Por Alexei Barros
Não é a maior de todas e nem com a maior quantidade de convidados, mas certamente é a excursão no Brasil mais comentada e divulgada: a do Video Games Live no Brasil deste ano que começa hoje (09/10) às 18h no Centro de Convenções no Rio de Janeiro, visita pela primeira vez Porto Alegre (Teatro do SESI) às 19h na quarta-feira (12/10) e sábado (15/10) às 21h fecha em São Paulo (HSBC Brasil; argh), as três com performance da Simphonica Villa Lobos.
Comparado com o que fazem as produções locais em outros países, sempre achei a nacional muito tímida. Na França, por exemplo, em 2009 foi realizado um concurso de performances amadoras publicadas no Daily Motion, e o vencedor ganhava o direito de se apresentar no palco no dia do show-concerto.
Em 2011, contudo, o pessoal da Conexão Cultural mostrou uma empolgação muito grande na divulgação nas mídias sociais, com constantes promoções e respondendo as dúvidas do público no Facebook e Twitter, incluindo os chatos que só pegam no pé do evento. O site oficial brasileiro do VGL foi reformulado e ficou muito mais caprichado.
A única ressalva que faço foi a frustrada tentativa de trazer o Nobuo Uematsu ao Brasil. Na minha humilde opinião, isso não deveria ser público se não fosse 100% confirmado. Mas, mesmo que os convidados já tenham sido nomes mais de peso nos anos anteriores (considero 2010 o ápice nesse quesito por serem dois compositores, Akira Yamaoka e Gerard Marino), é elogiável que, pelo terceiro ano consecutivo, tenhamos a vinda de pelo menos um músico: Russell Brower, com participações nas trilhas das expansões de World of Warcraft, StarCraft II e Diablo III. Não considero tão bombástico como o Norihiko Hibino em 2009, mas é um cara importante. Antes que você pergunte: “e o Wataru Hokoyama?”. Apesar de ser a primeira vez que vem ao Brasil, ele já é o maestro titular do VGL, portanto não há nada de extraordinário. Seria o mesmo que dizer que o Jack Wall era convidado anos atrás. De volta está a flautista Laura Intravia, que participou do VGL 2009 por aqui com aquele segmento cômico de Zelda. Mas não há motivo para colocá-la no patamar dos compositores supramencionados.
Incrível que mesmo São Paulo recebendo VGL desde 2006, com exceção de 2008, os ingressos foram esgotados. No Rio de Janeiro, única cidade presente que recebeu o show-concerto em todas as visitas, e Porto Alegre, que contará com a turnê pela primeira vez ainda há alguns ingressos disponíveis.
No Twitter brasileiro foram prometidas muitas novidades no repertório. Embora nenhuma tenha sido citada nominalmente, ressalto que a última apresentação do VGL em 2011 foi a da E3, dia 8 de junho. Quatro meses é um tempo mais do que suficiente para preparar uma boa quantidade de arranjos novos. Que sejam minimamente decentes. Faço a ressalva, porém, que mesmo se o repertório for 100% inédito não vai ser desta vez que vou me empolgar se a reação do público for a de sempre, exacerbada e exagerada, acobertando o som da orquestra. Também não tenho muito o que criticar se não irei neste ano.
[via release]
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