Músicas que não podem faltar no VGL – Parte 12

Por Alexei Barros

Em termos de game music, eu acho que os compositores japoneses são muito, mas muito superiores aos ocidentais. Grosso modo, só um Richard Jacques, um Michael Giacchino e mais um ou outro podem cogitar a alcançar o patamar do magnânimo panteão de músicos nipônicos.

Por isso, de todas as faixas que mencionei anteriormente, com exceção de Donkey Kong Country, nenhuma era de um jogo feito no ocidente e, apesar de o repertório do VGL estar cada vez mais arraigado neste lado do globo, ainda há algumas omissões:

“Main Theme” (Medal of Honor: Allied Assault)

mohalliedassault.jpgComo já disse anteriormente, a “Operation Market Garden”, tema do Medal of Honor: Frontline que tocaram na apresentação desse ano do VGL é arrepiante. Só que a belíssima música da tela-título do Allied Assault, também do Michael Giacchino, é muito melhor. Consegue ser ainda mais dramática e pungente, com a introdução das tubas, seguindo pelos trombones até culminar nos trompetes e causar a primeira parada cardíaca. Cordas e flautas se revezam e os metais intervêm durante a peça. Para sepultar de vez, o trompete faz referência à melodia de “Operation Market Garden” (a partir de 3:33), que, por sua vez, é a mesma do tema “Medal of Honor” do primeiro da série. E que sentido faria tocar uma faixa de um jogo lançado há cinco anos? Primeiro que o Frontline também é de 2002 e segundo que o tema do capítulo mais recente, Airborne, não supera o de Allied Assault. Pelo menos não sou o único que acha essa música arrebatadora.

“Taking Out the Railgun”~“Returning to Paris” (MoH & MoH: Underground)

mohunderground.jpgOutra opção seria um medley com duas músicas do Giacchino que ilustram as cenas de ação. As mais indicadas são essas dos dois primeiros jogos da série para PlayStation que até se parecem pelo clima de tensão que transmitem. Principalmente, “Returning to Paris”, que devo ter ouvido mais de cem vezes – e ainda não me cansei dela – quando tentava passar da penúltima e vigésima sexta fase, a quase inexpugnável Rotten to the Corps.

“Call of Duty (Call of Duty)

callofduty.jpgMais uma do Michael Giacchino, desta vez da série concorrente. Uma música que comprova o seu talento, pois a trilha de Call of Duty segue a mesma vereda épica, pomposa e militar das músicas orquestradas de Medal of Honor, mas ainda assim tem uma identidade própria. “Call of Duty” começa agitada e aos poucos fica cada vez mais nervosa e alterna com momentos mais serenos. Para uma série que faz tanto sucesso e já terá o quarto episódio deveriam tocar alguma da franquia – digo isso também em relação ao PLAY!.

“Fable Theme (Fable)

fable.jpgEmbora a fama em torno de Fable e Peter Molyneux (aquele que acha que a maioria dos RPGs são uma m.) seja imensa, nunca se lembram do tema do jogo. Aliás, é composto por Danny Elfman, que entre tantas trilhas de filmes (Batman, Missão Impossível, Homens de Preto etc) ainda fez a música de abertura de Os Simpsons. A peça orquestrada transmite uma aura de grandiosidade, a despeito da curta duração da aventura.

“Windy (Conker Live & Reloaded)

conker.jpgComposição de Robin Beanland, é animada, grudenta e parece de um desenho animado. “Windy”, que toca no overworld do jogo, já era boa na versão do Nintendo 64 e ficou ainda melhor revigorada no remake picareta para Xbox, apesar de não ter o assobio das abelhas:p. Por que não essa? Fica também o protesto: Conker, uma das figuras mais carismáticas de todos os tempos, merecia uma seqüência de verdade para X360.

2 Respostas to “Músicas que não podem faltar no VGL – Parte 12”


  1. 1 Youta 01/11/2007 às 12:31 pm

    As trilhas de MoH e Fable são absurdamente FODAS MESMO. Além do fato dos jogos serem muito bons, principalmente Fable. Tô louco pra ver o 2.
    Conker, só tive a chance de jogar o Bad Fur Day e achei demais MESMO HAHAHA, como faz tempo, não me lembro da trilha. Anyway, também não pode faltar MGS e Half Life (A trilha de Half-Life não é tão trabalhada, mas quando é, cria uma imersão perfeita. Ao menos no 2.)


  1. 1 Kotaku fica sem criatividade; imita Alexei Barros « Hadouken Trackback em 05/02/2008 às 8:44 pm

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