VGL 2010: cada vez mais brasileiro, cada vez mais barulhento, eu não fui e não me arrependo


Por Alexei Barros

Vai. Não vai. Vai? Não vai. Vamos? Não fomos. Pela primeira vez nenhum dos hadoukenianos compareceu ao Video Games Live em São Paulo. De cara, o fato de não ter visto ao vivo me impossibilita de querer avaliar de maneira mais contundente como em 2009, falando sobre o tamanho de orquestra e coral, equalização de som e outros pormenores como os registros em vídeo não fazem por merecer a qualidade do show. Não que tenha mudado muito, afinal foi no mesmo HSBC Brasil. Mas não é por isso que você estará livre das minhas considerações rabugentas sobre o set list e outras coisas, além do que falei especificamente sobre Street Fighter II, Portal e Top Gear.

Antes de tudo, bato palmas para a iniciativa de trazer Gerard Marino e Akira Yamaoka para o Brasil. Aliás, o release informava que era a primeira vinda do compositor de Silent Hill no ocidente, o que não é verdade. Além das duas vezes em que Yamaoka tocou no PLAY! (Chicago em 2006 e Estocolmo em 2007), no próprio VGL ele se apresentou em Los Angeles em 2010. Para não esquecer que ele esteve na Campus Party Mexico 2010. Anos atrás seria inimaginável que um compositor de quilate viesse ao país, quanto mais dois em uma mesma apresentação. Como o Norihiko Hibino também veio em 2009, o pessoal viaja com o que pode acontecer nos próximos anos. Mais uma vez vendo os comentários com as hashtags #VGL e #videogameslive no Twitter já  teve gente que sonhou com o Nobuo Uematsu. Como se o Uematsu tivesse ido alguma vez ao VGL. Nada contra o otimismo, é que eu ainda sofro do complexo de vira-lata.

Novamente com a Simphonica Villa Lobos sob a batuta do maestro Emmanuel Fratianni, o programa foi feito quase sob medida para os brasileiros, que já podiam adquirir em primeira mão o CD, DVD e o Blu-ray Video Games Live: Level 2, que só vão sair nas lojas dos EUA dia 19 de outubro.

Confira o set list, com os anos em que os segmentos foram tocados no Brasil (como sempre, passei batido pelos segmentos interativos). Meus comentários pútridos depois do Hadouken.

VGL 2010 –  São Paulo (08/10) e Rio de Janeiro (10/10)

Ato I

01 – Sonic the Hedgehog: “Green Hill Zone” ~ “Labyrinth Zone” ~ “Marble Zone” ~ “Star Light Zone” ~ “Scrap Brain Zone” “Boss” ~ “Spring Yard Zone” ~ “Ending” (2006, 2007, 2008 e 2009)
02 – Mega Man: “Opening” ~ “Title” (Mega Man 2) ~ “Title” (Mega Man 3) ~“Dr. Wily Stage 1” (Mega Man 2) (2009)
03 – Assassin’s Creed II: “E3 2009 Trailer Theme” (inédito no Brasil)
04 – Uncharted 2: Among Thieves: “Reunion” ~ “Nate’s Theme 2.0” (inédito no Brasil)
05 – Advent Rising: “Muse” ~ “Bounty Hunter” ~ “Poeta” (2006)
06 – Tron: “Tron Scherzo” ~ “Anthem” ~ “Ending Titles” (2007)
07 – Final Fantasy Piano Medley: “Fanfare” (FF) ~ “The Prelude” (FF) ~ “At Zanarkand” (FFX) ~ “Aerith’s Theme” (FFVII) ~ “Eyes on Me” (FFVIII) ~ “Fragments of Memories” (FFVIII) ~ “Terra’s Theme” (FFVI) ~ “Melodies of Life” (FFIX) ~ “Waltz for the Moon” (FFVIII) ~ “One-Winged Angel” (FFVII) ~ “Liberi Fatali” (FFVIII) ~ “Fanfare” (FF) (2006 e 2007)
08 – The Legend of Zelda: “Overworld” (2006, 2007, 2008 e 2009)
09 – God of War: “The Great Sword Bridge of Athena” ~ “The Vengeful Spartan” (2006, 2008 e 2009)

Ato II

10 – Castlevania Rock: “Beginning” (Castlevania III: Dracula’s Curse) ~  “Wicked Child” ~ “Vampire Killer” (Castlevania) ~ “Moonlight Nocturne” (Castlevania: Symphony of the Night) (2006, 2008 e 2009)
11 – BioShock:“BioShock Main Theme (The Ocean on His Shoulders)” ~ “Welcome to Rapture” (inédito no Brasil)
12 – World of Warcraft: “Stormwind” ~ “Orgrimmar” (WoW) ~ “Silvermoon City” (WoW: The Burning Crusade) ~ “Ironforge” ~ “Tavern” (WoW) (inédito no Brasil)
13 – Super Mario Bros. Piano Medley: “Overworld” ~ “Course Clear” / “Underworld” ~ “Castle” ~ “Underwater” ~ “Invincible” ~ “Ending” (Super Mario Bros.) ~ “Athletic” (Super Mario Bros. 3) ~ “Athletic” (Super Mario World) (inédito no Brasil)
14 – Top Gear Piano Medley: “Title” ~ “Las Vegas” (inédito no mundo)
15 – Street Fighter II: “Guile Stage” ~ “Ryu Stage” ~ “Ken Stage” (inédito no mundo)
16 –“Theme of Laura”(Silent Hill 2) (2009)
17 –“One-Winged Angel” (Final Fantasy VII) (2006, 2007, 2008 e 2009)

Bis

18 – Chrono Trigger & Cross: “A Premonition” ~ “Wind Scene” ~ “Frog’s Theme” (Chrono Trigger) ~ “Scars of Time” (Chrono Cross) (2009)
19 – “Still Alive” (Portal) (inédito no mundo)

– Nada menos do que nove segmentos foram tocados religiosamente em 2006, 2007, 2008 e 2009: Metal Gear Solid, Sonic, Zelda, Kingdom Hearts, Warcraft, Mario, Halo 1 & 2, “Finish the Fight” (Halo 3) e “One-Winged Angel” (Final Fantasy VII). Repito: nove! Sim, o VGL sempre renova o set list e eu que sou o chato. O que achei positivo desta vez é que caiu a maioria desses números considerados fixos, a saber: Kingdom Hearts, Metal Gear Solid, Warcraft, Mario, Halo 1 & 2 e “Finish the Fight”. Com isso, apenas Zelda, Sonic e OWA resistiram – World of Warcraft possui uma seleção diferente dos anos anteriores. Quatro anos foram necessários para se dar conta de que Halo não é obrigatório no Brasil. “Hikari” e Mario cansaram faz tempo, ainda mais com que outras apresentações fizeram com esses dois jogos. Quanto à Metal Gear, aquela piada da caixa e do Genome Soldier já deu. Balanço final: quatro números orquestrados novos, dois medleys inéditos no piano e uma versão acústica jamais apresentada. Até que o saldo de novidades foi bom neste ano.

– Nada a declarar sobre o retorno do segmento do filme Tron.

– Das três novidades que previa, Afrika não foi tocado – ainda bem, porque a trilha original foi executada por uma orquestra de 100 pessoas. Confirmaram-se Assassin’s Creed II e Uncharted 2 – alguém me mostra onde se escondeu o cara tocando erhu na “Reunion”? Finalmente BioShock apareceu em solo brasileiro. Detalhe interessante é que o jogo estreou no VGL em… 2007!

– Salutar o regresso de Martin Leung para conferir variedade ao excesso de guitarras, que desta vez foi menor também, ainda mais que os dois dos três números eram inéditos por aqui. Além de Final Fantasy, Top Gear e Mario, teve Monkey Island, mas foi tão breve que nem dá para considerar. Compare com a versão completa que debutou em Lisboa em 2008.

– Bacana o Gerard Marino ter conduzido a orquestra em God of War com duas batutas e o Akira Yamaoka na guitarra de “Theme of Laura” e na “One-Winged Angel”. Os dois ainda tocaram guitarras na “Scars of Time”. Sabe, ainda queria entender por que esse medley do Chrono é tão aclamado mesmo sendo um mero arremedo do que todos os outros concertos fizeram. Ainda falando sobre as atrações especiais, Laurie Robinson cantou em Advent Rising, Assassin’s Creed II, God of War e Portal.

– Já abordei tantas vezes a questão da reação do público, mas pelo que acompanhei nos vídeos chegamos ao fundo do poço. Este é o principal motivo para não mostrar nenhum arrependimento por não ter visto Gerard Marino e Akira Yamaoka ao vivo. As músicas não podem acelerar um pouco que a plateia já quer acompanhar com palmas, resultando em efeitos desastrosos. Daqui a pouco vão querer bater palmas em BioShock ou Shadow of the Colossus. Mais inacreditável foi o nível de empolgação com o “Hei! Hei! Hei!” em Street Fighter II e Chrono Cross. Por que não conter a emoção e soltar o Hadouken para depois que a música acabar? Só isso que tinha mais para dizer.

[Foto via Flickr]

26 Respostas to “VGL 2010: cada vez mais brasileiro, cada vez mais barulhento, eu não fui e não me arrependo”


  1. 1 Vinicius 15/10/2010 às 11:10 pm

    Antes de começar a escrever, um aviso, Alexei: a apresentação de WoW não foi a mesma da do ano passado. Não sei como foi em SP, mas aqui no RJ tocaram esse medley http://www.youtube.com/watch?v=qQPAyNZKEkY

    Esperando sua avaliação.XD

    Bem, do que falar de 2010? Bem, a estrutura estava mais pobre que em 2009, com menos ornamentos e souvenis, mas realmente… ESSE ANO A BARULHEIRA FOI O CÚMULO! acabaram com a música do Street Fighter! Uma barulheira sem fundamento algum, todos gritando “Blanka! Blanka! Blanka!” e a música rolando. Mal consegui ouví-lá. Não estou livre de arremessos de pedra, pois também gritei e tals, mas no momento certo, no início e no fim da apresentação. Mas sério, esse ano foi demais, demais a ponto de eu pedir pra que calassem a boca pela 1ª vez desde 2006. E unindo ao som de péssima qualidade e a acústica sofrível do Canecão. Não tem jeito, não dá mais pra ter shows por lá. Não me arrependo de ter ido esse ano nem um pouco. Conheci muita gente que curte games, me diverti pacas. Mas foi uma gritaria desnecessária, e pelo visto isso foi orquestrado de SP! Teve gente que viu a apresentação de SP pelo You tube e imitaram a reação aqui…

    De resto, exigo pra 2011: VGL no RJ na Cidade da Mùsica (local que será re-re-reinaugurado ano que vem onde todos os presentes estarão sentados, acomodados confortavelmente, o que pode diminuir a algazarra a lá Maracanã em dia de flaflu), acesso muito melhor a casa de show e, principalmente, a volta da Petrobrás Sinfônica (mada contra Vila Lobos, mas essa orquestra da Petrobrás é maior…).

    • 2 Alexei Barros 16/10/2010 às 12:51 am

      Nossa! Muito bem observado sobre o WoW, Vinicius. Eu passei rapidamente só para conferir se era mesmo a mesma música, e de fato você tem toda a razão, não é igual. Tentei pesquisar para descobrir que medley é este exatamente que também foi tocado em São Paulo, mas está difícil. Por enquanto corrigi o post, só que sem as informações detalhadas. Se souber não deixe de me avisar.

      “ESSE ANO A BARULHEIRA FOI O CÚMULO!”

      HAHAHAHAHA! Não esperava que você fosse se incomodar tanto quanto eu em 2009 ou como seria se fosse em 2010. Nenhum problema em gritar antes e depois também, o que me irrita é durante, e ainda de forma completamente animalesca como foi com Street Fighter II.

      Quando você descreve o Canecão parece que está falando do HSBC Brasil. Mas a sorte dos cariocas é que essa porcaria vai ser demolida. =P

      “Mas foi uma gritaria desnecessária, e pelo visto isso foi orquestrado de SP! Teve gente que viu a apresentação de SP pelo You tube e imitaram a reação aqui…”

      Sim, já percebi umas coisas assim mesmo…

      “De resto, exigo pra 2011: VGL no RJ na Cidade da Mùsica (local que será re-re-reinaugurado ano que vem onde todos os presentes estarão sentados, acomodados confortavelmente, o que pode diminuir a algazarra a lá Maracanã em dia de flaflu), acesso muito melhor a casa de show e, principalmente, a volta da Petrobrás Sinfônica (mada contra Vila Lobos, mas essa orquestra da Petrobrás é maior…).”

      Torço para que isso aconteça no RJ. Começo a gostar muito dessa tese de que as pessoas se comportam mais quando sentadas. Você não tem nada contra a Vila Lobos, mas eu tenho. =P De novo o release informava que a orquestra tinha 43 pessoas, quando esse número só chega se for somado com o coral. A Petrobras Sinfônica só teve em SP em 2007, mas lembro que era um número muito mais aceitável de instrumentistas.

      P.S.: Chegou a comprar o DVD, Vinicius? O CD VGL Level 2 também estava à venda? Se você puder confirmar os preços serei grato.

      • 3 Vinicius 16/10/2010 às 2:17 am

        Comprei sim. O DVD custa 40 reais, preço até aceitável já que foi lançado até antes dos EUA, mas o Blu Ray… ABSURDOS 100 REAIS! O CD custava 25, camisa 30, e o chaveiro 15.

        Nele dessa vez consegui ouvir com perfeição o Sonic Medley, Megaman e Castlevania sem playback da bateria. Tinha mesmo um baterista no palco. Aproveitando WoW, há também uma apresentação até então inédita no Brasil no show gravado pela PBS. Jack Wall trouxe a família toda nesse show, da mulher a filha, e ambas participam com ele na apresentação de Myst. Único e vergonhoso vacilo foi o que fizeram com a Classic Arcade Medley, o que me faz ficar calado pra te poupar da bomba…

        Sobre o conteúdo do DVD, são 3 horas de extras, como Making of, trailers e vídeos, sem legenda nenhuma.

        • 4 Alexei Barros 16/10/2010 às 2:33 am

          Legal! Mas só para confirmar: o CD era o VGL: Level 2 ou ainda era o VGL: Volume One? Porque se for 25 reais não está caro. Mesmo o DVD, 40 pratas é uma pechincha para quem já teve a PACHORRA de cobrar 20 reais por um álbum de fotografias, que insistem em chamar de programa do VGL. E o que é esse preço do Blu-ray, hein? =P

          Ah, então pelo jeito foi nesse show em Nova Orleans que estreou esse segmento do WoW. Ah! A filha do Jack Wall, a Gracie Wall, já tinha participado no próprio segmento de Myst no Volume One. Quanto à esposa dele, a Cindy Shapiro, tinha cantado em God of War e Halo no primeiro CD, mas não no Myst.

          Bateria de verdade? Enfim capricharam. Até eu fiquei com vontade de ver como ficou esses três que você falou, especialmente Sonic.

          “Único e vergonhoso vacilo foi o que fizeram com a Classic Arcade Medley, o que me faz ficar calado pra te poupar da bomba…”

          Fiquei muito curioso! Mexeram mais em alguma coisa em relação àquelas mudanças que já havia comentado?

          • 5 Vinicius 16/10/2010 às 11:22 am

            Antes fosse essas mudanças….

            Bem, me vejo obrigado a dizer: o Classic Arcade Medley ficou resumido ao início com Pong, a parte do “Vôo das vlaquírias” e pulando direto pra Dragons Lair e terminando em seguida com Tetris. Isso mesmo que vc entendeu, Alexei, caparam o Medley todo, e tenho certeza que foi por causa das licenças…

            O Chono Trigger/Cross Medley ficou resumodo ao “Scars of Time”, com Gracie Wall participando como a flautista solista, Jack Wall no violão e Tommy Tallarico na guitarra. Em Megaman e Castlevania, há, além do baterista, baixo sendo tocado por um dos integrantes da orquestra. Sério, a qualidade das m´suicas q

            O Segmento do WoW é diferente do que te mostrei. É uma musica cantada. Além desse inédito, antes tocam o tradicional segmento de WoW.

            Tocam também Myst, Mass Effect, Advent Rising, Halo (o mmesmo que ouvimos desde 2008). Comparando com a apresentação de Civilization IV já disponibilizado no You TUbe, o restante das apresentações eles não abusaram tanto em mostrar imagens dos jogos. E sim, a orquestra tem um número considerável de integrantes.

          • 6 Vinicius 16/10/2010 às 11:24 am

            O CD era o Level 2 mesmo.

            O Arcade Medley virou uma piada: a apresentação que antes durava uns 7 min, ficou redizida a míseros 3 min porque caparam a maioria dos jogos que apareciam na sequencia. Ficou resumido a Pondo, “Vôo das Valquírias”, Dragons Lair e Tetris.

  2. 7 Vinicius 16/10/2010 às 2:23 am

    ““ESSE ANO A BARULHEIRA FOI O CÚMULO!”

    HAHAHAHAHA! Não esperava que você fosse se incomodar tanto quanto eu em 2009 ou como seria se fosse em 2010. Nenhum problema em gritar antes e depois também, o que me irrita é durante, e ainda de forma completamente animalesca como foi com Street Fighter II.”
    Nem beirou ao ridículo, era a própria ridicularidade. Música que tinha tudo pra ser uma festa, que era a própria “Jump” do Van Halen, segmento interativo desse ano, não teve tanto barulho e gritaria quando tocou SF2. Se ao menos ficassem cantariolando a música, are até aceitável, mas não. Eles precisavam ficar gritando “HADOUKEN!”, “ALEC FULL!”…

    • 8 Alexei Barros 16/10/2010 às 2:37 am

      Sim, sim, foi um estardalhaço sem precedentes. Mais do que nunca deveriam entrar mais jogos obscuros no programa, porque quanto mais pessoas conhecem os títulos, mais gritaria tem.

  3. 9 Vinicius 16/10/2010 às 11:34 am

    Edit: é Pong, “Vôo das Valquírias”, Dragons Lair e Tetris. XD

    Além do baterista, havia um música tocando baixo durante Megaman e Castlevania. O som estava excelente, bem mais incorpado que as apresentações que vimos aqui no Brasil. O segmento de Soni era a perfeição.

    Gracie Wall também participa de “Scars of Time” de Chrono Cross como flatista. A música que disse que era inédita aqui no Brasil não é essa que te mostrei. É outra música http://www.youtube.com/watch?v=NyyfP7GioLQ , e além dessa tocam o segmento tradicional. Engobam também o DVD Advent Rising, Mass Effect e Starcraft. Há também uma boa homenagem a Raph Bier, inclusive o próprio aparece ao palco e joga seu antigo console com um jovem. Sério, foi bem interessante…

    • 10 Alexei Barros 16/10/2010 às 11:55 am

      Na boa? Se fosse para mutilar assim o “Classic Arcade Medley” era melhor nem colocar. Eu já tinha achado que com aquelas mudanças a cadência que o Richard Jacques conferiu foi prejudicada, agora colocar quatro músicas assim é brincadeira.

      Do Chrono Trigger/Cross ter só a “Scars of Time” se explica muito facilmente. Como a Square Enix não permite que mostrem imagens dos jogos no telão, a parte do Chrono Trigger acabou ficando de fora do DVD, lembrando que o Yasunori Mitsuda é dono dos direitos autorais da trilha do Chrono Cross.

      Valeu pelo esclarecimento da música do WoW. Deve ser uma daquelas várias músicas da Blizzard que eles devem ter apresentado na Blizzcon da vida.

      Puxa se tivesse ido comprava fácil o Level 2 por esse preço. Se não me engano o Volume One era muito mais caro das outras vezes.

      Baixo elétrico com orquestra? Fiquei mais interessado ainda. Mas teve só no Castlevania e Mega Man ou também tinha no Sonic (eu sempre achei o baixo essencial nesse medley)?

      P.S.: Com grande ajuda deste blog consegui descobrir as faixas do medley do WoW e atualizei o post.

  4. 11 Vinicius 16/10/2010 às 2:08 pm

    No Sonic só não posso precisar pra vc, mas acho que tinha sim, não percebi. Agora na Arcade Medley, acho que vc não entendeu. Houve, no show, a apresentação completa do segmento. Completa mesmo. Mas pra por no DVD eles MUTILARAM, editando as faixas, fazendo com que uma se encaixasse na outra. Coisa horrenta ><

    • 12 Alexei Barros 16/10/2010 às 2:16 pm

      Foi o que entendi, mas eu me expressei mal: eles podiam ter tocado a “Classic Arcade Medley” na hora, mas já que não havia como licenciar o segmento inteiro para o DVD era melhor deixar quieto, ignorar tudo, e não colocar a versão editada do medley no vídeo desse jeito porco que você comentou.

      De qualquer forma, é lamentável que não tenha sequer Ghost’n Goblins e OutRun, que eram os meus trechos favoritos, porque os jogos da Nintendo acho que seria difícil mesmo.

  5. 13 Vinicius 16/10/2010 às 2:16 pm

    “lembrando que o Yasunori Mitsuda é dono dos direitos autorais da trilha do Chrono Cross.”

    Possível convidado ano que vem, chuto…

    • 14 Alexei Barros 16/10/2010 às 2:21 pm

      Acho pouco provável porque o Yasunori Mitsuda só foi no VGL em Tóquio, mas muito mais chance tem de ele vir do que o Nobuo Uematsu ou Koji Kondo, como estavam sonhando no Twitter (para mim é sonhar alto de mais um desses dois).

  6. 15 vinicius 16/10/2010 às 2:33 pm

    Bem, também ninguém esperava que Akira Yamaoha viesse ao Brasil, então… XD

    Agora Nobuo Uematsu vindo ao Brasil… Se visse, traria a The Black Mages, hahahahahahaha Zuera XD

    • 16 Alexei Barros 16/10/2010 às 2:41 pm

      Isso é verdade, mas antes de vir para o Brasil o Yamaoka tocou em vários shows do VGL.

      Se a agenda dele não fosse tão lotada ultimamente, acho mais possível um Richard Jacques da vida. Ou então algum outro compositor ocidental que apoia o VGL.

  7. 17 Renato 16/10/2010 às 7:23 pm

    Parabéns pela matéria, foi bem pautada, coerente, e além de tudo, falou o que todos deveriam saber ao entrar no ambiente de apresentação: silêncio, até a música acabar!

    Eu fui no primeiro vgl, convidado por grandes amigos, e notei que esse era um problema: as pessoas se agitavam durante as apresentações, como se o show já não desse aberturas para se manifestar. Isso atrapalha! (fora que o ruído do ar era bem audível, mas vou parar de ser chato)

    Enfim, fui no de 2007 tbm, e desde então, não fui em mais nenhum,
    a mesmice tinha se instalado.
    Neste ano, fiquei sabendo das mudanças no setlist, qdo soube que tocaram still alive, quase ia me arrependendo, mas ao saber que o comportamento do público piorou, estou redimido.

    (aliás, nem lembro qual era o artista que falou que, quando se apresentou no Japão, pensou que não estava agradando, a platéia não se manifestava nem no intervalo entre músicas, só ao fim do show foi aplaudido; é esse o espírito, não fazer barulho a cada solo ou pausa na música…)

    • 18 Alexei Barros 16/10/2010 às 8:40 pm

      Se você já se incomodava com a plateia em 2006 e 2007 com certeza ficaria chocado com o que aconteceu nas últimas apresentações. Eu não fui em 2008 como não teve em São Paulo e fiquei indignado com a algazarra de 2009, muito mais exagerada que nas primeiras vezes. E pelo que vi nos vídeos em 2010 e pelo que o Vinicius comentou aí em cima foi pior. Eu acho que isso só tende a piorar se continuarem fazendo shows em casas de espetáculos sem cadeiras para todo mundo.

      Pelo que já me falaram o público japonês é culturalmente tímido mesmo, e ainda que esteja gostando da apresentação só se manifesta no fim das músicas e olhe lá, como no caso que você mencionou.

      • 19 Vinicius 17/10/2010 às 8:20 pm

        Talvez tenha sido pior por 2 motivos:
        1º que tinha mais pessoas que no ano passado. Era evidente isso, que nem a pista estava suportando mais tanta gente, e alguns migraram para detrás do setor A (o que eu estava) e B. Aí já sabe, né?

        2º que o Canecão é um cerco de bebê perto do Citibank Hall. O lugar é muito pequeno. As pesas são coladas uma nas outras. Imagine eu, medindo 1,90 cm de altura naquele metro quadrado minúsculo…

        E um 3º extra: o som de lá é muito baixo. A Acústica é muito ruim.

        Acresdito que, como você disse Alexei, o HSBC deva ser igual ao moribundo Canecão.

        • 20 Alexei Barros 17/10/2010 às 9:43 pm

          Acertou na mosca. Parece que você está descrevendo o HSBC Brasil: lugares desconfortáveis, acústica terrível etc. Ainda gostaria de tirar a prova do VGL caso volte um dia aqui em SP para o Via Funchal, para ver se com todas as pessoas sentadas haveria toda a algazarra. Pelo menos aí no RJ de qualquer forma será um lugar diferente que o Canecão.

          E a altura às vezes é uma vantagem para ver tudo, mas em ambientes apertados é horrível – sei bem disso porque meço cinco centímetros a menos que você.

          • 21 Vinicius 17/10/2010 às 9:58 pm

            Com relação ao som/acústica me lembro que era impossível dialogar decentemente com alguém a meu lado, pelo volume absurdamente maior e a acústica perfeita em 2007. Eu conseguia ouvir cada instrumento ser executado no Citibank Hall, que até me surpreendi, pois o ano anterior (2006), havia ido na pista (todo mundo em pé pra variar), e notei que a diferença sonora era ENORME, quase outro show Oo

            Mas sério, se não fosse pelas amizades e o clima gamer contagiante que só esse show atualmente aqui no Brasil me proporciona, pensaria 2x antes de ir ao VGL caso continue no Canecão. A 1ª impressão que ficou em 2006 do show já passou. Agora busco algo a mais do que somente ver vídeos que me lembrem dos bons momentos que tive na minha infância e música de má qualidade que dizem ser “da hora”. Aliás, nem nos games ficava assim tão “embestado” com a música: eu realmente parava no famoso Sound Text só pra ouví-las…

  8. 22 Alexei Barros 17/10/2010 às 11:33 pm

    Mais do que nunca eu me identifiquei com o seu comentário do segundo parágrafo. Passado o êxtase da estreia em 2006, época em que um concert/show de games era novidade não só no Brasil, mas no mundo (fora do Japão é claro) e tudo era surpresa, eu confesso a você que não entendo a empolgação das pessoas por coisas às vezes tão banais. Vou citar um exemplo: ano passado, reparei bem que bastou o logo (veja bem, o logo!) “Chrono Cross” aparecer no telão para que todo mundo ficasse eufórico. Não sei se já é a idade, enfim… eu preciso de muito mais para realmente se empolgar.

    Mais um caso: a forma com que a “One-Winged Angel” é apresentada. “The company is…. Square Enix. The composer is… Nobuo Uematsu! The game is Final Fantasy… SEVEN!!!”. Em todas as ocasiões o público reagiu como se não soubesse da produtora, do compositor, da série e do jogo antes da apresentação.

    No mais, interessante o detalhe sobre a diferença de acústica. Todas as vezes que fui foi no mezanino, então não tenho ideia como o show soava em outros lugares.

    • 23 Vinicius 18/10/2010 às 12:45 am

      Sério, um amigo meu foi no Via Funchal em 2007, e a experiência foi a mesma: o cara em 2006 foi de pista, e em 2007 foi de vip. E as palavras dele são as minhas: há uma diferença gritante no som. Vc consegue mesmo ouvir cada instrumento. E quem senta perto do palco ouve até a respiração e inspiração dos músicos de sopro. Isso foi o que ele disse. Prova essa que tive quando fui de mesa em 2007 no Citibank Hall.

      Como meu professor de música (quando fazia aula de teclado) disse uma vez: em mega shows, a qualidade do lugar condiz com a qualidade do show. Em 2006/2007 a sensação era outra. De 2008 pra cá, nem preciso dizer…

      Sobre o segundo parágrafo, acrescentando: eu até gostei desse ano. Não foi de tão ruim, e pelo menos deu pra perceber que eles estão selecionando melhor as franquias, mesmo com os repetecos. Estão trazendo gente grande da game music, e isso é importante. Já é a 2ª vez que estreiam um segmento aqui, e já está até confirmado que ano que vem estarão outra vez aqui, e agora visitarão mais países da América do Sul, além de México e Brasil. Mas uma vez digo: é importante. Nem tanto para game music, mas para todo o contexto em si: o mercado de games por essas bandas precisa de uma injeção de ânimo, e esse caminho que estão seguindo pode ser benéfico. Eu vi muita gente já vivida no VGl desse ano no Canecão, e não estavam acompanhando seus filhos. Era uma orquestra tocando, e isso chama mesmo a atenção.

      Tommy Tallarico e Jack Wall são caras que eu bato palmas pela ousadia de sair pelo mundo com essa ideia. Só que a ideia é melhor do que a execução hoje em dia. Tipo, o Video Games Live é realmente uma celebração, porém da game music. Nada mais que isso. Se quisermos ver uma celebração de games, então vamos a Brasil Game Show. Lá sim haverá isso de todas as formas, ainda mais com toda estrutura que teremos esse ano.

      VGL é um show diferente de tudo que tem aqui no Brasil, e deveriam dar uma valorizada nisso ao invéz de colocar um amontoado de nerds, que imaginam não ter noção da realidade, denro de um cubículo desconfortável, mal localizado pra maioria, fadado já ao fechamento com uma orquestra diminuta, com som podre e um cara cujas idéias são excelentes porém usa de forma errada, sambando com uma guitarra querendo ser cool.

      Resumindo o parágrafo acima: haver um show em um lugar confortável, com uma orquestra decente, divulgação idem, e com um mestre de cerimônia que saiba levar o show no ritmo certo, sem exaltações.

      PS: “e com um mestre de cerimônia que saiba levar o show no ritmo certo, sem exaltações.”
      Tommy Tallarico, ouça isso.

      • 24 Alexei Barros 18/10/2010 às 8:56 am

        Que o VGL estima o Brasil, eu não tenho a menor dúvida, e prova disso é o Rio de Janeiro ser a única cidade que o show visitou cinco vezes seguidas, além das estreias mundiais que aconteceram.

        Como já comentei tantas vezes, em 2006 e 2007 notava-se melhor qualidade na produção geral que se não fazia frente aos outros concertos (compreensível em parte por ser uma turnê), era respeitável, com orquestras de renome, como a Petrobras Sinfônica. Só que nesta época eu achava o repertório pobre, carente de jogos japoneses.

        Nos últimos anos eles conseguiram melhorar o panorama com franquias mais bem selecionadas, só que a qualidade caiu drasticamente porque privilegiaram a quantidade e não a qualidade. Em 2010 foi pior ainda! Nem aconteceram tantos shows assim e foi do mesmo nível do ano passado.

        Sabe o que eu acho? Talvez seja mérito deles por ter encontrado um determinado tipo de público que não liga se a orquestra é minúscula ou se o som está sendo feito ao vivo. A maioria das pessoas não reclama desse tipo de coisa pelo que noto, e a organização do VGL reparou que a plateia gosta do mesmo jeito porque o show do VGL é muito mais o visual, com três telões, luzes para todo lado, o apresentador ligado em 220V, do que as músicas em si.


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