Por Alexei Barros
Não demorou para surgirem os vídeos do YouTube das apresentações mais recentes do Video Games Live em Los Angeles e em Londres. Logo procurei pelos segmentos de Metal Gear, Sonic, Mario, Zelda, Kingdom Hearts e Final Fantasy que supostamente seriam atualizados. Tudo igual. Nada de novo nas músicas. Será que esse revigoramento que o site se referia era em relação aos vídeos?
Pelo menos as prometidas inéditas apareceram mesmo: BioShock, Halo 3 e Harry Potter and the Order of the Phoenix. Só do Conan não achei. Que pena.
– BioShock
Tocaram na seqüência as duas primeiras faixas da trilha do jogo de tiro da 2K Games, “BioShock Main Theme (The Ocean on His Shoulders)” e “Welcome to Rapture”. A suíte é bem sombria, ainda mais com essa narração perturbadora que aparece no meio e no final. Mas fiquei com a impressão que esqueceram de algumas importantes, como “Dr. Steinman”.
– Halo 3
Você acha que o Video Games Live tem muito Halo? Eu acho! Note que, com exceção da série da Bungie, todas as franquias representadas no VGL tem apenas uma música orquestrada no repertório. Além de tocarem o tema e “Finish the Fight” de Halo 3, acrescentaram outra faixa do capítulo final da trilogia, que é mais uma variante da canção principal. Uma bela adição, porém confesso que é muito Master Chief para um concerto só.
– Harry Potter and the Order of the Phoenix
Vou bater na mesma tecla: tocam Harry Potter porque é uma franquia afamada, não por causa da música. No fim das contas, até que a faixa é interessante, mas há umas 300 melhores que essa.
– Out Run
O “quase” do título desse post é por causa desse segmento. Para a apresentação em Londres, o compositor britânico Richard Jacques, que é o arranjador do “Classic Arcade Medley” e do “Sonic Symphonic Suite” do VGL, foi convidado para tocar ao vivo as músicas do Out Run, “Magical Sound Shower” e “Passing Breeze”. Essas duas com o Euro Remix feito por ele em Out Run 2 – não tocaram “Splash Wave” provavelmente pelo fato de a sua releitura pender para o eletrônico. Exímio no piano, Jacques recebeu o amparo de percussão e um naipe de metais para mostrar ao público as suas versões jazzísticas. Só é chato que essa é mais uma das performances exclusivas de determinadas localidades do VGL – como foi com o violonista Lucas Vandanezi no Brasil –, então mal dá para contar como uma novidade.
É, Alexei. Concordo com você. Não que a apresentação de harry Potter tenha sido ruim, mas no lugar dessa colocaria algo como Star Wars, que pelo menos tem muito mais apelo gamístico (fora o currículo no mundo dos games desde o Atari) e com certeza seria muito mais aceito que o título citado por ti. Quanto a Conan, sei lá. Nem é lá uma franquia de renome no mundo dos games (até Rastan e o Hit Golden Axe ganham de lavada). Bioshock fiquei esperançoso em ver este ano, mas infelizmente não se concretizou. Paciencia.
Mas verdade foi dita, tem muito Halo no VGL. Não que eu não goste, mas fico pensando em quem não é muito chegado a Master Thief e cia.
A propósito, está ansioso pela apresentação do VGL no Japão? XD
Sabe o que é mais incrível, Vinicius? Reparei que esse post é de mais de um ano, e de todas as ditas novidades, apenas o Harry Potter apareceu no VGL Brasil 2008…
Mas também acho que nem precisamos chegar no cinema. Há tantos jogos aí com trilhas fantásticas que os concertos nem encostam que é totalmente revoltante. Claro, se tivesse a obrigação, que fosse Star Wars.
Sobre a apresentação no Japão – que está TBA no site, e pode ser cancelada, nunca se sabe – estou curioso em relação a duas coisas, além do natural e eventual estranhamento dos nipônicos com as músicas ocidentais:
1) Em todos os reports de concertos japoneses que li, comenta-se que o público costuma ser bastante frio, sem mostrar empolgação, por mais que esteja gostando da apresentação. Como os VGLs são conhecidos pela histeria coletiva – até é legal, mas acho muitas vezes exacerbada; às vezes a galera grita quando um cara coça o nariz -, quero ver como será a reação.
2) Provavelmente não veremos vídeos no YouTube do show, porque os japoneses costumam respeitar os pedidos para não gravar as apresentações. Será que a sina se manterá até com o VGL, o concerto mais YouTube de todos?