golf Event”

Mais uma música que me faz imaginar que Kazumi Totaka trabalhou em segredo neste jogo. Além das belas passagens pianísticas, há timbres de flauta e clarinete.

– “Carnaval do Rio!”

Não que eu tenha gostado deste samba enredo, mas vale pela curiosidade. Quando eu poderia imaginar que existiria uma música de jogo, nesse estilo, cantada em português, com versos como “Alô, Alô, Carnaval do Rio! Vai, Sonic!”, “Do azul do Sonic, desse mar que se espalha”, “Mario ama a Terra e nos ilumina”? Inacreditável! Histórico!

Game Symphony Japan 14th Concert Sega Special: o dia em que a Sega voltou ao estrelato

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O coral não perdeu a oportunidade de fazer uma coreografia

Por Alexei Barros

Confesso que ultimamente nem tenho me animado muito em falar dos concertos pró-amadores. À medida que eles aumentam de quantidade, os registros diminuem. Os posts sempre ficam na lamentação… Bom, este não será muito diferente, mas não tinha como passar batido.

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O showman Takenobu Mitsuyoshi cantou músicas como “Let’s Go Away” e “Burning Hearts ~Angel~”

No dia 10 de outubro, o Tokyo Art Theater Concert Hall sediou o Game Symphony Japan 14th Concert Sega Special, simplesmente um concerto com músicas da Sega em um total de três atos. O primeiro foi dedicado ao Sonic; o segundo teve jogos variados como Fantasy Zone, Daytona USA, Virtua Fighter 2 e Burning Rangers; e o terceiro foi enfocado no NiGHTS into dreams…, chegando a contar com quase todas as músicas da trilha. Para completar, ainda teve um bis com algumas reprises.

Se isso por si só já não fosse sensacional o bastante, a apresentação ganhou um tom oficial pela presença de diversas personalidades da produtora: Yuji Naka, um dos criadores do Sonic; os compositores Hiroshi Kawaguchi, Takenobu Mitsuyoshi, Jun Senoue, Tomoko Sasaki, Naofumi Hataya e Tomoya Ohtani; o dublador Kagawa Nomizuwari; e o produtor Yosuke Okunari (responsável pela série 3D Classics na Sega). Até porque, para ter tanta gente assim, certamente eles adquiriram a licença para executar as músicas.

Mais fantástico é que tanto o Jun Senoue (na guitarra) como o Takenobu Mitsuyoshi (no vocal) participaram do espetáculo de uma forma que nunca tinha sido feita antes, já que não existiam arranjos orquestrados de Sonic Adventure e Daytona USA. Com regência de Kenichi Shimura, a performance foi da Tokyo Chamber Orchestra e do coral Tokyo Philharmonic Chorus. Também tocaram a banda Meine Meinung, o baterista Issei Machiyama e o tecladista Ryuta. No final, ainda teve o grupo vocal Sega Hard Girls, formado por seis cantoras.

Infelizmente, o Game Symphony Japan não tem costume de publicar gravações das apresentações e parece que não foi dessa vez que eles mudaram de hábito. Veja abaixo o set list, com links para as músicas originais.

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Jun Senoue tocando guitarra com a orquestra foi uma das grandes atrações do concerto. Como ninguém teve essa ideia antes?

Ato I
01. “Title” ~ “Green Hill Zone” (Sonic the Hedgehog)
02. “Chemical Plant Zone” (Sonic the Hedgehog 2)
03. “Sky Sanctuary Zone” ~ “Title” (Sonic & Knuckles)
04. “Emerald Coast Zone” (Sonic Adventure)
05. “Escape from the City” ~ “Live & Learn” (Sonic Adventure 2)

Ato II

06. “Segagaga March” (Segagaga)
07. “Mexican flyer” ~ “Ulala’s Swinging Report Show” ~ “Spaceport: Introducing Ulala!!” (Space Channel 5)
08. “ハロハロナリヤンス音頭” (New Roommania: Porori Seishun)
09. “Geki! Teikoku Kagekidan” (Sakura Wars)
10. “Opa-Opa!” (Fantasy Zone)
11. “Beginning” ~ “Akira” ~ “Lion” ~ “Kage” (Virtua Fighter 2)
12. “Let’s Go Away” (Daytona USA)
13. “Conquista Ciela” (Cyber Troopers Virtual-On Marz)
14. “I Will Die for You (Complete Version)” (Feel the Magic: XY/XX)
15. “赤ちゃんはどこからくるの?” (The Rub Rabbits!)
16. “Burning Hearts ~Angel~” (Burning Rangers)

Ato III

17. “Fragmented Nights” ~ “Gate of Your Dream” ~ “Paternal Horn” ~ “Gloom of The N.H.C.” ~ “Suburban Museum” ~ “The Amazing Water” ~ “Take The Snow Train” ~ “Under Construction” ~ “The Dragon Gave a Loud Scream” ~ “She Had Long Ears” ~ “Deep It Lies” ~ “E-LE-KI Sparkle” ~ “The Mantle” ~ “NiGHTS and Reala” ~ “Growing Wings” ~ “D’Force Master” ~ “Peaceful Moment” ~ “NiGHTS, Forever in Our Heart” ~ “Sowing Seeds” ~ “DREAMS DREAMS” ~ “Fragmented Nights:Epilogue Ver.” (NiGHTS into dreams…)

Bis

18. “ハロハロナリヤンス音頭” (New Roommania: Porori Seishun) [reprise]
19. “Geki! Teikoku Kagekidan” (Sakura Wars) [reprise]
20. 社歌 若い力 -SEGA HARD GIRLS MIX-

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Mais de 100 pessoas no palco, com convidados, instrumentistas, vocalistas… Dá para chamar esse concerto de amador?

Agradecido ao sempre atento seguista Rafael Fernandes por me manter atualizado sobre as novidades desse concerto.

[via Famitsu]

As sinfonias sintetizadas que quase enganam

Por Alexei Barros

Eu sempre tive certa repulsa às músicas sintetizadas que emulam orquestras pelo artificialismo dos timbres. Apenas um Yuzo Koshiro – e olhe lá – consegue utilizar timbres verdadeiramente convincentes que deixam na dúvida se a gravação foi reproduzida por dezenas de instrumentistas ou simulada por computador – dúvida que é elucidada, na medida do possível, ao ver créditos ou não dos musicistas no encarte ou no próprio jogo.

Mas mudo meu conceito neste post. Nesse terreno de diversidade de conteúdo que é o YouTube, há arranjadores amadores, se é que já não viraram profissionais, que mostraram a excelência de versões sinfônicas sintetizadas. Se não nos enganam por completo, matam a avidez por arranjos de músicas que dificilmente entrariam em concertos. E, caso fossem escolhidas, demorariam muito pela natureza obscura de alguns jogos.

Em vez de redigir um post para cada arranjo, preferi concentrar todos os interessantes que encontrei em um, porque, apesar de tudo, uma versão sintetizada não tem o mesmo peso de uma verdadeira. Mas nada impede que, se surgirem outras, eu faça um post no estilo daquela série Músicas que não faltam… ah, deixa pra lá.

Alex Kidd in Miracle World – “Alex Kidd (Main Theme)”

Alex Kidd é um jogo meio ingrato para aparecer em concertos, porque é o tipo de título antigo que apareceria no Press Start, isso se o Master System não fosse uma pulga perto do colosso Famicom no Japão.

Blake Robinson, nome que você lerá muitas vezes neste post, fez uma versão bem curta do tema principal imitando uma orquestra. Só que ele não se deu por feliz e colocou um coro de crianças virtual. Combinou perfeitamente.

DuckTales – “The Moon”

“The Moon” é uma das faixas mais incríveis não só do NES, não só da Capcom, de toda a geração inteira 8-bit. Mas quem mandou fazer uma música tão boa em um jogo licenciado? Isso talvez poderia trazer alguma dificuldade na hora de a composição entrar em um concerto… ou não.

A vontade de ouvir a “The Moon” orquestrada é tanta que existem cerca de cinco ou seis arranjos orquestrais diferentes, mas, até que me convençam o contrário, este é o melhor de todos, com um bom jogo de pizzicatos edulcorados por um piano incidental.

Golden Axe II – “Boss (Stage 1-3)”

Ouvi antes o arranjo e fiquei espantado como, orquestrada, a música ganhou uma nova dimensão. A escolha dos metais para reproduzir a melodia é adequada, e é incrível que os trompetes simulados soem tão bem.

Mario Paint – “BGM 1”

Se nem todos os jogos da série principal do Mario foram lembrados nos concertos, o que dirá os títulos de outros gêneros que levam a assinatura bigoduda. Mario Paint é um desses e, convenhamos, com Hirokazu Tanaka envolvido na composição, não tem por que dar errado um arranjo desse tipo. Ah, se o Orchestral Game Concert tivesse mais dez edições…

Mario Party – “The Stolen Star”

Mario Party nem é, a meu ver, o jogo do Mario não canônico de maior expressão, mas tem algo interessante na composição na autoria desta trilha: é do Yasunori Mitsuda. O dia em que fizerem um concerto de tributo a ele, um arranjo competente como este daria uma bela variada em meio aos Chronos e Xenos.

Metal Gear: “Operation Intrude N313” ~ “Theme of Tara” ~ “Red Alert”

Com toda a fama da vertente Solid, muitos podem estranhar que existe vida na série Metal Gear antes de 1998. E mais: que há músicas boas dos primeiros jogos da era MSX2. Este arranjo consegue transmitir a tensão e o nervosismo da missão de Snake, em uma tradução muito fiel para orquestra sintetizada das faixas originais. O autor do feito é o brasileiro André Colares, que já fez trilhas pra curtas e peças de teatro e almeja entrar na área de games. Se você curtiu, não deixe de entrar no canal do rapaz para ouvir composições originais. E eu se fosse você também pediria que ele fizesse mais arranjos de músicas de games.

Sonic the Hedgehog – “Final Zone”

O arranjo “Sonic the Hedgehog: Staff Credits” do Richard Jacques para o Video Games Live tem todas as músicas das zonas do Sonic 1, certo? Todas, menos a “Final Zone”. Assim como no Alex Kidd, Blake Robinson colocou timbres de coral, mas aqui no caso adulto mesmo. E mais uma vez foi uma escolha certeira. Deu um clima meio Super Mario Galaxy, não?

Sonic the Hedgehog 4: Episode I – “Splash Hill Zone Act 1”

Há um longo caminho (Sonic 2, Sonic 3…) até chegarmos às versões orquestradas do Sonic 4, mas o Blake Robinson já deu uma palhinha de como ficaria o tema da fase inicial do Episode I, provavelmente o melhor do jogo. Só deixaria num andamento mais rápido.

Streets of Rage 2 – “Back to The Industry”

A dificuldade para achar arranjos orquestrais de Streets of Rage não está no papel. Claro, não é uma tarefa fácil pela característica dançante das músicas. O arranjador ubergrau conseguiu extrair uma sinfonia da “Back to The Industry”, rendendo uma bela peça orquestral e sem descaracterizar a faixa. Nem está entre as minhas favoritas a original, mas se ele fizesse o mesmo com outras do Koshirão…

Se você conhecer outros arranjos do tipo, sinta-se à vontade para se manifestar nos comentários. Quem sabe eu não me anime a fazer uma segunda parte.

Agradeço secretamente o espião Rafael Fernandes pela indicação do canal do Blake Robinson.

Álbum com as músicas de Sonic Generations sai em janeiro de 2012; Jun Senoue diz que equilíbrio foi a palavra-chave da trilha


Por Alexei Barros

Pelo menos no aniversário de 20 anos, o Sonic se livrou da recente maldição dos jogos capengas em 3D com Sonic Generations, embora o Sonic Colors já tenha sido bastante elogiado no ano passado. As trilhas sonoras da série sempre chamam a atenção, mesmo quando os jogos não são lá grande coisa, mas, desta vez, há um motivo especial: o retorno das geniais composições de Masato Nakamura para Sonic 1 e 2 sob nova roupagem. Aliás, a primeira vez que ele permitiu que suas músicas fossem arranjadas.

Nessa semana, o comparsa Claudio Prandoni entrevistou por e-mail o produtor do Sonic Generations, Takashi Iizuka, para o UOL Jogos, e ganhou de brinde uma resposta sobre a trilha do lendário Jun Senoue, diretor de som do jogo. No UOL Jogos a declaração não foi usada na íntegra, então confira o depoimento inteiro do mestre da guitarra da banda Crush 40:

“Sonic Generations oferece dois tipos diferentes de jogabilidade para fases de jogos antigos: moderno e clássico. Tentamos arranjar as músicas de maneira a combinar bastante com estes estilos distintos. Quando a fase original era em 2D, o arranjo clássico dá uma sensação mais ‘nostálgica’, enquanto o moderno foca em trazer ‘surpresa e novidade’.

Em contraste, quando a fase original era em 3D, o arranjo moderno usa a faixa original como base, enquanto o clássico pega a essência e leva a música por caminhos diferentes.

Sonic Generations foi a primeira vez que Masato Nakamura, compositor original das músicas dos dois primeiros Sonic, nos permitiu arranjar as composições. Tomamos muito cuidado ao criar estas novas versões já que muitos fãs são bem apegados às faixas originais. Equilíbrio foi a palavra-chave, mantendo as partes importantes e mudando o que achávamos apropriado.

O estilo e intensidade de arranjo variam entre as canções, mas Chemical Plant e City Escape são bons exemplos em termos de manter ritmos memoráveis, mas também trazer mudanças ousadas. Já o arranjo moderno de faixas como Green Hill e Sky Sanctuary, cujas trilhas originais não eram muito rápidas, possui uma função especial que sincroniza a batida de acordo com a velocidade do Sonic, acelerando ou diminuindo de acordo com a velocidade do herói.”

Além dos dois, notei pelos créditos do jogo que muitos outros nomes se envolveram, como Naofumi Hataya, Kenichi Tokoi, Tomoya Ohtani, Richard Jacques e Yasufumi Fukuda. Não quero me aprofundar mais nos comentários na esperança de que falarei melhor quando sair a trilha original de título Sonic Generations Original Soundtrack: Blue Blur. Número de catálogo WWCE-31261~3, três CDs para o dia 11 de janeiro de 2012 por 4200 ienes (97 reais sem taxas adicionais). As músicas já podem ser ouvidas no YouTube – há bastante tempo foram ripadas inclusive. Só adianto que, apesar de bons momentos, não me empolguei tanto quanto a “Angel Island Zone” na versão do Jun Senoue para o Super Smash Bros. Brawl.

[via UOL jogos]

“Escape from the City” – Sonic Adventure 2 (Video Game Music Choir)

Por Alexei Barros

Nas trilhas originais ou nos arranjos para os concertos, o coral é usado, na maioria absoluta das vezes, para a execução de músicas eruditas das mais variadas naturezas. Mas, como sempre, os fãs transcendem as expectativas com muita criatividade e brilham pelo pioneirismo.

É o caso do Video Game Music Choir. Fundado e dirigido pela Julia Seeholzer, aspirante a compositora de games, é um coral de estudantes da Berklee College of Music em Boston, EUA, enfocado em música de jogos. O grupo já participou de apresentações com orquestra, como no A Night of Video Game Music (nada de registros no YouTube) realizado em dezembro de 2010, mas o que chama a atenção no vídeo do post é a inexistência de acompanhamento instrumental.

Seeholzer transformou o acelerado rock “Escape from the City” originalmente cantado por Tony Harnell e Ted Poley em uma música para coral. Na performance, a música foi entoada por 22 coristas, sendo seis sopranos, oito contraltos, cinco tenores e três baixos. Enquanto os homens fazem os sons onomatopeicos, as mulheres alternam entre a letra e os efeitos, por assim dizer, criando uma sensação absolutamente diferente da composição do Jun Senoue. O resultado é sensacional e surpreendente. Falando especificamente da canção escolhida e do estilo adotado, não conta muito a potência das vozes; caso fosse uma música pomposa talvez escancararia o fato de serem estudantes e em número relativamente pequeno. O que importa é a afinação, e dá para perceber como todos foram muito competentes e sincronizados.

O VGMC também gravou um breve vídeo do Pokémon, mas não me agradou tanto quanto este por ser 100% cantado com onomatopeias, como as originais são todas instrumentais. Mas imagino o que não fariam com uma “Let’s Go Away” da vida…

Intencionalmente ou não, a imagem está fora de foco, mostrando em dado momento a fileira detrás do coral com umas tomadas meio bisonhas. A título de curiosidade, a moça loira na extrema esquerda do vídeo é a Julia Seeholzer.

Sonic the Hedgehog 4: o vazamento da trilha sonora


Por Alexei Barros

Eu planejava publicar um post para cada sample publicado no site oficial do Sonic 4, mas a Sega não tapou os buracos desde a última reforma. Resultado: todas as músicas do Episode 1 vazaram sem a menor explicação. Foi proposital? Um acidente? Nem faço ideia. A trilha brotou na página do Soundcloud do usuário bigthecat, e até foi apagada tempos depois. Não a tempo de evitar que se proliferasse pela Internet. A julgar pelo estilo e pela batida de percussão à la Mega Drive da “Splash Hill Zone Act 1″, as faixas que escaparam pelos encanamentos furados são verdadeiras (se isso acontecesse ontem alguém poderia desconfiar).

Pelos nomes é possível constatar que cada zona do Sonic 4 é constituída por três atos, como a Metropolis Zone do Sonic 2, e que cada ato possui um tema diferente a exemplo do Sonic 3, com a diferença que não são apenas variações, mas composições diferentes de vibração similar.

Além disso, os nomes das faixas e algumas melodias escancaram a tentativa de criar um elo com elementos famosos do Sonic no passado. Evidente que a trilogia de temas da Casino Street remete à memorável “Casino Night Zone” do Sonic 2, ao passo que ao ouvir o tom psicodélico da “Special Stage” já vislumbro peixes nadando e pássaros voando em um cenário alucinógeno como na “Special Stage” do Sonic 1.

Apesar de tudo, não sei se por rabugência, má vontade ou saudosismo desenfreado, não consegui me empolgar muito não, prevalecendo a impressão inicial da primeira música revelada. Não irei comentar faixa por faixa, porém disponibilizo os links para o Goear aí embaixo, isso se você já não tiver baixado toda a trilha.

“Splash Hill Zone Act 2”
“Splash Hill Zone Act 3”
“Casino Street Zone Act 1”

“Casino Street Zone Act 2”
“Casino Street Zone Act 3”
“Lost Labyrinth Zone Act 1”
“Lost Labyrinth Zone Act 2”
“Lost Labyrinth Zone Act 3”
“Mad Gear Act Zone 1”
“Mad Gear Act Zone 2”
“Mad Gear Act Zone 3”
“Boss Music 1”
“Boss Music 2”
“Invincibility”
“Special Stage”
“Final Zone”
“Staff Roll”

[via GoNintendo]

Sonic the Hedgehog 4: “Splash Hill Zone Act 1”


Por Alexei Barros

Em tempo… para o retorno às origens de Sonic the Hedgehog 4 se completar  o Masato Nakamura tinha que compor a trilha. Pelo jeito, alguma coisa séria aconteceu depois do Sonic 2 para o baixista do Dreams Come True desaparecer dos games – os dois primeiros da série foram as suas únicas contribuições para jogos. Pela sequência vem aquele batalhão de compositores do Sonic 3 que inclui até, comprovadamente, Michael Jackson, embora não esteja creditado, e no time de som da Sega desponta o nome de Jun Senoue, que também é um dos principais responsáveis pelas trilhas dos jogos 3D que costumam dividir opiniões e ser questionadas se adequam à identidade primordial do personagem.

Pois ele é o escolhido para o Sonic 4 não para fazer músicas com instrumentos reais, muito menos cantadas, mas como se fossem do Mega Drive, inclusive imitando os timbres do chip de som do videogame – independentemente da qualidade das composições, sempre achei a qualidade de áudio do Mega muito inferior ao do SNES.

Isso fica explícito no primeiro sample disponibilizado no site oficial do jogo (aparentemente, haverá mais três para serem liberadas), que corresponde à fase inicial Splash Hill Zone – não tem como não se lembrar da “Splash Wave”. É uma música alegre, animada, mas a mim não me causa a mesma comoção, até hoje, isso que não joguei exatamente na época de lançamento, de quando ouço a “Green Hill Zone”, “Emerald Hill Zone” e um pouco menos a “Angel Island Zone Act 1”, cotejando entre os temas de primeira fase.

“Splash Hill Zone Act 1”

[via SEMO]

“It Doesn’t Matter” – Sonic Adventure 2 (ΞSONICΞ)

Por Alexei Barros

Em abril deste ano publiquei uma série de cinco vídeos do pianista ΞSONICΞ, ora com luvas, ora sem luvas, mas sempre com performances estupendas no piano de músicas do Sonic, com ênfase na fase recente em que prepondera o rock pesado da Crush 40.

De lá para cá ele só gravou um vídeo novo no Nico Nico Douga em agosto, que compartilho antes tarde do que nunca. Desta vez sem mostrar as mãos, com a performance ilustrada por artes conceituais, ΞSONICΞ mais uma vez adapta para o piano uma canção, a “It Doesn’t Matter”, com a voz de Tony Harnell. Apesar da original não fazer a minha cabeça, me impressiona como ele consegue traduzir a melodia perfeitamente, deixando a música reconhecível. Para mim ficou até melhor.

“Escape from the City” – Sonic Adventure 2 (ΞSONICΞ)

Por Alexei Barros

O pianista ΞSONICΞ tirou as luvas e escolheu mais uma música do Sonic, só que da fase mais recente, liderada por Jun Senoue. “Escape from the City”, do primeiro estágio do Sonic Adventure 2, foi transformada em um solo de piano pelas habilidosas mãos do instrumentista, que soube transmitir a melodia com desenvoltura.

Show da Crush 40 na TGS 2008

Por Alexei Barros

A Crush 40 não participou do Hyper Game Music Event 2008, em compensação fez um show aberto para o público na Tokyo Game Show 2008. Isso significa que a apresentação pôde ser publicada integralmente no YouTube sem o menor problema. Na verdade, não a banda inteira, somente os dois integrantes principais: Jun Senoue na guitarra e Johnny Gioeli  no vocal. O resto tudo com playback…

Devo confessar que não sou fã número 1 de rock cantado da Crush 40 – aprecio muito mais os arranjos instrumentais do Senoue, como “Angel Island Zone” (Sonic 3 – Super Smash Bros. Brawl) e “Splash Wave J. Arrange Ver.” (OutRun) –, mas tenho certeza que Prandoni 40 gostará de ver as performances de “Sonic Heroes” (Sonic Heroes) e “Live & Learn” (Sonic Adventure 2), entre outras.

Obrigado ao Fabão por ter passado os vídeos.


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