Posts Tagged 'Metal Gear Solid'

Metal Gear in Concert: o início sólido de uma turnê certa na hora errada

Metal Gear Solid 3: Snake Eater abre o concerto por ser cronologicamente o primeiro jogo na história da série

Por Alexei Barros

Se me perguntassem anos atrás uma série que teria potencial para render um concerto, uma das respostas seria Metal Gear. Praticamente todas as apresentações e turnês de game music já tocaram diferentes músicas da franquia, que reúne um grande repertório musical e imensa popularidade mundial. Ficava fácil imaginar a viabilidade de um espetáculo dedicado. Isso anos atrás. Esse dia enfim chegou, mas tinha que ser justo depois que o criador Hideo Kojima saiu daquela forma que todo mundo sabe da Konami? E nesse momento de “expectativa” por Metal Gear Survive?

De qualquer forma, a série completou 30 anos em 2017, e o Metal Gear in Concert estreou no dia 30 de julho no Orix Theater em Osaka com performance da Osaka Symphony Orchestra. Uma segunda apresentação foi feita no dia 2 de agosto no Tokyo International Forum Hall A em Tóquio, dessa vez com a participação da Tokyo Philharmonic Orchestra. Ambos os espetáculos tiveram a regência do australiano Nicholas Buc, que também foi o responsável pelos arranjos. A julgar pelo seu site oficial, ele não tem experiência em games, mas já regeu diversos concertos com músicas de cinema, além de compor para filmes e documentários. A cantora Donna Burke, também da Austrália, participou das duas apresentações de uma forma que detalharei mais adiante.

Em relação ao set list, achei muito bacana a ideia de o programa ser na ordem cronológica da história da série, com medleys dos principais jogos. Só lamento que, apesar de o concerto não se chamar Metal Gear “Solid” in Concert, os dois primeiros jogos para MSX2, Metal Gear e Metal Gear 2: Solid Snake, foram ignorados. O único consolo é que a “VR Training”, presente no segmento de Metal Gear Solid, resgata as músicas “Operation Intrude N313” e “Theme Of Tara” da trilha do Metal Gear de 1987. Até por isso fiquei com a impressão que essa música sem relação direta com o jogo principal ficou meio deslocada. Aliás, falando de Metal Gear Solid, não entendi a ausência da marcante “Encounter” pela quantidade de vezes que ela toca durante o jogo.

Minha maior dúvida em relação ao espetáculo é se o tema principal da série assinado por Tappy Iwase – justamente uma das músicas mais memoráveis de Metal Gear –, aparece de alguma forma nesses medleys, já que a Konami abandonou a composição após a revelação de que ela era fortemente inspirada em dois segmentos assinados pelo russo Georgy Sviridov. Além da “METAL GEAR SOLID” Main Theme na versão do Metal Gear Solid 3, a “Debriefing” do mesmo jogo e a “Freedom to Decide” do Metal Gear Solid 2 fazem referências à melodia proibida. Tem que ver isso aí….

Tirando certas faixas instrumentais, sem dúvidas as músicas cantadas estão entre as mais icônicas, mas há dois problemas com relação a isso. Algumas das canções são licenciadas, como a “The Man Who Sold The World” do David Bowie (The Phantom Pain) ou a “Here’s To You” do Ennio Morricone (Metal Gear Solid 4). Essas e todas outras não foram lembradas e honestamente não fizeram falta.

O outro contratempo é que as cantoras originais são de épocas e origens completamente diferentes e me parecia ser impossível reunir todas para um concerto estilo Voices: music from Final Fantasy – inclusive a cantora da “Can’t Say Good-bye to Yesterday” (Metal Gear Solid 2), Carla White, faleceu em 2007.

A solução foi entregar para a Donna Burke não só as músicas que ela já interpretava originalmente (“Sins of the Father” do The Phantom Pain e “Heavens Divide” do Peace Walker), como também a “Snake Eater”, cantada no jogo pela Cynthia Harrell. É exatamente o que a Susan Calloway faz com as diferentes canções de Final Fantasy no Distant Worlds. Isso é um sinal da intenção de o Metal Gear in Concert virar uma turnê, pois ter apenas uma cantora facilita bastante as visitas do concerto em outros países – estão previstas apresentações na América do Norte e na Europa.

Porém, olhando para o set list, estão listadas duas músicas que originalmente são cantadas e ela não participou. A primeira é a “Love Deterrence” (Peace Walker), que tem a voz da Nana Mizuki na versão original. Por uma coincidência interestelar, dá para ver um trecho do arranjo instrumental dessa canção em uma das gravações amadoras que foram publicadas no canal do YouTube da Donna Burke. J-pop ou J-rock orquestrado não tem como ser diferente: ficou espetacular.  E, para ser sincero, faz uma bela contraposição com a maioria maciça de faixas cinematográficas e pouco melódicas.

A outra música, para minha decepção, é a “The Best Is Yet To Come”, que originalmente é cantada no idioma gaélico pela Aoife Ní Fhearraigh. Não consigo imaginar que uma versão sem voz consiga manter a sublimidade da canção, mas não vou criticar o que não ouvi. O mais curioso é que a própria Donna Burke tinha feito um arranjo da “The Best Is Yet To Come”, dessa vez com os versos cantados em inglês, para o álbum Metal Gear Solid Vocal Tracks. Se fosse para cantar essa versão, para mim seria melhor nem ter vocal como de fato aconteceu. Confesso que o arranjo não me agrada nem um bocado, já que tira vários elementos que considero essenciais, como a arrepiante introdução a cappella (“An cuimhin leat an grá…”), a flauta de pã que dá o “toque de Yasunori Mitsuda” à música, o bouzouki que foi substituído pela harpa e até mesmo a participação menos presente dos back vocals (na versão em inglês são apenas dois, enquanto que na original é um coral de dez vozes). Fora a letra incompreensível que é parte do charme.

Curiosamente, no mesmo álbum Metal Gear Solid Vocal Tracks a Donna Burke também fez covers da supracitada “Can’t Say Good-bye to Yesterday” (Metal Gear Solid 2), além da “Love Theme” (Metal Gear Solid 4), cantada em hebraico pela Jackie Presti no jogo, e até mesmo da “Quiet’s Theme” (The Phantom Pain), que é interpretada originalmente pela Stefanie Joosten (e que ela própria cantou ao vivo no The Game Awards 2015). As três canções não estão no programa, mas em tese Donna Burke se garantiria em qualquer uma delas.

Outra lamentação é a ausência de compositores importantes da série. Claro que eu não iria imaginar o Tappy Iwase fazendo um solo de bateria, mas o Norihiko Hibino seria um nome bem-vindo no saxofone, apesar de mal ter participado das trilhas do Metal Gear Solid 4 e Peace Walker e nem passar perto do Metal Gear Solid V.

Ainda fico no aguardo do CD do concerto, mesmo com todas as ressalvas. O canal YongYea fez o grande favor de reunir em um único vídeo todos os trechos avulsos publicados da apresentação em Osaka. Apesar de não ter dado para ouvir tão bem pelo áudio meio ruim da câmera, me chamou a atenção que a performance conta com bateria e baixo elétrico na companhia da orquestra, o que muitas vezes não acontece nesse tipo de concerto. Confira no fim do post.

Donna Burke participou de três canções do Metal Gear in Concert – apenas a “Snake Eater”, com a voz da Cynthia Harrell na trilha do jogo, não é cantada originalmente por ela

Set list

Ato I

01. “METAL GEAR SOLID” Main Theme ~ “Across The Border” ~ “The Pain” ~ “Fortress Sneaking” ~ “Sidecar – Escape From The Fortress -“ ~ “Takin’On The Shagohod” ~ “Troops in Gathering” ~ “Life’s End” ~ “Debriefing” (Metal Gear Solid 3: Snake Eater)
02. “Rain of Bane” ~ “Marshland” ~ “PUPA” ~ “Uninterrupted Signal” ~ “METAL GEAR SOLID PEACE WALKER Main Theme” ~ “Love Deterrence” (Metal Gear Solid: Peace Walker)
03. “Ground Zeroes” ~ “Bloodstained Anthem” (Metal Gear Solid V: Ground Zeroes) ~ “V Has Come To” ~ “Shining Lights, Even in Death” ~ “Sahelanthropus Dominion” ~ “Sins of The Father” (Metal Gear Solid V: The Phantom Pain)

Ato II
04. “VR Training” ~ “Intruder 1” ~ “Mantis’ Hymn” ~ “Hind D” ~ “Escape” ~ “The Best Is Yet To Come” (Metal Gear Solid)
05.  “Opening Infiltration” ~ “Olga Gurlukovich” ~ “Ray Escapes” ~ “Fortune” ~ “It’s the Harrier!” ~ “Battle” ~ “Freedom to Decide” (Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty)
06. “Old Snake” ~ “Gekko” ~ “Mobs Alive” ~ “Guns of the Patriots” ~ “Everything Ends” ~ “Father & Son” ~ “METAL GEAR SAGA” (Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots)

Bis
07. “Snake Eater” (Metal Gear Solid 3: Snake Eater)
08. “Heavens Divide” (Metal Gear Solid: Peace Walker)

Mais uma vez agradecido ao Fabão pelo link do report.

[via Metal Gear in Concert, 2083, Famitsu, NB Press Online, ameblog.jp]

“Snake Eater” – Metal Gear Solid 3 (Norihiko Hibino @ Ensaio do VGL 2009 em São Paulo)

Por Claudio Prandoni

Enquanto aguardamos pelo compêndio final de impressões de maestro Barros sobre a turnê brasileira em 2009 do Video Games Live – o qual tive chance de ver uma versão prévia e está detalhadíssimo e contundente – que tal conferir este vídeo exclusivo do Norihiko Hibino tocando “Snake Eater”, música composta por ele mesmo, no saxofone?

A performance foi registrada no ensaio para a apresentação na casa de shows HSBC Brasil, realizado na tarde do dia 7 de outubro, quando aconteceu o show em si. Ainda que haja um zumbido abominável de fundo e a definição da imagem não seja das melhores, é possível apreciar em detalhes o talento de Hibino acompanhado pela orquestra Villa-Lobos – e muito provavelmente também algum playback.

Em tempo, minhas impressões sobre o espetáculo você pode conferir aqui.

Sequências: quando saber a hora de parar

Por Gustavo Hitzschkyresident-evil-5-1_1

Semanas atrás, estava comentando com maestro Barros sobre o lance das sequências de jogos, tão abundantes hoje em dia, numa época em que arriscar com franquias novas pode não ser um bom negócio em meio à crise generalizada. A conversa começou depois que li uma nota a respeito de um suposto (e altamente provável) Resident Evil 6, que, segundo o produtor Jun Takeuchi, deverá marcar um reinício da série.

Foi então que passei a refletir sobre a seguinte questão: será que não há um determinado momento em que uma franquia necessita ser enterrada? O maestro defendeu o lançamento de spin-offs, e ele tem razão. Porém, quando analisamos a trama central de uma série e não seus subprodutos e ramificações, até que ponto vale a pena continuar contando uma história aparentemente já exaurida e encerrada?

Cito aqui o exemplo de Metar Gear Solid. Sinceramente, duvido que o glorioso Kojima-san não fará mais títulos Metal Gear. Entretanto, ele parece estar seguro de uma coisa: a franquia “Solid” terminou. E de maneira inteiramente digna, pelo menos no meu ponto de vista. O ir e vir da cronologia, as pontas amarradas ao longo de quatro jogos, a resolução dos mistérios que habitaram nosso imaginário enquanto esperávamos pelas sequências, enfim, o enredo foi todo finalizado e construído de forma a não deixar nenhuma aresta. Não há por que lançar um Metal Gear Solid 5, apesar de os rumores sinalizarem o contrário – ao que me consta, a quinta aventura seria ambientada antes dos acontecimentos de Guns of the Patriots. Particularmente, preferia que o 4 fosse o derradeiro.

Continue lendo ‘Sequências: quando saber a hora de parar’

Comerciais gamers: Metal Gear Solid

Por Alexei Barros

Estava esperando alguém rememorar o hype de algum Metal Gear Solid e entrar no embalo para mostrar como o treinamento da missão solo em Shadow Moses foi árduo, com provas duríssimas que testam a natação em piscina infantil e os remelexos com bambolê.

Making of Metal Gear Solid

Por Alexei Barros

Algo que sempre me interessei são os bastidores dos jogos. Detalhes da produção, curiosidades, mudanças de conceitos no decorrer do projeto etc. Se for em texto já me chama a atenção, o que dirá em vídeo.

Abaixo você vê o próprio Hideo Kojima, dez anos atrás, mostrando alguns dos responsáveis (incluindo o ilustrador Yoji Shinkawa em 1:08) pelo desenvolvimento de Metal Gear Solid, aquele que os quatro topeiras quase nem gostam.  Lamento mais uma vez desconhecer japonês (não há legendas), mas sei que Hitzman Ocelot e Liquid Prandoni (Sira Raiden está de viagem) gostarão de ver pelo menos as imagens, ainda que tal como eu não entenderão nada do idioma.

Solidamente grato ao Fabão por ter passado o vídeo.

A Next Metal Gear is Metal Gear Solid Touch, mas…

Por Claudio Prandoni

…e se Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots fosse mesmo anunciado para Xbox 360?

mgs4x360

Alguém também teve um preview de dejá vù de Final Fantasy XIII?

Metal Gear Solid Touch é para iPhone…

mgst

Por Claudio Prandoni

… e o Hadouken já sabia!

Err, chutou certo, né…

Aqui e aqui.

PS: Acho que é a primeira vez que temos um post sobre um jogo de celular aqui no blog.

Filme de Metal Gear chega em breve aos cinemas

Por Gustavo Hitzschky

Qualquer declaração acerca de Metal Gear Solid proferida por este que vos escreve deve ser encarada com certo ceticismo. Provavelmente, falarei bem sobre tudo que envolve a saga criada por Hideo Kojima e que se caracteriza como motivo principal para que eu compre o PS3. Entretanto, até para isso há um limite.

Um grupo de desocupados resolver fazer alguns anos atrás uma espécie de paródia baseada na franquia, intitulada “Metal Gear Stupid”. Agora, os figuras estão de volta em “Metal Gear Stupid 2: Sons of Bitch”, um longa que possui quase duas horas duração.

Veja abaixo uma pequena amostra do potencial (?) dos garotos e não deixe dar uma passada também no site oficial. Atente ainda para a aula de atuação proporcionada pelo jovem vestido de Revolver Ocelot quando começa a ser possuído pela mãe de Liquid Snake.

Fonte: VidaExtra


Procura-se

Categorias

Arquivos

Parceiros

bannerlateral_sfwebsite bannerlateral_gamehall