Revista Exame e os impostos de games no Brasil

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Por Claudio Prandoni

O colega nintenérdico Daniel Oliveira divulgou lá no Nintenerds e convém espalhar como rastilho de pólvora. O nº943 da revista Exame, da Editora Abril, divulgou uma nota na página 18 tratando dos impostos sobre videogames no país.

Curta e objetiva, a nota ilustra bem a indignação que nós jogadores de videogames temos em relação ao assunto. Confira reprodução da nota na íntegra:

“Se você é fanático por vídeo-games, esta é uma paulada. Para importar legalmente um aparelho de Playstation ou Wii, o imposto cobrado chega a 80% do valor do produto- além da alíquota de ICMS de cada estado. O curioso é que, quando os bingos eram liberados no Brasil, a taxa de importação de uma máquina caça-níquel era metade da de um vídeo-game. Com tanto imposto, mais de 90% dos aparelhos comercializados no Brasil são ilegais.

A Sony, dona da marca Playstation, não se interessa em importar oficialmente o aparelho no pais. A Nintendo tampouco. Por isso, muitos jogadores preferem comprar lá fora o que aqui custa mais que o triplo. Um Wii no Brasil vale R$ 1800,00. Nos Estados Unidos, 250 dólares”.

Isso levanta a questão: por que não fazemos algo?

Quer saber, muito já está sendo feito. Por enquanto ainda fora dos holofotes, um pessoal apaixonado e extremamente competente arma um projeto que visa a reverter essa situação de uma vez por todas.

Nesta semana começa a caminhada, logo menos estoura a notícia em todos os cantos, e tenho confiança de que os trabalhos só terminam quando tudo estiver diferente.

Fique ligado!

Clique no link abaixo para ver na íntegra a página da Revista Exame com a nota.

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23 Respostas to “Revista Exame e os impostos de games no Brasil”


  1. 1 Gus Lanzetta 25/05/2009 às 2:34 am

    Esse é O calcanhar de aquíles da nossa indústria de games. Mesmo se as empresas não decidirem entrar aqui logo após uma queda de impostos, as que já estão aqui se beneficiam e são obrigadas a baixar o preço porque qualquer gamer poderá importar seus jogos e até consoles por muito menos do que hoje em dia.

    Acho que vai mudar? Não. O imposto para eletrônicos em geral é absurdo demais, ICSM idem. Nunca que isso vai mudar sem um lobby forte. Ninguém quer fazer lobby forte porque todo mundo tá feliz ganhando as migalhas que ganha.

  2. 2 Daniel Oliveira 25/05/2009 às 8:59 am

    Valeu Prandas.

    Gus, não creio que tem alguém feliz com essa situação.

    Ja ouviu um papo que Nintendo e M$ se juntaram meses atrás para conseguir algo, sem sucesso até agora.

    Os únicos que gostam dessa situação são os malditos Arabes, Chineses e Coreanos da região da 25 de março. Resumindo, a Máfia.

  3. 3 Frederico Lohmann Jr 25/05/2009 às 9:15 am

    Na boa? Eu estou fazendo minha parte: compro lá fora e mando entregar aqui. Mesmo com os impostos de importação direta sai mais barato que comprar em uma loja. E, claro, o Steam leva a maior parte do meu orçamento de games para PC.

    • 4 Birimbeto 25/05/2009 às 10:04 pm

      Mesmo o jogo custando cerca de R$ 199,00 ainda ser muito caro, tô me esforçando pra comprar aqui mesmo. Só vou importar quando o negócio pra mim estiver garantido de verdade. Ainda mais, tipo o Halo 3 em português, só aqui. Pra mim ia ser um barato se houvessem mais iniciativas do tipo, porque estou cansado de ter que me adequar à cultura dos outros enquanto ninguém dá a mínima pra minha!
      Cheers!

  4. 5 Rafael Martines 25/05/2009 às 9:27 am

    Pois é. Esse é o “Brasil, um país de todos”

  5. 6 Melagrião 25/05/2009 às 10:00 am

    Isso deve mudar em breve com a “revolução digital” que está a caminho. Coma distribuição de jogos via internet pelo menso os jogos devem ficar mais acessiveis. Já os consoles…esperamos ansiosamente o OnLive

  6. 7 GILBERto toXICSQUALL 25/05/2009 às 10:43 am

    também concordo plenamente!! depois reclamam q nós usamos de “Má Fé” em sonegar impostos!! Eles que agem de má fé roubando tanto de nós.!

  7. 8 Bui_Ferrari 25/05/2009 às 10:50 am

    O negócio legal é que os gamers estão começando a perceber que há o que fazer, que não podemos ficar sendo escravos da pirataria pra sempre e que o Brasil é um país emergente que não tem por que não participar do mercado mundial de games ativamente, seja produzindo ou consumindo.

    O governo está começando a perceber o potencial que o Brasil tem pro mercado, e a prova disse é o concurso anunciado algumas semanas atrás em que o próprio governo patrocinará a confecção de um game 100% brazuca!

    Essa mudança de mente pode promover um horizonte mais claro para nós, que poderemos ver em breve coisas mudando como impostos, empresas grandes investindo em nosso mercado e todo mundo gastando e ganhando dinheiro LEGALMENTE com isso.

    Os sinais estão aí: Esse mês a EGM evoluiu, se tornando uma revista ainda mais séria e abrangente e tb neste mês chega no mercado outra grande revista do segmento: a EDGE. Essa “caminhada” que o Cláudio citou (apesar de misteriosa e me deixar estremamente curioso)é outro sinal de que ddo “game-over” para o mercado ilegal está próximo! E quem sabe num futuro próximo o país do Futebol e do carnaval também não seja o país dos Games!
    ;]

  8. 9 Eric 25/05/2009 às 11:00 am

    Prandoni, eu gostaria de fazer parte desse pessoal apaixonado e estremamente competente que arma um projeto que visa a reverter essa situação de uma vez por todas. Tem o contato de alguém? :D

  9. 10 lslima 25/05/2009 às 11:52 am

    A nota da revista foi feita sem muito cuidado… Bom, é só uma nota, mas o jornalista parece ter sido meio desleixado.

    A Sony anunciou recentemente que vai produzir jogos de PS2 e PS3 por aqui. Não tenho idéia de que regime de tributação pode cair sobre esses jogos, mas vai limar os custos de importação e isso pode representar algo realmente muito bom.

    Vejam bem, jogos para PC são, lançamentos de modo geral, mais barato no Brasil que nos EUA, mesmo considerando o preço na Steam (que já me levou alguns (muitos) trocados) e a cotação do dolar na casa dos R$ 2,00.

    Será que com a produção da mídia no Brasil os preços serão reduzidos? Ou será que logistas e industriários irão tomar partido de que na memória do consumidor, jogo de videogame é mais caro que jogo de PC?

  10. 11 Nathalie 25/05/2009 às 12:18 pm

    Tá certo que é só uma nota, mas já é alguma coisa…
    Agora, o que eu não entendo é o seguinte: será que essas grandes empresas não tem interesse fazer uma distribuição digna por aqui devido ao alto custo dos impostos? Só isso? Sinceramente, acredito que é algo que influencie demais, mas não acho que é só isso não…
    Não digo que apenas com a mobilização de uma empresa os altos impostos mudem, afinal de contas, a coisa mais difícil é algum diminuir… Mas se as empresas tivessem real interesse, com certeza ficaria mais fácil… Viviam por ai fazendo acordo, diminuindo imposto e mais um mundaréu de coisas para que a entrada de empresas ocorressem por aqui, não é? (Aqui em curitiba rolou um monte de coisas do gênero para a instalação de grandes empresas de fora).Por que isso não pode acontecer com os games tb?
    Minha luz no fim do túnel é o fato da produção de alguns games por aqui (nem que seja só o encarte e a caixinha…).

  11. 12 brunojuliao 25/05/2009 às 1:32 pm

    Uma observação, o Islima se confundiu em um detalhe, o artigo trata mais de impostos aplicados aos consoles e não aos jogos… Infelizmente, produzir jogos aqui reduz o custo de transporte e o imposto de importação sim, mas continua a incidência de ICMS e alguns outros impostos… O q fará o jogo ainda custar mais de R$ 100,00…

    O que falta é as empresas se unirem, fazerem um lobby lá no congresso, aqueles caras lá são todos sanguessugas, basta molhar a mão deles e teremos consoles sendo importados com imposto 0 huahuahua
    :D
    Brincadeiras à parte, me explicaram que se a importação de games aumentar muito, a balança comercial desequilibrará bastante, o que não é interessante pro governo e nem pra gente… Mas com certeza há um jeito de contornar isso, fábricas como as q haviam na época do Super Nintendo e Sega
    ;)

  12. 13 lslima 25/05/2009 às 2:14 pm

    Julião, é verdade. Troquei as bolas.

    E aquele rumor do PS2 produzido na Zona Franca de Manaus? Morreu?

    Acho difícil produzirem consoles no Brasil. Mesmo a Zona Franca não é atraente comparada com a China; mão-de-obra barata aumenta muito o lucro e, ao que indica, vale a pena abrir mão de mercados potenciais.

  13. 14 brunojuliao 25/05/2009 às 2:17 pm

    Islima, até onde sei, a fabricação de PS2 mesmo tendo sido aprovada, não começará imediatamente, está nos planos à “médio” prazo, o que quer dizer que ainda teremos no mínimo 1 ano um ano sem essa fabricação aqui (é um chute pessoal)

    Quanto aos valores, vocês está certo, existem milhares de lugares mais atraentes que o Brasil para se produzir um console, por isso que eles não fazem tanta questão de montar uma fábrica, é mais fácil eles se esforçarem pra trazer jogos que consoles, já q sabem q os brasileiros sempre darão o seu jeitinho pra conseguir o console.
    ;)

  14. 15 Uehara 25/05/2009 às 3:07 pm

    Os consoles são caros, sim, e todo esforço pra baixar os preços de consoles e jogos é bem-vindo, mas eu acho que isso beneficia apenas nós, gamers “hardcore”, que temos o videogame como hobby.

    A maior parte das pessoas já se “acostumou” a baixar jogos de graça. Conheço muita gente que comprou um PS2 ou um Wii só por causa dos jogos piratas, sendo que não pagariam nem 50 reais em um jogo.

    Os impostos são proibitivos, mas eu acho que o Brasil não é um mercado dos mais promissores em relação aos games por causa da mente do brasileiro, acostumado à pirataria. A maioria das pessoas pensa “porque pagar por uma coisa que se pode ter de graça?”

    Bom, isso até a próxima geração adotar a mesma trava do PS3…

    • 16 brunojuliao 25/05/2009 às 3:14 pm

      Infelizmente estou como vc Uehara… Descrente no caráter do brasileiro
      :(
      Têm muita gente boa, mas o pensamento errada se dissemina como um vírus, é quase impossível ver um cenário diferente sem pensar em todo mundo usando a tecnologia do PS3

      • 17 lslima 25/05/2009 às 3:42 pm

        A pirataria não uma especialidade do “jeitinho brasileiro” não. No mundo inteiro tem isso. Tem americano e japonês a dar com pau usando R4 em seus DSs. 90% das pessoas que jogaram World of Goo não pagaram – duvido que esse povo todo é do BRIC (Brasil, Russia…), muito conhecido pelas altas taxas de pirataria.

        As indústrias (de modo geral) não conseguem sanar o problema de pirataria nem nos mercados centrais, quanto mais nos periféricos. Até cair a noção de cópia original (?!wtf)…

  15. 18 brunojuliao 25/05/2009 às 3:49 pm

    Islima, desculpa se me expressei errado, não quis dizer que era exclusividade do brasileiro a pirataria, o que quis dizer é que isso somado ao “jeitinho brasileiro” fica difícil crer que um investimento na ordem de uma fábrica e funcionários, tivesse algum retorno razoável…
    É notório q espertinhos existem em todo o mundo, e até me atrevo a dizer q quanto mais olhei pra cima (classes sociais) mais eu via gente usando produtos piratas… Acho muito triste, afinal muitos q não têm grana economizam e entram numa de ajudar e um bando de gente endinheirada se nega à ajudar… Resumo, não é exclusividade do Brasil, mas somos estigmatizados por não combater a pirataria direito e pelo já conhecido “jeitinho brasileiro”…

    • 19 lslima 25/05/2009 às 8:24 pm

      Oi Julião, entendo que a expressão não foi na maldade. Acompanho seu trabalho no Goluck – ou será Gojulião, como já ouvi alguém dizer por aí… ;) – e sei que você não é disso.

      Mas toda vez que se junta as palavras videogame e Brasil, aparecem uma avalanche de comentários (quando não o próprio post…) quase xenófobos. Isto não é legal, dá margem a uma interpretação muito pequena da realidade.

      Todos nós estamos a fim de ver a industria de jogos prosperar por aqui. E não é preciso passar um trator por cima da dignidade de um povo para isso.

      Abraços,

      • 20 Bruno Julião 25/05/2009 às 9:13 pm

        Obrigado por entender que realmente a minha intenção não é nos desmerecer, é apenas um pensamento que se passa muitas vezes na minha cabeça quando eu esbarro com tanta pirataria.
        Confesso que descobri há pouco tempo (menos de 1 ano) que esse surto de pirataria não era exclusividade do Brasil, afinal de contas as cópias PAL que são amplamente pirataeadas chegam na internet antes de chegarem às lojas, o que não nos deixa dúvida de que a Europa é um vetor importante de pirataria, mesmo estando em um continente que não é tão pobre assim.
        O que nós, brasileiros, precisamos ter em mente é que dinheiro não é desculpa pra piratear, nem haver a possibilidade de jogar algo de graça. Ter consciência é algo raro no mundo inteiro.

        Precisamos também nos lembrar que brasileiro não é fraco como querem que pensemos, só não somos tão patriotas quanto os americanos ou outros povos por aí a fora. Falo isso porque eu mesmo me pego maldizendo o país de bobeira, à troco de banana…
        :(

  16. 21 Marques 25/05/2009 às 4:11 pm

    Não tenho nada a acrescentar. Minhas palavras são as mesmas dos comentaristas acima.

  17. 22 Mateus Prado Sousa 22/02/2010 às 5:03 pm

    É galera! No meu blog, o http://www.gamesreflexoes.blogspot.com eu sempre abordo sobre os malefícios da pirataria. Tem nego querendo que um jogo custe 7% do salario minimo que nem nos EUA, se esquecem que o preço de um produto não é refeito proporcionalmente de acordo com a economia local, logo o preço com impostos adequados, no Brasil, seria na faixa de 80 a 100 reais, e é ae que o produto pirata entra desvalorizando algo, o vendendo muito mais barato do que deveria. Por outro lado o produto sob os impostos sai muito mais caro do deveria, tipo 270 reais. O que fazer? Importaçao cinza! Ao menos você não prejudica a indústria como um todo e de quebra manda um recado para o governo dizendo “Olha, assim não dá”. Agora, se submeter à pirataria e se conformar com o esquecimento por parte da indústria oficial, é coisa de quem não é gamer. Repito, importar é melhor (ou comprar em lojas que fazem esse trabalho). De verdade, do jeito que tá o governo não merece nosso dinheir.


  1. 1 Revista Exame e os impostos de games no Brasil « Cavv-es Trackback em 25/05/2009 às 12:15 pm

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