Posts Tagged 'Indie Games'

Out There Somewhere e Oniken: o Brasil tem excelentes jogos indies

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Por Claudio Prandoni

Já que o escolástico Hitz tem desfilado por aqui algumas pérolas indígenas indies, faço questão aqui de deixar dois pitacos, ambos para PC.

O primeiro deles é o Out There Somewhere, primeiro jogo completo lançado pela galera do estúdio Miniboss e que apresenta um delicioso jeito retrô de ser.

A premissa remete a antigas aventuras 8-bit, partindo direto para a ação, sem enrolar demais – e com direito até a uma homenagem ao inebriante meme All Your Base Are Belong To Us.

A mecânica, porém, tem tempero de Portal, com uma arma muito doida de teletransporte aprontando mil e uma confusões do barulho. Confira com seus próprios olhos no empolgante trailer abaixo.

Mais informações e métodos de compra você encontra no site oficial.

O outro petardo é bem recente e absurdamente empolgante também. No forno há alguns anos, Oniken resgata também um estilo 8-bits, trazendo de “brinde” a dificuldade lazarenta daquela época.

Como a própria galera do estúdio Joymasher, a produtora do game, diz: é uma dificuldade ao estilo NES. Ou coisa do tipo.

Para entender, vale também assistir ao trailer ou ir logo baixar a demo, que traz duas fases completas. Novamente, mais detalhes sobre a parada e como comprar estão no site oficial.

Vale notar, os dois jogos estão também no Desura, que é tipo um Steam, ou seja, um serviço de download de jogos, mas focado em produções independentes.

Indie grátis da semana: Dungeon.Sec

Por Gustavo Hitzschky

Como não amar um jogo cujo protagonista se traja dos pés à cabeça tal qual o personagem principal de V de Vingança? O pequeno vingador, como diz a descrição dentro do game a qual apenas traduzo a seguir, é um membro anônimo de uma equipe de segurança conhecida como Dungeon.Sec. O objetivo é invadir os calabouços do sistema de um governo corrupto o mais rápido possível e assim acumular pontos.

O que devemos fazer é simplesmente pular entre plataformas que se movem, acionar alavancas para abrir o caminho, coletar a chave que abre a saída da fase e evitar espinhos, uma espécie de lava e água. Achei o jogo relativamente fácil e dá para terminar em cerca de 10, 15 minutos. Ou até menos, caso você não seja tão toupeira quanto eu (o que é altamente provável).

Dungeon.Sec. ficou em quarto lugar no Construct 2 & Win Contest. Vou atrás dos outros jogos que participaram do concurso nos próximos dias.

Dungeon.Sec.

Indie grátis da semana: Russian Subway Dogs

Por Gustavo Hitzschky

A exemplo do que faz o blog IndieGames.com, o qual serve como referência para mim, toda semana vou postar aqui um jogo indie grátis. Na verdade, eles postam games gratuitos praticamente todos os dias, mas meu acúmulo de funções no blog e o gerenciamento de minhas redes sociais me impedem de escrever aqui com mais assiduidade. Peço desculpas. Enfim, vamos estrear com o bobo, porém honrado, Russian Subway Dogs.

O site em que se pode baixar o game diz: “Experimente a vida de um cachorro de rua do metrô russo que vasculha por comida nesse simulador realista”. Fanfarronices à parte, basicamente o que você precisa fazer é latir atrás dos passageiros que saem do metrô para que eles derrubem o pão que estão comendo. Assim, a sua energia, que constantemente vai diminuindo, é aumentada.

Há alguns lances interessantes. Se puder pegar a comida no ar, melhor para você, pois assm você conquista mais pontos. É preciso tomar cuidado com os outros cães esfomeados que também vão tentar roubar o lanche alheio. Se você latir atrás de um homem que porta uma garrafa de vodka, essa bebida divina voa, se transforma num molotov e explode ao cair – se conseguir matar cachorros e homens dessa forma, mais pontos para você.

Russian Subway Dogs

Quebrando a quarta parede

Por Gustavo Hitzschky

Imaginemos um palco de teatro atual, com suas duas paredes laterais e o fundo. A chamada quarta parede é o muro imaginário que existe entre os atores e a plateia, e que é responsável por fechar essa espécie de caixa em que uma cena é realizada. A quebra da quarta parede acontece quando os artistas falam diretamente com o público e tomam conhecimento de seu caráter performático. Com o desenvolvimento de outras expressões artísticas, esse conceito se espalhou para as novas paragens e os jogos não foram excluídos. Nos videogames, a quebra da quarta parede pode ocorrer quando o personagem em que controlamos toma consciência de que se trata de um ser manipulado por uma terceira pessoa, nós, os jogadores.

The Fourth Wall, jogo desenvolvido por alunos do DigiPen Institute of Technology e que foi finalista do Indie Game Challenge (lamentavelmente sendo preterido em todos os quesitos para a minha tristeza) decidiu romper essa barreira de um modo diferente. Ou seja, não é que nosso personagem sabe que ele próprio se trata de um videogame.

Nesse puzzle-platformer, você começa controlando um garotinho que leva atrás de si uma trouxa de roupas e que abandona a cidade. Não se sabe o motivo, não há explicação. As coisas, aparentemente, estão pacíficas no vilarejo. À medida que avança, o personagem envelhece e os quebra-cabeças têm a dificuldade aumentada. Pois bem, o rompimento da quarta parede se dá da seguinte forma: ao apertar Ctrl, congelamos o deslocamento lateral desse game 2D e, se você caminhar para a direita, por exemplo, acaba aparecendo do outro lado. Caso caia em um buraco, em vez de morrer, surge na parte superior da tela. O trailer deixa tudo mais claro.

Essa movimentação estratégica pelo cenário é aliada à necessidade de recolher chaves para destrancar portas, desviar de canhões, lasers, pegar carona em plataformas, evitar lava e usar a impulsão proporcionada por pequenos animais semelhantes a porcos e atingir áreas elevadas. Tudo em cenários com poucas cores que não deixam de ser absolutamente imersivos.

Se não me engano, The Fouth Wall foi o primeiro que joguei da lista de finalistas do Indie Game Challenge porque o nome tinha chamado muito a minha atenção. Se quiser, faça um favor a si e dê uma chance a ele. O jogo está disponível para download grátis no site oficial.

Indie games e puzzle-platformers. Cada vez mais noto que essa combinação é prolífica e muito bem executada.

De como passei a me aventurar pelos jogos indie

Por Gustavo Hitzschky

É preciso conhecer para criticar, e com “criticar” quero dizer tanto elogiar quanto depreciar. Não posso dizer que um hipotético filme novo do Charlie Kaufman é bom sem tê-lo visto apenas porque até aqui gostei de tudo o que vi e que foi feito por ele. Assim como não tenho condições de afirmar que todos os livros do Paulo Coelho são horríveis, o que parece ser uma prática bem difundida no Brasil quando se trata desse autor. Mas me pergunto: quantas pessoas leram ao menos um livro dele até o final para poder vociferar tão incisivamente contra ele?

Isso não é uma indireta para ninguém – ou talvez seja para mim mesmo. Infelizmente, o preconceito de alguma natureza acaba acometendo a todos em maior ou menor grau em dado ponto da vida. Tudo bem. Não penso que seja fundamental tentar evitá-lo a qualquer custo – o importante é saber se desvencilhar dele.

Pode ser que o termo “preconceito” não seja o mais acurado nesse meu caso específico. Quem sabe “negligência” não fosse melhor? Fato é que durante muito tempo nunca cheguei a dar o mínimo de atenção para os ditos jogos indie, mas fico bem feliz de constatar que isso mudou.

E por que os ignorei? Lembro-me de ter escrito sobre as nossas falhas de formação e a quantidade imensa de games importantes que ainda estava por jogar. Corriji certas lacunas, porém me restam inúmeras. A desculpa seria mais ou menos essa: como me interessar por outro filão do mercado de videogames se precisa me aventurar por tanta coisa do mainstream? E digamos que foi por acaso que acabei mergulhando no mar dos indie para, quem sabe, nunca mais sair dele.

Se tiver paciência, vá para o salto dimensional e leia a minha epopeia indígena.

 

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